Fanfic: Finale (Adaptada) | Tema: Vondy
O sonho veio em três cores: preto, branco, e um cinza mortiço.
Era uma noite fria. Eu estava com os pés descalços na estrada de terra, na lama e na chuva enchendo rapidamente os caldeirões que pockmarking a. As rochas e as ervas daninhas esqueletais saltaram intermitentemente. A escuridão consumiu o campo, exceto um ponto brilhante.
Umas cem jardas longe da estrada, via-se uma taverna pedra-e-madeira. As velas grudadas nas janelas, e eu tinha me virado para ir me abrigar, quando ouvi o barulho distante de sinos. Enquanto o som se aproximava, me dirigi a uma distância segura fora da estrada. Assisti a uma carruagem puxada por cavalos sair da escuridão e parar exatamente onde eu estava em pé momentos antes. Assim que as rodas pararam, o cocheiro se atirou da carruagem, espalhando a lama por cima de sua bota. Ele abriu a porta e deu um passo para trás.
Uma sombra emergiu. Um homem. Uma capa pendurada nos ombros, batendo aberta ao vento, mas cobria seu rosto.
— Espere aqui, — Ele disse ao cocheiro.
— Meu senhor, está chovendo forte...
O homem da capa se direcionou para a taverna.
— Tenho negócios a tratar. Não demorarei. Mantenha os cavalos preparados. — Os olhos do cocheiro se viraram para a taverna.
— Mas, meu senhor... somente ladrões e vagabundos frequentam lá. E está um ar esquisito esta noite. Sinto isso em meus ossos. — Ele tremeu seus braço bruscamente, como de expulsasse um resfriado. — Meu senhor, deve ser melhor voltar pra casa, para a Senhora e o pequeno `uns.
— Não fale nada disso para minha esposa. — O homem da capa flexionou e abriu suas mãos enluvadas enquanto fixava seu olhar na taverna. — Ela já tem demais com o que se preocupar. — Ele murmurou.
Mudei minha atenção para a taverna, e o sinistro candelabro oscilando em sua pequena e torta janela. O telhado era torto também, inclinando levemente para a direita, como se as ferramentas usadas para construir estivessem longe do exato.
As ervas daninhas sufocavam o exterior, e de vez em quando um grito ou um som de vidro quebrando viajava para fora de seus muros. O cocheiro arrastou a manga de seu casaco pelo seu nariz.
— Meu próprio filho morreu de praga não tem dois anos. Algo terrível, que você e a senhora então sofrendo.
No duro silêncio que se seguiu, os cavalos bateram seus cascos impacientemente, seus dorsos fervendo. A imagem era tão real, que me assustava. Nunca antes eu tinha tido um sonho tão real.
O homem da capa tinha começado a atravessar a escuridão rumo a taverna. As laterais do sonho desapareciam detrás dele, e depois de um momento de hesitação, fui atrás dele, com medo de que eu também desaparecesse se eu não ficasse por perto. Escorreguei através da porta da taverna atrás dele.
No meio da parede do fundo, tinha um forno gigante com uma chaminé de tijolos. Várias tigelas de madeira, copos estranhos, e utensílios ladeados na parede para ambos os lados do forno, pendurados em grandes ganchos. Três barris tinham rolado para o canto. Um cão sarnento estava enrolado em uma bola de dormir em frente a eles.
Fezes derrubadas e um arranjo aleatória de pratos sujos e canecas desordenadas no chão, que dificilmente era um chão, afinal. Era sujeira, socada e polvilhada com o que parecia serragem, e no momento em que pisei, a lama já seca nos meus calcanhares limpou o pó da terra. Eu estava ansiando por um banho quente, quando a aparência dos quase 10 clientes situados em várias mesas na taverna penetraram meus sentidos.
A maior parte dos homens tinham cabelos na altura do ombro, com estranhas barbas pontiagudas. Suas calças eram folgadas e enfiadas dentro de botas altas, e suas mangas dobradas. Eles usavam chapéus de abas largas, que me lembrava peregrinos.
Eu definitivamente estava sonhando em um tempo distante da história e desde que os detalhes eram tão vívidos, eu deveria pelo menos ter uma ideia de que período eu estava sonhando. Mas era uma perca de tempo. Parecia muito com a Inglaterra, mas em qualquer lugar do século quinze ao século dezoito. Eu tinha tirado um 10 em Históra esse ano, mas vestimenta da época não estava em nenhum de nossos testes. Nada na cena antes de mim tinha.
