Fanfic: Finale (Adaptada) | Tema: Vondy
— O que você está fazendo aqui? — eu demandei, me enrolando na toalha de banho para me manter coberta. — Como você encontrou esse lugar?
Arma. Eu precisava de uma. Meus olhos escanearam o meticuloso quarto de Ucker. Blakely podia parecer comprometido agora, mas ele tinha estado manipulando devilcraft por meses. Eu não confiava que ele não tivesse alguma coisa afiada e perigosa – e azulada – escondida debaixo de sua capa de chuva.
— Preciso da sua ajuda, — ele disse, levantando suas palmas enquanto engatinhava sobre seus pés.
— Não se mexa, — eu retruquei. — De joelhos. Mantenha suas mãos onde eu possa vê-las.
— Dante tentou me matar.
— Você é imortal, Blakely. Você também é companheiro de equipe de Dante.
— Não mais. Agora que desenvolvi protótipos de devilcraft o suficiente, ele me quer morto. Ele quer controle exclusivo do devilcraft. Ele usou uma espada que aprimorei especificamente para matar você, e tentou usar contra mim. Eu quase não escapei.
— Dante mandou você fazer uma espada que poderia me matar?
— Para o duelo.
Eu não sabia ainda qual era a finalidade do jogo de Blakely, mas eu não esqueci de Dante usar métodos proibidos – e letais – para ganhar o duelo.
— É tão boa quanto você diz? Isso vai me matar?
Blakely me olhou diretamente nos olhos.
— Sim.
Tentei processar essa informação calmamente. Eu precisava encontrar um modo de desclassificar Dante de usar essa espada. Mas uma coisa de cada vez.
— Mais.
— Eu suspeito que Dante está trabalhando para anjos caídos. — Eu não pisquei um olho.
— O que faz você dizer isso?
— Todos esses meses, ele nunca me permitiu fazer uma arma que mataria anjos caídos. Preferencialmente, eu tenho desenvolvido uma série de protótipos que foram supostamente destinadas a matar você. Se elas podem matar você, podem matar qualquer nephil. Uma vez que os anjos caídos são o inimigo, por que tenho estado desenvolvendo armas que machucam nephilins?
Eu lembrei da minha conversa com Dante no Rollerland, mais de uma semana atrás.
— Dante me disse que com tempo suficiente, você seria capaz de desenvolver um protótipo forte o bastante para matar um anjo caído.
— Eu não saberia. Ele nunca tinha me dado a chance.
Numa jogada arriscada, eu decidi confessar tudo para Blakely. Eu ainda não confiava nele, mas se eu desse um pouco de confiança, ele poderia também. E agora, eu precisava saber tudo que ele sabia.
— Você está certo. Dante está trabalhando para os anjos caídos. Eu sei que isto é um fato.
Por um momento, ele fechou seus olhos, levando a dura verdade.
— Eu nunca confiei em Dante, não do início. Trazer ele a bordo foi ideia do seu pai. Eu não poderia convencer Hank a não fazer isso então, mas eu posso vingar seu nome agora. Se Dante é um traidor, eu devo isso ao seu pai, destruí-lo.
Se por nada mais, eu tinha que dar ao Hank crédito por inspirar lealdade. Eu disse:
— Fale-me mais sobre essa super bebida de devilcraft. Uma vez que Dante está trabalhando para os anjos caídos, por que ele teria que desenvolver algo que ajude nossa raça?
— Ele nunca distribuiu a bebida para outros nephilins como ele me disse que iria. Isso apenas o fortalecia. E agora ele tem todos os protótipos. O antídoto, também. — Blakely apertou entre seus olhos. — Tudo em que eu trabalhei – ele roubou.
Meu cabelo úmido agarrou na minha pele, e água gelada escorria pelas minhas costas. Arrepios se destacaram em minha carne, tanto do frio quanto das palavras de Blakely.
— Ucker estará aqui a qualquer minuto. Como você foi aparentemente inteligente o bastante para encontrar a casa dele, acho que você está procurando por ele.
— Eu quero acabar com Dante. — Sua voz vibrou com convicção.
— Você quer dizer que quer que Ucker acabe com ele para você. — O que havia com malfeitores que tentavam contratar meu namorado como um mercenário? Claro, ele trabalhou como um em uma vida passada, mas isso estava começando a ficar ridículo – e irritante. O que aconteceu com cuidar dos próprios problemas? — O que faz você pensar que ele fará isso?
