Fanfic: Finale (Adaptada) | Tema: Vondy
Sinopse:
Dulce e Ucker pensavam que seus problemas tinham ficado para trás. Hank estava morto, e seu desejo de vingança não precisava ser levado adiante. Na ausência do Mão Negra, porém, Dulce foi forçada a se tornar líder do exército nephilim, e era seu dever terminar o que o pai começara – o que, essencialmente, significava destruir a raça dos anjos caídos. Destruir Ucker.
Dulce nunca deixaria isso acontecer, então ela e Ucker bolam um plano: os dois farão com que todo mundo acredite que não estão mais juntos, manipulando, dessa forma, seus respectivos grupos. Dulce pretende convencer os nephilins de que a luta contra os anjos caídos é um erro, e Ucker tentará descobrir tudo o que puder sobre o lado oposto. O objetivo deles é encerrar a guerra antes mesmo que ela venha a eclodir. Mas até mesmo os melhores planos podem dar errado. Quando as linhas do combate são finalmente traçadas, Dulce e Ucker precisam encarar suas diferenças ancestrais e decidir entre ignorá-las ou deixá-las destruir o amor pelo qual sempre lutaram.
Scott não acreditava em fantamas. Homens mortos continuavam em suas covas. Mas os túneis que cruzavam por debaixo do Parque de Diversões Delphic, ecoando com sons farfalhantes e sussurrados, faziam com que ele repensasse isso. Ele não gostava da sua mente voltar a Harrison Grey. Não queria ser lembrado de seu papel no assassinato de um homem. Umidade pingava do teto rebaixado e Scott pensou em sangue. O fogo de sua tocha lançava sombras volúveis nas paredes, que cheiravam a terra fria e fresca. Ele pensou em covas.
Um ar gélido fez cócegas em sua nuca. Sobre seu ombro, ele lançou um olhar longo e desconfiado à escuridão.
Ninguém sabia que ele tinha jurado a Harrison Grey proteger Dulce. Já que não podia dizer “Ei, cara, desculpa ter feito você ser morto” em pessoa, ele recorreu a jurar proteger a filha de Harrison. Em se tratando de pedidos decentes de desculpas, este não era um deles, não mesmo, mas foi a melhor coisa em que conseguiu pensar. Scott não tinha certeza nem se um juramento feito a um homem morto tinha algum peso.
Mas os sons ocos atrás de si o faziam pensar que sim.
— Você vem?
Scott só conseguia distinguir o contorno escuro dos ombros de Dante a sua frente.
— Quanto tempo mais?
— Cinco minutos. — Dante deu risada. — Com medo?
— Paralisado. — Scott correu para alcançá-lo. — O que acontece na reunião? Nunca estive em uma antes — acrescentou, esperando não soar tão estúpido quanto se sentia.
— Os chefões querem encontrar a Nora. Ela é a líder deles agora.
— Então os Nephilim aceitaram que Mão Negra está morto? — O próprio Scott não acreditava plenamente nisso. Mão Negra deveria ser imortal. Todos os Nephilim eram. Então, quem havia encontrado uma maneira de matá-lo? Scott não gostava da resposta que sua mente lhe fornecia. Se Dulce havia feito isso... se Ucker havia ajudado-a...
Não importava se eles haviam sido cuidadosos ao cobrir seus rastros. Eles teriam deixado algo passar. Todo mundo sempre deixava. Era apenas questão de tempo.
Se Nora havia assassinado Mão Negra, ela estava em perigo.
— Eles viram o meu anel — respondeu Dante.
Scott também havia visto. Mais cedo. O anel enfeitiçado havia chamuscado como se tivesse fogo azul preso debaixo da coroa. Mesmo agora ele brilhava um azul entre o frio e o morto. De acordo com Dante, Mão Negra havia profetizado que esse seria o sinal de sua morte.
— Já encontraram o corpo?
— Não.
— E eles não veem problema em Dulce liderá-los? — pressionou Scott. — Ela não é nada como Mão Negra.
— Ela fez um juramento de sangue para ele ontem à noite. Entrou em vigor no instante em que ele morreu. Ela é a líder deles, mesmo que não gostem disso. Podem substituí-la, mas vão testá-la primeiro e tentar descobrir por que Hank a escolheu.
Scott não gostou nada disso.
— E se a substituírem?
Dante lançou um olhar sombrio por cima dos ombros.
— Ela morre. Esta é a condição do juramento.
— Não vamos deixar isso acontecer.
— Não.
— Então está tudo bem. — Scott precisava de confirmação de que Dulce estava a salvo.