— Estou procurando um homem. — O homem da capa disse para o balconista, que estava posicionado atrás de uma grande e vasta mesa que eu conclui servir como o bar. — Foi-me dito para encontrar com ele aqui esta noite, mas temo não saber seu nome.
O balconista, um homem pequeno, careca exceto por alguns fios de cabelo no topo de sua cabeça, olhou para o homem de capa.
— Bebe alguma coisa? — perguntou, espalhando seus lábios para mostrar tocos negros e tortos como seus dentes.
Engoli a náusea que rolou pelo meu estomago quando avistei seus dentes e dei um passo para trás.
O homem de capa não mostrou a mesma repulsão. Ele meramente balançou sua cabeça.
— Preciso achar esse homem o mais rápido possível. Fui avisado que você seria capaz de me ajudar.
O sorriso do balconista voltou para trás de seus lábios.
— Aye, posso ajudar você a encontrá-lo, meu senhor. Mas creia no velho e beba um ou dois copos antes. Algo para aquecer seu sangue em uma noite fria.
Ele empurrou um pequeno copo para o homem. Atrás da capa, o homem balançou sua cabeça de novo.
— Temo que eu esteja com um pouco de pressa. — Ele empurrou algumas moedas através da mesa.
O balconista guardou as moedas. Apontando sua cabeça para a porta de trás, ele disse:
— Ele fica além da floresta. Mas, meu senhor? Tenha cuidado. Alguns dizem que a floresta é mal-assombrada. Alguns dizem que o homem que entra na floresta nunca mais volta.
O homem na capa inclinou-se sobre a mesa que os dividia e abaixou sua voz.
— Eu gostaria de fazer uma pergunta pessoal. O mês judaico do Cheshvan significa algo para você?
— Eu não sou judeu. — O balconista disse, terminantemente, mas algo em seus olhs me disse que não era a primeira vez que o perguntavam isso.
— O homem que eu vim ver esta noite me disse para encontrá-lo aqui na primeira noite do Cheshvan. Ele disse que precisava de mim para lhe prestar um serviço, na quinzena inteira.
O balconista acariciou seu queixo.
— Uma quinzena é um longo tempo.
— Longo demais. Eu não deveria ter vindo, mas temi o que o homem faria se eu não viesse. Ele mencionou o nome da minha família. Ele os conhece. Tenho uma linda mulher e quatro filhos. Eu não os quero prejudicados.
O balconista abaixou sua voz, como se estivesse compartilhando ma fofoca escandalosa.
— O homem que você veio ver é... — ele olhou envolta, passando um olhar suspeito na taverna.
— Ele é incomumente poderoso. — O homem da capa disse. — Já vi sua força antes, e ele é corajoso. Eu vim por essa razão. Obviamente ele não espera que eu abandone meus deveres e minha família por tanto tempo. O homem deve ter uma razão.
— Eu desconheço suas razões. — Disse o balconista.
— Meu filho mais novo contraiu a praga, — o homem da capa explicou, sua voz tomando um tanto de desespero. — Os doutores não acham que ele viverá muito mais. Minha família precisa de mim. Meu filho precisa de mim.
— Tome uma bebida, — o balconista disse silenciosamente. Ele cutucou o copo pela segunda vez.
O homem de capa virou-se abruptamente da mesa e caminhou em direção a porta. Eu o segui.
Do lado de fora, espirrei lama gelada com meus pés descalços atrás dele. A chuva continuava a cair, e eu tinha que andar cuidadosamente para evitar escorregar. Enxuguei meus olhos e vi os homem da capa desaparecer na linha de árvores na beira da floresta.
Eu tropecei atrás dele, hesitando na linha das árvores. Colocando minhas mãos para segurar meus cabelos molhados, espiei através da densa escuridão a frente.
Tinha um flash de movimento e de repente o homem de capa estava correndo em minha direção. Ele tropeçou e caiu. Os galhos grudaram em sua capa; em frenesi, ele lutou para soltá-la de seu pescoço. Ele deu um guincho de terror, seus braços agitados freneticamente, seu corpo balançando e repuxando convulsivamente.
Atravessei meu caminho em direção a ele, galhos ferindo meus braços, pedras esfaqueando meus pés descalços. Eu caí de joelhos ao lado dele. Sua capa ainda estava quase solta, mas eu pude ver que sua boca estava um tanto aberta, paralizada em um grito.
— Role! — Eu odernei, puxando para livrar o tecido debaixo dele.