— Eu quero que Dante passe o resto da sua vida no tormento. Isolado do mundo, torturado por romper um ponto. Ucker é o único em quem eu confio para fazer isso. Preço não é um problema.
— Ucker não precisa de dinheiro... — eu parei, segurando o pensamento.
Uma ideia simplesmente veio até mim, e ela era tão desonesta quanto manipuladora. Eu não queria levar vantagem de Blakely, mas então de novo, ele dificilmente tinha sido gracioso para mim no passado. Eu lembrei a mim mesma que quando a situação ficou crítica, ele havia dirigido uma faca aprimorada com devilcraft dentro de mim, me introduzindo num vício tóxico.
— Ucker não precisa do seu dinheiro, mas ele precisa do seu depoimento. Se você concordar em confessar os crimes de Dante no duelo de amanhã na frente de Lisa Martin e outros Nephilins influentes, Ucker matará Dante para você. — Só porque Ucker já tinha prometido para Pepper matar Dante não significa que nós não poderíamos tirar vantagem das circunstâncias e da nossa posição para ganhar algo de Blakely também. A expressão “dois coelhos com uma cajadada só” não tinha vindo do nada, no fim das contas.
— Dante não pode ser morto. Aprisionado eternamente, sim, mas não morto. Nenhum dos protótipos funciona contra ele. Ele é imune porque o corpo dele...
— Esse é um trabalho que Ucker pode lidar, — eu disparei de volta sucintamente. — Se você quer Dante morto, considere feito. Você tem seus contatos, Ucker tem os dele.
Blakely me estudou com o olhar contemplativo, perspicaz.
— Ele conhece um arcanjo? — ele adivinhou por fim.
— Você não ouviu isso de mim. Mais uma coisa, Blakely. Isso é importante. Você mantem influência suficiente sobre Lisa Martin e outros Nephilins poderosos para voltá-los contra Dante? Porque se não, cairemos ambos amanhã. — Ele apenas debateu por um minuto.
— Dante encantou seu pai, Lisa Martin, e muitos outros Nephilins desde o começo, mas ele não tem a história com eles que eu tenho. Se eu chamá-lo de traidor, eles escutarão. — Blakely alcançou seu bolso e me ofereceu um pequeno cartão. — Eu preciso recuperar alguns itens importantes antes de eu me realocar para meu esconderijo. Esse é meu novo endereço. Dê-me um ponto de partida, e então traga Ucker. Nós resolveremos os detalhes essa noite.
Ucker chegou minutos depois que Blakely saiu. As primeiras palavras que saíram da minha boca foram:
— Você nunca vai acreditar em quem parou por aqui. — Com esse gancho cativante, eu lancei minha história, retransmitindo para Patch cada palavra da minha conversa com Blakely.
— O que você acha disso? — Ucker perguntou quando terminei.
— Eu acho que Blakely é nossa última esperança.
— Você confia nele?
— Não. Mas o inimigo do seu inimigo...
— Você fez ele jurar que irá depor amanhã?
Meu coração afundou. Eu não tinha pensado nisso. Foi um erro involuntário, mas isso me fez imaginar se eu um dia seria uma líder digna. Eu sabia que Ucker não esperava perfeição de mim, mas eu queria impressioná-lo da mesma forma. Uma voz estúpida na minha cabeça perguntou se Dabria teria cometido o mesmo erro. Duvido.
— Quando nós encontrarmos com ele essa noite, será a primeira coisa de que vou cuidar.
— Faz sentido que Dante queira controlar devilcraft exclusivamente, — Patch refletiu.
— E se Dante achou que Blakely suspeitava dele trabalhar para anjos caídos, ele o mataria para manter seu segredo a salvo. — Eu disse, — Você acha que Dante me contou sobre devilcraft aquele dia no Rollerland porque ele antecipou que eu contaria a você, e você iria atrás de Blakely? Eu sempre tenho me perguntado por que ele me contou. Olhando para trás, quase parece que ele tinha uma estratégia: você arrebatar Blakely e enterrá-lo à luz do dia, deixando Dante sozinho para controlar o devilcraft.
— Que era exatamente o que eu tinha planejado. Até Marcie prejudicar esses planos.
— Dante tem me prejudicando desde o começo, — eu percebi. — Não mais. Nós temos o depoimento de Blakely.
— Isso significa que nós vamos encontrar ele?
Ucker tinha colocado suas chaves da moto no balcão da cozinha não havia cinco minutos, e ele as alcançou novamente.
— Nenhum momento monótono, Anjo.
