Fanfic: Alérgicos - AyA | Tema: Ponny, AyA, Anahi e Alfonso, Rebelde, Los A

Ruth: O que houve meu filho, tô notando que você tá tão abatido. - fechou a porta. - Conta pra mamãe o que foi. - sentou na cama de Poncho, de frente pra ele. 

Poncho: Mãe... é que... - sem graça. - Se eu te contar uma coisa a senhora promete me entender? 

Ruth: Claro filho, mamãe sempre te entende. - sorriu. - Conta porque você tá tão tristinho assim. 

Poncho: Eu vou ser direto, não gosto de rodeios. - respirou fundo, tomando coragem pra falar aquilo. - Eu engravidei uma garota. 

Ruth levou um susto. 

Ruth: O que? - com a mão na boca. - Poncho, você ficou maluco? Seu pai vai ter um ataque. - negando com a cabeça, prevendo o xilique do marido. - Quem é essa garota?

Poncho: Anahi. 

Ruth: Anahi Portilla? Filha da Tisha? - Poncho assentiu. - Mas vocês dois vivem brigando desde pequenos, já fui várias vezes no seu colégio por conta das confusões que vocês dois se meteram. - confusa. 

Poncho: Aconteceu, mãe. E agora fudeu tudo. - passou a mão no rosto. 

Ruth: Olha, me respeita garoto. - deu um leve tapa nele. 

Poncho: Você conhece a mãe da Anahi? - perguntou bolado. 

Ruth: Claro que sim. Sempre compro as joias Portilla, são as melhores, e muitas vezes nos encontramos no shopping e compramos juntas. 

Poncho: Tá, mãe. Mas eu tô bolado, eu não quero ser pai, eu fiz uma coisa que eu acho que não foi legal. - coçou a nuca. 

Ruth: O que você fez? 

Poncho: Eu... - sem graça. Ele sabia que levaria uma bronca. - É que... eu meio que levei a Any numa clínica de aborto clandestino pra ela tirar o neném e... - Ruth o interrompeu, chocada. 

Ruth: Eu não estou acreditando nisso, Alfonso. - disse tentando assimilar. - Você queria que a Anahi abortasse o seu filho? 

Poncho respirou fundo, sua mãe só o chama de "Alfonso" quando estava muito irritada com ele. 

Poncho: Pô, mãe, me entende, eu fiquei maluco, eu não tenho idade pra ser pai. - deu uma pausa. - E nem quero... Mas não adianta em nada, a Any não abortou o bebê. 

Ruth: Eu não posso te entender, meu filho. Isso é um absurdo. - negando com a cabeça. - Não foi essa educação que eu te dei, não foi esses princípios que eu e seu pai te ensinamos, Alfonso. 

Poncho: Mas, mãe... - Ruth o interrompeu. 

Ruth: Não tem mas, isso não tem explicação, é um falta de caráter, aborto é crime e um dos piores que um ser humano pode cometer. - a mãe disse, enxugando uma lágrima, estava decepcionada com o filho. 

Poncho estava se sentindo um lixo, ele via a decepção nos olhos da mãe. 

Ruth: Talvez a culpa seja minha, que sempre escondi seus erros, nunca te falei não, sempre fiz tudo que você queria, por isso hoje você não tem limites, você precisa aprender a ser homem, a assumir as consequência dos seus erros. - ela disse de cabeça baixa. - Minha vontade é de te dar uma surra. - se controlando. 

Poncho: Desculpa, mãe. - ele disse se sentindo muito mal. 

Ruth: Não é a mim que você tem que pedir desculpas, Alfonso. É a Anahi, você machucou mais a ela do que a mim. - encarou ele com cara de poucos amigos. 

Poncho: Mas, ela não gosta e mim e também não quer me ver, e ela disse que eu não ia nem tocar no bebê. 

Ruth: Você esperava algo diferente depois de tudo que você fez? - disse num tom de ironia. - Você sabia que se ela abortasse, além de matar o bebê ela poderia morrer também? - ele assentiu de cabeça baixa. - E mesmo assim você não pensou nela? Só queria que ela tirasse a criança, pra você fugir das suas responsabilidades. - suspirou. - Nunca esperava isso de você, filho. 

Poncho: Mãe, me desculpa, eu vou falar com a Any, eu vou assumir o nosso filho. - ele disse com um sorriso amarelo. 

Ruth: É o de menos. Mas é isso mesmo que eu quero de você, assim você aprende a ver as coisas de um outro jeito. - Poncho abaixou a cabeça. 

Poncho: Eu estou me sentindo um idiota. - ele disse pegando a foto. - Olha, mãe. - entregou a foto pra ela. 

Ruth: Own, meu netinho. - admirada. - Meu filho, me diga, esse bebê tem alguma culpa dos seus erros? - ele negou. - Ele merece vir ao mundo, e eu acredito em você pra cuidar dele, assim como seu pai cuidou de você. 

Poncho deu um sorrisinho. 

Poncho: Eu prometo que vou tentar, mãe. - ele deu uma pausa. Você pode conversar com o papai sobre a situação? - sorriu amarelo. 

Ruth: Pode deixar que com ele eu me entendo. Eu só quero ver atitude da sua parte, quero me orgulhar de você. - sorriu pra ele. 

Poncho: Valeu, mamãe. - beijou a mão dela. - Eu vou fazer o que eu puder pra convencer a fera. 

Ruth: Assim espero. - levantou. - Boa noite, filho. - de um beijo na cabeça dele. 

Poncho: Boa noite, mamãe. - ela saiu do quarto.

Poncho ficou mais um tempo ali pensando num jeito de convencer Anahi, até que adormeceu, cedo até pra o que ele tava acostumado. 

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