Fanfic: Finale (Adaptada) | Tema: Vondy
O sol arqueou-se acima no horizonte, iluminando todas as silhuetas aparentemente sem fim de anjos caídos carregados pelo terreno do cemitério. No começo, na luz inclinada, suas sombras emitiam um azul incandescente, como o estrondo de uma grande onda do mar em direção à praia.
Um homem – um nephil – corria na frente no exército empunhando uma espada azul brilhante. Uma espada criada para me matar. Mesmo à distância, os olhos de Dante pareciam atravessar todas as direções, me procurando.
Me perguntei como os portões do inferno tinham sido abertos, mas agora eu tinha minha resposta. Uma aureola azul escura pairando acima dos anjos caídos me disse que Dante tinha empregado o devilcraft.
Mas porque ele tinha permitido que Marcie queimasse as penas, apenas para libertar os anjos caídos – eu não sabia.
— Eu preciso pegar Dante sozinha, — eu disse a Scott e Ane. — Ele está me procurando, também. Se você puder, leve-o para o estacionamento cemitério acima.
— Você não tem uma arma, — Scott disse.
Eu apontei à frente, para o exército surgindo. Cada anjo caído carregava uma espada que parecia disparar das mãos deles como uma chama azul brilhante.
— Não, mas eles têm. Eu só tenho que convencer um deles a fazer uma doação.
— Eles estão se espalhando, — Scott disse. — Eles vão matar cada nephil nesse cemitério, e então invadir Colwater.
Eu agarrei as mãos dele, e então as de Ane. Por um momento, nós formamos um círculo inquebrável, e ele me deu força. Eu estaria sozinha quando encarasse Dante, mas Ane e Scott não estariam longe – eu me lembraria disso.
— O que quer que aconteça, eu nunca vou esquecer nossa amizade.
Scott arrastou minha mão contra o seu peito, segurando-me fervorosamente, e então beijou minha testa carinhosamente. Ane jogou seus braços ao meu redor, me abraçando tempo suficiente que eu temi que eu pudesse derramar mais lágrimas do que já tinha.
Me afastando, eu corri.
O terreno do cemitério oferecia muitos lugares para se esconder, eu subi rapidamente pelos ramos de uma árvore verde que crescia fora da colina, levando até o estacionamento. De lá, eu tinha uma visão ampla, assistindo enquanto homens e mulheres Nephilins desarmados, em desvantagem de vinte para um, carregavam-se para a parede de anjos caídos. Numa questão de segundos, os anjos caídos desceriam sobre eles como uma nuvem, cortando-os como se eles não fossem nada mais do que ervas daninhas.
Na parte inferior da colina, Susanna Millar estava presa em uma luta com um anjo caído que tinha cabelo loiro pálido na altura dos ombros enquanto as duas mulheres se debatiam pelo controle. Susanna arremessou uma faca escondida nas dobras de seu manto e lançou-a no peito de Dabria. Com um grunhido alto de raiva, Dabria segurou a espada com as duas mãos, derrapando sobre a grama molhada como se ela tivesse balançado em retaliação. A luta delas levou-as para trás de um labirinto de lápides e fora de vista.
Mais longe, Scott e Ane lutavam de costas um para o outro, usando galhos de árvores para se defender de quatro anjos caídos que os tinham cercado. Apesar da vantagem numérica deles, os anjos caídos recuaram de Scott, cujas enormes força e altura deram-lhe vantagem. Ele os derrubou com o galho de árvore, e então o usou como um martelo para surrá-los absurdamente.
Eu procurei por Marcie no cemitério. Se ela estava lá, eu não podia vê-la. Não era um palpite acreditar que ela tinha deliberadamente evitado a batalha e escolhido segurança sobre a honra. Sangue pintava a grama do cemitério. Nephilins e anjos caídos igualmente escorregaram sobre ele – parte do sangue era vermelho puro, muito dele manchado de azul com devilcraft.
