Fanfics Brasil - Capitulo 16 Finale (Adaptada)

Fanfic: Finale (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 16

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Três horas mais tarde, a parte de cima das coxas Ane estavam torradas de vermelho, o topo de seus pés estavam com bolhas, e seu rosto estava inchado com o calor. Rixon havia saído uma hora atrás, e Ane e eu estavámos carregando a sacola de praia e o guarda-sol e até o beco que dava em Old Orchard Street.


— Eu me sinto engraçada, — disse Ane. — Como se eu fosse desmaiar. Talvez eu deveria ter pego mais leve no óleo de bebê.


Eu estava tonta e desconfortavelmente quente também, mas não tinha nada a ver com o clima. Uma dor de cabeça cortada o centro do meu crânio. Fiquei tentando engolir o gosto ruim na minha boca, mas quanto mais eu engolia, a asia em meu estômago aumentava. O nome "Mão Negra" martelava em minha mente como que me provocando para dar-lhe toda a minha atenção, fincando as unhas na minha cabeça toda vez que eu tentava ignorá-lo. Eu não poderia pensar sobre isso agora, não na frente de Ane, tinha que ter a perspicácia suficiente para saber o momento em que poderia me soltar. Eu tinha que fazer malabarismos com a dor um pouco mais, jogá-la ao ar toda vez que ameaçava desabar. Agarrei-me à segurança da devastação entorpecente, empurrando o inevitável para o mais longe possível, enquanto eu podia. Ucker. A Mão Negra. Não podia ser.


Ane parou de repente.


— O que é isso?


Estávamos no estacionamento nos fundos da livraria, a poucos metros do Neon, e estávamos olhando para o grande pedaço de metal preso ao pneu traseiro esquerdo.


— Eu acho que é um rebocador de carro, — eu disse.


— Posso ver isso. O que está fazendo no meu carro?


— Eu acho que quando eles dizem que infratores serão rebocados, que eles falam sério.


— Não se faça de esperta comigo. O que vamos fazer agora?


— Ligar para Rixon? — Sugeri.


— Ele não vai ficar muito feliz em ter que fazer todo o caminho de volta para cá. E a sua mãe? Ela está de volta à cidade?


— Ainda não. E seus pais?


Ane se sentou no meio-fio e enterrou o rosto nas mãos.


— Provavelmente vai custar uma fortuna para conseguir um rebocador de carro. Esta será a gota d`água. Minha mãe vai me mandar para um convento.


Sentei-me ao lado dela e, juntas, ponderamos as nossas opções.


— Não temos qualquer outro amigo? — Ane perguntou. — Alguém que poderíamos chamar para um passeio sem nos sentirmos culpadas demais? Eu não me sentiria culpada por fazer Marcie dirigir todo o caminho até aqui, mas tenho certeza de que ela não faria isso. Não por nós. Principalmente por nós. Você é amiga do Scott. Acha que ele viria nos pegar? Espere um minuto... não é o Jipe do Ucker?


Segui o olhar de Ane para o lado oposto da rua um pouco mais abaixo. Ele estava na Rua Imperial, estacionado perfeitamente na Imperial um brilhante e preto Jipe Commander. As janelas estavam coloridas, com os raios do sol refletindo nelas. Meu coração estava acelerado. Eu não poderia pedir ajuda a Ucker. Não aqui. Não ainda. Não quando a única coisa me impedindo de desabar em soluços era uma represa cuidadosamente construída, cuja a fundação estava rachando a cada segundo que se passava.


— Ele deve estar aqui em algum lugar, — disse Ane. — Mande uma mensagem e diga a ele que estamos encalhadas. Posso não gostar dele, mas vou usá-lo para poder ir para casa.


— Eu vou mandar uma para Marcie antes de mandar para o Ucker. — Esperava que Ane não detectasse a minha voz estranha e monótona de sofrimento. A Mão Negra... a mão negra... não Ucker... por favor, não Ucker... deve ser um engano, tem que haver uma explicação... A minha dor de cabeça queimava, como se meu corpo estavesse me avisando para parar de pensar sobre isso para minha própria segurança.


— Quem mais podemos chamar? — Ane disse. Nós duas sabíamos que não poderíamos chamar absolutamente ninguém. Eramos excluídas, pessoas sem amigos. Ninguém nos devia um favor. A única pessoa que iria largar tudo para vir para o meu resgate estava sentada ao meu lado. E vice-versa. Eu dirigi a minha atenção de volta para o Jipe. Sabe-se-lá-porque, mas eu estava.


