Fanfics Brasil - Capitulo 21 Finale (Adaptada)

Fanfic: Finale (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 21

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Meus olhos se abriram e o quarto tomou forma. As luzes estavam apagadas. O ar estava fresco. O tecido mais luxuoso e delicioso acariciou minha pele.


A memória de ontem à noite voltou para mim num redemoinho. Ucker e eu tínhamos feito...


Eu vagamente lembrava de ter murmurado alguma coisa com ele sobre estar demasiado exausta para dirigir...


Eu tinha adormecido na casa de Ucker.


Lutei até me sentar.


— Minha mãe vai me matar! — Soltei a ninguém em particular.


Por um lado, era dia de semana e tinha escola. Por outro lado, eu tinha perdido o toque de recolher por um quilometro e não me preocupei em ligar e explicar o porquê.


Ucker sentou em uma cadeira no canto, o queixo apoiado no punho.


— Já cuidei disso. Liguei para Ane. Ela concordou em te acobertar. A história que ela deu a sua mãe é que vocês duas estavam na casa dela assistindo uma versão de cinco horas de Orgulho e Preconceito, você perdeu a noção do tempo, adormeceu, e em vez de acordá-la, a mãe de Ane concordou em deixá-la dormir mais.


— Você ligou para Ane? E ela concordou, sem perguntas? — Isso não se parece com ela.


Especialmente a nova Ane, que tinha desenvolvido um desejo de morte para a raça masculina em geral.


— Poderia ter sido um pouco mais difícil do que isso.


Seu tom enigmático clicado no meu cérebro.


— Você confundiu a mente dela?


— Entre pedir permissão e implorar o perdão, eu me inclino para o último.


— Ela é minha melhor amiga. Você não pode confundir a mente dela! — Mesmo que eu ainda estivesse com raiva de Ane por ter mentido sobre Ucker, ela deve ter tido suas razões. E embora eu não aprovasse, e pretendesse chegar ao fundo disso, muito em breve, ela significava o mundo para mim. Ucker tinha passado dos limites.


— Você estava esgotada. E parecia tão tranquila dormindo na minha cama.


— Isso é porque sua cama tem algum tipo de feitiço sobre ela, — eu disse menos irritada do que pretendia. — Eu poderia dormir aqui para sempre. Lençóis de cetim? — Eu adivinhei.


 — Seda.


Lençóis de seda preta. Quem saberia o quanto eles custaram? Uma coisa era certa, eles tinham uma qualidade hipnótica eu achei muito perturbador.


— Jura que nunca mais vai confundir a mente de Ane novamente.


— Feito, — disse ele facilmente, agora que tinha se safado. Pedir perdão soou mais certo.


— Eu não suponho que você tem uma explicação para que tanto Ane quanto minha mãe tenha consistentemente negado a sua existência? Na verdade, as duas únicas pessoas que confessaram lembrar de você foram Marcie e Scott.


— Ane namorou Rixon. Depois que Hank sequestrou você, eu apaguei dela memória de Rixon. Ele usou-a e lhe infringiu muita dor. Ele infringiu muita dor em todo mundo. Era mais fácil em longo prazo se eu fizesse o meu melhor para fazer com que todos o esquecessem. A alternativa foi deixar seus amigos e familiares suspender suas esperanças sobre uma prisão que nunca iria acontecer. Quando fui limpar a mente Ane, ela provocou uma briga. Até hoje, ela está com raiva. Ela não sabe por que, mas isto está enraizado dentro dela. Apagar a memória de alguém não é tão fácil quanto parece. É como tentar pegar todos os pedaços de chocolate de um cookie. Nunca vai ser perfeito. Partes ficam para trás. Convicções inexplicáveis que atraem e são familiares. Vee não pode se lembrar o que eu fiz para ela, mas ela sabe que não deve confiar em mim. Ela não consegue se lembrar de Rixon, mas sabe que há um cara lá fora, que lhe causou muita dor.