— Contanto que ela coopere.
Scott relembrou-se da justificativa que Dulce deu hoje mais cedo. `Vou me encontrar com os Nephilim. E deixarei a minha posição clara: Hank pode ter começado esta guerra, mas eu vou terminar. E esta guerra vai acabar com um cessar-fogo. Não ligo se isso não é o que eles querem escutar`. Ele apertou a ponte do nariz; tinha muito trabalho a fazer.
Continuou caminhando com dificuldade, mantendo os olhos atentos a fim de evitar poças. Elas ondulavam como caleidoscópios oleosos, e a última em que tinha pisado por acidente havia encharcado-o até o tornozelo.
— Eu disse a Ucker que não a deixaria fora de vista. — Dante resmungou. — Tem medo dele também?
— Não. — Mas ele tinha. Dante também teria, se conhecesse Ucker direito. — Por que ela não pôde vir com a gente para a reunião? — A decisão de ficar separado de Dulce o deixava desconfortável. Ele se amaldiçoou por não ter discordado disso mais cedo.
— Não sei por que fazemos metade das coisas que fazemos. Somos soldados. Recebemos ordens.
Scott se lembrou das últimas palavras que Ucker disse a ele. `Ela está sob sua vigilância. Não estrague tudo`. A ameaça havia penetrado em sua pele. Ucker achava que era o único que se importava com Dulce, mas não era. Nora era a coisa mais próxima de uma irmã que Scott tinha. Ela o tinha defendido quando ninguém mais o fez, e o havia afastado de um precipício. Literalmente.
Eles tinham uma ligação, mas não aquele tipo de ligação. Ele se importava mais com Dulce do que com qualquer outra garota que já havia conhecido. Ela era responsabilidade sua. Era algo tão importante que ele havia jurado isso ao pai morto dela.
Eles se enfiaram ainda mais nos túneis, com as paredes apertando-se em volta de seus ombros. Scott se virou de lado para passar, com dificuldade, até a próxima travessia. Pedaços de terra se soltavam das paredes, e ele segurou a respiração, meio que esperando o teto desmoronar em uma onda grande que os enterrasse.
Por fim, Dante puxou uma aldrava, e uma porta se materializou na parede.
Scott inspecionou o cômodo cavernoso. Mesmas paredes de terra, mesmo chão de pedra. Vazio.
— Olhe embaixo. Alçapão — disse Dante.
Scott saiu de cima da porta da escotilha e puxou a maçaneta com força. Vozes acaloradas foram carregadas até a abertura. Contornando a escada, ele desceu pelo buraco, caindo três metros abaixo.
Avaliou o cômodo lotado e cavernoso em um instante. Homens e mulheres Nephilim usando mantos pretos com capuz formavam um círculo fixo ao redor de duas pessoas que ele não conseguia ver direito. Uma fogueira crepitava na lateral. Um ferrete mergulhado em carvão incandescia laranja com o calor.
— Responda — uma voz antiga e forte no centro do círculo repreendeu. — Qual a razão do seu relacionamento com o anjo caído a quem chamam Ucker? Está preparada para liderar os Nephilim? Precisamos saber que temos sua lealdade completa.
— Não tenho que responder — Dulce, a outra pessoa, atacou de volta. — Minha vida pessoal não é da sua conta.
Scott caminhou até o círculo, melhorando sua visão.
— Você não tem vida pessoal — sibilou a mulher velha e de cabelos brancos com a voz forte, golpeando Dulce com um dedo frágil, seu queixo duplo e mole tremendo de raiva. — Seu único propósito agora é liderar seu povo e libertá-los dos anjos caídos. Você é a herdeira de Mão Negra, e embora eu não deseje ir contra os desejos dele, votarei pela sua expulsão se precisar.
Scott olhou desconfortavelmente os Nephilim cobertos. Diversos assentiram, concordando.
Dulce, ele a chamou, falando com sua mente. O que está fazendo? O juramento de sangue. Você tem que permanecer no poder. Diga o que for preciso. Apenas acalme-os.
Dulce olhou em sua volta com uma hostilidade cega até seus olhos encontrarem os dele.
Scott?
Ele assentiu, encorajando-a.
Estou aqui. Não se alarme. Mantenha-os felizes. Depois eu vou te tirar daqui.
Ela engoliu em seco, visivelmente tentando se recompor, mas suas bochechas ainda queimavam com uma cor de escandalizada.