Mas ele não podia me ouvir. Pela primeria vez, o sonho me pareceu familiar. Como todos os outros pesadelos em que eu fiquei presa. Por mais que eu lutasse, o que eu mais queria estava fora do meu alcance. Empurrei seus ombros e sacudi-o.
— Role! Posso te tirar daqui, mas você tem que ajudar!
— Eu sou Barnabas Underwood. — Ele sussurou. — Você sabe o caminho até a Taverna? É uma boa garota. — Ele disse, batendo no ar, como se estivesse acariciando um rosto imaginário. Eu enrijeci. Não tinha como ele poder me ver. Ele estava aluciando com outra garota. Ele tinha que estar. Como ele poderia me ver se ele não podia me ouvir?
— Volte correndo e fale com o balconista para enviar ajuda. — Ele continuou — diga-o que não há homem. Diga que era um dos anjos malignos, que veio possuir meu corpo e descartar minha alma. Diga-o pra enviar um padre, água benta e rosas.
Na mensão dos anjos malignos, os cabelos dos meus braços arrepiaram-se.
Ele virou sua cabeça devolta em direção a floresta, forçando o pescoço.
— O anjo! — ele suspirou em pânico. — O anjo está vindo!
Sua boca tremeu em formas distorcidas, e pareceu que ele estava lutando para controlar seu prórprio corpo. Ele arcou suas costas violentamente, e sua capa estava finalmente solta.
Eu ainda estava agarrando a capa, mas senti minhas mãos afrouxarem reflexivamente. Encarei o homem com um pouco de surpresa presa em minha garganta. Ele não era Barnabas Underwood.
Ele era Hank Millar.
O Pai de Marcie.
Pisquei meus olhos acordando. Raios de luzes desbravaram pela janela do meu quarto. O painel estava rachado, e uma brisa preguiçosa sussurrou o primeiro sopro da manhã sobre minha pele. Meu coração ainda estava batendo forte por causa do pesadelo, mas eu respirei fundo e me acalmei, aquilo não era real. Verdade seja dita, agora que meus pés estão plantados firmemente em meu mundo, estava tão perturbada com os últimos acontecimentos que acabei sonhando com o pai da Mercie e mais nada. Quero esquecer isso logo, deixar esse sonho de lado.
Peguei meu celular debaixo do travesseiro e chequei as mensagens. Patch não ligou. Agarrando o travesseiro novamente, tentei ignorar a sensação de vazio dentro de mim. Quantas horas tinham se passado desde que Patch foi embora? Doze. Quantas mais até vê-lo novamente? Eu não sabia. Isso é que realmente preocupa-me. Quanto mais o tempo passa, mais eu sinto a parede de gelo entre nós engrossar.
Apenas mantenha a cabeça no lugar hoje, disse a mim mesma, engolindo a pedrinha na garganta.
A estranha distância entre nós não poderia durar para sempre. Nada se resolveria se eu ficasse na cama o dia inteiro. Eu veria Ucker novamente. Ele pode até mesmo aparecer após a aula. Por outro lado, eu poderia ligar para ele. Fico com esses pensamentos ridículos, mantendo-me pensando sobre arcanjos, sobre inferno e sobre o medo que eu tinha de que Ucker e eu não fossemos forte o suficiente para resolvermos nossos problemas.
Saltei da cama e encontrei um Post-it amarelo grudado no espelho do quarto.
Boas notícias: convenci Lynn a não mandar Scott te apanhar nesta manhã.
Tristes notícias: Lynn confirmou o tour na cidade. A respeito disso não tenho certeza se um não vá funcionar. Você tem em mente aonde o levará após a aula? Mantenha ele no seu lugar. Realmente no seu lugar. Deixei seu número no balcão da cozinha. XOXO
Mamãe.
P.S. Ligarei à noite do hotel.
Eu gemi e me abaixei em frente ao balcão. Não quero passar alguns minutos com Scott, quanto mais algumas horas.
Quarenta minutos depois eu tinha tomado banho, me vestido e comido uma tigela de aveia e morango. Ouvi batidas na porta da frente, depois de abri-la encontrei Ane sorrindo.
— Pronta para outro dia de pura diversão na escola de verão? — perguntou ela.
Peguei minha mochila no gancho do armário de casacos.
— Vamos, só pegar o dia de hoje com mais calma, OK?
— Whoa. Quem pisou no seu calo?
— Scott Parnell. — Patch.
— Vejo que este problema não irá melhorar com o tempo.
— E tenho que fazer um tour com ele na cidade após a aula.
— Um tempo a sós com um menino. O que há de ruim?
