Fanfics Brasil - Vinte e oito 3ª Temporada -Terra de Sombras (os imortais)

Fanfic: 3ª Temporada -Terra de Sombras (os imortais) | Tema: Vondy


Capítulo: Vinte e oito

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Após o festival, entramos no carro de Anahi, fizemos uma parada rápida na casa dela para encher novamente a garrafa, depois fomos para a cidade e estacionamos na rua, enchemos o parquímetro de moedas e sentamos na calçada, os três lado a lado, com os braços entrelaçados, fazendo as pessoas se desviarem do nosso caminho, enquanto nós cantamos “-You never- call me when you`re sober” tão forte quanto nós podemos e totalmente desafinados. Caindo na gargalhada toda vez que alguém nos olhava e balança a cabeça negativamente.

 

E quando passamos por uma dessas livrarias Nova Era fazendo propaganda de livros psíquicos, eu só reviro meus olhos e desvio o olhar, animada por não fazer mais parte desse mundo, agora que o álcool me libertou, agora que sou livre.

 

Atravessamos a rua e seguimos para a Main Beach -Praia Principal-, em frente ao Hotel Laguna, até que nos deixamos cair na areia, pernas sobrepostas, braços entrelaçados, passando a garrafa entre nós e lamentando quando ela fica vazia.

 

— Merda — murmuro, jogando minha cabeça pra trás e batendo com força no fundo e nos lados da garrafa, tentando tomar até a última gota.

 

— Deus, vai com calma — Christian me olha. — Só relaxe e aproveite o silêncio.

 

Mas eu não quero relaxar. E estou aproveitando o silêncio. Apenas quero me certificar que ele continue. Agora que minhas ligações psíquicas estão quebradas. Quero me certificar de que continuem assim.

 

— Querem ir a minha casa? — Eu digo, esperando que Sabine não esteja lá, assim nós podemos pegar a Vodka restante da festa de Halloween e continuar com o entorpecimento.

 

Mas Anahi balança a cabeça.

 

— Esqueça isso — ela diz, — estou destruída. Estou pensando em deixar o carro aqui e ir me arrastando até em casa.

 

— Christian? — O olho de relance, meus olhos implorando, não querendo que a festa termine.

 

Esta é a primeira vez que me sinto tão leve, tão livre, sem compromisso, tão normal, desde que... Bem, desde que Christopher se foi.

 

— Não posso — ele balança a cabeça, — Jantar em família. Às sete e meia em ponto. Gravata opcional. Camisa-de-força necessária — ele ri, caindo na areia, enquanto Anahi o acompanha caindo também.

 

— Bem, e quanto a mim? O que devo fazer? — Eu cruzo meus braços e olho para os meus amigos, não querendo que me deixem sozinha, olhando-os enquanto eles se rolam de riem juntos, me ignorando.

 

*******

 

No dia seguinte, mesmo dormindo até tarde, a primeira coisa que penso quando eu acordo é: minha cabeça não está doendo!

 

Ao menos não da maneira habitual.

 

Então eu rolo de lado, alcanço embaixo da cama e retiro a garrafa de Vodka que coloquei ali na noite anterior, tomando um longo gole fechando os olhos quando um entorpecimento quente toma minha língua e minha garganta.

 

E quando Sabine enfia a cabeça no quarto para ver se já me levantei fico extasiada ao ver que sua aura desapareceu da minha vista.

 

— Estou acordada! — Digo, escondendo a garrafa embaixo da almofada e correndo para abraçá-la. Ansiosa para ver que tipo de energia sentirei, e exaltada quando não sinto nada.

 

— Não é um dia lindo? — Sorrio, sentindo meus lábios soltos e desajeitados quando relevo meus dentes.

 

Ela olha pela janela e novamente pra mim.

 

— Se você diz — ela dá de ombros.

 

Olho pela janela e vejo um dia cinza, nublado e chuvoso. Entretanto, eu não me referia ao clima. Estava referindo a mim. A nova eu.

 

A nova, melhorada e não psíquica eu.

 

— Me faz lembrar de casa — dou de ombros, tirando minha camisola e indo para o chuveiro.

 

No segundo que Christian entra no carro e me olha, diz:

 

— Que diabos...?

 

Eu olho meu suéter, minha mini-saia e minhas sapatilhas, relíquias que Sabine guardou da minha vida anterior, e sorrio.

 

— Desculpe, mas não aceito carona de estranhos — disse, abrindo a porta e fingindo sair do carro.

 

— Sou eu, verdade. Te juro pela... Bem, só acredite em mim, eu rio. E feche a porta, não preciso que você caia e nos faça chegar tarde.

