Fanfics Brasil - Trinta e um 3ª Temporada -Terra de Sombras (os imortais)

Fanfic: 3ª Temporada -Terra de Sombras (os imortais) | Tema: Vondy


Capítulo: Trinta e um

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A princípio ela só olha fixamente com seus enormes olhos verdes, incrédula e então levanta seu queixo e mostra seus dentes. Mas antes que ela possa atacar, eu invisto contra ela, determinada a chegar até ela primeiro, fazê-la cair enquanto posso. Mas quando salto pra frente, vejo este brilhante véu de luz suave dourada. Um círculo luminoso postado do outro lado, brilhando e atravessando-me como no meu sonho e mesmo que Drina tenha plantado esses sonhos, mesmo que provavelmente seja uma armadilha, não consigo evitar mudar de direção e caminhar para lá.

 

Caio em uma brilhante névoa, uma chuva de luz tão amorosa, tão quente e intensa que acalma meus nervos e abranda todos os meus medos. E quando aterrisso em um campo de verdes pastos, a grama me sustenta e amortece minha queda.

 

Observo o pasto que me rodeia com suas flores desabrochando-se e mostrando umas pétalas que parecem luz em seu inteiro e rodeado por algumas árvores que ultrapassam o céu e os galhos caem com o peso de frutas suculentas, e enquanto paro ali entretida,

observando tudo, não posso evitar sentir-me como se já havia estado aqui antes.

 

— Dulce.

 

Eu dou um salto, postada e preparada para lutar, quando vejo que é Christopher dou um passo para trás sem ter idéia de que lado ele realmente está.

 

— Dulce, relaxe. Está tudo bem — ele confirma com a cabeça, sorrindo enquanto oferece sua mão.

 

Mas me recuso a aceita-la, me recurso a cair na sua isca. Então dou outro passo para trás enquanto meus olhos procuram a Drina.

 

— Ela não está aqui — ele confirma com a cabeça enquanto seus olhos estão fixos nos meus.

 

— Está a salvo, sou só eu.

 

Eu vacilo, questionando-me se acredito ou não, duvidando de que ele alguma vez poderia ser considerado como um cofre forte. Olhando-o fixamente enquanto coloco minhas opções -que evidentemente são poucas- em uma balança, até que finalmente pergunto:

 

— Onde estamos? — no lugar de minha real pergunta, que é: Estou morta?

 

— Eu te asseguro que você não está morta — ele ri, lendo meus pensamentos. — Está em Summerland.

 

Eu o olho sem entender nada.

 

— É uma espécie de lugar entre os lugares. Como uma sala de espera. Ou uma parada de descanso. Uma dimensão entre dimensões, se você quiser.

 

— Dimensões? — Eu entrecerro os olhos, a palavra soando entranha, desconhecida, pelo menos a maneira como ele esta usando, e quando ele alcança minha mão eu me afasto rápido, sabendo que é impossível ver claramente quando ele me toca.

 

Ele me encara, dá de ombros e me faz sinal para que lhe siga por um pasto onde cada flor, cada árvore, cada lâmina de grama, se inclinam, se balançam e giram como se fossem parceiros em um baile infinito.

 

— Feche os olhos — ele sussurra e como não faço, ele adiciona, — Por Favor.

 

E eu os fecho pela metade.

 

— Confie em mim — ele suspira. — Ao menos desta vez.

 

Assim, eu faço.

 

— Agora o quê?

 

— Agora imagine algo.

 

— O que você quer dizer? — Lhe pergunto, imediatamente imaginando um elefante gigante.

 

— Imagine outra coisa — ele disse, — rápido.

 

Eu abro meus olhos, surpreendida ao ver um gigantesco elefante investindo contra nós.

Dou um grito sufocado, perplexa quando eu o transformo em uma borboleta, uma linda borboleta monarca que pousa direto na ponta do meu dedo.

 

— Como...? — Eu olho de relance entre Christopher e a borboleta, enquanto suas antenas pretas se contraem para mim.

 

Christopher ri.

 

— Quer tentar outra vez?

 

Eu pressiono meus lábios e o encaro tentando pensar em algo bom, algo menor que um elefante e maior que uma borboleta.

 

— Vá adiante — ele ordena. — É tão divertido. Nunca fica entediante.

 

Fecho meus olhos e imagino que a borboleta se transforma em uma ave e quando abro meus olhos, encontro-me com um majestoso e colorido papagaio pousado em meu dedo.

