Fanfics Brasil - Dezenove 3ª Temporada -Terra de Sombras (os imortais)

Fanfic: 3ª Temporada -Terra de Sombras (os imortais) | Tema: Vondy


Capítulo: Dezenove

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tatyellevondy: Kkkk, ok vou responder, sim a Ava é do bem, kkkk ti entendo.




 


No dia seguinte, quando entro no estacionamento, Christopher não estáva lá, e enquanto saio do meu carro, coloco minha mochila no ombro e me dirijo para a aula, digo a mim mesma, palavras de encorajamento e me preparo para o pior.

 

Mas quando chego à sala de aula, fico completamente imóvel olhando estupidamente a porta pintada de verde e incapaz de abri-la. Como minhas habilidades psíquicas se evaporam em todos os assuntos relacionados à Christopher, a única coisa que posso ver realmente é o pesadelo que eu criei na minha mente. Esse onde Christopher está empoleirado na borda da mesa de Stacia, rindo e flertando, tirando rosas por todas as partes, enquanto eu entro e caminho para a minha mesa, a cintilação doce e quente de seu olhar para mim por alguns segundos e, em seguida, dar-me as costas e concentra-se novamente em Stacia.

 

E eu simplesmente não posso entrar e presenciar isso. Eu realmente não posso suportar isso, porque embora Stacia seja cruel, grosseira, horrível e sádica, ela é assim de uma forma direta, sem segredos, sem mistérios. Sua crueldade está ali, claramente exposta.

 

Enquanto eu sou totalmente o oposto: paranóica, cheia de segredos, escondendo-me atrás de óculos escuros e capuz e guardando uma carga tão pesada, que não há nada simples sobre mim.

Alcanço a maçaneta novamente, recriminando-me: "isto é ridículo. O que você vai fazer, sair da escola? Você tem que lidar com isso durante um ano e meio. Então se acostume e entre logo de uma vez!"

 

Mas minha mão começa a tremer, recusando-se a obedecer, e quando estou prestes a correr, um garoto vem por trás, limpa sua garganta e diz:

 

— Ei, você vai abrir isso? — Completando a pergunta em sua cabeça com um não dito sua "maldita anormal!"

 

Assim eu respiro profundamente, abro a porta, e me esquivo para dentro. Sentindo-me pior do que havia imaginado quando vejo que Christopher não está ali.

 

No segundo que entro na área do almoço, faço uma varredura nas mesas buscando Christopher, mas quando não o vejo, dirijo-me ao meu lugar habitual, chegando ao mesmo tempo em que Anahi.

 

— Dia seis e nenhuma notícia sobre Evangeline — ela disse deixando cair sua caixa de cupcakes em cima da mesa antes de se sentar em frente a mim.

 

— Você perguntou no grupo dos anônimos? — Christian senta-se ao meu lado e tira a tampa de sua vitamina.

 

Anahi revira os olhos.

 

— Eles são anônimos, Christian.

 

Christian revisa os olhos.

 

— Me refiro ao seu mentor.

 

— Eles se chamam patrocinadores e sim, eu já perguntei e não foi de muita ajuda, não ouviu nada. Embora Drina pense que estou exagerando, disse que estou fazendo muito alvoroço por nada.

 

— Ela ainda está aqui? — Christian a encara fixamente.

 

Meus olhos vagam entre eles, alertada pela alteração em sua voz e esperando por mais. Como quase tudo que tem haver com Christopher e Drina está fisicamente fora dos limites, estou igualmente curiosa para escutar a resposta.

 

— É sim Christian, ela agora vive aqui. Por quê? Isso é um problema? — Ela estreita seus olhos.

 

Christian dá de ombros e toma de sua bebida.

 

— Nenhum problema. — Embora seus pensamentos digam o contrário e sua aura amarela torna-se escura e opaca enquanto se esforça em decidir o que dizer ou não dizer nada. — É só... — ele começa.

 

— É só o quê? — Ela o olha com os olhos semicerrados e lábios tensos.