Lisa Martin e seus amigos com mantos correndo ao longo do perímetro do cemitério, fumaça negra ondulando nas tochas que carregavam. Em um ritmo apressado, eles se moveram de uma árvore e arbusto para o outro, acendendo-os em fogo. Chamas eclodiram, consumindo a folhagem e estreitando o campo de batalha, formando uma barreira em volta dos anjos caídos. A fumaça, obscura e espessa, se esticava através do cemitério como uma sombra ao anoitecer. Lisa não poderia queimar os anjos caídos até a morte, mas ela tinha dado aos nephilins uma cobertura extra.
Um anjo caído emergiu da fumaça, marchando até a colina, olhos alerta.
Eu tinha que acreditar que ele me sentia. Sua espada irradiava um fogo azul, mas o modo que ele a segurava escondia seu rosto. Todavia, eu podia ver claramente que ele era desajeitado, um adversário mais fácil para mim.
Ele se arrastou em direção à árvore, olhando para os espaços escuros se aninhando entre os galhos com cautela. Em cinco segundos, ele estaria diretamente abaixo de mim.
Quatro, três, dois...
Eu caí da árvore. Bati nele por trás, o peso do meu impacto empurrando-o para frente. Sua espada voou de sua mão antes que eu pudesse roubá-la. Rolamos vários metros, mas eu tinha a vantagem da surpresa. Ficando ereta rapidamente, eu estava sobre suas costas, dando vários golpes esmagando as cicatrizes de suas asas antes que ele enfiasse seu pé para trás, varrendo minhas pernas debaixo de mim. Rolei para longe, faltando a perfuração de uma faca que ele tinha extraído de sua bota.
— Rixon? — eu disse, chocada por reconhecer o rosto pálido e características beligerantes do ex melhor amigo de Ucker olhando para mim.
Ucker tinha acorrentado pessoalmente Rixon no inferno depois dele ter tentado me sacrificar para conseguir um corpo humano.
— Você, — ele disse.
Nós nos encaramos, joelhos dobrados, prontos para saltar.
— Onde está Ucker? — eu ousei perguntar.
Seus olhos redondos se agarraram aos meus, estreitos e frios.
— Esse nome não significa nada para mim. O lance é que aquele homem está morto para mim.
Como ele não se impulsionou para mim com a faca, eu arrisquei fazer outra pergunta.
— Por que os anjos caídos estão deixando Dante liderá-los?
— Ele nos forçou a fazer um juramento de lealdade a ele, — ele disse, seus olhos se estreitando em fendas duplas. — Era isso, ou ficar no inferno. Não ficaram muitos.
Ucker não ficaria para trás. Não se havia uma maneira de voltar pra mim. Ele havia feito o juramento para Dante, tanto quanto ele preferia arrancar o pescoço dos nephils, e então repetir o procedimento em cada centímetro quadrado de seu corpo.
— Eu vou atrás de Dante, — eu disse a Rixon.
Ele riu, um chiado entre os dentes.
— Eu ganho um prêmio por cada corpo de nephil que eu arrastar para Dante. Falhei em matar você antes, e você sabe que farei isso corretamente.
Ao mesmo tempo, nós mergulhamos para a espada dele, a muitos metros de distância.
Rixon a alcançou primeiro, rolando agilmente sobre seus joelhos, cortando transversalmente a espada em mim. Eu me abaixei, empurrando-me em sua barriga antes que ele pudesse se balançar novamente. Eu o bati contra o chão em suas cicatrizes de asa. Aproveitando-me da sua breve imobilidade, desarmei-o; arranquei a espada da sua mão esquerda e a faca da direita. Então chutei seu corpo e mergulhei a faca profundamente em suas cicatrizes de asa.
— Você matou meu pai, — eu disse a ele. — Eu não me esqueci.
Eu me apressei ladeira acima em direção ao estacionamento, olhando para trás pra ver se eu não estava sendo seguida. Eu tinha uma espada, mas precisava de uma melhor.
Relembrando meu treinamento com Ucker, eu repassei cada manobra de extração de espada que tínhamos praticado juntos. Quando Dante me encontrasse no estacionamento, eu roubaria sua espada. E o mataria com ela.
Quando contornei a colina, Dante estava esperando. Ele me observou, deslizando o dedo preguiçosamente para frente e pra trás sobre a ponta de sua espada.
— Bela espada, — eu disse. — Ouvi dizer que você a havia feito especialmente para mim.
Seu lábio inferior se enrolou ligeiramente.