 

— Eu não entendo — diz olhando-me sem acreditar. — Quero dizer, quando aconteceu isso? Como aconteceu isso? Ainda ontem você estava praticamente vestindo uma Burka, e agora aparece como se tivesse assaltado o closet da Paris Hilton.

 

Eu olho para ele.

 

— Só que com mais classe, muito mais classe.

 

Eu sorrio e aperto o pé no acelerador, minhas rodas derrapando na rua molhada diminuindo o ritmo só quando me dou conta que não tenho mais meu radar de policiais e

Christian começa a gritar.

 

— Realmente Dulce, Que diabos? Oh Meu Deus, você ainda está bêbada?

 

— Não! — Digo, um pouco rápido demais. — Só estou, você sabe, saindo da minha casca, isso é tudo. Posso ter sido tipo... Tímida, nos primeiros... Vários... Meses. — Eu rio. — Mas acredite, este é meu “eu” verdadeiro. — Eu confirmo, esperando que ele acredite.

 

— Você se deu conta que escolheu o mais úmido, o mais miserável dia do ano para sair da casca?

 

Eu balanço a cabeça e entro no estacionamento enquanto digo:

 

— Você não têm idéia de como é lindo. Me faz lembrar de casa.

 

Estaciono na vaga mais próxima, então corremos para o portão, nossas mochilas em cima da cabeça como guarda-chuvas, enquanto as solas de nossos sapatos espirram água em nossas pernas. E quando vejo Anahi tremer embaixo do beiral, sinto vontade de pular de alegria quando não vejo sua aura.

 

— O que... — ela diz, seus olhos saltando quando ela me olha de cima para baixo.

 

— Vocês realmente tem que aprender a terminar uma frase — eu rio.

 

— Realmente, quem é você? — Ela diz, ainda me olhando incrédula.

 

Christian ri, entrelaçando nossos braços e nos encaminhando para dentro, dizendo:

 

— Não se preocupe com a Miss Oregon, ela parece pensar que é um lindo dia.

 

Quando caminho para Aula de Inglês, me sinto aliviada por não ver ou ouvir qualquer coisa que não deveria. E mesmo quando Stacia e Honor estão cochichando sem parar, olhando fixamente para minha roupa, meus sapatos, meu cabelo, inclusive a maquiagem que estou usando, eu apenas ignoro e me ocupo com meus próprios assuntos. Porque embora eu esteja certa de que não estão nem perto de dizer algo agradável, o fato de não saber as palavras exatas, faz um mundo de diferença. E quando as pego encarando-me novamente, eu só sorrio e aceno até ficarem ambas impressionadas e desviarem o rosto.

 

Mas quando chego ao terceiro período, o álcool perde o efeito. Deixando entrar algumas coisas, cores e sons que ameaçam me sufocar.

 

E quando levanto a mão e peso permissão para sair da sala, mal chego à porta quando me tinge completamente.

 

Arrasto-me até meu armário, tentando lembrar a combinação correta.

 

É 24 – 18 – 12 – 3, ou 12 – 18 – 3 – 24?

 

Olho de relance ao redor do salão, minha cabeça martelando, meus olhos lacrimejando, e então me lembro 18 – 3 – 24 – 12. E reviro uma pilha de livros e papeis, jogando todos ao chão, sem prestar atenção enquanto eles caem aos meus pés, só querendo encontrar a garrafa de água que escondi lá dentro, implorando por um gole do doce líquido que têm lá dentro.

 

Destampo a garrafa, inclino a cabeça pra trás e tomo um grande gole, seguido por outro, e mais outro, e outro. E esperando aguentar até o almoço, tomo mais um gole quando escuto:

 

— Espere... Sorria... Não? Tudo bem. Eu ainda consegui isso.

 

E eu olho horrorizada enquanto Stacia se aproxima com a câmera levantada, uma imagem minha, tomando Vodka, claramente exibida.

— Quem teria imaginado que era tão fotogênica? Entretanto, é tão raro termos a oportunidade de ver você sem o capuz — sorri, olhando-me fixamente dos pés a cabeça.

 

Eu a olho, e mesmo quando meus sentidos passam por causa da bebida suas intenções são claras.

 

— A quem você quer que eu envie primeiro? A sua mãe? — Ela levanta uma sobrancelha, cobre sua boca fazendo uma cara de horror, enquanto diz, — Oh, sinto muito, minhas desculpas. O que eu quis dizer foi sua tia. Ou talvez alguns dos seus professores? Ou talvez todos os seus professores? Não? Não, você está certa, isto deveria ir direto para o Diretor, um pássaro, um tiro, uma morte rápida e fácil, como dizem.