— Mão Negra morreu na noite passada. Desde então fui nomeada sua herdeira, empurrada em posição de liderança, movida de uma reunião para a outra, forçada a cumprimentar pessoas que não conheço, ordenada a usar este manto sufocante, interrogada em uma miríade de assuntos pessoais, cutucada e espetada, avaliada e julgava, e tudo isso sem um instante para recuperar meu fôlego. Então me perdoem se ainda vacilo. — Os lábios da velha se comprimiram em uma linha fina, mas ela não discutiu. — Eu sou a herdeira de Mão Negra. Ele me escolheu. Não se esqueçam — disse Dulce, e embora Scott não soubesse dizer se ela falava com convicção ou escárnio, o efeito foi silenciador.
— Responda uma coisa — disse a velha astutamente, após uma pausa pesada. — O que foi feito de Ucker?
Antes que Dulce pudesse responder, Dante deu um passo à frente.
— Ela não está mais com o Ucker.
Dulce e Scott olharam aguçadamente um para o outro, e então para Dante.
O que foi isso? Dulce exigiu de Dante na conversa mental, incluindo Scott no papo a três.
Se eles não te deixarem liderar agora mesmo, você vai cair mortinha por causa do juramento de sangue, respondeu Dante. Deixe que eu lido com isso.
Mentindo?
Tem uma ideia melhor?
— Dulce quer liderar os Nephilim — falou Dante em voz alta. — Ela fará o que for preciso. Terminar o trabalho de seu pai significa tudo para ela. Deem-lhe um dia para ficar de luto, e ela vai cair de boca no trabalho, completamente comprometida. Eu a treinarei. Ela pode fazer isso. Deem-lhe uma chance.
— Você vai treiná-la? — a velha perguntou a Dante com um olhar penetrante.
— Isso vai funcionar. Confie em mim.
A senhora ponderou por um longo instante.
— Marquem-na com a marca de Mão Negra — ela ordenou, por fim.
O olhar selvagem e assustador nos olhos de Nora quase fez com que Scott se dobrasse e vomitasse.
Os pesadelos. Eles apareciam do nada, dançando em sua cabeça. Rápidos. Vertiginosos. E então veio a voz. A voz de Mão Negra. Scott pôs as mãos na orelha, recuando. A voz maníaca cacarejava e sibilava até que as palavras ficaram todas juntas e soaram como uma colmeia de abelhas chutada. A marca de Mão Negra, queimada em seu peito, pulsava. Uma dor recente. Ele não conseguia diferenciar entre ontem e agora.
Sua garganta foi desobstruída com um comando.
— Parem.
O cômodo pareceu hesitar. Corpos se deslocaram, e de repente Scott sentiu-se esmagado por olhares hostis.
Ele pestanejou com força. Não conseguia pensar. Tinha que salvá-la. Ninguém esteve por perto para impedir Mão Negra de marcá-lo. Scott não deixaria a mesma coisa acontecer com Nora.
A velha andou até Scott, seus saltos batendo no chão com uma cadência vagarosa e deliberada. Sulcos profundos cortavam a pele dela. Olhos verdes aguados espiavam de órbitas afundadas.
— Não acha que ela pode mostrar lealdade dando o exemplo? — Um sorriso fraco e desafiador curvou os lábios dela.
O coração de Scott martelava.
— Faça-a demonstrar isso através de ações. — As palavras simplesmente saíram.
A mulher inclinou a cabeça para um lado.
— O que quer dizer?
Ao mesmo tempo, a voz de Dulce deslizou para dentro de sua cabeça.
Scott? disse ela, nervosa.
Ele rezou para não estar piorando as coisas e lambeu os lábios.
— Se Mão Negra quisesse que ela fosse marcada, ele mesmo teria feito isso. Ele confiava nela o bastante para lhe dar este cargo. Isso basta para mim. Podemos passar o resto do dia testando ela, ou podemos começar essa guerra de uma vez. A nem trinta metros acima das nossas cabeças tem uma cidade de anjos caídos. Traga um até aqui. Eu mesmo farei isso. Marque-o. Se quiser que anjos caídos saibam que falamos a sério sobre a guerra, vamos lhes mandar uma mensagem. — Ele conseguia ouvir sua própria respiração irregular.
Um sorriso lento aqueceu o rosto da velha.
— Oh, gosto disso. Muitíssimo. E quem é você, querido?
— Scott Parnell. — Ele puxou para baixo o colarinho de sua camiseta. Seu dedão roçou a pele distorcida que formava sua marca, um punho fechado. — Vida longa à visão de Mão Negra. — As palavras tinham gosto de bile em sua boca.