Mas quando um rastro de cocô goteja em meu braço, Christopher me dá uma toalha e diz:

 

— Que tal algo com um pouco menos de... limpeza?

 

Eu solto a ave e a vejo afastar-se voando, então fecho meus olhos, desejando fervorosamente, e quando os abro novamente, Orlando Bloom havia tomado seu lugar.

Christopher grunhe e balança a cabeça.

 

— É real? — Sussurro, olhando boquiaberta em perplexidade enquanto Orlando Bloom sorri e pisca pra mim.

 

Christopher diz que não, balançando a cabeça.

 

— Você não pode manifestar gente real, só alguém parecido. Felizmente, não demorará muito para desaparecer — E quando acontece, não posso deixar de sentir-me um pouco triste.

 

— O que está acontecendo? — Pergunto, olhando para Christopher. — Onde estamos e como isso pode ser possível?

 

Christopher sorri e faz com que um lindo cavalo branco apareça. Me ajuda a montar e acomodar-me, ele faz com que apareça um cavalo preto para ele.

 

— Vamos dar um passeio — ele disse, guiando-me pela trilha.

 

Corremos juntos, um ao lado do outro, por um belo caminho que passa através de um vale de flores, árvores e um reluzente riacho nas cores do arco-íris, e quando vejo o meu papagaio empoleirado ao lado de um gato, mudo de direção, pronta para espantá-lo. Mas Christopher agarra as rédeas e diz:

 

— Não se preocupe. Não há nenhum inimigo. Todos aqui são pacíficos.

 

Cavalgamos em silêncio enquanto eu olho boquiaberta toda a beleza que me rodeia, tentando captar tudo, embora não muito antes que minha cabeça comece a dar voltas com todo tipo de perguntas e sem nenhuma idéia de por onde começar.

 

— O véu que você viu, aquele que você desenhou? — ele me olha. — Eu o coloquei lá.

 

— No desfiladeiro?

 

Ele confirma com a cabeça.

 

— E em seu sonho.

 

— Mas foi Drina que criou o sonho — eu o olho, observando como ele monta com tanta confiança, tão seguro na sela. Mas então me recordo da pintura em sua parede, aquela dele montando um cavalo branco com uma espada ao seu lado e concluo que ele tem praticado por muito tempo.

 

— Drina te mostrou a localização e eu te mostrei a saída.

 

— Saída? — Lhe digo enquanto meu coração começa a bater fortemente outra vez.

 

Ele balança a cabeça e sorri.

 

— Não esse tipo de saída. Já te disse, você não está morta. Na verdade, está mais viva que nunca. Capaz de manipular matéria e manifestar qualquer coisa que quiser. A última parte com gratificação imediata — ele ri. — Mas não venha aqui muitas vezes porque estou te avisando: É viciante.

 

— Então vocês dois criaram meu sonho? — Lhe pergunto enquanto minha voz aumenta de tom, sem gostar nada disso. — Como... Como uma colaboração?

 

Ele confirma com a cabeça.

 

— Então eu não tenho controle dos meus próprios sonhos? — Eu digo, minha voz aumentando o tom, não gostando do som disso.

 

— Não, este sonho em particular não.

 

Eu o olho carrancuda, movendo a cabeça quando digo:

— Bem, desculpe-me, mas, não acha que isso é um pouco evasivo? Quer dizer, Deus, e porque você não tentou parar isso, se sabia o que estava vindo?

 

Ele me olha com os olhos tristes e cansados.

 

— Não sabia que era Drina. Eu só estava observando seus sonhos, você estava assustada com algo, então te ensinei como chegar aqui. Este é sempre um lugar seguro para vir.

 

— E porque Drina não me seguiu? — Lhe pergunto, olhando ao redor, procurando-a novamente.

 

Ele alcança minha mão e aperta meus dedos.

 

— Porque Drina não pode ver, só você pode ver.

 

Eu o encaro com os olhos semicerrados. Tudo é tão estranho, tão estranho e nada faz sentindo.

 

— Não se preocupe, você já vai entender. Mas por agora, porque não tenta apenas desfrutar?

 

— Por que me parece tão familiar? — Lhe pergunto, sentindo a sensação de reconhecimento, mas incapaz de lembrar.

 

— Porque aqui foi onde te encontrei.

 

Eu o encaro.