Isso explicou a desconfiança de Ane em relação aos caras e minha aversão instantânea a Hank. Nossas mentes podem ter sido limpas, mas algumas migalhas foram deixadas para trás.


— Você deveria dar-lhe alguma folga, — Ucker sugeriu. — Ela tem te protegido. Honestidade também é uma coisa boa, mas assim é a lealdade.


— Em outras palavras, deixe ela fora da forca.


Ele deu de ombros.


— Sua decisão.


Ane tinha me olhado nos olhos e mentido sem reservas. Não foi uma ofensa leve. Mas a coisa era que, eu sabia como ela se sentia. Ela teve sua memória alterada, e isso não era uma boa sensação.


Vulnerabilidade não era suficiente para descrever isso. Ane mentiu para me proteger. Qual era a diferença? Eu não tinha dito a ela sobre anjos caídos ou Nephilim, e eu tinha usado a mesma desculpa.


Eu poderia manter Ane a um duplo padrão, ou eu poderia seguir o conselho de Ucker e deixar passar.


— E minha mãe? Vai mentir para ela, também? — Perguntei.


— Ela pensa que eu tive algo a ver com o seu rapto. Melhor eu do que Hank, — disse ele, seu tom esfriando. — Se Hank pensar que ela sabe a verdade, ele vai fazer algo sobre isso.


Ele estava colocando isso levemente. Eu não iria expor o passado de Hank para machucá-la se isso significasse conseguir o que ele queria. Mais uma razão para mantê-la no escuro, por enquanto.


Eu não queria sentir um pingo de empatia por Hank, para humanizá-lo de qualquer maneira, mas encontrei-me perguntando que tipo de homem que ele tinha sido quando se apaixonou pela minha mãe.


Ele sempre fora mal? Ou, no início, se preocupava conosco... e se ao longo do tempo, ele construiu seu mundo inteiro em torno de sua missão Nephilim, e isso tivesse tomado precedências?


Eu abruptamente pus fim à minhas especulações. Hank era mal agora, era o que importava. Ele havia me sequestrado, e eu iria ter certeza de que ele era o responsável.


Eu disse, — Você quer dizer que a prisão nunca iria acontecer porque Rixon está no inferno agora. — Literalmente no inferno, pelo que parece.


Ele confirmou com um aceno, mas seus olhos se escureceram com uma sombra. Eu supus que Ucker não gostava de falar sobre o inferno. Eu duvidava que qualquer anjo caído gostasse.


— Em sua memória, vi você concordar em espionar os anjos caídos para Hank, — eu disse. Ucker assentiu. — O que eles estão planejando e quando?


— Eu encontro semanalmente com Hank para compartilhar informações.


— E se os anjos caídos descobrirem que você está vendendo segredos deles pelas costas?


— Espero que não descubram.


Eu não estava confortada pela sua atitude casual.


— O que eles fariam com você?


— Eu já estive em situações piores e consegui sobreviver. — As bordas da sua boca inclinaram. — Todo esse tempo e você ainda não tem nenhuma fé em mim.


— Você pode ser sério por dois segundos?


Ele se inclinou e beijou a minha mão, e falou-me com sinceridade.


— Eles me jogam no inferno. Eles deveriam deixar os arcanjos lidar com isso, mas nem sempre funciona dessa forma.


— Explique, — eu disse com firmeza.


Ele falou com uma certa arrogância preguiçosa.


— Os seres humanos são proibidos de matar uns aos outros, é a lei. Mas as pessoas são assassinadas todos os dias. Meu mundo não é muito diferente. Para cada lei, há alguém lá fora, disposto a quebrá-la. Eu não vou fingir ser inocente. Três meses atrás, mandei Rixon para o inferno, mesmo que eu não tivesse nenhuma outra autoridade, além do meu próprio senso de justiça.


— Você mandou Rixon para o inferno?


Ucker me olhou com curiosidade.


— Ele tinha que pagar. Ele tentou matá-la.


— Scott me contou sobre Rixon, mas ele não sabia quem o tinha jogado no inferno, ou como foi feito. Vou deixar que ele saiba que tem você pra agradecer.


