Valéria: Não fique assim. - disse sentida pegando um lenço do bolso do jaleco. Limpou as lágrimas de Poncho. - Seja forte por elas, Poncho. Não demonstre franqueza. - ele respirou fundo e assentiu.
Poncho: Obrigado.
Valéria: Vai lá ficar com ela. - ele assentiu indo para o quarto.
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Tisha chegou na sala de espera abraçada ao marido. O rosto vermelho pelo choro.
Mariana: Que foi mãe? - levantou assustada fazendo Júlia acordar chorando.
Tisha caiu no choro novamente e todos ali sentiram o coração apertar.
Maitê: O que aconteceu, Tia? - se aproximou.
Henrique: A Any corre o risco de ter eclâmpsia. A pressão está alta. - suspirou pegando Júlia no colo. Não era de demonstrar sentimentos, por dentro a situação estava o matando.
Maitê: Nossa... - sentou na cadeira abatida e controlando o choro.
Tisha: Não posso perder minha filha. E nem a minha neta.
Ruth: Vai ficar tudo bem. - abraçou a amiga de lado.
Fernando: Henrique vou levar o Lipe para casa. Se quiser eu levo a Júlia. Aqui não é ambiente para ele.
Henrique: Obrigado, Fernando. A Ju não é de dar trabalho. - entregou a menina para ele que saiu com os dois pequenos.
Ruth: Vamos tomar um café, Tisha. - puxou a mulher pela mão.
Dulce chegou com Ucker e viu a cara de todos.
Dulce: O que aconteceu?
Maitê explicou a ruiva que ficou preocupada. Anahi não podia morrer. E nem Ana.
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Enfermeira: Isso, Anahi. Embaixo da língua. - instruiu colocando um comprimido na língua da loira. - Deixa dissolver.
Poncho olhava a cena da porta. O coração doía só em pensar em não vê-la mais. A enfermeira puxou Anahi para uma cadeira e a botou de costas começando uma massagem na coluna. Poncho se aproximou e pôde ver a carinha de dor.
Ponho: Ta tudo bem? - afastou as mexas de cabelo dela.
Anahi: Ta doendo muito. - segurou a mão dele.
Poncho: Vai passar. - garantiu mesmo sem certeza.
O tempo passou. As contrações de Anahi estavam mais fortes e em intervalos de tempo menores. A loira chorava agarrada ao braço de Poncho que estava aflito. Ela comeu umas frutinhas cortadas mesmo contra sua vontade e bebeu água. Tisha e Ruth rezavam na capela do hospital. Na sala de esperava o clima continuava tenso. Henrique nervoso andava de um lado para o outro. Maitê rezava com seu terço nas mãos e Dulce estava na enfermaria pois havia dado uma crise nervosa e Ucker estava com ela.
Valéria: Anahi? - entrou no quarto.
Anahi: Eu não aguento mais. Eu quero morrer. - segurando a barriga
Valéria: Vamos ver quantos cm você está. - posicionou as pernas dela para ver a dilatação. - Muito bom. 8 cm.
Anahi: É agora? - chorosa.
Valéria: Ainda não está com dez. - sentou na ponta da cama. - Vamos conversar sério ok? - Anahi assentiu com medo. - Vou te levar para o centro cirúrgico. - Anahi arregalou os olhos. - Calma. - tranquilizou. - Eu preciso ter sua pressão medida durante todo o parto e se houver alguma complicação eu vou fazer uma cesariana de emergência.
Anahi: Eu posso morrer no parto? - questionou. - Se for para ir uma das duas. Salve a minha filha pelo amor de Deus.
Poncho: Não vai acontecer nada com vocês. - disse. Os olhos rasos de lágrima que ele fez de tudo para esconder de Anahi.
Valéria: Não pense nisso. - levantou. - Os maqueiros vão leva-la para o centro cirúrgico e logo estarei la. - ela encarou Poncho. - Vai acompanha-la?
Poncho: Claro que sim.
Valéria: Vá com a enfermeira se trocar. - ele assentiu e seguiu a mulher.
Anahi foi levada ao centro cirúrgico. Chorava com as mãos na barriga. Nunca mais teria filhos na vida. Ela foi colocada na cama e os aparelhos de medir pressão foram postos na loira. Poncho entrou no quarto com uma touca e uma máscara.
Poncho: Vai da tudo certo. - beijou a testa suada dela. - Vou ta com você.
Anahi: Não me deixa. - segurou a mão dele. - Me promete uma coisa? - Poncho assentiu. - Se algo acontecer e pedirem para você escolher quem salvar, salva a Ana, por favor.
Poncho: Anahi eu...
Anahi: Por favor. - os olhos imploravam. - Eu quero que ela viva. Se acontecer algo a ela para eu me salvar, jamais me perdoarei. Diz que vai salva-la se tudo der errado, Poncho.
Poncho: Ok, Anahi. - suspirou tristemente.
Anahi: Obrigada. - se contorceu. Mais uma contração. - AAAAAAAAAAH. - gritou e Alfonso fez uma careta. Era horrível vê-la assim.
Valéria: Chegou a hora, Anahi. - disse colocando as luvas e sentando. - Vamos fazer essa princesa conhecer o mundo. - sorriu arrumando as pernas de Anahi deixando na posição de parto.
A situação do plágio já foi resolvida. Falei com a autora e está tudo bem.