 

— Encontrei seu corpo fora do carro, certo. Mas sua alma já tinha ido e estava vagando por aqui — ele para ambos os cavalos e me ajuda a desmontar, então me dirige até uma área coberta de grama, tão brilhante e reluzente em uma quente luz dourada que parece surgir do nada, e em seguida sei que ele já manifestou um grande aconchegante sofá e um divã combinado para acomodar nossos pés.

 

— Você quer adicionar mais alguma coisa?

 

Eu fecho meus olhos e imagino uma mesa de café, algumas lâmpadas, alguns doces, uma bonita almofada persa e quando abro meus olhos outra vez, estamos em uma sala de visitas ao ar livre completamente mobiliada.

 

— O que acontece se chover? — Pergunto.

 

— Eu não...

 

Mas é tarde demais, já estamos ensopados.

 

— Os pensamentos criam — ele disse, fazendo aparecer um guarda-chuva gigante, a chuva caindo firmemente pelos lados e sobre as almofadas. — É o mesmo que na Terra, só que leva mais tempo. Mas aqui em Summerland, é instantâneo.

 

— Isso me lembra o que minha mãe costumava dizer: “Tenha cuidado com o que deseja, você pode conseguir” — lhe digo rindo.

 

Ele assente com a cabeça.

 

— Agora que já sabe de onde se originou isso. Se importaria de fazer com que a chuva parasse, para que possamos nos secar? — Ele balança seu cabelo molhado contra mim.

 

— Como...?

 

— Só pense em um lugar quente e seco — ele sorri.

 

E a próxima coisa que sei é que estamos deitados em uma bonita praia com areia rosa.

 

— Deixamos assim. Podemos? — ele ri enquanto eu crio uma toalha azul para nós dois e um oceano turquesa para que combine.

 

E quando me deito e fecho meus olhos, ele confirma. Não é como se eu não tivesse começado a compreender por mim mesma, mais ainda sim não tenho como começar uma frase completa. Uma que comece com: Eu sou um imortal. E termine com: E você também é.

 

Não é algo que se escute todos os dias.

 

— Então, nós somos imortais? — Eu digo, abrindo um olho para olhá-lo, perguntando-me como posso ter uma conversa tão estranha com um tom de voz tão normal. Mas estou em Summerland; nada pode ser mais estranho que isso.

 

Ele balança a cabeça afirmativamente.

 

— E você me fez imortal quando eu morri no acidente?

 

Ele assente com a cabeça outra vez.

 

— Mas como? Tem algo haver com essa estranha bebida vermelha?

 

Ele respira profundamente antes de responder.

 

— Sim.

 

— Mas por que eu não tenho que bebê-la todo o tempo como você?

 

Ele desvia o olhar e observa o mar.

 

— Eventualmente você irá.

 

Eu me sento e pego um fio solto da minha toalha, ainda incapaz de envolver minha mente em tudo isso. Lembrando uma época em meu não tão distante passado, quando pensava que ser psíquica era uma maldição e olha agora.

 

— Não é tão ruim quanto pensa — ele disse, colocando sua mão na minha. — Olhe ao seu redor, não há nada melhor que isto.

 

— Mas por quê? Quer dizer, alguma vez já te ocorreu que talvez eu não queira ser imortal, que talvez devesse ter me deixado ir?

 

Observo como ele se encolhe, desviando seu olhar e olhando em volta, centrando-se em tudo, menos em mim. Então ele se vira pra mim e diz:

 

— Primeiro de tudo, você tem razão. Fui egoísta. Porque a verdade é que te salvei mais por mim do que por você. Não poderia suportar te perder novamente, não depois de... — ele para e move a cabeça. — Mas ainda assim, não tinha certeza de que iria funcionar.

Obviamente soube que havia te trazido de volta, mas não tinha certeza de por quanto tempo. Não tinha certeza se realmente havia te transformado até que te vi no desfiladeiro agora pouco.

 

— Estava me observando no desfiladeiro? — Eu o olho sem poder acreditar.

 

Ele assente com a cabeça.

 

— Quer dizer que você estava lá?

 

— Não, eu estava te observando remotamente — ele comprime o maxilar. — É muito para explicar.

 

— Então me deixe entender claramente. Estava me observando, remotamente, o que dá no mesmo porque podia ver tudo o que eu estava passando e mesmo assim não tentou me salvar? — E quando lhe digo, estou tão fora de mim que eu mal consigo respirar.

 

Ele balança a cabeça.

 

— Não até que você quisesse ser salva. Então foi quando eu fiz o véu aparecer e fiz com que você se sentisse atraída por ele.

