Fanfics Brasil - Dezoito 3ª Temporada -Terra de Sombras (os imortais)

Fanfic: 3ª Temporada -Terra de Sombras (os imortais) | Tema: Vondy


Capítulo: Dezoito

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Quando chego da escola em casa, Christopher está me esperando nos degraus da entrada, sorrindo de uma forma que clareia as nuvens no céu e apaga todas as minhas dúvidas.

 

— Como foi que você passou pelos seguranças? — Lhe pergunto, sabendo que ninguém me ligou para deixá-lo entrar.

 

— Charme e um carro caro funcionam todas às vezes — ele ri, limpando a parte de trás de seu jeans me seguindo para dentro. — E como foi o seu dia?

 

Dou de ombros, sabendo que estou quebrando a regra mais importante de todas: nunca deixar entrar em casa um estranho, mesmo que esse estranho supostamente seja meu namorado.

 

— Você sabe, a rotina habitual — digo finalmente. — A professora substituta jurou nunca mais voltar, a Srta. Machado me pediu pra nunca mais voltar... — eu olho pra ele, tentada a continuar contando-lhe coisas, mas é claro que ele não está me escutando, porque enquanto ele está confirmando com a cabeça, seus olhos estão distantes e preocupados.

 

Caminho para a cozinha, enfio a cabeça na geladeira e pergunto:

 

— E quanto a você? O que fez? — pego uma garrafa de água e ofereço, mas ele balança a cabeça negativamente e toma um gole de sua bebida vermelha.

 

— Dirigi, pratiquei surf e esperei o sinal bater para te olhar novamente — ele sorri.

 

— Sabe que poderia ir à escola e não teria de esperar por nada — o digo.

 

— Vou tentar me lembrar amanhã. — Ele ri.

 

Encosto-me ao fogão, girando a tampa da minha garrafa de novo e de novo, nervosamente por estar sozinha com ele nesta enorme casa, com tantas perguntas sem respostas e sem nenhuma idéia de por onde começar.

 

— Você quer ir lá pra fora e caminhar na área da piscina? — Finalmente digo, pensando que ar fresco e espaço aberto poderiam me acalmar.

 

Mas ele diz que não com a cabeça e pega a minha mão.

 

— Prefiro ir lá pra cima e conhecer seu quarto.

 

— Como sabe que fica lá em cima? — Lhe pergunto, encarando-o com os olhos semicerrados.

 

Mas ele sorri.

 

— Não estão sempre lá em cima?

 

Eu hesito um pouco, decidindo se devo ou não permitir que isso aconteça, ou encontrar uma maneira de desencorajá-lo educadamente.

 

Mas quando ele segura a minha mão e diz:

 

— Vamos, prometo que não mordo — seu sorriso é tão irresistível, seu toque é tão quente e convidativo, que meu único desejo, enquanto eu o conduzo pela escada, é que Maite não esteja ali.

 

No momento em que chegamos ao alto da escada, ela corre do quarto e diz:

 

— Ó Deus, eu sinto muito! Não quero brigar mais com... oops! —Ela para bruscamente e nos olha boquiaberta com os olhos enormes, como Frisbees.

 

Mas eu só continuo andando até meu quarto, como se não a tivesse visto, esperando que ela tenha a sensatez de desaparecer e só voltar mais tarde. Bem mais tarde.

 

— Parece que deixou sua TV ligada — Christopher disse, entrando no quarto, enquanto eu olho para Maite, que está andando ao lado dele, olhando de cima a baixo, e levantando seus polegares, muito entusiasmada e mesmo que eu implore com meus olhos para ela ir, ela cai esticada no sofá colocando os pés nos joelhos dele.

 

Dirijo-me ao banheiro apressada, zangada com ela por não pegar a indireta, por prolongar a visita e se recusar a sair. Sabendo que é só uma questão de tempo até que faça alguma loucura que eu não possa explicar. Então me livro do meu casaco e faço minha rotina habitual: escovar meus dentes com uma mão, passando o desodorante com a outra, e cuspindo na pia antes de colocar uma camisa branca. Então eu solto o cabelo, passo um pouco de bálsamo labial, perfume e apresso-me para a porta, só para descobrir que Maite ainda está lá, olhando atentamente para as orelhas de Christopher.

 

— Deixe-me te mostrar a varanda, a vista é incrível. — Eu digo, ansiosa para separá-lo de Maite.

 

Mas ele só balança a cabeça e diz:

 

— Mais tarde — dando um tapinha na almofada ao lado dele, convidando a sentar-me junto a ele, enquanto Maite saltava e aplaudia.

 

Eu vejo como ele está sentado ali, completamente inocente, inconsciente, confiando que tem o sofá só para ele, quando na verdade esse formigamento em seu ouvido, essa coceira no seu joelho, o frio em seu pescoço, é cortesia da minha irmãzinha morta.

 

— Hum, eu deixei minha água no banheiro — eu digo olhando diretamente para Maite e virando para sair pensando que é melhor que me siga, se ela sabe o que é bom pra ela.

 

Mas Christopher se levanta e diz:

 

— Permita-me.