O endereço que Blakely tinha me dado nos levou para uma loja de tijolos vermelhos caseira em um bairro mais antigo. Duas janelas sombreadas ladeavam a porta da frente. A propriedade extensa parecia engolir todo o pequeno chalé.
Ucker dirigiu em volta do quarteirão duas vezes, olhos aguçados, então estacionou na rua fora do alcance dos postes. Ele deu três batidas contínuas na porta da frente. Uma luz acesa atrás da janela da sala de estar, mas não havia outros sinais de que alguém estava em casa.
— Fique aqui, — Ucker me disse. — Eu vou dar a volta por trás.
Esperei na varanda, olhando atrás de mim para a rua. Estava muito frio para os vizinhos estarem fora caminhando com o cachorro, e nenhum carro passou.
A fechadura da porta da frente caiu, e Ucker abriu a porta de dentro.
— A porta de trás estava bem aberta. Tenho um mau pressentimento, — ele disse.
Eu entrei, fechando a porta atrás de mim.
— Blakely? — chamei suavemente. A casa era pequena o bastante para fazer levantar minha voz desnecessariamente.
— Ele não está neste primeiro piso, — Ucker disse. — Mas há escadas que levam para um porão.
Nós descemos as escadas que no fim tinham uma sala iluminada. Eu respirei fundo enquanto meus olhos se focavam numa trilha de líquido vermelho manchada no carpete. Marcas de mãos vermelhas pintavam a parede e levavam para a mesma direção – um quarto escuro em frente. Nas sombras granuladas, eu pude apenas fazer o contorno de uma cama – e o corpo de Blakely dobrado ao lado dela.
O braço de Ucker imediatamente disparou, me bloqueando.
— Vá lá pra cima, — ele ordenou.
Sem pensar, abaixei o braço de Ucker e corri para Blakely.
— Ele está ferido!
O branco dos olhos de Blakely crepitava um azul etéreo. Sangue escorria de sua boca, gorgolejando enquanto ele tentava falar sem sucesso.
— Dante fez isso? — Ucker perguntou a ele, seguindo diretamente atrás de mim.
Eu me agachei, checando os sinais vitais de Blakely. Seu batimento cardíaco zumbia fraco e irregular. Lágrimas ardiam em meus olhos. Eu não sabia se eu estava chorando por Blakely, ou pelo que sua morte significaria para mim, mas eu suspeitava, egoistamente, que era a segunda opção. Blakely tossiu sangue, sua voz gasta.
— Dante sabe... das penas dos anjos caídos.
Eu dei na mão de Ucker um aperto entorpecente.
Como Dante pôde saber sobre as penas? Pepper não teria contado a ele. E nós somos os únicos outros dois que sabemos.
Se Dante sabe sobre as penas, ele vai tentar interceptar Pepper no seu caminho de volta pra Terra, Patch respondeu tensamente.
Nós não podemos deixá-lo pegar as penas.
— Lisa Martin... aqui... logo, — Blakely disse numa voz rouca, cada palavra um esforço.
— Onde é o laboratório? — perguntei a Blakely. — Como podemos destruir o suprimento de devilcraft de Dante?
Ele balançou sua cabeça de forma rígida, como se eu tivesse feito a pergunta errada.
— A espada dele... ele... não sabe. Menti. Mata... ele também, — ele engasgou com a voz rouca, mais sangue caindo sobre seus lábios. O sangue tinha virado de vermelho para um azul ardente.
— Okay, eu entendo, — eu disse, acariciando seu ombro para consolá-lo. — A espada que ele vai duelar amanhã vai matá-lo também, só que ele não sabe disso. Isso é bom, Blakely. Agora me diga onde é o laboratório.
— Tentei... contar... você, — ele resmungou.
Balancei os ombros de Blakely.
— Você não me contou. Onde é o laboratório? — Eu não acreditava que destruir o laboratório mudaria o resultado do duelo de amanhã – Dante teria muito devilcraft em seu sistema quando nós lutássemos, mas não importa o que acontecesse comigo, se Ucker pudesse destruir o laboratório, o devilcreaft desapareceria de uma vez por todas.
Eu me sentia pessoalmente responsável por colocar os poderes do inferno de volta, bem, no inferno.
Nós temos que ir Anjo, Ucker falou nos meus pensamentos. Lisa não pode nos ver aqui. Não vai parecer bom.
Eu sacudi Blakely mais forte.
— Onde é o laboratório?