Colocando seus dedos finos nos ombros de Scott, a mulher se inclinou para frente e beijou cada uma das bochechas dele. Sua pele era úmida e fria como a neve.
— E eu sou Lisa Martin. Conhecia Mão Negra muito bem. Vida longa ao seu espírito, em todos nós. Traga-me um anjo caído, jovem, e nos deixe mandar uma mensagem aos nossos inimigos.
***
Acabou logo.
Scott tinha ajudado a acorrentar um anjo caído, um garoto magrelo chamado Baruch que parecia ter 15 anos humanos. O maior medo de Scott era de que eles esperassem que Dulce marcasse o anjo caído, mas Lisa Martin tinha levado-a para uma antecâmara privada.
Um Nephil encapuzado havia colocado o ferrete nas mãos de Scott. Ele olhou a placa de mármore e o anjo caído algemado a ela. Ignorando os votos praguejantes de vingança de Baruch, Scott repetiu as palavras que o Nephil encapuzado ao seu lado murmurava em seu ouvido (um bando de besteira comparando Mão Negra a uma divindade) e pressionou o ferro quente no peito nu do anjo caído.
Agora Scott estava curvado contra a parede do túnel do lado de fora da antecâmara, esperando Dulce. Se ela ficasse ali mais que cinco minutos, ele iria atrás dela. Ele não confiava em Lisa. Não confiava em nenhum dos Nephilim encapuzados. Estava claro que eles faziam parte de uma sociedade, e Scott aprendeu de maneira difícil que nada bom provinha de segredos.
A porta foi aberta. Dulce saiu, e então jogou seus braços ao redor do pescoço dele e se segurou firmemente. Obrigada. Ele a segurou até ela parar de tremer.
Ossos do ofício, ele provocou, tentando acalmá-la da melhor maneira que podia.Vou colocar a cobrança no correio.
Ela fungou, rindo.
— Dá pra ver que eles estavam muito empolgados em me ter como nova líder.
— Eles estão chocados.
— Chocados que Mão Negra deixou o futuro deles em minhas mãos. Viu o rosto deles? Achei que fossem começar a choramingar. Ou isso ou jogar vegetais em mim.
— Então, o que você vai fazer?
— Hank está morto, Scott. — Ela olhou diretamente para ele, e então secou seus olhos passando os dedos por debaixo deles, e ele viu um relampejo de algo em sua expressão, algo que não conseguiu decifrar. Garantia? Confiança? Ou, talvez, uma confissão direta. — Eu vou comemorar.
Espero que gostem do ultimo livro <3
Prévia do próximo capítulo
Eu não sou uma garota festeira. Música de estourar os ouvidos, corpos em movimento, sorrisos embriagados... nada a ver comigo. Meu sábado a noite ideal seria ficar em casa aninhada no sofá assistindo uma comédia romântica com meu namorado, Ucker. Previsível, contida... normal. Meu nome é Dulce Grey, e embora eu costumas ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 75
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Vanuza Ribeiro Postado em 17/07/2015 - 02:09:05
fooooooooooi estremamente linda a fanfic adorei *-----* parabéns.
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Vanuza Ribeiro Postado em 14/07/2015 - 00:50:36
estou lendo a fanfic ja a algum tempo e estou a m a n d o --- preciso de um anjo desses na minha vida, que dlc kkkkkkkkkk- vo começar a ler finale.
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juhcunha Postado em 05/04/2015 - 23:35:45
ai meu deus chorando litros morrendo quero mais nao acredito que terminou nisso queo mais muito mias a serie divergente e muito foda mais muito triste no final
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juhcunha Postado em 05/04/2015 - 22:06:38
posta mais
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juhcunha Postado em 01/04/2015 - 22:11:51
como e a Anie e um dele caranba quantas supresas e que essa cara ta fazendo na casa do ucker!
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juhcunha Postado em 30/03/2015 - 20:56:59
dante filho da puta traidor nao imaginava ele caranba !
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juhcunha Postado em 29/03/2015 - 02:25:13
Dabria vaca que beijo o homem dos outro puta se fudeeu dulce arazando
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juhcunha Postado em 26/03/2015 - 01:34:59
A porra fico seria agora!
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juhcunha Postado em 23/03/2015 - 23:13:32
marcie vaca robou o scott da ane puta e scott deveria te dado um fora nela ! O QUE O Que tinha naquele punhau era veneno caranba puta que paria
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juhcunha Postado em 23/03/2015 - 01:16:44
eu to descofiada que esse detetive basso e um arcanjo porque ele ta sempre vigiando sempre nos lugares errados