Fanfic: Onde Estás (aya) Finalizada | Tema: Anahí & Alfonso

Durante o banho Anahí imaginou e ensaiou várias formas sobre o que ia falar para Poncho, assim como ele ensaiou diversos diálogos para esclarecer como ficaria a situação entre eles.

Quando Anahí chegou na sala, Poncho já a esperava. Ela se sentou ao lado dele e ficaram um bom tempo em silêncio, sem saber o que dizer.

─ Então... – começou ele.

─ Então...

─ Como vamos ficar? – perguntaram ao mesmo tempo, depois riram.

Pela primeira vez em meses estavam conversando como pessoas civilizadas, sem brigas, raiva, rancor... E isso parecia ser um bom sinal.

─ Poncho... – começou ela, séria – por quê não veio atrás de mim... de nós? – perguntou magoada – Tudo bem, eu entendo você ter me esquecido, entendo se você se apaixonou pela Belinda e também posso entender se ela estiver grávida, mas... eu disse na frente de dezenas de pessoas, na frente de um padre que estava grávida. – suspirou com um olhar triste – Você não me quer mais? Tudo bem, já superei, já entendi que não temos mais volta, só que... eu carrego um filho seu aqui. Você poderia ter me procurado depois da lua de mel, podia ter dito pra eu te esperar na festa e poderíamos ter conversado lá, mas não, você nem se quer ligou, não demonstrou nenhum tipo de emoção ao saber da notícia. Por isso eu fugi, vim pra cá sem ninguém saber. E agora... depois de cinco meses você aparece querendo resolver as coisas... simplesmente não sei o que pensar. – o olhou.

Poncho engoliu em seco. Seu coração murchou ao saber que ela já havia superado, que aceitou que não iriam ficar mais juntos. E ela estava certa, ele devia ter feito algo naquele dia, mas ele estava sem reação, não sabia o que fazer, o que falar... Depois teve a Belinda que queimou o passaporte dele, e demorou meses para outro ficar pronto.

─ Eu errei, me desculpa. – disse sincero – A verdade é que eu não sabia o que fazer diante àquela situação, estava tudo muito confuso. – suspirou – E depois que voltamos, eu disse à Belinda que iria atrás de você pra saber como resolveríamos isso, só que ela queimou meu passaporte, Anahí. E você sabe como demora pra fazer um.

Ela assentiu.

─ Eu sei. Mas também, que merda essa mulher tem na cabeça? O foco aqui não sou eu, é esse bebê que nasce em dois meses. Ela podia ter mais um pouco de consideração e pensar nessa criança que não tem nada a ver com nossos problemas. – disse irritada – Imagina se fosse ela no meu lugar!

Poncho suspirou e a olhou nos olhos.

─ É que esse é o único filho que vou poder ter, Annie. Por isso ela está assim, ela só está com ciúmes... inveja.

Anahí franziu o cenho.

─ Como assim “único filho”?

─ Bel é infértil. Ela não pode ter filhos, tem má formação nos ovários que impossibilita isso.

Anahí se odiou por ter ficado feliz com a notícia, ao mesmo tempo que sentiu pena de Belinda, pois a mesma sempre dizia que seu sonho era ser mãe.

─ Mas... vocês podem adotar, não? – tentou parecer que não se importava.

Ele negou com a cabeça.

─ Não é a mesma coisa. Já conversamos sobre isso e ela não quer. Ela quer um bebê que cresça dentro dela, entende?

Anahí assentiu.

─ Eu sinto muito... por ela. – por mais estranho que fosse, estava sendo sincera.