— Vou dirigir o Jeep até em casa. — Eu não tinha certeza que tipo de recado eu pretendia enviar para o Ucker. Olho por olho? Você me feriu, eu vou te ferir? Ou talvez, isto seja apenas o começo, se você tivesse alguma coisa a ver com a morte do meu pai...


— Se Ucker ficar louco quando descobrir que roubaram seu Jipe? — Ane disse.


— Eu não me importo. Não vou ficar aqui a noite toda.


— Eu tenho um mau pressentimento sobre isso, — disse Ane. — Não gosto de Ucker em um dia normal, não importa o quanto ele seja paciente.


— O que aconteceu com seu senso de aventura? — Um feroz desejo tinha tomado o controle de mim, e eu não queria nada mais do que levar o Jipe e enviar uma mensagem à Ucker. Me imaginei batendo o carro em uma árvore. Não forte o suficiente para inflar o airbag, apenas o suficiente para deixar um amassado. Uma lembrança minha. Um aviso.


— Meu senso de aventura não chega a um suicídio kamikaze, — disse Ane. — Não vai ser nada bonito quando ele descobrir que foi você. — A voz lógica na minha cabeça poderia ter me instruido a me afastar por um momento, mas toda a lógica foi embora rapidamente. Se ele machucou a minha família, se destruiu a minha família, se ele mentiu para mim...


— Você sabe mesmo como fazer funcionar o carro? — Ane perguntou.


— Ucker me ensinou.


Ela não parecia convencida.


— Você quer dizer que viu Ucker roubar um carro, e agora acha que vai conseguir também?


Eu caminhava pelo beco em direção a Rua Imperial, com Ane correndo logo atrás. Verifiquei para o tráfego, então cruzei para o Jipe. Tentei a fechadura da porta. Trancado.


— Ninguém está em casa, — Ane disse, colocando as mãos em torno dos olhos para verificar dentro. — Acho que devemos ir embora. Vamos lá, Dulce. Afaste-se do Jipe.


— Precisamos de uma carona. Nós estamos encalhadas.


— Ainda temos duas pernas, esquerda e direita. As minhas estão no humor para o exercício. Eles se sentem muito bem para uma longa caminhada... Você está louca? — Ela gritou.


Eu estava com a ponta do guarda-sol mirando na janela do lado do motorista.


— O quê? — Eu disse. — Temos que entrar.


— Abaixe o guarda-sol! Você vai chamar muita atenção negativa se quebrar a janela. O que deu em você? — Disse ela, me olhando, com os olhos arregalados.


A visão passou pela minha mente. Vi Ucker em pé sobre meu pai, com a arma na mão. O som de um tiro rasgou o silêncio. Eu apoiei minhas mãos em meus joelhos e me inclinei, sentindo brotar lágrimas nos meus olhos. O chão balançou em um giro nauseante. Suor escorria em trilhas dos lados do meu rosto. Eu estava sendo sufocada, como se todo o oxigênio de repente tivesse evaporado do ar. Quanto mais eu tentava respirar, mais paralisados meus pulmões ficavam. Ane estava gritando para mim, mas vinha de longe, um som subaquático.


De repente o chão parou.


Respirei fundo três vezes. Ane estava ordenando-me a sentar, gritando alguma coisa sobre o calor exaustão. Puxei minhas mãos para me livrar das dela.


— Estou bem, — eu disse, levantando a mão quando ela veio para mim novamente. — Eu estou bem.


Para mostrar a ela que eu estava bem, me curvei para pegar minha bolsa, que devia ter caído, e foi então que vi a chave reserva do Jipe brilhando no fundo dela. A que eu tinha roubado de Marcie na noite de sua festa, quando entrei em seu quarto.


— Eu tenho a chave do Jipe, — eu disse, surpreendendo a mim mesma.


Ane franziu a testa.


— Ucker nunca a pediu de volta?


— Ele nunca me deu. Encontrei ela no quarto de Marcie na noite da festa.


— Whoa.


Enfiei a chave na fechadura, subi, sentei no assento do motorista. Então, ajustei o banco para a frente, acionando a ignição, e agarrei o volante com as duas mãos. Apesar do calor, as minhas mãos estavam frias de nervoso.


— Você não está pensando em causar mais danos do que apenas dirigir para casa, não é? — Ane perguntou, encaixando o cinto de segurança. —Porque essa veia latejante nas suas temporas, da última vez que eu vi, foi antes de você dar um soco na mandíbula de Marcie, no Devil`s Handbag.