 

— É uma garrafa de água — lhe digo, agachando-me para apanhar todos os meus livros e enfiando-os novamente no armário, lutando para parecer indiferente, agindo como se não me importasse, sabendo que ela pode cheirar o medo melhor do que qualquer cão policial treinado. — Tudo o que você tem é uma foto minha tomando uma garrafa de água. Não é grande coisa.

 

— Uma garrafa de água — ela ri. — Sim, é isso mesmo. E é tão original, eu posso acrescentar. Tenho certeza de que é a primeira pessoa a pensar em esconder Vodka em uma garrafa de água — revira os olhos. — Por favor, você está caindo, Dulce. Um rápido teste de embriaguez e adeus Bay View, olá academia de fracassados e abusadores.

 

Eu a olho parada em frente a mim, tão segura, soberba, tão completamente confiante de si, e sei que tem toda a razão para estar, me pegou com a mão na massa. E embora a evidência possa ser circunstancial, ambas sabemos que ela tem razão.

 

— O que você quer? — Finalmente sussurro, sabendo que todo mundo tem um preço, só preciso achar o dela. Tenho escutado bastante seus pensamentos neste último ano, tive bastantes visões, para confirmar que isso é verdade.

 

— Bom, para começar, quero que deixe de me chatear — ela diz, cruzando os braços, ocultando a evidência embaixo deles.

 

— Mas eu não te chateio — digo, as palavras saindo um pouco arrastadas. — Você é que me chateia.

 

— Ao contrário — sorri, dando-me um olhar crítico. — Só de ter que olhá-la todo dia é uma chateação.

 

— Quer que eu me transfira da Aula de Inglês? — Pergunto, ainda com a estúpida garrafa na mão, sem saber o que fazer com ela. Se eu deixar em meu armário ela poderia fazer com que a peguem, e se eu coloco na mochila daria no mesmo.

 

— Você sabe que ainda me deve aquele vestido que destruiu com sua estupidez. — Então é isso, está me extorquindo. Ainda bem que ganhei todo aquele dinheiro nas corridas.

 

Eu pego a minha mochila, localizo minha carteira, mais que disposta a dar-lhe o dinheiro se isso vai terminar com tudo. — Quanto quer? — digo.

 

Ela me olha, tentando calcular quanto posso ter.

 

— Bem, como havia dito era um vestido feito por encomenda... E não é tão fácil substituí-lo... então...

 

— Cem? — Tiro uma Ben Franklin e ofereço a ela.

 

Ela revira os olhos.

 

— Compreendo que você não tem nenhuma ideia de moda e todas as coisas que vale a pena ter, você realmente precisa subir a oferta. Aponta um pouco mais alto — ela diz, tentando olhar dentro da minha carteira.

 

Mas como os chantagistas têm sempre um jeito de voltar pedindo mais, sei que o melhor é solucionar agora, antes que chegue mais longe. Então a olho e digo:

 

— Ambas sabemos que você comprou aquele vestido em uma loja no encostamento, no caminho da casa de Palm Springs... — sorrio, recordando o que vi naquele dia no corredor. — Te reembolso pelo custo do vestido, que se não me falha a memória, era de oitenta e seis dólares. E em todo caso cem parece ser um bom acordo, o que você me diz?

 

Ela me encara, seu rosto transformado em um sorriso forçado, enquanto pega a nota e enfia no bolso. Então olha de relance para a garrafa e pra mim, e sorri enquanto diz:

 

— Então, não vai me oferecer uma bebida?

 

Se alguém me dissesse ontem que eu estaria estendida no banheiro, nocauteada com Stacia Miller, eu jamais acreditaria. Mas se não bastasse, foi exatamente o que aconteceu. Nos arrastamos para um canto, e acabamos com uma garrafa de água cheia de Vodka.

 

Nada como compartilhar dependências e segredos ocultos para unir as pessoas.

 

E quando Anahi entrou e nos encontrou assim, seus olhos saltando quando disse:

 

— Que diabos?

 

E eu me rolo de rir, enquanto Stacia a olha com os olhos envesgados e balbucia:

 

— Bemtinda garrota fantaszma.

 

— Eu perdi alguma coisa? — Perguntou Anahi, olhando de uma para outra, seus olhos entrecerrados, desconfiada. — Será que é pra parecer engraçado?

 

E pelo jeito que ela olha, pela maneira como fica parada ali toda autoritária, tão direta, tão séria, tão pouco divertida, nos faz rir ainda mais. Então, enquanto a porta se fecha atrás dela, nós começamos a beber novamente.