— Eu não estou interessado em gratidão de mestiços. Mas posso dizer-lhe como é feito. Quando os arcanjos banem um anjo caído do céu e rasgam a suas asas, eles mantêm uma pena para si. A pena é meticulosamente arquivada e preservada. Se surgir a ocasião em que um anjo caído precise ser mandado pro inferno, os arcanjos recuperam sua pena e a queima. É um ato simbólico, com resultados inevitáveis. O termo "queimar no inferno" não é só uma figura de linguagem.


— Você tinha uma das penas do Rixon?


— Antes dele me enganar, ele era a coisa mais próxima que eu tinha de um irmão. Eu sabia que ele tinha uma pena, e sabia onde ele a guardava. Eu sabia tudo sobre ele. E por causa disso, não lhe dei um impessoal bota-fora. — Ainda que eu suspeitasse que ele queria permanecer impassível, a mandíbula de Ucker contraiu. — Eu o arrastei para o inferno e queimei a pena na frente dele.


Sua narração da história levantou todos os pêlos do meu couro cabeludo. Mesmo Ane tendo me traído tão descaradamente, eu não tinha certeza se eu teria coragem para fazê-la sofrer do jeito que ele tinha claramente feito Rixon sofrer. De repente entendi porque Ucker tinha tomado o assunto de maneira tão pessoal.


Rompendo com a terrível imagem que Ucker tinha pintado em minha mente, lembrei-me da pena que tinha encontrado no cemitério.


— Estas penas estão flutuando por toda parte? Alguém pode tropeçar em uma?


Ucker balançou a cabeça.


— Os arcanjos mantém uma pluma no registro. Uns poucos anjos caídos como Rixon vem para a Terra com uma pena ou duas intactas. Quando isso acontece, o anjo caído se certifica de que sua pena não vá cair nas mãos erradas. — A sugestão de um sorriso se ergueu nos cantos de sua boca. — E você pensou que nós não éramos sentimentais.


— O que acontece com o resto das penas?


— Elas se deterioram rapidamente no caminho para baixo. Cair do céu não é um bom passeio.


— E você? Nenhuma pena escondida?


Ele levantou uma sobrancelha.


— Planejando minha queda?


Eu sorri de volta, apesar da seriedade do assunto.


— Uma menina tem que manter suas opções abertas.


— Odeio decepcionar, mas sem penas. Eu vim para a Terra despido.


— Mm, — eu disse tão casualmente quanto pude, mas senti meu rosto esquentar imaginando o que uma pequena palavra tinha plantado no meu cérebro. Pensamentos sobre estar despido não eram bons pensamentos para se ter enquanto eu estava trancada no pretensioso e ultra-secreto quarto de Ucker.


— Eu gosto de você na minha cama, — Patch disse. — Eu raramente fico em baixo das cobertas. Eu raramente durmo. Eu poderia me acostumar com essa imagem.


— Você está me oferecendo um lugar permanente?


— Já coloquei uma chave extra em seu bolso.


Bati em meu bolso. Com certeza, algo pequeno e duro estava lá dentro.


— Quanta bondade da sua parte.


— Eu não estou me sentindo muito bondoso agora, — disse ele, segurando meus olhos, sua voz profunda com uma ponta de cascalho. — Eu perdi você, Anjo. Não havia um dia que eu não sentisse sua falta na minha vida. Você me assombrou a tal ponto que comecei a acreditar Hank tinha dado pra trás em seu juramento e matou você. Vi o seu fantasma em tudo. Eu não poderia escapar de você e eu não queria. Você me torturou, mas foi melhor do que perdê-la.


— Por que você não me contou tudo aquela noite no beco com Gabe? Você estava tão angustiado. — Sacudi a cabeça, lembrando de cada palavra cáustica ele havia dirigido a mim. — Eu pensei que você me odiasse.


