Fanfic: Cicatrices - Vondy (Mini web) | Tema: Vondy

CAPÍTULO DOZE

- Vou te ensinar a me respeitar vadi* - Disse Christopher entrando no quarto, irritado.

- AAAAAHHHHH – gritou Dulce quando Christopher a surpreendeu puxando seu cabelo – AAAAAIIII DOOOOIIII – gritou começando a sentir dor na cabeça – ME SOLTAAAA – exigiu, quando Christopher começou a fazê-la andar pelo quarto enquanto continuava a puxar o cabelo ruivo.

- Se ajoelha – mandou Christopher, a voz fria e sem emoção, enquanto forçava Dulce a se ajoelhar

De frente a ele.

- NÃO VOU ME AJOELHAR – retrucou Dulce, tentando se desvencilhar – ME SOLTAAA!!!

- Se ajoelha e me peça perdão – Christopher olhava para Dulce com tanta frieza e sem emoção, que isso parecia ter machucado ela mais do que os tapas ou os insultos que recebia dele.

- NÃÃÃO – gritou Dulce, a voz ficando aguda a medida que o puxão era mais é mais forte.

- Se ajoelha, se ajoelha – Christopher colocou tanta força sobre Dulce que conseguiu fazê-la se ajoelhar, enquanto ela gritava de dor é tentava se soltar – Me peça perdão, diga, me perdoa Christopher, me perdoa Christopher, ME PEÇA PERDÃO – deixando a raiva o consumir Christopher começou a gritar enquanto levantava a mão, ameaçando bater na mulher – ME PEÇA PERDÃO!

- Perdão – pediu Dulce, não aguentando mais a dor, as lágrimas lhe molhando a face – perdão – a voz sumindo entre os soluços.

Christopher ao ouvir isso, soltou o cabelo dela, levantou a mão, é o estalo da mão chocando na face feminina com brutalidade foi ouvida no quarto, o choro parando pelo choque, enquanto o rosto girava pelo impacto, e o pequeno corpo era jogado para a cama.

- ENTENDEU? - gritou Christopher, enquanto Dulce voltava a virar o rosto na direção do marido, um corte na boca e o nariz sangrando, e foi então que Christopher pareceu acordar de uma espécie de transe – Dulce, Dulce me perdoa – a emoção, o medo, sumindo do olhar de Dulce, sendo consumido pela frieza é o ódio.

- Me perdoa Dulce – pediu Christopher, sem pensar é agindo por impulso Dulce pegou o telefone ao seu lado é bateu com ela na cabeça do marido, fazendo um corte na testa do homem, fazendo ele cair no chão.

Aproveitando que Christopher caíra, Dulce passou por ele saindo do quarto na maior velocidade que conseguia.

- DUUUUULCEEEE – gritou Christopher levantando e indo atrás da esposa.

- TE ODEEEEIOOOOOO – gritou Dulce, ainda correndo aos tropeços pelo corredor.

Dulce estava prestes a descer as escadas quando Christopher a puxou pelo braço fazendo ela gritar.

- AAAAAAAAAAHHHHHH!

- VEM CA – Christopher segurou o braço dela com muita força, e então subiu as mãos em direção ao pescoço dela a enforcando, enquanto ela inutilmente se debatia o empurrando.

- AAAAAAAAAAIIIIIIII!

- Cala boca – mandou Christopher apertando mais as mãos no pescoço feminino, foi então que Dulce conseguiu colocar uma mão na boca dele, cortando-o com as unhas, fazendo ele cuspir sangue, deu um chute no estômago dele, fazendo ele a soltar é então ela desceu as escadas correndo.

- SOOOOCOOOORROOOOO! - pediu Dulce aos gritos, enquanto tentava abrir a porta de saída – não abre – os soluços cada vez mais forte – NÃÃÃÃÃÃOOOOO, ME AJUDEM POR FAVOR!- foi até a mesinha pegando a chave.

- DULCEEEEEE!

- NÃÃÃÕOO, AJUDA, NÃÃÃOOOO – gritou Dulce, quando sentiu o braço de Christopher a rodear pelo pescoço é o outro braço na cintura a levantando do chão é a levando para a sala.

- Onde pensa que vai? - indagou Christopher com frieza, enquanto Dulce voltava a se debater.

Sem pensar duas vezes Dulce mordeu os braço do marido fazendo ele urrar de dor, e joga-la no chão.

Christopher olhou para o braço é então para Dulce que se contorcia de dor no chão, chorando sem parar.

- NÃO, NÃO, NÃO – pediu Dulce quando viu Christopher se aproximar mais, foi então que tudo aconteceu de maneira rápida, os chutes é os socos vinham sem parar, a barriga, o rosto, o corpo inteiro doendo – PARA, PARA, PARA – pediu, a voz fraca, enquanto ele puxava o cabelo dela, levantando a cabeça de jeito que ela ficasse com o rosto sanguento em evidência, facilitando os tapas que ele lhe dava.

- Cala boca!

Foi então que depois de mais alguns chutes que ele parou, olhou para a esposa que começava a se levantar rastejando para longe dele, com a fúria ainda o cegando ele pegou as chaves jogadas no chão, é saiu, sem se importar com os cortes, a camisa cheia de sangue, ele foi embora.

Dulce parou de se rastejar quando escutou o carro esporte se afastar da casa, deixando a cabeça cair no chão, é então só havia lágrimas, de raiva, de pena de si mesma, de ódio.

- Te odeio! - as palavras saíram nus sussurro fraco, antes dela desmaiar, cansada de lutar, cansada de chorar, mas acima de tudo cansada de sofrer.