 

— Quer dizer que você iria me deixar morrer? — Eu me afasto dele rapidamente, sem querer ficar perto.

 

Ele me olha, seu rosto completamente sério quando diz:

 

— Se era isso que você queria, então sim — ele balança a cabeça. — Dulce, a última vez que falamos, no estacionamento, disseste que me odiava por ter feito isso, por ser egoísta, por separar você da sua família, por trazê-la de volta, e suas palavras realmente machucaram, eu sabia que você estava certa. Eu não tinha o direito de interferir. Mas por outro lado, no desfiladeiro, quando você se encheu de tanto amor, bem, essa amor foi o que te salvou, te restaurou e então foi quando eu soube.

 

Mas e quanto ao hospital? Porque então não pude me restaurar? Porque tive que sofrer com todos os gessos, os cortes e as contusões? Porque não pude me... regenerar, como fiz lá no desfiladeiro? — Eu penso, cruzando os braços sobre meu peito, sem inteiramente acreditar.

 

— Só o amor cura. O fardo, a culpa e o medo a única coisa que pode fazer é te destruir e te separar de suas verdadeiras habilidades — ele assente com a cabeça, olhando além de mim.

 

— E isso é outra coisa — eu lanço um olhar fulminante pra ele. — Sua habilidade de ler minha mente, quando eu não posso ler a sua. Não é justo.

 

Ele ri.

 

— Você quer realmente ler minha mente? Pensei que meu ar de mistério era uma das coisas que você gostava em mim.

 

Eu abaixo meus olhos e olho para o joelho, minhas bochechas queimando enquanto penso em todos os pensamentos vergonhosos que ele ficou ciente.

 

— Há maneiras de proteger-se, sabia? Talvez você devesse ir ver a Ava.

 

— Conhece a Ava? — Eu o encaro boquiaberta, sentindo-me subitamente na defensiva.

 

Ele balança a cabeça.

 

— Minha única conexa com Ava é através de você, seus pensamentos sobre Ava.

 

Eu olho para o outro lado, observando uma família de coelhos saltando, e então volto a olhar pra ele.

 

— E a corrida de cavalos?

 

— Premonição, você também fez.

 

— E o que aconteceu com a corrida que você perdeu?

 

Ele ri.

 

— Tenho que perder algumas, de outra forma as pessoas começam a suspeitar. Mas certamente compensei, não lembra?

 

— E as tulipas?

 

Ele sorri.

 

— Manifestação. O mesmo que fez com o elefante e com esta praia. É Física Quântica simples. A consciência faz com que a matéria exista onde havia mera energia. Não é tão difícil como as pessoas pensam.

 

Eu entrecerro meus olhos, sem entender nada. Não importa o quão “simples” ele pense que é.

 

— Nós criamos nossa própria realidade e sim, você pode fazer em casa — ele disse, antecipando minha próxima pergunta, essa que acaba de se formar em minha cabeça. — Na verdade, você já fez, o que acontece é que você não se deu conta porque levou muito mais tempo.

 

— Não leva muito tempo pra você.

 

Ele ri.

 

— Eu tenho estado aqui há muito tempo, o tempo suficiente para aprender alguns truques.

 

— Quanto tempo? — Pergunto encarando-o, recordando daquela sala em sua casa e perguntando-me exatamente com o quê estou lidando.

 

Ele suspira e olha pra outro lugar.

 

— Muito tempo.

 

— E agora eu também vou viver para sempre?

 

— Isso depende de você — ele dá de ombros. — Você não tem que fazer nada disso. Pode simplesmente tirar tudo isso de sua mente e seguir com a sua vida. Decidir no momento certo. Eu só te dei a habilidade, mas a decisão é sua.

 

Eu olho para o oceano, sua espumante água tão brilhante, tão bonita, que eu mal posso acreditar que exista por minha causa, e mesmo que seja divertido jogar com uma magia tão poderosa, meus pensamentos logo se viram para coisas mais sinistras. — Preciso saber o que aconteceu com Anahi. Aquele dia que te surpreendi... — eu faço uma careta ao recordar. — E o que acontece com Drina? Ela também é imortal, certo? Você a fez imortal? E como começou tudo isso? Como você se tornou imortal em primeiro lugar? Como tal coisa acontece mesmo? Sabia que ela matou Evangeline e por muito pouco não mata Anahi? E o que há com aquela sala assustadora?

 

— Você poderia repetir as perguntas? — Ele ri.