 

— Bem...

 

Eu o olho pensando: "Faça isso, Christian, diga a ela. Drina é arrogante, horrível, uma má influência, puro problema. Você não é o único que vê isso, eu também vejo, então vá em frente e diga, ela é a pior."

 

Ele vacila, as palavras formando-se em sua língua, enquanto eu seguro a respiração, antecipando sua saída. Ele inspira alto, balança a cabeça e diz:

 

— Não, esqueça.

 

Eu olho para Anahi, observando seu rosto enfurecido, sua aura alargando-se, as bordas faiscando e inflamando, prevendo uma grande explosão em três-dois-um.

 

— Me desculpe Christian, mas eu não acredito nisso. Se tem algo a dizer então que o diga — ela lança um olhar fulminante pra ele, seu cupcake completamente esquecido enquanto bate seus dedos de encontro à mesa, e como ele não responde, ela continua. — Como quiser Christian. Você também Dulce. Só porque não disse nada, não te torna menos cúmplice.

 

Christian me olha cuidadosamente com seus olhos enormes e sobrancelhas arqueadas, e eu sei que deveria dizer algo, fazer alguma coisa, fingir e perguntar de quê exatamente sou culpada.

Mas a verdade é que eu já sei. Sou culpada porque não gosto da Drina. Porque não confio nela.

Sou culpada porque sinto algo suspeito, até mesmo sinistro, e não faço o bastante para esconder essas suspeitas.

 

Ela balança a cabeça negativamente, revira seus olhos e está tão zangada que praticamente cospe suas palavras:

 

— Vocês nem sequer a conhecem e não tem direito de julgá-la! Para a sua informação, eu gosto de Drina e no curto período de tempo que a conheço, ela tem sido melhor amiga do que qualquer um de vocês dois!

 

— Isso não é verdade! — Grita Christian com os olhos em chamas. — Isso é uma grande besteira!

 

— Desculpa Christian, mas é verdade. Vocês me toleram, andam comigo, mas vocês não me entendem como ela me entende. Drina e eu gostamos das mesmas coisas, compartilhamos os mesmos interesses. Ela não quer secretamente que eu mude como vocês querem. Ela me aceita como eu sou.

 

— Ah, então foi por isso que mudou sua aparência? Porque ela te aceita como você é?

 

Eu observo como Anahi fecha os olhos, respira lentamente e depois olha para Christian enquanto se levanta da cadeira, recolhe suas coisas e diz:

 

— Tanto faz Christian. Não me importa o que pensa nenhum de vocês.

 

— E agora, Senhoras e Senhores, preparem-se para a grande saída dramática! — Christian franze as sobrancelhas — O quê? Você está brincando? Tudo o que fiz foi perguntar se ela ainda estava aqui! Isso foi tudo e você transformou tudo nesse calvário! Deus! Senta, pensa em algo feliz e relaxa, certo?

 

Ela diz que não com a cabeça e se apóia na mesa e eu posso ver a pequena e elaborada tatuagem em seu pulso já terminada, mais ainda vermelha e inflamada.

 

— O que significa isso? — Lhe pergunto, vendo a tinta representar uma cobra comendo sua própria cauda, sabendo que existe um nome para isso, que é um tipo de cultura mística, mas não lembro qual é.

 

— Ouroboros — e quando ela fricciona com seu dedo, juro que vi a língua da serpente se mover.

 

— O que significa?

 

— É um antigo símbolo alquimista para a vida eterna, criação pela destruição, vida pela morte, imortalidade, algo assim — disse Christian.

 

Anahi e eu o encaramos, mas ele simplesmente dá de ombros.

 

— O quê? Eu leio.

 

Então eu olho para Anahi e digo:

 

— Parece infeccionado. Talvez devesse dar uma olhada nisso.

 

Mas assim que eu digo, eu sei que foi a coisa errada a dizer, e vejo como ela ajeita a manga da blusa e sua aura acendendo e inflamando.

