Fanfic: A Outra - AyA | Tema: Ponny, Anahi e Alfonso

Mais tarde Henrique entrou em casa e fechou a porta suspirando.
Henrique: Não esperava ver o Poncho por lá.
Mariane: Nem eu... Tenho certeza que ele só foi por causa da Alicia.
Henrique: Também acho, eu já falei pra Anahí se afastar deles, mas ela insiste em manter contato.
Mariane: Amor, Vitória é como uma mãe pra ela e Alicia uma irmã, não é um laço fácil de se romper.
Henrique: Eu sei, mas ainda tem essa história da Marichello, o que a minha filha fez pra merecer isso?
Mariane: Anahí sofre com isso, Marichello nunca perguntou pela Anahí, no começo ela falava de suas filhas, mas depois...
Henrique: É, mas... Uma coisa me preocupa nessa história.
Mariane: O que?
Henrique: O que vai acontecer depois que Giovanna sair da prisão?

Mariane: Não faço idéia, talvez as coisas mudem, essa farsa acabe e Marichello vendo que tem duas filhas recobre a consciência. - deu de ombros.
Henrique: Você acha isso possível?
Mariane: Eu acho que nessa vida nada é impossível... Só precisamos esperar que tudo se encaixa no devido tempo.
Henrique: Só espero não ter que esperar mais, Any já sacrificou demais a vida dela. - suspirou.
Mariane: Não desanima, meu amor, vai ficar tudo bem, você vai ver. - se aproximou e Henrique a abraçou.

Alfonso levantou do sofá ao ouvir a campainha tocar.
Poncho: Any! - tomou um susto ao dar de cara com ela segurando Alicia adormecida.
Any: Oi... Eu... Eu não achei que estivesse em casa. - gaguejou constrangida por flagrá-lo em casa e sem camisa.
Alfonso a encarou sem saber o que dizer, havia fugido dela mais cedo e agora ela aparecia na sua porta.

Poncho: É... Deixa eu pegar a minha irmã, não parece, mas eu sei que ela é pesada. - sorriu e se aproximou.
Anahí sentiu o cheiro de creme pós-barba e sabonete e reparou que os cabelos de Poncho estavam úmidos e cheirando a shampoo, na certa ele havia acabado de tomar banho. Lembrou-se de uma vez quando entrara às escondidas no banheiro dele e o observou tomar banho até se juntar à ele. Um arrepiou lhe subiu pelo corpo ao lembrar do que haviam feito naquele dia e de como apesar dos problemas eram felizes e apaixonados.
Poncho por sua vez cerrou os punhos e segurou a irmã em seus braços com força, detendo-se de envolver Anahí pela cintura e se esquecer de tudo, voltar ao passado. Podia mentir pra quem quisesse, mas não podia e não conseguia mentir pra si mesmo. Ainda amava Anahí, se possível mais do que antes. Por isso não sabia como agir perto dela, por isso a evitava, tinha medo do que podia fazer ou lhe acontecer se ficasse tempo demais perto dela.
Na certa Anahí o odiava por ter terminado o namoro dos dois sem tentar entende-la, mas ele havia tentado, tentava até hoje entendê-la, mas não conseguia, então fingia. Fingia não se importar, fingia não querer falar, fingiu que havia ido forçado ao aniversário, mas tudo o que queria era vê-la, ficar perto dela e mesmo zangado com Alicia agradecia à ela mentalmente por ter proporcionado à ele beijar Anahí mais uma vez mesmo que fosse no rosto.
Poncho: Entra, só vou colocar Alicia na cama. - sorriu e deu as costas de propósito para que Anahí não tivesse tempo de recusar.

Anahí suspirou e entrou. O nó havia se formado outra vez em sua garganta, era o que acontecia sempre que ficava perto de Poncho. Sentia falta de quando ele a envolvia pela cintura e a beijava, sentia falta de fazer amor com ele, sentia falta do apoio, dos carinhos, dos olhares, das noites que dormiram juntos, sentia falta dele.
Respirando fundo ela fechou os olhos com força proibindo-se de chorar, aquilo era culpa dela e já havia passado da hora de superar e parar de chorar por algo que havia se rompido e nunca mais voltaria a ser igual.
Poncho: Ela nem percebeu quando a coloquei na cama. - disse entrando na sala.
Any: Mande um beijo pra ela, eu só vim trazê-la e seus pais?
Poncho: Jantar de negócios, esses não param nunca já sabe.
Any sorriu assentindo e apertou as mãos unindo-as na frente do corpo, como queria que as coisas voltassem como antes nem que fosse por um segundo. Por causa de uma decisão equivocada o único cara que amava na vida havia se tornado um estranho.
Any: É... Mande um beijo pros seus pais também... Eu já vou antes que fique muito tarde.
Alfonso encarou Anahí querendo que ela ficasse e ela o olhou querendo ficar.
Poncho: Ta te acompanho até a porta. - forçou um sorriso e a abriu.

Any: Até mais Poncho! - forçou um sorriso ao passar por ele e parou na porta do lado de fora.
Poncho: Eu dou o recado aos meus pais ta?
Anahí assentiu e olhou pro lado, apenas pra não ficar olhando-o. Poncho queria ter algo mais pra falar, apenas pra fazê-la ficar mais, mas não tinham do que conversar e qualquer coisa de que falhassem levaria à Marichello e ele não queria isso.
Com um estalo ele lembrou da bronca que levou da irmã, poderia beijar Anahí no rosto mais uma vez e jogar a culpa em Alicia. Ao dizer boa noite Anahí virou o rosto o encarando e o que era pra ser um beijo no rosto virou um selinho.