— Apenas o melhor para você.
— Você matou Blakely. Um modo bem frio de agradecer por todos os protótipos que ele desenvolveu para você.
— E você matou Hank. Sua própria carne e sangue. É um pouco como o sujo falando do mal lavado, não é? — ele brincou. — Eu passei meses me infiltrando na sociedade de sangue secreta de Hank para ganhar sua confiança. Eu tenho que te dizer, brindei à minha sorte no dia em que ele morreu. Teria sido muito mais difícil destroná-lo do que você.
Eu dei de ombros.
— Estou acostumada a ser subestimada.
— Eu treinei você. Eu sei exatamente do que você é capaz.
— Por que você libertou os anjos caídos? — perguntei sem rodeios, já que ele parecia propício a compartilhar segredos. — Você os tinha no inferno. Você poderia ter desertado e liderado os nephilins. Eles nunca teriam sabido a verdade sobre sua mudança de lealdade.
Dante sorriu, seus dentes afiados e brancos. Ele parecia mais animal do que homem, uma besta, morena selvagem.
— Eu tenho superado ambas as raças, — ele disse numa voz tão prática que era difícil achar que ele não acreditava verdadeiramente nisso. — Eu vou dar aos nephilins que sobreviverem ao ataque do meu exército essa manhã uma escolha parecida a que dei aos anjos caídos: jurar lealdade a mim ou morrer. Um governante. Indivisível. Com poder e juízo acima de tudo. Você não queria ter pensado nisso primeiro?
Eu segurei a espada de Rixon próxima ao meu corpo, deslocando sobre o peito dos pés.
— Oh, há muitas coisas que estou desejando agora, mas essa não é uma delas. Por que os anjos caídos não possuíram os Nephilins no Cheshvan? Eu acho que você sabe, mas não leve isso como um elogio.
— Eu mandei que eles não o fizessem. Até que matei Blakely, eu não queria ele superando minhas ordens e distribuindo a super bebida de devilcraft aos Nephilins. Ele teria, se os anjos caídos tinham vindo contra os Nephilins.
Novamente, falou tão praticamente. Tão superior. Ele não temia nada.
— Onde está Ucker?
— No inferno. Eu me certifiquei de que seu rosto nunca passasse pelos portões. Ele vai ficar no inferno. E só quando eu achar que ele está brutalmente abusado e com algo o atormentando, que ele vai obter um visitante.
Eu corri para ele, balançando minha espada letalmente em sua cabeça. Ele vinha de seu lado, contrariando com vários golpes explosivos de sua autoria. Com cada bloqueio defensivo, minha espada vibrava até meus ombros. Eu cerrei os dentes para combater a dor. Ele era muito forte; eu não poderia me defender de seus poderosos golpes para sempre. Eu tinha que encontrar uma maneira de tirar sua espada e perfurar seu coração.
— Quando foi a última vez que você tomou devilcraft? — Dante perguntou, usando sua espada como um facão para me cortar.
— Parei com devilcraft.
Eu boqueei seus ataques, mas se eu não parasse de jogar na defensiva logo, ele me colocaria em cima do muro. Agressivamente, corri para apunhalar sua coxa. Ele fugiu, dirigindo minha espada no ar e quase me desequilibrando.
`Quanto mais você se esticar ou se inclinar, mais fácil será para Dante te vencer.`
O aviso de Ucker soou na minha cabeça tão claramente quanto ele tinha dito ontem. Eu acenei para mim mesma. É isso, Ucker. Continue falando comigo.
— Isso mostra, — Dante disse, — Eu esperava que você tomasse bastante do protótipo venenoso que te dei para apodrecer seu cérebro.
Então esse tinha sido seu plano inicial: me deixar viciada em devilcraft e deixá-lo me matar silenciosamente.
— Onde você está armazenando o resto dos protótipos?
— Onde eu possa aproveitar o poder deles sempre que eu quiser.
Ele retornou orgulhosamente.
— Espero que você tenha escondido bem, porque se há uma coisa que eu vou fazer, antes de morrer, é destruir seu laboratório.
— O novo laboratório é dentro de mim. Os protótipos estão aqui, Dulce, reproduzindo mais e mais. Eu sou devilcraft. Você tem ideia como é sentir ser o homem mais poderoso do planeta?