Lambi meus lábios, que eu sentia como lixa e borracha ao mesmo tempo.


— Ele deu uma chave reserva para Marcie, então eu deveria estacionar essa coisa no mar, a vinte metros abaixo.


— Talvez ele tivesse uma boa razão, — Ane disse nervosa.


Eu dei uma risada ligeiramente alta.


— Eu não vou fazer nada com ele até deixá-la. — Eu girei o volante para a esquerda e seguimos para a rua.


— Você jura que vai lembrar desse detalhe quando tentar explicar a Patch porque roubou seu carro?


— Não estou roubando. Estamos presas aqui. Isso se chama empréstimo.


— Isso se chama `você está louca`.


Eu podia sentir a perplexidade de Ane na minha raiva. Eu podia ver a minha irracionalidade no jeito que ela olhou para mim. Talvez eu fosse irracional. Talvez eu tivesse levado as coisas sério demais. Duas pessoas podem ter o mesmo apelido, pensei, tentando me convencer. Eles poderiam. Eles poderiam, eles poderiam. Eu esperava mais, eu disse isso, mas fui levada a acreditar que o lugar que reservei no meu coração para a confiança ficou vazio.


— Vamos sair daqui, — disse Ane, usando um cauteloso, mas com medo, tom de voz que ela nunca usou comigo. — Temos limonada na minha casa. Depois disso, poderíamos assistir TV. Talvez tirar um cochilo. Você não tem que trabalhar esta noite?


Eu estava prestes a dizer-lhe que Roberta não tinha me programado hoje à noite, quando pisei no freio.


— O que é isso?


Ane seguiu o meu olhar. Ela se inclinou para frente, puxando um pedaço de tecido rosa que fora jogado. Ela balançou o top de biquíni francês entre nós. Olhamos uma para o outra, e ambas estávamos pensando a mesma coisa. Marcie.


Não tinha nenhuma dúvida sobre isso, ela estava aqui com o Ucker. Agora mesmo. Em algum lugar da praia. Deitada na areia. Fazendo sabe-se lá o que. Um impulso violento, traidor e de ódio foi cravado em mim. Eu odiava ele. E me odiava por adicionar o meu nome à lista de meninas ele tinha seduzido, em seguida, traído. Um desejo incontrolável de corrigir a minha ignorância tomou conta de mim. Eu não ia ser apenas uma garota. Ele não poderia me fazer desaparecer. Se ele era o Mão Negra, eu ia descobrir. E se ele tivesse alguma coisa a ver com a morte do meu pai, eu o faria pagar.


— Ele pode encontrar sua própria carona para casa, — disse por meio de uma trêmula mandíbula. Pisei fundo no acelerador, que deixou uma faixa de borracha sobre o asfalto.


Horas mais tarde, eu estava na frente da geladeira, abri a porta, examinando o conteúdo, procurando algo que pudesse se passar por um jantar. Quando achei nada, fui até a despensa estreita no canto da cozinha e fiz a mesma coisa. Peguei uma caixa de macarrão gravata borboleta e um frasco de molho de espaguete com salsicha. Quando o timer do fogão apitou, escorri o macarrão, derramei em uma tigela, coloquei o molho no microondas. Não tínhamos parmesão, então ralei cheddar e me pareceu bom. Tirei o molho do microondas, e derramei camadas de molho e queijo em cima do macarrão. Quando me virei para levar tudo para a mesa, encontrei Ucker encostado nela. A tigela de macarrão quase caiu pelos meus dedos.


— Como entrou aqui? — Perguntei.


— Você poderia querer manter a porta trancada. Especialmente quando está sozinha em casa.


Sua postura parecia relaxada, mas seus olhos não estava. A cor era mármore negro, e cortaram através de mim. Eu não tinha dúvida de que ele sabia que eu tinha roubado o Jipe. Difícil não, uma vez que ele estava estacionado na garagem. Havia tantos lugares para se esconder um Jipe em uma casa cercada por campos abertos de um lado, e bosques impenetráveis, por outro. Eu não tinha pensado sobre esconder quando coloquei-o na garagem, eu tinha sido consumida pelo adoecimento de repúdio e choque. Tudo tinha entrado em foco certeiro: as suas palavras suaves, seus pretos e brilhantes olhos, sua ampla experiência com mentiras, a sedução, as mulheres. Eu me apaixonei pelo diabo.