 

E presto atenção em como ele manobra entre o sofá e a mesa evitando claramente as pernas de Maite. Logo ela me olha boquiaberta e a próxima coisa que sei é que ela havia desaparecido.

 

— Pronto — Christopher disse, entregando-me a garrafa e movendo-se com muita liberdade, quando apenas um momento atrás, se movia com muito cuidado e quando ele percebe que estou pasma, ele sorri e diz, — O quê?

 

Mas eu só balanço a cabeça e olho para a TV, convencendo-me que era só uma coincidência.

 

Que é impossível que ele a tenha visto.

 

— Então, por favor, você pode me explicar como faz isso? — Estamos do lado de fora, acomodados na cadeira da sala de estar, acabamos de comer uma pizza inteira, e eu comi a maior parte, porque Christopher come mais como uma supermodelo do que como um garoto.

 

Mordisca, mordisca, afasta o prato, mordisca de novo... mas na maior parte apenas sorveu sua bebida.

 

— Fazer o quê? — ele pergunta, seus braços envolvendo-me e seu queixo apoiado no meu ombro.

 

— Tudo! Sério. Nunca faz as tarefas da escola e mesmo assim sabe todas as respostas. Coloca um pincel na tinta molhada e voila, e o que se sabe é que você criou um Picasso, que é melhor do que o próprio Picasso! Você é ruim nos esportes? Penosamente descoordenado? Vamos, diga-me! Então deve ser a música. Tem má audição?

 

— Traga-me uma guitarra e te faço uma melodia. Também toco piano, violino e saxofone.

 

— Então em quê? Vamos! Todo mundo é ruim em alguma coisa! Diga-me no que você é.

 

— Por que você quer saber disso? — Ele pergunta, apertando-me mais. — Por que você quer destruir a perfeita ilusão que têm de mim?

 

— Porque odeio sentir-me tão pálida e insuficiente, em comparação com você. É sério, sou tão medíocre em tantas maneiras, e eu apenas quero saber que você também é ruim em algo. Vamos, me faça sentir melhor.

 

— Você não é medíocre — ele diz, seu nariz em meu cabelo, sua voz bem séria.

 

Mas recuso-me a desistir, eu preciso de algo para seguir, alguma coisa que humanize ele, mesmo que seja só um pouco.

 

— Só uma coisa, por favor. Mesmo que tenha que mentir. É por uma boa causa: minha auto-estima.

 

Eu tento me virar pra que ele possa me ver, mas ele me aperta tão forte e me mantém ali, enquanto beija a ponta da minha orelha e sussurra:

 

— Você quer realmente saber?

 

Eu afirmo com a cabeça, meu coração batendo descontroladamente, minha pulsação ficando elétrica.

 

— Sou ruim no amor.

 

Eu olho fixamente para a lareira, imaginando o que isso significa. E mesmo que sinceramente eu quero que ele responda, isso não significa que eu queira que ele me responda com tanta sinceridade.

 

— Uh, se importaria de ser mais específico? — Eu pergunto, rindo nervosamente, sem ter certeza se realmente quero ouvir a resposta. Com medo de que tem algo a ver com Drina, um assunto que prefiro evitar.

 

Ele se aperta mais contra mim, suspirando profundamente. E continua assim por tanto tempo, que me faz duvidar se continuará falando.

 

— Eu sempre termino... decepcionado.

 

Ele dá de ombros, recusando-se a explicar mais.

 

— Mas você só tem 17 anos — eu me livro de seus braços e o encaro.

 

Ele dá de ombros.

 

— E quantas decepções você teve?

 

Mas em vez de responder, ele me puxa de volta, aproxima seus lábios em meu ouvido e sussurra:

 

— Vamos nadar.

 

Mais um sinal de como Christopher é perfeito, ele sempre tem uma roupa de banho no carro.

 

— Hey, aqui é a California, você nunca sabe quando vai precisar — ele diz, parando na borda da piscina e sorrindo — também tenho uma roupa de mergulho no porta-malas. Deveria usá-la?

 

— Não posso responder isso — lhe digo, mergulhando até o fundo da piscina, enquanto o vapor cobre tudo ao redor. — Tem que decidir por si mesmo.

 

Ele avança pela borda e finge que vai colocar seu dedão do pé na água.

 

— Sem testes, é só pular — eu censuro.

 

— Posso dar um salto?

 

— Bala de canhão, cair de barriga, tanto faz — eu rio, prestando atenção em como ele executa o mergulho fazendo uma perfeita pirueta antes de cair na água e chegar ao meu lado.

 

— Perfeito — ele disse, seu cabelo acetinado para trás, sua pele molhada e brilhante, as pequenas gotas de água aderem-se a suas sobrancelhas, e justo quando penso que vai me beijar, ele mergulha na água e nada se afastando.

 

Então eu respiro profundamente, engulo meu orgulho, e o sigo.

 

— Muito melhor — ele diz, abraçando-me.

 

— Você tem medo da profundidade? — Eu sorrio, meus dedos do pé quase tocando o fundo.