Suas mãos que pareciam torrões relaxaram. Seus olhos, vidrados num tom arrepiante de azul, olharam distraidamente para mim.
— Não podemos desperdiçar mais tempo aqui, — Ucker me disse. — Temos que assumir que Dante vai atrás de Pepper e das penas.
Sequei meus olhos com as palmas das minhas mãos.
— Nós vamos apenas deixar Blakely aqui?
O som de um carro parando soou na rua.
— Lisa, — Ucker disse. Ele abriu a janela do quarto, me colocou na janela, e saltou bem ao meu lado. — Quaisquer últimas homenagens aos mortos devem ser ditas agora.
Lançando um olhar triste em torno de Blakely, eu simplesmente disse:
— Boa sorte na próxima vida. — Eu tinha o pressentimento que ele precisava disso.
Nós saímos em disparada pelas ruas amadeiradas na motocicleta de Ucker. A lua nova de Cheshvan tinha começado a quase duas semanas atrás, e agora pairava como uma sobrecarga como uma alta esfera fantasmagórica, que olhos atentos, arregalados não poderiam escapar. Eu tremia e me aconcheguei contra Patch. Ele disparou nas curvas estreitas tão rápido que galhos de árvores começaram a se confundir em flashes de dedos esqueléticos que estendiam a mão para me pegar numa armadilha.
Já que gritar em cima do barulho do vento era impraticável, recorri à fala mental.
Quem poderia ter contado a Dante sobre as penas? perguntei a Ucker.
Pepper não arriscaria.
Nem nós.
Se Dante sabe, podemos assumir que os anjos caídos sabem também. Eles vão fazer tudo o que podem para nos impedir de conseguir essas penas, Anjo. Nenhuma ação será descartada.
Sua advertência veio bem clara: Nós não estávamos seguros.
Nós temos que avisar a Pepper, eu disse.
Se ligarmos para ele, os arcanjos interceptarão, nós nunca vamos conseguir as penas.
Eu olhei a hora no meu celular. Onze.
Nós demos a ele até meia noite. Ele está quase sem tempo.
Se ele não ligar logo, Anjo, nós teremos que presumir o pior e chegar a um novo plano.
Sua mão subiu na minha coxa, apertando-a. Eu sabia que estávamos compartilhando o mesmo pensamento. Nós tínhamos esgotado todos os planos. O tempo acabou. Ou nós temos as penas... Ou a raça Nephilim perderia mais do que a guerra. Eles estariam na escravidão dos anjos caídos pela eternidade.
Prévia do próximo capítulo
Um toque sem som tocava no meu bolso. Ucker imediatamente guiou a motocicleta para o acostamento, e eu atendi a ligação com uma prece em meu coração. — Eu tenho as p-p-penas, — Pepper disse, sua voz alta e trêmula. Expirei em alívio e bati na mão de Ucker, enrolando meus dedos entre os dele, prendendo no ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 75
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Vanuza Ribeiro Postado em 17/07/2015 - 02:09:05
fooooooooooi estremamente linda a fanfic adorei *-----* parabéns.
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Vanuza Ribeiro Postado em 14/07/2015 - 00:50:36
estou lendo a fanfic ja a algum tempo e estou a m a n d o --- preciso de um anjo desses na minha vida, que dlc kkkkkkkkkk- vo começar a ler finale.
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juhcunha Postado em 05/04/2015 - 23:35:45
ai meu deus chorando litros morrendo quero mais nao acredito que terminou nisso queo mais muito mias a serie divergente e muito foda mais muito triste no final
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juhcunha Postado em 05/04/2015 - 22:06:38
posta mais
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juhcunha Postado em 01/04/2015 - 22:11:51
como e a Anie e um dele caranba quantas supresas e que essa cara ta fazendo na casa do ucker!
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juhcunha Postado em 30/03/2015 - 20:56:59
dante filho da puta traidor nao imaginava ele caranba !
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juhcunha Postado em 29/03/2015 - 02:25:13
Dabria vaca que beijo o homem dos outro puta se fudeeu dulce arazando
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juhcunha Postado em 26/03/2015 - 01:34:59
A porra fico seria agora!
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juhcunha Postado em 23/03/2015 - 23:13:32
marcie vaca robou o scott da ane puta e scott deveria te dado um fora nela ! O QUE O Que tinha naquele punhau era veneno caranba puta que paria
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juhcunha Postado em 23/03/2015 - 01:16:44
eu to descofiada que esse detetive basso e um arcanjo porque ele ta sempre vigiando sempre nos lugares errados