Eu me abaixei a tempo de perder um golpe no meu pescoço. Acelerando meus passos e mergulhando minha espada para frente, apontei para seu estômago, mas ele dançou de lado novamente, e a lâmina beliscou a carne acima do meu quadril ao invés.
Líquido azul escorria do ferimento, florescendo em sua camisa branca. Com um rosnado gutural, Dante voou para mim. Eu corri, pulando o muro de pedra que cerca o estacionamento.
Orvalho frisava a grama, e meu equilíbrio vacilou, eu escorreguei e deslizei colina abaixo. Na hora certa eu me agarrei atrás uma lápide; a espada de Dante espetou a grama onde eu tinha aterrissado. Ele me perseguiu através das lápides, balançando sua espada em cada oportunidade, o aço soando como se retinisse contra mármore e pedra.
Eu corri para trás da primeira árvore que vi, a colocando entre nós. Ela estava pegando fogo, estalando e crepitando enquanto as chamas a devoravam. Ignorando o calor explodindo no meu rosto, eu fingi sair, mas Dante não estava no clima para joguinhos. Ele perseguiu ao redor da árvore, segurando sua espada acima da cabeça enquanto tentava me partir ao meio, da cabeça aos pés. Eu fugi novamente, ouvindo Ucker na minha cabeça.
`Use a altura dele em sua vantagem. Exponha as pernas dele. Um ataque duro no joelho, então roube a espada dele.`
Me abaixei atrás do mausoléu, me apertando contra a parede. No momento em que Dante entrou no meu campo de visão, eu saí do meu esconderijo, dirigindo minha espada para a carne de sua coxa. Sangue azul aguado jorrou da ferida. Ele tem consumido tanto devilcraft, que suas veias literalmente fluíam com isso.
Antes que eu pudesse recolher minha espada, Dante virou para mim. Eu tirei sua espada, mas fazendo isso, tive que deixar a minha própria enterrada na perna dele. O vazio em minhas mãos de repente pareceu muito real, e eu engoli o pânico.
— Esqueceu algo, — Dante zombou, cerrando os dentes quando ele puxou a lâmina de sua perna. Ele arremessou minha espada no teto do mausoléu.
Corri para longe, sabendo que sua perna ferida iria atrasá-lo até que se curasse. Eu não tinha ido longe antes do calor agonizante rasgar meu ombro esquerdo e se espalhar pelo meu braço. Tropecei de joelhos com um grito. Olhei para trás, sendo apenas capaz de ver a adaga branca perolada de Pepper profundamente alojada no meu ombro. Marcie deve ter dado a Dante noite passada. Ele mancou por trás de mim.
O branco dos olhos dele crepitavam azuis com o devilcraft. Suor azul apareceu em sua sobrancelha. Devilcraft brilhava na ferida dele. Os protótipos que tinham sido roubados de Blakely estavam dentro dele. Ele tinha consumido todos, e de algum modo tinha transformado seu corpo numa máquina de devilcraft. Um plano brilhante, exceto por um pequeno detalhe. Se eu pudesse matá-lo, todos os protótipos da Terra iriam com ele.
Se eu pudesse matá-lo.
— Seu amigo arcanjo gordo confessou encantar aquela adaga especificamente para me matar, — ele disse, — Ele falhou, e Ucker também. — Seus lábios se curvaram num sorriso desagradável.
Eu arranquei uma lápide de mármore da terra e atirei-a nele, mas ele a jogou longe como se eu tivesse jogado uma bola de beisebol.
Eu recuei, confiando no meu braço bom para recuar. Muito lento.
Tentei me apressar ao truque mental.
Largue a espada e congele! eu gritei no subconsciente de Dante.
A dor de estilhaçou por toda a minha bochecha. A parte sem corte que sua espada tinha me atacou com tanta força, que eu senti gosto de sangue.
— Você se atreve a usar truque mental em mim? — Antes que eu pudesse recuar, ele levantou pela nuca do meu pescoço e atirou-me violentamente contra uma árvore. O impacto lançou uma névoa sobre a minha visão e roubou meu fôlego. Tentei me equilibrar de joelhos, mas o chão balançava.