 

— Minha tatuagem está bem. Eu estou bem. E me desculpe por dizer, mas não posso evitar de notar como nenhum de vocês estão preocupados com Christopher, que, aliás, não vem para a escola. Quero dizer, o que está acontecendo?

 

Christian olha o seu celular e eu só dou de ombros. Não posso dizer que ela está errada e vemos como ela balança a cabeça, pega sua caixa de cupcakes e sai.

 

— Pode me dizer o que acabou de acontecer aqui? — Christian diz, observando com ela ziguezagueia entre o labirinto de mesas, com grande pressa de ir para algum lugar.

 

Mas eu só dou de ombros, incapaz de esquecer a imagem da serpente em seu pulso e como virou sua cabeça, fixando seus olhos diretamente em mim.

 

No momento em que entro em minha rua, vejo Christopher encostado em seu carro sorrindo.

 

— Como foi à escola? — Ele pergunta, circulando o carro e abrindo a minha porta.

 

Eu dou de ombros e pego meus livros.

 

— Vejo que continua irritada — ele disse, seguindo-me até a porta da minha casa e, mesmo que não esteja me tocando, posso sentir o calor que emana do seu corpo.

 

— Não estou irritada — digo entre dentes, abrindo a porta e deixando cair minha mochila no chão.

 

— Bem, isso é um alívio porque eu fiz reservas para dois, e se você não está irritada, então eu suponho que você virá comigo.

 

Eu o encaro, meus olhos viajando por seus jeans escuros, botas e suéter negro claro que só pode ser caxemira, tentando adivinhar o que ele estaria inventando agora.

 

Ele remove meus óculos escuros e meus fones de ouvidos e os coloca sobre a mesinha da entrada.

 

— Confie em mim, você realmente não precisa de todas essas defesas — ele disse, baixando meu capuz, mantendo seu braço ao redor do meu e me levando para fora de casa, até seu carro.

 

— Aonde vamos? — Lhe pergunto, acomodando-me complacentemente no assento do passageiro, sempre tão disposta a seguir qualquer que seja seu plano. — Quero dizer, e quanto ao meu dever de casa? Eu tenho uma tonelada de tarefas para pôr em dia.

 

Mas ele só balança a cabeça e se senta ao meu lado.

 

— Relaxe, você pode fazer mais tarde, eu prometo.

 

— Quanto mais tarde? — Eu o olho atentamente, me perguntando se alguma vez poderei me acostumar com a sua incrível e obscura beleza, o calor do seu olhar e a sua capacidade de me convencer de qualquer coisa.

 

Ele sorri, ligando o carro sem nem sequer girar a chave.

 

— Antes da meia-noite, eu prometo. Agora coloque o cinto, daremos um passeio.

 

Christopher conduz rápido. Muito rápido. Assim, quando ele entra no estacionamento e deixa seu carro com o manobrista, parece que só se passaram alguns minutos.

 

— Onde estamos? — Lhe pergunto, olhando os edifícios verdes e o letreiro que diz Entrada Leste. — Entrada Leste pra onde?

 

— Bem, isso deve explicar — ele ri, puxando-me para ele quando quatro brilhantes e suados cavalos puro sangue passam por nós. Seguidos por um cavaleiro com uma jaqueta verde e rosa, a calça branca e apertada e um par de botas pretas sujas de lama.

 

— Um Hipódromo? — Digo boquiaberta. Assim com foi na Disneylândia, isto era completamente inesperado.

 

— Não é qualquer hipódromo, é o Santa Anita — ele afirma. — Um dos melhores. Agora vem, temos uma reserva para as três e quinze no Favorito.— Quem? — eu digo, engolindo em seco.

 

— Relaxe, é só um restaurante — ele ri. — Agora, vamos, não quero perder as apostas.

 

— Isso não é ilegal? — Digo sabendo que pareço mais uma santa-do-pau-oco, mais ainda, ele é tão desenfreado, tão imprudente, tão aleatório.

 

— Comer é ilegal? — Ele sorri, mas posso ver que sua paciência está chegando ao limite.