— Depois de Hank liberar você, espionei você pra ter certeza que estava tudo bem, mas jurei acabar com o meu envolvimento com você para sua própria segurança. Tomei a minha decisão e pensei que eu poderia lidar com isso. Tentei me convencer de que não havia mais nada pra nós. Mas quando eu a vi aquela noite no beco, meu argumento desmoronou. Eu queria que você se lembrasse de mim do mesmo jeito que eu não conseguia parar de pensar em você. Mas você não podia. Eu tinha certeza disso. — Seu olhar caiu para suas mãos, entrelaçadas frouxamente entre os joelhos. — Lhe devo um pedido de desculpas, — disse ele calmamente. — Hank apagou sua memória para impedi-la de lembrar o que ele fez para você, mas eu concordei. Eu disse a ele para apagá-la distante o suficiente para que você não se lembrasse de mim, também.


Eu bati meus olhos em Ucker.


— Você concordou com o quê?


— Eu queria dar-lhe sua vida de volta. Antes de anjos caídos, antes de Nephilim, antes de mim. Pensei que era a única maneira de você passar por tudo de ruim que aconteceu. Não acho que nenhum de nós vai negar que tenho complicado a sua vida. Eu tentei fazer o meu melhor, mas as coisas não têm sido sempre do jeito que quero. Eu pensei nisso e cheguei a difícil conclusão de que a melhor coisa para a sua recuperação e seu futuro era eu ir embora.


— Ucker...


— Quanto a Hank, me recusei a vê-lo te destruir. Recusei-me a vê-lo arruinar qualquer chance de felicidade que você tivesse, fazendo você carregar essas memórias. Você está certa, ele sequestrou você, porque pensou que poderia te usar para me controlar. Ele levou você embora no final de junho, e não te trouxe de volta até setembro. Todos os dias durante aqueles meses você estava trancada e sozinha. Até mesmo os soldados mais duros podem definhar no confinamento solitário, e Hank sabia que esse era meu maior medo. Ele exigiu que eu mostrasse a minha disposição para espionar por ele, mesmo que eu tivesse feito um juramento. Ele usou você para me atingir a cada minuto desses meses. — Os olhos Ucker brilhavam com uma borda endurecida. — Ele vai pagar por isso, e nos meus termos, — ele disse em uma baixa mortal voz que me enviou um calafrio na espinha.


— Naquela noite, no galpão, ele tinha nos cercado, — continuou ele. — A única coisa em minha mente era fazer com que ele não te matasse naquele momento. Se eu estivesse sozinho no galpão, eu teria lutado. Não confiei em você para lidar com uma luta, e me arrependi desde então. Eu não poderia suportar vê-la ferida, e isso me cegou. Eu subestimei tudo que você já passou e que você cresceu e ficou mais forte por isso. Hank sabia disso, e eu estava em suas mãos. Lancei um acordo sobre a mesa. Eu lhe disse que seria seu espião se ele a deixasse viver. Ele aceitou, então chamou de seus homens Nephilim para levá-la embora. Eu lutei tão duro quanto poderia, Anjo. Eles foram mutilados no momento que conseguiram te arrastar para longe. Eu encontrei Hank, quatro dias depois e ofereci deixá-lo arrancar minhas asas se ele te libertasse. Era a última coisa que eu tinha para barganhar, e ele concordou em te soltar, mas  só o faria no fim do verão. Durante os próximos três meses, procurei incansavelmente por você, mas Hank tinha planejado isso também. Ele fez um grande esforço para manter o seu segredo de localização. Eu capturei e torturei vários de seus homens, mas nenhum deles poderia me dizer onde você estava. Eu ficaria surpreso se Hank disse a mais do que um ou dois homens escolhidos a dedo a quem ele designou para ter certeza que suas necessidades básicas fossem atendidas.


— Uma semana antes de Hank libertar você, ele enviou um dos seus mensageiros Nephilim para me encontrar. O mensageiro presunçosamente me informou que Hank pretendia apagar sua memória assim que ele deixasse você ir, e se eu tinha alguma objeção? Limpei o sorriso do seu rosto. Então eu arrastei ele, sangrando e agredido, para a casa de Hank.