— Deixa ela ir.
A voz de Scott. O que ele estava fazendo aqui? Meu receio confuso durou apenas um momento. Eu vi uma espada nas mãos dele, e uma ansiedade enorme disparou por cada canto do meu corpo.
— Scott, — avisei. — Saia daqui agora.
Suas mãos firmes fecharam o punho.
— Eu jurei pro seu pai que protegeria você, — ele disse, nunca abaixando seu olhar avaliando Dante.
Dante inclinou a cabeça para trás, rindo.
— Um juramento para um homem morto? Como isso funciona?
— Se você tocar na Dulce de novo, você está tão bom quanto morto. Esse é meu juramento para você.
— Afaste-se, Scott, — Dante latiu. — Isso não é sobre você.
— É aí que você está errado.
Scott investiu em Dante, os dois lutando em um borrão de movimentos rápidos. Scott relaxou os ombros, confiando em sua compilação poderosa e graça atlética para compensar a experiência de Dante e a habilidade de devilcraft aprimorada. Scott realizou uma ofensiva, enquanto Dante contornou ligeiramente para o lado. Uma arcada brutal da espada de Scott cortou a metade inferior do braço esquerdo de Dante. Scott espetou o membro e o segurou.
Dante amaldiçoou, negligentemente investindo sua espada para Scott com o braço utilizável. A colisão de suas lâminas quebrou o ar da manhã, parecendo me ensurdecer. Dante forçou Scott de volta na direção de uma cruz de pedra imponente, e eu gritei meu aviso em fala mental.
Lápide logo atrás!
Scott pulou para o lado, facilmente evitando a queda enquanto simultaneamente bloqueava um ataque. Os poros de Dante vazavam um suor azul, se ele percebeu, não demonstrou. Ele balançou os cabelos úmidos dos olhos e continuou a cortar, e cortar, com o braço bom visivelmente se cansando. Seus traços contorcidos se tornaram desesperados. Eu vi minha chance de circular por detrás dele, prendendo-o entre Scott e eu, onde um de nós poderia acabar com ele.
Um choro gemido me parou no meu caminho. Virei apenas enquanto Scott escorregava na grama molhada, caindo sobre um joelho. Suas pernas desajeitadas, enquanto tentava recuperar sua posição. Ele rolou para longe seguramente da espada mergulhada de Dante, mas não teve tempo para ficar de pé antes que Dante atacasse de novo, desta vez dirigindo a espada profundamente no peito de Scott.
As mãos de Scott se enrolaram fracamente em torno da espada de Dante, empalada em seu coração, tentando sem sucesso desalojá-la.
Devilcraft azul ardente bombeava da espada para o seu corpo, sua pele escurecia para um azul medonho. Ele resmungou fracamente meu nome.
Dulce?
Eu gritei. Paralisada pelo choque e pela dor, eu assisti enquanto Dante terminava seu ataque com uma torção da lâmina, cortando o coração de Scott.
Eu desloquei minha atenção total para Dante, tremendo com um ódio que eu nunca tinha conhecido antes. Uma onda de ódio violento percorreu em mim. Veneno encheu minhas veias. Minhas mãos se fecharam em punhos de pedra, e uma voz de fúria e vingança gritava na minha cabeça.
Preenchida por uma profunda e permanente raiva, chamei minha forma interior. Não sem entusiasmo ou apressada, ou com falta de confiança. Chamei cada gota de coragem e determinação que eu possuía e liberei em cima dele. Eu não deixaria ele ganhar. Não desse jeito. Não com devilcraft. Não matando Scott.
Com toda a força da minha convicção mental, eu invadi a mente dele retalhei os impulsos disparando para e do cérebro dele. Tão rapidamente, eu conectava um comando irreversível:
Largue a espada. Largue a espada, seu cara inútil, astuto, doentio.
Eu ouvi um tintilar de aço no mármore.
Preguei os olhos em Dante. Sua expressão confusa olhava para o espaço distante, como se estivesse procurando algo perdido.
— Irônico, não é, que foi você quem apontou minha maior força? — eu disse, cada palavra pingando de repúdio.
Eu tinha jurado que nunca usaria devilcraft de novo, mas essa era uma circunstância onde eu alegremente me contornaria as regras. Se eu matasse Dante, devilcraft iria também.