Eu digo que não com a cabeça.

 

— É apostar, jogar, ou o que seja. Você sabe.

 

Mas ele apenas sorri e diz que não com a cabeça.

 

— É uma corrida de cavalos, Dulce, não uma briga de galos. Agora vamos — ele aperta a minha mão e se dirige ao elevador.

 

— Mas você não tem que ter vinte e um anos para poder entrar em lugares como este?

 

— Dezoito — ele diz entre os dentes, entrando no elevador e pressionando o número cinco.

 

— Exato. E tenho dezesseis e meio.

 

Ele balança a cabeça e se inclina para beijar-me.

 

— As regras devem sempre ser dobradas, ou então quebradas. É a única forma de ter algum divertimento. Agora venha — ele disse, encaminhando-me por um corredor e, em seguida, em um grande salão decorado com várias tonalidades de verde, parando em frente ao pódio frontal e cumprimentando o maitre como se fossem amigos há muito tempo.

 

— Ah! Sr. Uckermann, que maravilhoso vê-lo! Sua mesa está pronta, siga-me.

 

Christopher confirma com a cabeça e pega minha mão, guiando-me por uma sala cheia de jovens, aposentados, solteiros, um pai e seu filho... não havia nenhum lugar vazio na casa.

Eventualmente paramos em uma mesa no final com uma bela vista para a pista de corrida e para as colinas verdes mais no alto.

 

— Tony virá em seguida para pegar seus pedidos. Devo lhe trazer o champanhe?

 

Christopher me olha e logo move a cabeça. Seu rosto levemente corado quando diz:

 

— Hoje não.

 

— Muito bem então, só faltam cinco minutos para começar as apostas.

 

— Champanhe? — Eu sussurro levantando minhas sobrancelhas, mas ele só dá de ombros e abre seu itinerário de corridas.

 

— O que você acha do Spanish Fly? — Ele me olha sorrindo quando diz, — O cavalo, não o afrodisíaco.

 

Mas estou muito ocupada para responder, enquanto observo ao meu redor, tentando captar tudo. Este lugar não só é enorme, como está completamente cheio – no meio da semana – e no meio do dia. Toda essa gente deixando suas responsabilidades e apostando. É como um mundo completamente novo, e o qual eu não sabia que existia e não posso evitar me perguntar se é aqui que Christopher passa todo seu tempo livre.

 

— E o que me diz? Quer apostar? — Ele me olha brevemente antes de fazer uma série de notas com a sua caneta.

 

Eu digo que não com a cabeça.

 

— Nem sequer sei por onde começar.

 

— Bem, eu poderia te dar uma lista completa de probabilidades, porcentagens, de quem procriou quem. Mas estamos com pouco tempo, por que você apenas não olha isto e me diz o que você sente, qual nome atrai sua atenção. Isso sempre funciona comigo — ele sorri.

 

Ele me passa a lista de corridas e eu dou uma olhada, surpreendida de encontrar três nomes distintos que me chamaram atenção em uma ordem de um a três.

 

— Que tal Spanish Fly em primeiro, Acapulco Lucy em segundo e Sono Buddha em terceiro?

— Lhe digo, sem ter idéia de como cheguei a essa conclusão, mas sentindo-me muito segura com as escolhas que fiz.

 

— Lucy é constante, Buddha é um espetáculo... — ele fala enquanto rabisca. — E quanto quer apostar por isso? A aposta mínima é de dois, mas pode apostar mais se quiser.

 

— Dois está bem — lhe digo, perdendo subitamente a confiança e sem querer esvaziar minha carteira por um capricho.

 

— Tem certeza? — Ele pergunta, olhando-me desapontado.

 

Eu digo que sim com a cabeça.

 

— Bem, eu acho que você escolheu cavalos muito bons, assim vou apostar cinco. Não, melhor que sejam dez.

 

— Não aposte dez — lhe digo, pressionando meus lábios. — Eu só escolhi e nem sei por quê.