— Você pegou o Jipe, — disse o Ucker. Calmo, mas não feliz.


— Ane havia estacionado numa zona ilegal e eles colocaram um bloqueio em seu carro. Tínhamos que chegar em casa, e é aí que vimos o Jipe na rua. — Minhas mãos começaram a suar, mas não me atrevi a secá-las. Não na frente de Ucker. Ele diferente esta noite. Mais severo, duro. O brilho das luzes da cozinha iluminou corte das maçãs do rosto, e seu cabelo preto, desgrenhado depois de um dia na praia, pendem para baixo na testa, quase tocando-lhe obscenamente seus cílios longos. Sua boca, que eu sempre considerei sensual, virou-se cinicamente em um lado. Não era um sorriso caloroso.


— Você podia me ligar e me dar um mãos-ao-alto, — questionou.


— Eu não estava com meu telefone.


— E Ane?


— Ela não tem o seu número em seu telefone. E eu não poderia lembra do seu número novo de qualquer maneira. Você não nos deu.


— Você não tem a chave do Jipe. Como entrou?


Fiz de tudo para não dar-lhe um olhar traiçoeiro.


—Sua chave reserva.


O vi tentando entender onde eu estava indo chave reserva. Estava procurando por qualquer sinal de que ele sabia que eu estava me referindo sobre a chave de Marcie, mas a luz do entendimento nunca acendeu os olhos. Sua expressão era controlada, impenetrável, ilegível.


— Qual chave reserva? — Questionou.


Isso só me deu mais raiva, porque eu esperava que ele soubesse exatamente qual era a chave de que eu estava falando. Quantas chaves reservas ele tinha? Muitas outras meninas tinham uma chave do Jipe arrumadas em suas bolsas?


— Sua namorada, — eu disse. — Ou isso não é o bastante para um esclarecimento?


— Deixe-me ver se eu entendi isso. Você roubou o Jipe para voltar e me dar uma chave reserva para Marcie?


— Roubei o Jipe porque Ane e eu precisavamos dele, — eu disse friamente. — Houve um momento em que você estava sempre lá quando eu precisei de você. Pensei que ainda era verdadeiro, mas, aparentemente, eu estava errada.


Os olhos de Ucker não vacilaram nos meus.


— Quer me dizer o que realmente está acontecendo?


Quando eu não respondi, ele arrastou uma das cadeiras da cozinha debaixo da mesa. Sentou-se, os braços cruzados, pernas esticadas, languidamente.


— Eu tenho tempo.


A Mão Negra. Isso é o que era realmente. Mas eu estava com medo de enfrentá-lo. Por causa do que eu poderia saber, e como ele poderia reagir. Eu tinha certeza que ele não tinha absolutamente nenhuma ideia de como eu sabia. Se eu o acusasse de ser o Mão Negra, não haveria mais volta. Eu teria que enfrentar a verdade que detinha o poder de quebrar a minha alma.


Ucker ergueu as sobrancelhas.


— O tratamento em silêncio?


— Trata-se de dizer a verdade, — disse eu. — Algo que você nunca fez. — Se ele tivesse matado meu pai, como poderia ter olhado nos meus olhos todas as vezes, me dizendo como estava arrependido, e nunca ter me contado a verdade? Como ele poderia me beijar, acariciar, me segurar em seus braços, e conviver com isso?


— Algo que nunca fiz? Desde o dia em que nos encontramos, eu nunca menti para você. Você nem sempre gosta do que eu tenho a dizer, mas eu estava sempre disposto.


— Deixou-me acreditar que você me amou. Uma mentira!


— Sinto muito, se sentiu como uma mentira. — Ele não estava arrependido. Houve um olhar de fúria, de pedra em seu olhar. Ele odiava que eu estava o colocando para fora. Ele queria que eu fosse como todas as outras meninas e desaparesse do seu passado sem dar sequer um pio.


— Se você não sentiu nada por mim, não teria seguido em frente com Marcie em tempo recorde.


— E você não passaria para Scott em tempo recorde? Você teve metade de um homem do que eu?


— Metade de um homem? Scott é uma pessoa.


— Ele é Nefilim. — Ele fez um gesto negligente na direção da porta da frente. — O Jipe tem mais valor.


— Talvez ele sinta da mesma maneira sobre os anjos.


Ele deu de ombros, preguiçoso e arrogante.


— Eu duvido. Se não fosse por nós, sua raça não existiria.


— O monstro de Frankenstein não o amava.