— Você deveria ter estado aqui na noite passada. O jantar foi bizarro. A mãe dele começou a nos contar sobre seu passado conturbado, mas Scott a cortou. Não só isso, mas quase parecia que ele estava a ameaçando. Então, ele pediu para usar o banheiro, mas acabou nos escutando do corredor. — E talvez tenha falado com os pensamentos de sua mãe.
Soa como se ele estivesse tentando manter sua vida privada. Soa como tenhamos que fazer algo para mudar isso.
Eu estava a dois passos de Vee, liderando o caminho, então me reaproximei. Eu apenas tive uma luz de inspiração.
— Tenho uma grande ideia, — disse, virando-me. — Porque você não faz o tour com Scott? Não, sério, Ane. Você vai amá-lo. Ele é irresponsável, anti-regras, atitude de bad boy. Até perguntou se tínhamos cerveja, certo? Acho que ele atende todas as suas expectativas.
— Não posso, tenho um almoço com Rixon.
Senti como uma facada no coração. Patch e eu tínhamos planos de almoçarmos hoje também, mas de alguma forma eu duvidava que isso estivesse acontecendo. O que eu tinha feito? Eu tinha que ligar para ele. Tinha que achar uma maneira de falar com ele. Eu não ia terminar assim. Foi um absurdo. Mas uma pequena voz que eu estava ignorando questionou porque ele não me ligou primeiro. Ele também tinha uma parcela de culpa pelo modo que agi.
— Eu te pago para você sair com ele, a oferta final. — Eu disse.
— Tentador, mas não. E outra coisa. Ucker provavelmente não vai ficar nada satisfeito se você e Scott juntos se tornar um hábito. Não me interprete mal. Eu não poderia me importar menos com o que Ucker pensa, ou se você quer deixá-lo louco, mas pode importar para você. Ainda sim, pensei que poderia te dar essa dica.
Eu estava no meio da escadaria da frente, e meu pé escorregou na simples menção do Ucker. Pensei em contar para vi tudo o que tinha acontecido, mas eu ainda não estava pronta para dizer isso em voz alta. Senti meu celular com a imagem de Ucker queimando no meu bolso. Parte de mim queria atirá-lo no meio das árvores do outro lado da estrada. Parte de mim não queria perdê-lo tão rápido. Além disso, se eu contasse para Ane, ela inevitavelmente defenderia que uma ruptura nos faz livres para namorar outras pessoas, que era a conclusão errada. Eu não estava procurando outro caminho, e nem Ucker. Eu esperava. Esse foi apenas um obstáculo. Nossa primeira briga real. O rompimento não era permanente. Naquele momento, tínhamos dito coisas que não queríamos dizer.
— Se eu fosse você, me libertaria, — disse Ane, descendo a escada atrás de mim com seus saltos de quatro polegadas — é o que faço sempre que me encontro na mesma situação. Ligue para Scott e diga que seu gato está vomitando as tripas, e você terá que levá-lo ao veterinário depois da escola.
— Ele estava na minha casa na noite passada. Sabe que não tenho um gato.
— Então, se ele não tem um espaguete cozido como cérebro vai entender que você não está interessada.
Considerarei isso. Se eu não sair com Scott num tour pela cidade, talvez eu possa pegar o carro de Ane emprestado e segui-lo. Tentar racionalizar o que ouvi na noite passada, eu não podia ignorar o fato de ter ouvido Scott falar com os pensamentos de sua mãe. Um ano atrás eu acharia ridícula essa ideia. Mas hoje as coisas são diferentes. Ucker já havia falado com meus pensamentos diversas vezes. Até Chauncey (Jules), um Nefilim do meu passado.
Como conheço Scott desde os cinco anos, e anjos caídos não tem idade, já descartei essa hipótese. Mas mesmo que Scott não fosse um anjo caído, ele ainda poderia ser um Nefilim.
Mas se ele fosse um Nefilim, o que estava fazendo em Coldwater? O que ele estava fazendo ao viver uma vida de um adolescente comum? Ele sabia que era um Nefilim? Será que Lynn sabia? Será que Scott já tinha jurado fidelidade a um anjo caído? Se ele ainda não tivesse jurado, era a minha responsabilidade avisá-lo sobre o que viria pela frente? Não simpatizei de cara com Scott, mas não significava que eu achasse que ele merecia desistir de seu corpo duas semanas por ano.
Claro, talvez ele não fosse um Nefilim. Talvez eu tivesse me deixado levar pela crença de tê-lo ouvido conversar com os pensamentos de sua mãe.