 

— Parece que saberemos em breve — ele disse, levantando-se de sua cadeira enquanto eu pego minha carteira, mas ele a rejeita com a mão. — Poderá me reembolsar quando ganhar. Vou apostar, se o garçom vier, peça o que quiser.

 

— O que peço pra você? — Lhe pergunto, mas ele se move tão rápido que nem sequer me escutou.

 

Quando volta, e todos os cavalos estão em suas posições e soa o disparo, saem todos os cavalos. A princípio parecem como manchas escuras, quando chegam a curva e começam a reta final, eu me levanto de minha cadeira olhando os meus três favoritos e logo começando a pular e a gritar com alegria, ao ver que todos eles chegaram ao final ao mesmo tempo e na mesma ordem que eu havia apostado.

 

— Oh meu Deus, ganhamos! Ganhamos! — Digo sorrindo, enquanto Christopher se inclina para beijar-me. — É sempre assim tão excitante? — Olho para pista e observo como Spanish Fly trota no círculo do vencedor, é coberto com flores e preparado para tirar fotos.

 

— Sim — Christopher confirma com a cabeça. — Mas não há nada como a primeira vez que se ganha uma grande aposta com muito dinheiro, essa é sempre a melhor.

 

Bem, não sei o quão grande é essa aposta — lhe digo, desejando ter tido mais fé em minhas habilidades, ao menos o suficiente para ter ampliado a aposta.

 

Christopher franze o cenho.

 

— Bom, como só apostou dois, você ganhou mais ou menos oito.

 

— Oito dólares? — Entrecerro os olhos, bastante decepcionada.

 

— Oitocentos dólares — ele ri. — Uns oitocentos e oitenta dólares e sessenta centavos, para ser exato. Ganhou uma trifeta, o que significa que você acertou os três na ordem exata.

 

— E tudo isso com apenas dois dólares? — Digo, subitamente sabendo por que ele tem uma mesa elegante.

 

Ele confirma com a cabeça.

 

— E você? Quanto ganhou? — Lhe pergunto. — Apostou o mesmo que eu?

 

Ele sorri.

 

— Na verdade eu perdi e bem feio. Fui um pouco ganancioso e apostei uma quadrifeta, o que significa que acrescentei um cavalo e ele não conseguiu. Mas não se preocupe, planejo corrigir isso na próxima corrida.

 

E sei que o fez porque fomos para a janela, depois da oitava e última corrida, eu já havia ganhado um total de mil e seiscentos e cinqüenta e cinco dólares e oitenta centavos, enquanto que Christopher encheu o bolso muito mais porque ganhou o Super High Five, o que significa que acertou cinco cavalos na ordem exata em que terminaram, e como ele foi o único a fazer isso – em vários dias acumulados – ganhou quinhentos e trinta e seis mil dólares e quarenta e um centavos, todo em uma aposta de dez dólares.

 

— E o que você acha das corridas? — Ele perguntou, seu braço ao redor de mim, enquanto me levava para fora.

 

— Bom, agora sei por que não está interessado na escola. Suponho que não pode competir com isso, pode? — Eu rio, ainda sentindo-me excitada com o meu lucro, pensando que encontrei finalmente uma vantagem rentável para o meu dom psíquico.

 

— Vamos, quero te comprar algo para comemorar minha grande vitória — ele disse, levando-me para a loja de presentes.

 

— Não, você não tem q... — eu começo.

 

Mas ele aperta minha mão, coloca seus lábios em minha orelha e diz:

 

— Eu insisto. Além do mais, acho que posso pagar. Mas tem uma condição.

 

Eu o encaro.

 

— Absolutamente nada de casaco ou capuz — ele ri. — Mas qualquer outra coisa, é só dizer.

 

Depois de fazer gozação e insistindo em um capacete de hóquei, uma estátua de cavalo e uma enorme ferradura de bronze para pendurar na parede do meu quarto, nós decidimos por uma pulseira de prata com cristaizinhos. Mas somente depois de me certificar que a parte é de cristal, e não de diamante, porque isso seria demais, não importa a quantidade de dinheiro que ele ganhou.