 

Mas ficar bêbada no banheiro com Stacia não te assegura um lugar na mesa VIP. E estando certa disso, sem sequer tentar, me dirijo a nossa mesa habitual, minha cabeça tão tonta, meu cérebro tão confuso, me leva um momento para me dar conta que tampouco sou bem-vinda lá.

 

Deixo-me cair, olho para Anahi e Christian, e logo começo a rir sem razão aparente. Pelo menos nenhuma que seja aparente para eles. Mas se só pudessem ver seus rostos, sei que estariam rindo também.

 

— O que acontece com ela? — Pergunta Christian, olhando por cima do seu script.

 

Anahi franze a testa.

 

— Está bêbada. Totalmente e completamente bêbada. Eu a vi no banheiro, bebendo com, de todas as pessoas, Stacia Miller.

 

Christian fica boquiaberto, sua testa toda enrugada de um jeito que me faz ri novamente.

 

E como eu não fico quieta, se inclina até mim, me belisca no braço e diz:

 

— Shh! — Olha em nossa volta e novamente pra mim. — Sério Dulce, está louca? Deus, desde que Christopher foi embora você tem estado...

 

— Dulce desde que Christopher foi embora você tem estado... O quê? — Me afasto para trás tão rápido que perco o equilíbrio e quase caio do banco, erguendo-me a tempo de ver Anahi balançar a cabeça. — Vamos, cuspa tudo de uma vez Christian — eu o encaro zangada. — Você também Anahi, cuspa. — Só que saiu algo mais parecido comcusptudeveiz, e não acho que eles não notaram.

 

— Você quer que nós cusptudeveiz? — Christian balança a cabeça enquanto Anahi revira os olhos. — Bem, estou certo que estaríamos mais que contentes se soubéssemos o que significa. Você sabe o que quer dizer? — Ele olha para Anahi.

 

— Soa Alemão — disse ela, olhando-me de relance.

 

Reviro os olhos, e me levanto para ir embora, mas não coordeno bem e termino ferindo o joelho.

 

— Owww! — Eu grito, caindo novamente no banco, segurando a perna enquanto meus olhos se fecham de dor.

 

— Aqui, beba isso — Christian me ordena, entregando-me sua Vitamin Water. — E me dá as chaves do seu carro, porque você não vai me levar em casa assim.

 

Christian tem razão. Eu não ia levá-lo para casa. Porque ele foi sozinho. E quem me levou foi Sabine.

 

Ela me acomoda no banco do passageiro, e em seguida volta ao seu assento, e quando liga o motor e sai da vaga, balança a cabeça, aperta o maxilar, me olha de relance e diz:

 

— Expulsa? Como você vai de uma estudante exemplar para expulsa? Você pode me explicar?

 

Eu fecho meus olhos e pressiono minha testa contra a janela, o vidro liso e limpo esfriando minha pele.

 

— Suspensa — murmuro. — Se lembra? Você implorou no chão. E de maneira impressionante, se posso acrescentar. Agora sei porque ganha tanto dinheiro — eu a olho com atenção de rabo e olho quando o choque de minhas palavras transformam sua expressão de preocupada para ultrajada, reajustando suas feições de uma forma que eu nunca havia visto. E mesmo sabendo que deveria sentir-me mal, envergonhada, culpada, e pior... O fato é que, não é como se eu tivesse pedido que me defendesse. Não é como se eu tivesse pedido que alegasse circunstâncias extraordinárias. Dizendo que eu havia bebido na escola porque: Estava claramente triste pela gravidade da minha situação, o terrível drama de perder minha família.

 

E mesmo que ela tenha dito isso de boa fé, mesmo que ela acredite que isso é verdade, isso não quer dizer que seja.

 

Porque a verdade é que, eu preferiria que ela não tivesse dito coisa alguma. Eu queria que ela tivesse deixado me expulsarem.

 

E no momento que me encontraram em frente ao meu armário, o estupor se foi e os eventos desse dia voltaram a minha mente como um trailer de um filme que eu preferiria não ver.

 

Pausando na cena em que me esqueci de fazer com que Stacia apagasse aquela foto, e repetindo de novo e de novo.

 

Então mais tarde, no escritório, quando me dei conta que era o telefone de Honor que ela havia usado, que Stacia tinha ido para casa alegando estar doente do estômago -não sem antes mandar Honor compartilhar a foto, junto com sua “preocupação”, com o Diretor Buckley-, bem, tenho que admitir, mesmo estando em um grande problema, quer dizer grande, enorme, você pode ter certeza de que vai permanecer no seu relatório o tipo de problema, mesmo assim tem uma pequena parte de mim que está admirada.