— Estávamos esperando por Hank quando ele saiu para trabalhar na manhã seguinte. Eu disse a ele que se quisesse evitar ficar igual ao seu mensageiro, ele iria apagar a sua memória distante o suficiente para que você nunca tivesse flashbacks. Eu não queria que você tivesse uma única memória de mim, e eu não queria que você acordasse com pesadelos de estar presa completamente sozinha por dias a fio. Eu não queria você gritando no meio da noite sem saber por quê. Eu queria devolver a sua vida o máximo que eu pudesse. Eu sabia que a única maneira de mantê-la segura era mantê-la fora de tudo. Então eu disse Hank nunca colocar os olhos em você de novo. Deixei claro que se ele cruzasse com você, eu iria caçá-lo e mutilar seu corpo até que ficasse irreconhecível. E então eu iria encontrar uma maneira de matá-lo, não importava o custo. Pensei que ele era inteligente o suficiente para manter a sua parte do acordo até que você me disse que ele está ligado com sua mãe. Instintos me dizem que isto não é apenas por causa de seus afetos amorosos. Ele está tramando algo, e o que quer que seja, está usando a sua mãe, ou, mais provavelmente você, para realizá-lo.


Meu coração batia forte em tempo dobrado.


— Que cobra!


Ucker riu sombriamente.


— Eu teria usado uma palavra mais forte, mas esta funciona também.


Como poderia Hank fazer essas coisas para mim? Obviamente que ele escolheu não me amar, mas ainda era meu pai. Sangue não significava nada? Como é que ele tem a audácia de me olhar nos olhos nos últimos dias e sorrir? Ele arrancou-me da minha mãe. Me manteve em cativeiro durante semanas, e agora como ele ousa andar dentro da minha casa e agir como se preocupasse com a minha família?


— Ele tem um objetivo concretizado em tudo isso. Eu não sei o que é, mas não pode ser inofensivo. O instinto me diz que ele quer colocar seu plano em movimento antes do Cheshvan. — Os olhos de Ucker cortaram os meus. — Cheshvan começa em menos de três semanas.


— Eu sei o que você está pensando, — eu disse. — Que você está indo atrás dele sozinho. Mas não me roube a satisfação de derrubá-lo. Eu mereço muito isso.


Ucker enganchou seu cotovelo no meu pescoço e apertou os lábios ferozmente na minha testa.


— Eu não sonharia com isso.


— Então, o que agora?


— Ele teve um bom começo, mas eu planejo mudar o placar esta noite. O inimigo do seu inimigo é seu amigo, e eu tenho um velho amigo que pode ser útil para nós.


Algo sobre a maneira como ele disse "amigo" implicava que a pessoa em questão não era nada.


— O nome dela é Dabria, e eu acho que é hora de lhe chamar.


Parecia que Ucker tinha decidido seu próximo movimento, e assim eu também. Eu saltei da cama e peguei meus sapatos e o moletom, que ele colocou sobre o cômoda.


— Eu não posso ficar aqui. Tenho que ir para casa. Eu não posso deixar que Hank use a minha mãe dessa forma e não dizer a ela o que está acontecendo.


Ucker soltou um suspiro perturbado.


— Você não pode dizer-lhe nada. Ela não vai acreditar em você. Ele está fazendo a mesma coisa que eu fiz para Vee. Mesmo se ela não quiser confiar nele, ela terá que o fazer. Ela está sob sua influência, e por agora, temos que deixá-la dessa maneira. Um pouco mais, até que eu possa descobrir o que ele está planejando.


Meu ressentimento ferveu, queimando a simples ideia de Hank controlar e manipular a minha mãe.


— Você não pode marchar para lá e rasgá-lo em pedaços? — Exigi. — Ele merece muito pior, mas pelo menos isso iria resolver os nossos problemas. E me daria alguma satisfação, — eu adicionei amargamente.