— E?


— A raça Nefilim já está em busca de vingança sobre os anjos. Talvez este seja apenas o começo.


Ucker ergueu o boné e arrastou uma mão pelo cabelo. A partir do olhar na cara dele, fiquei com a impressão de que a situação era muito mais perigosa do que eu inicialmente fui levada a acreditar. Como estava a corrida dos Nefilins atrás dos anjos caídos? Certamente não neste Cheshvan. Ucker não poderia saber que em menos de cinco meses, multidões de anjos caídos iriam invadir e, eventualmente, matar, dezenas de milhares de seres humanos. Mas na forma como ele manteve-se, até o olhar que estava em seus olhos, me disse que era exatamente o que estava por vir.


— O que você está fazendo sobre isso? — Perguntei, horrorizada. Ele pegou o copo de água eu havia posto para mim e deixei sobre a mesa, e tomou em um gole.


— Eu tenho dito para você ficar de fora.


— Até os arcanjos?


— A raça Nefilim é mau. Eles nunca deveriam ter habitado a Terra. Elas existem por causa do orgulho de anjos caídos. Os arcanjos não querem nada com eles. Eles não estão no mesmo patamar.


— E todos os seres humanos que vão morrer?


— Os arcanjos têm seu próprio plano. Às vezes, coisas ruins tem que acontecer antes que as coisas boas possam.


— Plano? Que plano? Para assistir a pessoas inocentes morrerem?


— Os Nefilins estão andando em linha reta na armadilha de suas próprias decisões. Se as pessoas têm que morrer para aniquilar a raça Nefilim, os arcanjos vão se arriscar.


Os cabelos do meu couro cabeludo, eriçaram.


— E você concorda com eles?


— Eu sou um anjo da guarda agora. Minha lealdade é para com os arcanjos. — Uma chama do ódio de matar subiu em seus olhos, e por um momento, acreditei que era dirigida a mim. Como se ele me culpasse pelo que ele havia se tornado. Em minha defesa, senti uma lavagem de raiva. Será que ele tinha esquecido de tudo, desde aquela noite? Sacrifiquei minha vida por ele, e ele rejeitou. Se ele queria culpar alguém de suas circunstâncias, não era eu!


— Quanto são fortes os Nefilins? — Perguntei.


— Suficientemente fortes. — Sua voz era perturbadoramente desprovida de preocupação.


— Eles poderiam manter afastados os anjos caídos, antes do Cheshvan, não poderiam?


Ele deu um aceno de cabeça. Abracei-me para afastar um calafrio, profundo e repentino, mas foi mais psicológico do que físico.


— Você tem que fazer alguma coisa.


Ele fechou os olhos.


— Se os anjos caídos não pode possuir Nefilim, eles vão passar a seres humanos, — disse eu, tentando romper a sua atitude de mãos atadas e chegar a sua consciência. — Isso é o que você disse. Dezenas de milhares de seres humanos. Talvez Vee. Minha mãe. Talvez eu.


Mas ele ainda não disse nada.


— Você não se importa?


Seus olhos ligou para seu relógio, e ele empurrou a cadeira a partir da mesa.


— Eu odeio sair correndo daqui quando temos assuntos inacabados, mas estou atrasado. — A chave de reserva para o jipe estava jogada em um prato no aparador, e ele a colocou no bolso. — Obrigado pela chave. Vou acrescentar empréstimo de Jipe no seu manual.


Eu me coloquei entre ele e a porta.


— Meu manual?


— Eu trouxe você para casa do Z, te tirei do telhado da Marcie, e agora deixei você usar meu Jipe. Eu não faço favores de graça.


Eu tinha certeza que ele não estava brincando. Na verdade, eu tinha certeza que ele estava falando sério.


— Podemos trabalhar isso para que você me pague depois cada benefício individual, então achei que um manual seria mais fácil. — Seu sorriso curvo era uma provocação curva. De um idiota de primeira classe presunçoso. Eu estreitei os olhos. — Você está realmente gostando disso, não é?


— Um dia desses vou vir e cobrar os favores, e então vou realmente estar gostando.


— Você não me emprestou o Jipe, — argumentei. — Eu o roubei. E não foi um favor, eu commander.


Ele deu um segundo olhar.


— Nós vamos ter que terminar mais tarde. Eu tenho que correr.


— Isso eu sei, — eu atirei. — É um filme com a Marcie. Vá se divertir enquanto o meu mundo pesa na balança.