A tentação de roubar devilcraft para mim cintilou na minha mente, mas joguei a ideia pra longe. Eu era mais forte do que Hank, mais forte do que Dante. Mais forte, até mesmo, do que o devilcraft. Eu o mandaria de volta para o inferno por Scott, que tinha dado sua vida para me salvar. Eu tinha pegado a espada de Dante quando as pernas dele se contraíram, tirando-a das minhas mãos.
Dante catapultou-se para cima de mim, com as mãos apertando meu pescoço. Eu passei minhas unhas em seus olhos. Arranhei o rosto dele.
Abri minha boca. Sem ar.
Seu olhar frio brilhava com triunfo.
Meu maxilar abria e fechava inutilmente. O rosto impiedoso de Dante ficou granulado, como uma imagem de TV antiga. Por cima do ombro, um anjo de pedra me observava com interesse.
Eu queria rir. Eu queria chorar. Então era isso o que significava morrer. Ceder.
Eu não queria ceder.
Dante beliscou minhas vias respiratórias com o joelho, se alongando de lado para pegar a espada. A ponta centrada sobre meu coração.
O possua, o anjo de pedra parecia calmamente me comandar. O possua e o mate.
Ucker? Eu me perguntei quase sonhadoramente.
Apegando-me na força de vir a acreditar que Ucker estava perto, tomando conta de mim, parei de resistir a Dante. Baixei meus dedos o arranhando e relaxei as pernas.
Eu sucumbi a ele, mesmo que ele sentisse uma coisa covardemente concedente. Eu concentrei meus pensamentos flutuando em direção a ele. Uma frieza externa ondulava sobre o meu corpo.
Pisquei, encarando o mundo através dos olhos de Dante. Eu olhei para baixo. A espada dele estava em minhas mãos. Em algum lugar enterrado dentro de mim, eu sabia que Dante estava rangendo os dentes, pronunciando arrepiantes ruídos sanguinários, uivando como um animal miserável. Eu virei a espada para me enfrentar. Apontei-a para meu coração. E então fiz uma coisa surpreendente. Eu caí na lâmina.
Prévia do próximo capítulo
O corpo de Dante expulsou o meu tão rápido que parecia que eu tinha sido arremessada, de um carro em movimento. Minhas mãos arrancaram a grama, procurando por algo sólido em um mundo que girava, derrubando e virando. À medida que a tontura desaparecia, procurei por Dante. Eu senti o cheiro dele antes de vê-lo. Sua pele tinha se aprof ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 75
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Vanuza Ribeiro Postado em 17/07/2015 - 02:09:05
fooooooooooi estremamente linda a fanfic adorei *-----* parabéns.
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Vanuza Ribeiro Postado em 14/07/2015 - 00:50:36
estou lendo a fanfic ja a algum tempo e estou a m a n d o --- preciso de um anjo desses na minha vida, que dlc kkkkkkkkkk- vo começar a ler finale.
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juhcunha Postado em 05/04/2015 - 23:35:45
ai meu deus chorando litros morrendo quero mais nao acredito que terminou nisso queo mais muito mias a serie divergente e muito foda mais muito triste no final
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juhcunha Postado em 05/04/2015 - 22:06:38
posta mais
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juhcunha Postado em 01/04/2015 - 22:11:51
como e a Anie e um dele caranba quantas supresas e que essa cara ta fazendo na casa do ucker!
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juhcunha Postado em 30/03/2015 - 20:56:59
dante filho da puta traidor nao imaginava ele caranba !
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juhcunha Postado em 29/03/2015 - 02:25:13
Dabria vaca que beijo o homem dos outro puta se fudeeu dulce arazando
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juhcunha Postado em 26/03/2015 - 01:34:59
A porra fico seria agora!
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juhcunha Postado em 23/03/2015 - 23:13:32
marcie vaca robou o scott da ane puta e scott deveria te dado um fora nela ! O QUE O Que tinha naquele punhau era veneno caranba puta que paria
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juhcunha Postado em 23/03/2015 - 01:16:44
eu to descofiada que esse detetive basso e um arcanjo porque ele ta sempre vigiando sempre nos lugares errados