Alfonso desceu as escadas após o banho e viu Anahi dormindo no sofá. Já estava vestida com seu moletom que nela ficava um vestido. Poncho fechou as cortinas da janela, ainda chovia forte. Em seguida desligou a TV. Pensou em acordar Anahi, mas optou por leva-la no colo. E assim fez, a pegou no colo, ela resmungou, mas não acordou. O quarto ja estava arrumado, ele pôs a loira em sua cama e a cobriu com o edredom. Saiu do quarto e foi para o de hóspedes que ele também ja tinha arrumado, viu seu celular tocar. Revirou os olhos ao ver o nome de Fuzz no visor.
Poncho: Que é? - atendeu sem vontade.
Fuzz: Onde você tá amor? São quase meia noite, e eu preciso de você. - fez drama.
Poncho: Pelo amor de Deus. Me esqueça. - suspirou cansado. - Eu não vou voltar, não estou no colégio.
Fuzz: Onde você está? Está com a puta? - irritada.
Poncho: Não fala assim dela. - se exaltou. - Não vou permitir que você a ofenda, ela é mãe da minha filha, lave a sua boca para falar dela.
Fuzz: Vagabunda. - repetiu.
Poncho: Eu estou sem paciência, e sim, estou com a Anahi. Agora vou desligar. - bateu sem nem esperar resposta.
Fuzz: Aaaaaaah! - gritou jogando o celular na parede. - Essa vabagunda não perde por esperar.
***
Já passava das 3h da manhã quando Anahi acordou estranhando o quarto e aquela cama tão grande e tão vazia. Coçou os olhos e logo lembrou que estava na cama de Poncho. O cheiro gostoso dele emanavank cômodo gelado. Ia voltar a dormir quando um clarão e um trovão a assustou. Agarrou-se ao travesseiro, mas a tempestade havia voltado. Raios, trovões e chuva caíam lá fora.
Anahi: Aí e agora? - murmurou sozinha. - Será que vou? - considerou a hipótese de ir pro quarto de Poncho, já que tinha medo e tomaria sustos ali sozinha.
Anahi decidiu ficar mais um pouco, mas a estava cada vez pior. Então ela levantou, calçou as sandálias e buscou o controle do ar, desligando em seguida. Saiu do cômodo e foi até o quarto que Poncho estava dormindo pedindo a Deus mentalmente para que a porta não tivesse trancada. E não estava, ela entrou e viu que ele dormia apenas de cueca e estava de bruços, embora o quarto estivesse frio.
Anahi: Poncho... - chamou baixinho tocando as costas dele, perdendo o quão gelado estava seu corpo, provavelmente teria se descoberto durante o sono. - Poncho... - chamou novamente e viu ele abrir de leve os olhos.
Poncho: Que foi, Any, ta se sentimento mal? - perguntou com a voz rouca.
Anahi: Não, eu só tô com medo.
Poncho sentou na cama a encarando.
Poncho: Medo de que? - pôs o cabelo dela atrás da orelha. Anahi apenas olhou a janela, e ele entendeu. - Quer ficar aqui né? - ela assentiu envergonhada e ele riu. - Vamos para o meu quarto.
Anahi: Não. - segurou o braço dele.
Poncho: Lá é melhor Any, essa cama não é muito grande, a cama de casal do meu quarto é muito maior.
Anahi: Lá tem janelas de vidro. - sorriu de canto. Na verdade queria mesmo era ficar naquela cama apertadinha com ele.
Poncho: Ok. - levantou e pediu que ela levantasse também, puxou o edredom. - Deite. - pediu e Anahi assim fez. Deitou de lado pois era a única posição que conseguia dormir. Poncho deitou atrás dela e puxou o edredom, cobrindo os dois. - Tudo bem aí? - ela assentiu. De surpresa, ele a puxou a abraçando por trás, formando uma conchinha. Anahi foi pega de surpresa, mas sorriu e se aconchegou aí corpo dele, que antes estava gelado, agora emanava um calor que ela precisava. Poncho por sua vez, afundou o rosto no pescoço dela, sentindo aquele cheirinho gostoso que só ela tinha, pousou a mão na barriga, fazendo um carinho suave ali. E os dois perceberam que poderiam ficar ali pra sempre.