 

— Desse jeito, não importa o que aconteça, você nunca esquecerá este dia — ele disse, colocando a pulseira e fechando em meu pulso enquanto nós esperávamos o manobrista trazer o carro.

 

— Como poderia esquecer? — Lhe pergunto, olhando minha pulseira e depois a ele. Mas ele só dá de ombros enquanto se senta ao meu lado no carro e em seus olhos há algo tão triste, tão particular, que espero que isso sim eu esqueça.

 

Infelizmente, a volta para casa parecer ser ainda mais rápido do que quando fomos para o hipódromo e quando ele entra na minha rua, relutantemente me dou conta que o dia terminou.

 

— Veja — ele disse, apontando o relógio do carro. — Bem antes da meia-noite, como havia prometido — e quando ele se inclina para me beijar, eu o beijo com tanto entusiasmo, que praticamente o puxo para o meu assento.

 

— Posso entrar? — Ele sussurra, tentando-me com seus lábios enquanto percorre a minha orelha, meu pescoço e minha clavícula.

 

Mas surpreendendo a mim mesma eu o afasto e digo não com a cabeça. Não só porque Sabine está lá dentro e tenho trabalho pra fazer, mas porque eu preciso manter minha coluna reta e não cederei tão facilmente aos seus encantos.

 

— Te vejo na escola — lhe digo, descendo de seu carro antes de que ele me faça mudar de idéia. — Você recorda, Bay View? A escola que freqüentamos?

 

Ele afasta o olhar e suspira.

 

— Não me diga que você ai faltar outra vez?

 

— A escola é tão terrivelmente chata. Não sei como você faz isso.

 

— Você não sabe como eu faço? — Eu balanço minha cabeça, olho de relance para a casa, vendo Sabine se espreitar através das cortinas e afastando-se então olho novamente para Christopher e digo, — Bem, digamos que eu faça o mesmo que você deve fazer. Você sabe, acordar, se vestir e apenas sair, e às vezes, prestar atenção, aprender uma ou duas coisas enquanto estiver lá.

 

E no momento que digo isso, sei que é mentira porque a verdade é que não aprendi droga nenhuma o ano todo. Quero dizer, é realmente difícil aprender alguma coisa quando, por sorte, você já sabe de tudo. Embora eu não possa compartilhar isso com ele.

 

— Deve haver uma maneira melhor — ele geme, seus olhos enormes e suplicantes encontrando os meus.

 

— Bem, apenas para registro, matar aulas não é uma boa idéia. Não se quiser ir para a Universidade e fazer algo de sua vida — Mais mentiras, com mais dias assim como o que tivemos no hipódromo, poderia se viver bem. Melhor que bem.

 

Mas ele apenas sorri.

 

— Tudo bem, faremos do seu jeito. Por agora. Te vejo amanhã, Dulce.


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Autor(a): HellenCristyn

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 151



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  • Girl Postado em 26/01/2017 - 18:27:15

    mulher lembra de mim? te mandei uma mensageem vê láaa

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:59:10

    PS : vc sabe me indicar filmes e series super legais pra mim assistir ?

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:57:35

    CONTINUUUUUUUAAAAA PELO AMOR DE DEUS

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:56:53

    em quarto e ultimo lugar eu vou implorar pra vc continuar

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:55:58

    vc é super talentosa vc tem uma imaginaçao incrivel , vc tem futuro escrivendo livros contos etc . Eu queria ter metade do seu talento , mas eu sei que milagres nao acontecem kkkkk

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:53:15

    em terceiro lugar vou elogiar a autora dessa fanfic

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:52:24

    eu amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amoooo essa fanfic super top super legal super espetacular super tudo

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:50:19

    em segundo lugar eu vou declarar meu amor por essa fanfic

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:49:07

    em primeiro lugar me perdoe pelo meu sumiço

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:48:24

    euuu


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