Anahi acordou confusa, olhou em volta e lembrou que estava no hospital. Sorriu ao lembrar de Ana. O quarto estava vazio. Ela apertou o botão ao lado da cama e pouco depois a enfermeira apareceu.
Enfermeira: Ta se sentindo bem? - entrou no quarto segurando uma bandeja com curativos.
Anahi: Sim. Onde está a minha filha?
Enfermeira: No berçário. - respondeu enquanto retirava o soro do braço de Anahi. - Estávamos esperando você acordar para traze-la para amamentar. - sorriu colocando um pequeno curativo no braço da loira. - Seu namorado saiu faz um tempo. Acho que ele já deve estar chegando.
Anahi: Ele não é meu namora...
Poncho: Cheguei. - abriu a porta e entrou. Nas mãos trazia balões cor de rosa e branco.
Enfermeira: Bom, eu vou trazer a bebê. - os dois assentiram.
Poncho foi até Anahi e beijou a testa dela. Depois amarrou os balões nas grades da cama.
Poncho: Advinha o que eu comprei pra Ana? - disse todo feliz.
Anahi: O que?
Poncho: Nem tenta adivinhar. - rolou os olhos. - Uma moto elétrica. - disse orgulhoso de si e Anahi o encarou. - É uma moto foda, mas é rosa.
Anahi: Alfonso. - ele a encarou com um sorrisão. - Faz ideia de quanto tempo ainda falta para ela usar essa moto?
Poncho: Nossa Anahi, você é tão chata. - fechou a cara e nesse momento a enfermeira entrou com Analú enrolada numa manta rosa. Os dois sorriram bobos.
Enfermeira: Olha só quem veio mamar. - sorriu. - Mas eu sou muito quietinha minha mamãe. - disse com voz de bebê. - Ela tá acordada e quase não chora.
Anahi: Eu achei que bebês choravam quando estavam com fome. - sorriu boba.
Enfermeira: Choram. Mas ela é uma mocinha já, minha tia. Eu vou por ela no seu colo ok?
Anahi assentiu e Poncho subiu o encosto da cama. A enfermeira passou Analú para o colo dela e a loira a pegou com cuidado.
Enfermeira: Sempre cuidado com a cabecinha e a coluna. - instruiu.
Anahi: Oi meu amorzinho. - cheirou os poucos cabelinhos que ela tinha. Eram castanho bem claros e provavelmente seriam loiros. - Como você é linda. - analisou. A pequena agora estava limpinha, nos poucos fios um lacinho minúsculo branco. A bebê olhava Anahi curiosa.
Poncho: Oi princesa do papai. - pegou a mãozinha dela que se virou e começou a encarar Poncho. - Ta olhando o papai ta? - disse todo bobo. - Any ela tem seus olhos. - concluiu. A pequena tinha os olhinhos azuis acinzentados, não dava para saber se iriam escurecer ou clarear.
Enfermeira: Os olhos dos recém nascidos tendem a mudar. - sorriu admirando a cena. - Mas pelo que estou vendo, ficarão azuis. - Poncho abriu um sorriso vitorioso. - Agora eu quero mamar, mamãe.
Anahi: Oh, meu Deus. Eu tava tão encantada que esqueci. - disse abaixando a camisola e tirando o seio. - Desculpa filhinha. - guiou o bico do peito para a boca da pequena que o agarrou começando a mamar. - Oh, mamãe que maldade. Eu tava com fominha. - disse com voz de bebê.
Enfermeira: Vou indo. Mais tarde volto para buscá-la.
Anahi: Quando vou ter alta?
Enfermeira: Assim que concluir os exames da Analú. Talvez amanhã ou depois. A doutora Valéria vem conversar com você hoje à noite. Depois de mamar, ela tem que arrotar ok? - Anahi assentiu e a enfermeira saiu.
Poncho ficou ali encantando vendo Ana mamar. Os olhinhos semi abertos enquanto segurava firme o dedo de Anahi. Depois de um tempo olhando as duas, ele resolveu falar.
Poncho: Ela tem força?
Anahi: Tem sim. Olha só como aperta. - tentou puxar o dedo.
Poncho: Ela é tão linda. - suspirou. - Não canso de olhá-la.
Anahi: Nem eu. - sussurou. - É o melhor presente que você poderia ter me dado. Obrigada por me agarrar aquele dia, Poncho. - sorriu terna admirando a filha.