Depois da aula de química segui para o meu armário, troquei meu livro pela minha mochila e celular, então atravessei as portas, tendo uma visão clara do estacionamento dos alunos. Scott estava sentado no capô de seu Mustang azul cintilante. Estava usando um chapéu havaiano e me dei conta que não o reconheceria se ele estivesse sem. No caso em questão: eu nem sequer sei qual a cor do seu cabelo. Puxei o Post-it que minha mãe havia me deixado do bolso e disquei o número dele.
— Deve ser Dulce Grey — respondeu ele — espero que você não esteja me abandonando.
— Más notícias. Meu gato está doente. O veterinário me pressionou para cuidar dele. Estava indo verificar se ia chover durante o nosso passeio. Desculpe — terminei, não esperava sentir-me culpada. Afinal, era apenas uma pequena mentira. E uma parte de mim não acreditou que Scott quisesse mesmo um tour pela cidade comigo. Era o que dizia a mim mesma para aliviar a minha consciência.
— Certo, — disse Scott, e desligou o telefone.
Eu apenas fechei o celular quando Vee chegou por trás de mim.
— Foi fácil com ele, essa é minha garota.
— Você se importaria em me emprestar o Neon mais tarde? — eu perguntei, vendo Scott sair com o Mustang e fazer uma ligação em seu celular.
— Qual a ocasião?
— Eu quero seguir Scott de perto.
— Para quê? Esta manhã você deixou bem claro que o considera um sanguessuga.
— Há alguma coisa sobre ele...sei lá.
— Sim, seus óculos escuros. Hulk Hogan, mais alguém? De qualquer forma, não posso te emprestar. Tenho o meu almoço com Rixon.
— Sim, mas Rixon poderia lhe dar uma carona para que eu possa ter o Neon, — eu disse, olhando pela janela para ter certeza de que Scott não tinha pulado dentro de seu Mustang ainda. Eu não queria perdê-lo de vista antes de convencer Ane a me entregar as chaves do Neon.
— Claro que pode. Mas eu pareceria mais dependente. Os caras de hoje querem uma mulher forte e independente.
— Se você me deixar ficar com o Neon, eu vou encher o tanque.
Ane mordeu o lábio.
— Tudo bem, — disse ela lentamente. — Mas talvez eu devesse ir junto para te fazer companhia, ter certeza de que nada de ruim vá acontecer.
— E Rixon?
— Só porque consegui um namorado gostoso não significa que vou deixar minha melhor amiga em risco. Além disso, tenho a sensação de que você precisará de minha ajuda.
— Nada de ruim vai acontecer. Vou ser discreta. Ele não vai perceber nada. — Mas eu apreciei a oferta. Os últimos meses me mudou. Eu não sou mais tão ingênua ou descuidada como eu era, ainda mais com Vee. Especialmente se Scott fosse mesmo um Nefilim. O único Nefilim que conheci tinha tentado me matar.
Após Ane ligar para Rixon e cancelado o almoço, esperamos até que Scott tivesse se inclinado ao volante e saísse de sua vaga no estacionamento. Ele virou à esquerda fora do estacionamento e nós corremos para seu Dodge Neon roxo.
— Você dirige — disse Ane, jogando-me as chaves. Alguns minutos depois a expressão de Ane suavizou-se um pouco. — Todo o tanque?
— Todo o tanque. — Ou tanto o que oito dólares pudessem comprar.
Encontramos o Mustang, e eu estava três carros atrás. Scott ficou na estrada, rumo ao litoral e eu estava seguindo.
Meia hora depois, ele seguiu no cais e estacionou em uma rua estreita de lojas, que levava ao oceano. Fui mais lentamente, permitindo-lhe tempo para que trancasse as portas e saísse andando, e estacionando duas vagas de distância.
— Parece que Scott vai ás compras — disse Ane. — Falando em compras, você se importaria se eu for dar uma volta ao redor, enquanto executa sua vigilância amadora? Rixon disse que gosta de meninas que usam acessórios como echarpes, e meu guarda-roupa está vazio de lenços.
Ao ficar meio quarteirão atrás de Scott, eu o vi entrar em uma loja de roupas da moda e sair em menos de quinze minutos com uma sacola de compras. Ele entrou em outra loja e saiu dez minutos depois. Nada de incomum, nada do que fez denunciaria que ele é um Nefilim. Depois da terceira loja, a atenção de Scott foi atraída por um grupo de universitárias que estavam almoçando na rua. Eles se sentaram em uma mesa sob um guarda-chuva no terraço do restaurante, usando shorts jeans e tops de biquíni, Scott tirou o celular com câmera e tirou algumas fotos.