 

Essa parte que move sua pequena cabeça e pensa:

 

Bravo! Bem feito!

 

Porque mesmo com os problemas que tenho, não só na escola, mas com Sabine. Stacia não só cumpriu com sua promessa de me destruir, como também ganhou cem dólares e a tarde livre.

 

E isso é realmente admirável.

 

Pelo menos de uma forma calculista, cínica e sádica.

 

E mesmo assim, graças a Stacia, Honor e o Diretor, e seus esforços coordenados, não tenho que ir a escola amanhã. Nem no dia seguinte. Ou no dia seguinte. O que quero dizer é que terei a casa só pra mim, o dia todo, todos os dias, permitindo-me ter muita privacidade para continuar bebendo e aumentar minha tolerância, enquanto Sabine está ocupada no trabalho.

 

Porque agora que encontrei meu caminho de paz, nada ficará no meu caminho.

 

— Há quanto tempo isto vem acontecendo? — Pergunta Sabine, insegura de como afrontar-me, de como tratar-me. — Tenho que esconder todas as bebidas? Preciso te colocar de castigo? — Ela balança a cabeça. — Dulce, eu estou falando! O que aconteceu lá atrás? O que está acontecendo com você? Quer que eu consiga alguém pra você conversar? Porque conheço esta pessoa que é especialista em terapia de sofrimento...

 

Posso sentir seu olhar em mim, sentir a preocupação que emana de seu rosto, mas só fecho os olhos e tento dormir. Não tem forma de explicar-lhe, não posso descarregar toda a verdade sobre auras, visões, espíritos e um ex-namorado imortal. Porque embora ela tenha contratado uma vidente para a festa, ela fez como uma brincadeira, uma forma de entretenimento saudável. Sabine trabalha com o lado esquerdo do cérebro, é organizada, trabalha com a lógica do branco e preto, ignorando o cinza. E se eu fosse em algum momento suficientemente tola para confiar nela, para lhe revelar todos os segredos da minha vida, ela faria muito mais do quê só arranjar para que eu fale com alguém. Ela teria que me internar.

 

Exatamente como prometeu, Sabine escondeu todas as bebidas antes de sair para o trabalho, mas eu só espero ela sair, então desço e me dirijo para a dispensa, tirando todas as garrafas de Vodka que sobraram da festa, as que ela havia mantido atrás, e que havia se esquecido disso completamente. E depois eu as levo para o quarto, me jogo na cama, excitada com a possibilidade de três semanas inteiras sem ir à escola. Vinte e um gloriosos dias espalhados diante de mim como comida diante de um gato gordo. Uma semana de suspensão e duas pelas convenientes Férias de Inverno. E planejo usar todo o tempo, cada longo e preguiçoso dia em uma nuvem de Vodka.

 

Encosto-me na almofada e destampo a garrafa, determinada a limitar cada gole, deixando que o álcool siga todo o caminho pela minha garganta e pela corrente sanguínea antes de tomar outro. Nada de grandes goles, ou excessivos. Só goles lentos e constantes até que minha cabeça comece a acalmar e todo o mundo se torne mais brilhante. Afundando-me em um lugar mais feliz. Um mundo sem memórias. Um lugar sem perdas.

 

Uma vida onde eu só vejo o que supostamente vejo.


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Autor(a): HellenCristyn

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tatyellevondy: Kkkkk, calma gatinha tudo vai ficar bem - mais ou menos - e não a Drina é o cão chupando manga. emily14: Podi cre, Não sei ao certo mas n vai demorar muito - ou vai? - Meninas desculpem não ter postado antes, é que a escola ta foda. To atolada de tarefas até o ultimo fio de cabelo - o que na minha opniã ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 151



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  • Girl Postado em 26/01/2017 - 18:27:15

    mulher lembra de mim? te mandei uma mensageem vê láaa

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:59:10

    PS : vc sabe me indicar filmes e series super legais pra mim assistir ?

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:57:35

    CONTINUUUUUUUAAAAA PELO AMOR DE DEUS

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:56:53

    em quarto e ultimo lugar eu vou implorar pra vc continuar

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:55:58

    vc é super talentosa vc tem uma imaginaçao incrivel , vc tem futuro escrivendo livros contos etc . Eu queria ter metade do seu talento , mas eu sei que milagres nao acontecem kkkkk

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:53:15

    em terceiro lugar vou elogiar a autora dessa fanfic

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:52:24

    eu amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amoooo essa fanfic super top super legal super espetacular super tudo

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:50:19

    em segundo lugar eu vou declarar meu amor por essa fanfic

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:49:07

    em primeiro lugar me perdoe pelo meu sumiço

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:48:24

    euuu


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