 

— Me referia a sua roupa. Deveria se vestir assim mais vezes.

Eu olho para o meu pálido corpo em meu biquíni branco e tento não me sentir muito insegura diante do seu bronzeado, perfeito e escultural corpo.

 

— Definitivamente muito melhor do que o casaco com capuz e o jeans.

 

Eu pressiono meus lábios, sem saber o que dizer.

 

— Mas eu suponho que tem que fazer o que tem que fazer, certo?

 

Eu estudo o seu rosto. Algo na forma como ele disse isso, me fez sentir como se ele tivesse se referindo a algo mais, como se ele soubesse a verdadeira razão pela qual eu me visto assim.

 

Ele sorri.

 

— Obviamente protege-se da ira de Stacia e Honor. Elas não gostam de competição — ele coloca meu cabelo atrás da minha orelha e acaricia o lado do meu rosto.

 

— Estamos competindo? — Lhe pergunto, lembrando o flerte, as rosas, a briga que tivemos hoje na escola, a ameaça, que não tenho a menor dúvida que não acabará bem. Observando-o enquanto ele me olha por um longo tempo, por tanto tempo que meu humor muda e me afasto.

 

— Dulce, nunca houve nenhuma competição — ele diz, seguindo-me.

 

Mas eu mergulho na água e nado até a borda, agarrando-me e saindo, sabendo que preciso agir rápido se vou dizer o que quero, porque no momento que ele se aproximar, as palavras irão se evaporar.

 

— Como eu posso saber de alguma coisa, quando você está quente e frio? — Eu digo, minhas mãos tremendo, minha voz instável, desejando poder apenas parar e deixar recuperar a tarde agradável e romântica que nós tínhamos. Mas sabendo que devo dizer isso, não importando as consequências que traga. — Quero dizer, um minuto está me olhando dessa maneira que você fez, e no minuto seguinte, que eu saiba, você está por aí com a Stacia — pressiono meu lábios e espero que ele responda, observando como ele sai da piscina movendo-se até mim, tão lindo, molhado e brilhante, que tenho que me esforçar para manter a respiração.

 

— Dulce, eu... — Ele fecha os olhos e suspira. E quando os abre outra vez, dá mais um passo para mim e diz, — Nunca tive a intenção de machucá-la. De verdade. Nunca. — Ele desliza seus braços em volta de mim e fazer-me olhar diretamente para ele. E quando eu faço, quando finalmente rendo-me, ele olha em meus olhos e diz, — Nada do que fiz foi para feri-la e sinto muito a fiz sentir que estava jogando com seus sentimentos. Te disse que não sou muito bom com essas coisas. — Sorri, enterrando seus dedos em meu cabelo molhado, e tirando uma tulipa vermelha.

 

Eu olho fixamente para ele, fitando seus ombros fortes, seu peito definido, seu abdômen como tábua de lavar, e as mãos. Nenhuma luva com coisas escondidas dentro, nenhum bolso para armazenar qualquer coisa. Apenas seu corpo glorioso semi-nu, seu molhado traje de banho, e essa estúpida tulipa vermelha na mão.

 

— Como você faz isso? — Eu pergunto, prendendo a respiração, sabendo muito bem que não veio da minha orelha.

 

— Faço o quê? — Ele ri, seus braços cercando minha cintura, puxando-me para mais perto.

 

— As tulipas, as rosas, tudo isso. — Eu sussurro, tentando ignorar a sensação de suas mãos em minha pele, como seu toque me faz sentir morna, sonolenta e tonta.

 

— É Mágica — ele sorri.

 

Afasto-me e alcanço uma toalha, envolvendo-a firmemente em mim.

 

— Por que nunca pode falar sério? — Lhe digo, perguntando-me como fui me meter nisso e se ainda há tempo para recuar.

 

— Estou falando sério — murmura, puxando sua camisa e alcançando suas chaves, enquanto estou tremendo de frio em minha toalha úmida. Observando silenciosamente como ele se dirige até a porta, me olha sobre os ombros e me diz, — Sabine chegou — antes de se perder na noite.


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Autor(a): HellenCristyn

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 151



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  • Girl Postado em 26/01/2017 - 18:27:15

    mulher lembra de mim? te mandei uma mensageem vê láaa

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:59:10

    PS : vc sabe me indicar filmes e series super legais pra mim assistir ?

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:57:35

    CONTINUUUUUUUAAAAA PELO AMOR DE DEUS

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:56:53

    em quarto e ultimo lugar eu vou implorar pra vc continuar

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:55:58

    vc é super talentosa vc tem uma imaginaçao incrivel , vc tem futuro escrivendo livros contos etc . Eu queria ter metade do seu talento , mas eu sei que milagres nao acontecem kkkkk

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:53:15

    em terceiro lugar vou elogiar a autora dessa fanfic

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:52:24

    eu amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amoooo essa fanfic super top super legal super espetacular super tudo

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:50:19

    em segundo lugar eu vou declarar meu amor por essa fanfic

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:49:07

    em primeiro lugar me perdoe pelo meu sumiço

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:48:24

    euuu


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