Virei para fazer caretas na janela de vidro do café ao meu lado, e foi quando eu o vi sentando em uma cabine lá dentro. Ele estava vestindo uma calça caqui, com um botão azul embaixo, e um blazer de linho marfim. Seu cabelo louro ondulado estava maior agora, puxado para trás em um rabo de cavalo. Ele estava lendo o jornal.
Meu pai.
Ele dobrou o jornal e caminhou em direção aos fundos da loja. Eu corri pela calçada até a entrada do café e em empurrei para dentro. Meu pai tinha desaparecido na multidão. Corri para o fundo da loja, olhando em volta freneticamente. O corredor de azulejos preto e branco terminou no banheiro dos homens do lado esquerdo e no lado direito o das mulheres. Não havia outra saída, significava que meu pai teria que ter entrado no banheiro dos homens.
— O que você está fazendo? — Scott perguntou diretamente sobre o meu ombro.
Eu me virei.
— Como... o quê... o que você está fazendo aqui?
— Eu estava prestes a perguntar-lhe a mesma coisa. Sei que você me seguiu. Não fique tão surpresa. É um espelho chamado retrovisor. Você está me seguindo por algum motivo específico?
Meus pensamentos estavam muito confusos com tudo o que ele estava dizendo.
— Entre no banheiro masculino e veja se tem um homem de azul lá dentro.
Scott bateu na minha testa.
— Drogas? Transtornos de conduta? Você está agindo como uma esquizofrênica.
— Apenas faça.
Scott deu um pontapé na porta, entrando no vão livre. Eu ouvi os estalos das portas, e um momento depois, ele retornou.
— Nada.
— Eu vi um homem vestido de azul caminhar até aqui. Não há outra saída. — Voltei a minha atenção para a porta do outro lado do corredor, era apenas outra porta. Entrei no banheiro das mulheres e cutuquei cada cabine aberta, com meu coração na boca. Todos os três estavam vazios.
Percebi que estava segurando a minha respiração, e a soltei. Eu tinha várias emoções esmagando dentro de mim, decepção e medo no topo da lista. Pensei ter visto meu pai vivo. Mas ele tinha se transformado num truque cruel da minha imaginação. Meu pai tinha ido embora. Ele nunca mais vai voltar, e eu preciso descobrir uma maneira de aceitar isso. Agachei-me de costas para a parede e em lágrimas senti todo meu corpo tremer.
Prévia do próximo capítulo
Scott ficou parado na entrada, os braços cruzados. — Então é assim que é o interior de um banheiro feminino. Tenho que dizer, é muito mais limpo. Mantive a minha cabeça curvada e assoei meu nariz com as costas da minha mão. — Dá licença? — Não vou embora até voc& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 75
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Vanuza Ribeiro Postado em 17/07/2015 - 02:09:05
fooooooooooi estremamente linda a fanfic adorei *-----* parabéns.
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Vanuza Ribeiro Postado em 14/07/2015 - 00:50:36
estou lendo a fanfic ja a algum tempo e estou a m a n d o --- preciso de um anjo desses na minha vida, que dlc kkkkkkkkkk- vo começar a ler finale.
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juhcunha Postado em 05/04/2015 - 23:35:45
ai meu deus chorando litros morrendo quero mais nao acredito que terminou nisso queo mais muito mias a serie divergente e muito foda mais muito triste no final
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juhcunha Postado em 05/04/2015 - 22:06:38
posta mais
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juhcunha Postado em 01/04/2015 - 22:11:51
como e a Anie e um dele caranba quantas supresas e que essa cara ta fazendo na casa do ucker!
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juhcunha Postado em 30/03/2015 - 20:56:59
dante filho da puta traidor nao imaginava ele caranba !
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juhcunha Postado em 29/03/2015 - 02:25:13
Dabria vaca que beijo o homem dos outro puta se fudeeu dulce arazando
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juhcunha Postado em 26/03/2015 - 01:34:59
A porra fico seria agora!
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juhcunha Postado em 23/03/2015 - 23:13:32
marcie vaca robou o scott da ane puta e scott deveria te dado um fora nela ! O QUE O Que tinha naquele punhau era veneno caranba puta que paria
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juhcunha Postado em 23/03/2015 - 01:16:44
eu to descofiada que esse detetive basso e um arcanjo porque ele ta sempre vigiando sempre nos lugares errados