Poncho: Eu que te agradeço por se manter forte, mesmo quando eu agir como idiota. Me desculpa, Anahi. - pediu sincero e o coração apertado. - Eu não tinha noção do que é isso. - Anahi o encarou. - É algo inexplicável. Eu amo essa pequena de uma forma tão forte e ela acabou de nascer. Eu morro por ela se for possível. - Anahi sorriu com as palavras, os olhos rasos de lágrimas.
Anahi: É o mesmo que eu sinto. - respirou fundo. - Eu só tenho agradecer a Deus por ter me proporcionado ser mãe. Eu amadureci muito na gravidez, aprendi a ser mulher, e agora vou aprender a ser mãe.
Poncho: Você já é mãe. - ele limpou a lágrima que escorria do rosto de Anahi. - Se eu perdesse vocês duas, jamais iria me perdoar.
Anahi: Você não teve culpa. - murmurou sem graça pelas palavras. Analú soltou o peito da mãe, encarando Poncho. Anahi tentou oferecer novamente, mas ela recusou. A loira recolocou os seios no lugar. - Ela sempre está te olhando. - riu pegando a pequena com máximo de cuidado e a apoiando em seu peito para que arrotasse.
Poncho: O papai mais lindo desse mundo. Ela tá encantada. - se achou. Anahi revirou os olhos dando leves batidinhas na continhas dela. Não demorou para que ela arrotasse.
Anahi: Já, meu amor? - sorriu. - Quer segurar papai?
Poncho: Tenho medo de quebrar. - coçou a nuca.
Anahi: Não seja bobo. É só ter cuidado. - ele assentiu meio com medo e sentou ao lado de Anahi que passou a pequena para os braços dele. Poncho acolheu Ana meio desajeitado. - Ta tudo bem? - arrumou a cabecinha dela no braço do pai.
Poncho: Ela é tão pequena. - cheirou a cabecinha dela.
Anahi: Fica com ela enquanto tomo um banho?
Poncho: Ah, não me deixa sozinho. - choramingou.
Anahi: Ana, que papai bobo. - sorriu. - Fica comigo papai, eu não dou trabalho não. Sou quietinha. - mandou um beijinho para a pequena que abriu a boquinha. - Que coisa mais linda da mamãe. - cheirou a barriguinha dela. - Vai ficar ou não?
Poncho: Vou. Afinal, eu sou o super papai. - sorriu olhando filha que não tirava os olhos dele. Anahi revirou os olhos e entrou no banheiro. Poncho levantou com a pequena nos braços. - Bem vinda minha filha. - sorriu para ela. - Você é a vida do papai, sabia? O papai faz tudo por você. Desculpa ta? Por tudo que eu fiz para você e sua mamãe. Eu fui um idiota, mas o papai mudou ta? E agora você é a coisa majs importante que ele tem. - beijou os cabelinhos dela. Os olhinhos já se fechavam preguiçosamente. - Que dengo meu papai. - sorriu todo bobo. - Eu não sei musiquinhas, mas eu prometo que vou aprender. Obrigada por me proporcionar sentir o que estou sentindo viu? Você me ensinou a ter sentimentos, me ensinou a amar e agora ta me ensinando a ser pai. Minha princesinha. O papai te ama mais que tudo. - a pequena bocejou e fechou os olhinhos por completo. - Vai dormir, Ana? Vai me deixar sozinho. - fez carinha triste, mas Aninha já tinha pegado no sono, preguiçosa que era. E Poncho continuou ali ninando a pequena, até que Anahi saiu do banheiro.
Anahi: E ai, foi bem? - penteando o cabelo molhado. Poncho assentiu.
Poncho: A gente conversou e depois ela dormiu. - disse orgulhoso de si. Anahi bateu palminhas e puxou o bercinho alto e com rodinhas que estava no canto do quarto e colocou ao lado de sua cama. Pegou um paninho com água e limpou todo - apesar de já estar higienizado - forrou com a manta de Analú e depois pediu que Poncho colocasse a pequena ali. - Nossa, mais uma desafio. - ele apoiou a cabecinha dela em uma mão e o corpinho com a outra e a pôs deitadinha. Analú resmungou começando um chorinho dengoso.
Anahi: Já, mamãe. - pegou a mãozinha dela. Logo se acalmou. Anahi recostou na cama. - Vem cá. - chamou o moreno com a mão. Ele veio e ela o puxou para sentar com ela.
Poncho: Que amor todo comigo é esse, Anahi? - estranhou.
Anahi: Fica aqui logo antes que eu mude de ideia. - fez bico e se aconchegou a ele. Pegou o controle e ligou a TV baixinho para não incomodar o sono de Ana. Poncho sorriu e a apertou mais em seus braços.