— Nós precisamos derrubá-lo por bem. Não sabemos quem mais está ajudando-o e até onde seu plano se estende. Ele está montando um exército de Nephilim para ir  contra anjos caídos, mas sabe tão bem quanto eu que uma vez que o Cheshvan começa, nenhum exército é forte o suficiente para desafiar um juramento debaixo do céu. Anjos caídos virão em massa para possuir seus homens. Ele deve estar planejando alguma coisa. Mas onde você se encaixa? — Ponderou em voz alta. De repente, seus olhos estreitaram.


— Tudo o que ele está planejando, está tudo na informação que ele precisa do arcanjo. Mas, para levá-la a falar, ele precisa de um colar de arcanjo.


As palavras de Ucker parecia me esmagar. Eu estava tão envolvida no resto das revelações da noite, eu tinha esquecido completamente a alucinação da menina na gaiola, que agora eu sabia que era uma memória real. Ela não era uma menina, mas um arcanjo.


Ucker suspirou.


— Sinto muito, Anjo, estou me adiantando. Deixe-me explicar.


Mas eu o interrompi.


— Eu sei sobre o colar. Vi o arcanjo enjaulado em uma de suas memórias. E eu tenho certeza que ela tentou me dizer para não deixar Hank pegá-lo, mas no momento eu pensei que estava tendo alucinações.


Ucker ficou me olhando em silêncio por um momento e depois falou.


— Ela é um arcanjo e poderosa o suficiente para inserir-se em seu pensamento consciente. Claramente ela sentiu a necessidade de avisá-la.


Eu assenti.


— Porque Hank pensa que eu tenho o seu colar.


— Você não o tem.


— Tente dizer isso a ele.


— É disso que se trata, — Ucker disse lentamente. — Hank acha que eu plantei meu colar em você.


— Eu acho que sim.


Ucker franziu a testa, os olhos escuros calculando.


— Se eu levar você pra casa, você pode enfrentar Hank e convencê-lo você não tem nada a esconder? Eu preciso que você o faça acreditar que nada mudou. Esta noite nunca aconteceu. Ninguém culpará você se não estiver pronta, muito menos eu... Mas primeiro eu preciso saber que você pode lidar com isso.


A minha resposta à sua pergunta veio sem hesitação. Eu poderia guardar um segredo, não importa o quanto fosse difícil, quando a vida das pessoas que eu amava estavam em jogo.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 75



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  • Vanuza Ribeiro Postado em 17/07/2015 - 02:09:05

    fooooooooooi estremamente linda a fanfic adorei *-----* parabéns.

  • Vanuza Ribeiro Postado em 14/07/2015 - 00:50:36

    estou lendo a fanfic ja a algum tempo e estou a m a n d o --- preciso de um anjo desses na minha vida, que dlc kkkkkkkkkk- vo começar a ler finale.

  • juhcunha Postado em 05/04/2015 - 23:35:45

    ai meu deus chorando litros morrendo quero mais nao acredito que terminou nisso queo mais muito mias a serie divergente e muito foda mais muito triste no final

  • juhcunha Postado em 05/04/2015 - 22:06:38

    posta mais

  • juhcunha Postado em 01/04/2015 - 22:11:51

    como e a Anie e um dele caranba quantas supresas e que essa cara ta fazendo na casa do ucker!

  • juhcunha Postado em 30/03/2015 - 20:56:59

    dante filho da puta traidor nao imaginava ele caranba !

  • juhcunha Postado em 29/03/2015 - 02:25:13

    Dabria vaca que beijo o homem dos outro puta se fudeeu dulce arazando

  • juhcunha Postado em 26/03/2015 - 01:34:59

    A porra fico seria agora!

  • juhcunha Postado em 23/03/2015 - 23:13:32

    marcie vaca robou o scott da ane puta e scott deveria te dado um fora nela ! O QUE O Que tinha naquele punhau era veneno caranba puta que paria

  • juhcunha Postado em 23/03/2015 - 01:16:44

    eu to descofiada que esse detetive basso e um arcanjo porque ele ta sempre vigiando sempre nos lugares errados


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