Eu disse a mim mesma que queria que ele fosse. Ele merecia Marcie. Eu não me importava. Fiquei tentada a jogar algo mais, depois pensei querendo bater a porta nas suas costas. Mas eu não ia deixá-lo ir sem perguntar a questão que queimou todos os meus pensamentos. Enfiei os dentes na parte dentro da minha bochecha para manter a minha voz firme.


— Você sabe quem matou meu pai? — Minha voz estava fria e controlada, e não era minha. Era a voz de alguém que foi preenchida desde as pontas dos dedos com o ódio, a devastação, a acusação.


Patch parou de costas para mim.


— O que aconteceu naquela noite? — Eu não me incomodei tentando esconder o desespero na minha voz.


Após um momento de silêncio, ele disse:


— Você está me perguntando, como você acha que eu poderia saber.


— Eu sei que você é a Mão Negra. — Fechei os olhos por um instante, sentindo todo o meu corpo balançar sob uma onda de náusea.


Ele olhou por cima do ombro.


— Quem lhe disse isso?


— Então é verdade? — Percebi que minhas mãos estavam curvadas nos punhos, ao meu lado, sacudindo violentamente. — Você é a Mão Negra. — Assisti seu rosto, rezando para que ele de alguma forma fosse refutar. O relógio do meu avô no hall soou a hora, um som pesado resplandescente.


— Saia, — disse eu. Eu não iria chorar na frente dele. Me recusei a isso. Eu não lhe daria essa satisfação.


Ele ficou no lugar, seu rosto frio e sombrio, levemente satânico.


As badaladas do relógio através do silêncio. Um, dois, três.


— Eu vou fazer você pagar por isso, — eu disse, minha voz ainda esquisitamente estranha. Quatro, cinco. — Eu vou encontrar um caminho. Você merece ir para o inferno. A única coisa que poderia me dar pena é se os arcanjos chegassem antes de mim.


Um flash quente de preto cruzou seus olhos.


— Você merece tudo que está acontecendo para você, — eu disse a ele. — Toda vez que me beijou e abraçou-me, sabendo o que fez ao meu pai... — Engasguei e virei-me, caindo aos pedaços, enquanto eu podia... Seis. — Vá embora, — eu disse, minha voz calma, mas não constante.


Olhei para cima, pretendendo fazer Ucker sair com a intensidade do ódio e do desprezo nos meus olhos, mas eu estava sozinho na sala. Olhei ao redor, esperando que ele tivesse saído de minha vista, mas ele não estava lá.


Um estranho silêncio entre as sombras, e percebi que o relógio do meu avô tinha parado. Seus ponteiros estavam congelados em seis e doze, parou no exato momento que Ucker me deixou para sempre.


 


Juhcunha:  eu tb <3 postado 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 75



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  • Vanuza Ribeiro Postado em 17/07/2015 - 02:09:05

    fooooooooooi estremamente linda a fanfic adorei *-----* parabéns.

  • Vanuza Ribeiro Postado em 14/07/2015 - 00:50:36

    estou lendo a fanfic ja a algum tempo e estou a m a n d o --- preciso de um anjo desses na minha vida, que dlc kkkkkkkkkk- vo começar a ler finale.

  • juhcunha Postado em 05/04/2015 - 23:35:45

    ai meu deus chorando litros morrendo quero mais nao acredito que terminou nisso queo mais muito mias a serie divergente e muito foda mais muito triste no final

  • juhcunha Postado em 05/04/2015 - 22:06:38

    posta mais

  • juhcunha Postado em 01/04/2015 - 22:11:51

    como e a Anie e um dele caranba quantas supresas e que essa cara ta fazendo na casa do ucker!

  • juhcunha Postado em 30/03/2015 - 20:56:59

    dante filho da puta traidor nao imaginava ele caranba !

  • juhcunha Postado em 29/03/2015 - 02:25:13

    Dabria vaca que beijo o homem dos outro puta se fudeeu dulce arazando

  • juhcunha Postado em 26/03/2015 - 01:34:59

    A porra fico seria agora!

  • juhcunha Postado em 23/03/2015 - 23:13:32

    marcie vaca robou o scott da ane puta e scott deveria te dado um fora nela ! O QUE O Que tinha naquele punhau era veneno caranba puta que paria

  • juhcunha Postado em 23/03/2015 - 01:16:44

    eu to descofiada que esse detetive basso e um arcanjo porque ele ta sempre vigiando sempre nos lugares errados


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