 

— Ah, e outra coisa, a que diabos se referia Drina quando me disse que já tinha me matado várias vezes?

 

— Drina disse isso? — Seus olhos se tornam enormes enquanto seu rosto perde a cor.

 

— Sim — eu assento com a cabeça, lembrando-me da expressão arrogante e altiva quando me deu a notícia. — Ela disse algo como: Aqui vamos nós de novo, mortal estúpida, sempre perde neste jogo, bla, bla, bla. Pensei que estava observando, pensei que tivesse visto tudo isto?”

 

Ele balança a cabeça, murmurando.

 

— Eu não vi tudo, sincronizei tarde demais. Oh, Deus, Dulce tudo isso é minha culpa, tudo. Eu devia saber disso, nunca devia ter te envolvido, devia ter te deixado em paz.

 

— Ela também disse que tinha te visto em Nova York, pelo menos isso que disse a Anahi.

 

— Ela mentiu — ele disse entre os dentes. — Eu não fui à Nova York — e quando me olha seus olhos estão cheios de dor, que alcanço a sua mão e a seguro. Comovida pela tristeza e vulnerabilidade em seu olhar que só quero apagá-la. Pressiono meus lábios contra sua boca quente, esperando expressar que ainda há grandes boas chances de perdoá-lo.

 

— E o beijo se torna mais doce a cada reencarnação — ele suspira, tirando o cabelo do meu rosto. — Embora nunca conseguíssemos ir mais longe e agora sei por quê — ele pressiona sua testa na minha, enchendo-me de tanta felicidade, de um amor plenamente consumado e se afasta. — Ah, sim, suas perguntas — ele disse, lendo minha mente. — Por onde começamos?

 

— Que tal desde o começo?

 

Ele assente, seu olhar à deriva, retornando ao começo, enquanto eu cruzo minhas pernas e fico confortável.

 

— Meu pai era um sonhador, um artista, um aficionado por ciência e alquimia, uma idéia popular naquela época.

 

— Qual época? — Lhe pergunto, faminta pelos lugares, datas, coisas que podem ser investigadas e não uma ladainha filosófica com ideias abstratas.

 

— Uma época muito antiga — ele ri. — Sou muito mais velho que você.

 

— Sim, mas exatamente quantos anos têm? Quer dizer, com que tipo de diferença de idade estou lidando? — Lhe pergunto, olhando incrédula enquanto ele balança a cabeça.

 

— Tudo o que precisa saber é que meu pai, junto com seus companheiros alquimistas, acreditava que tudo poderia se reduzir a um só elemento, e que se poderia isolar esse elemento, então poderia criar com isso o que quisesse. Ele trabalhou por anos nessa teoria, criando fórmulas, abandonando fórmulas, e depois, quando ele e minha mãe... morreram, eu continuei a pesquisa até finalmente aperfeiçoá-la.

 

— E quantos anos tinha? — Lhe pergunto, tentando outra vez.

 

— Jovem — ele dá de ombros. — Bastante jovem.

 

— Então você ainda pode envelhecer?

 

Ele ri.

 

— Sim, eu atingi até um determinado ponto, e depois parei. Sei que preferiria a teoria do vampiro congelado no tempo, mas isto é a vida real, Dulce, não uma fantasia.

 

— Ok, então... — eu continuo, ansiosa por mais.

 

— Então, meus pais morreram, eu me tornei um órfão. Você sabe, na Itália, onde nasci, os sobrenomes geralmente fazem referência a origem das pessoas ou suas profissões. Esposito significa órfão, ou exposto. O nome que me foi dado, mesmo deixando de usá-lo por um século ou dois, desde que não me servia.

 

— Por que você não usa seu sobrenome verdadeiro?

 

— É complicado. Meu pai... foi caçado. Então eu achei que o melhor era me afastar.

 

— E Drina? — Pergunto, minha garganta se contraindo só de mencionar seu nome.

 

Ele assente.

 

— Poverina... ou, uma pequena pobre. Estávamos sob custódia da Igreja. Foi lá que nos conhecemos. E quando ela ficou doente, não podia suportar perdê-la, então eu a fiz beber também.

 

— Ela disse que estavam casados — pressiono meus lábios, minha garganta ficando quente e seca, sabendo que ela não disse exatamente isso, embora estivesse bastante implícito quando disse seu nome, seu nome completo.

 

Ele me olha de relance e depois olha para outro lado, balança a cabeça e murmura sob sua respiração.

 

— É verdade? — Pergunto, meu estômago revirando, meu coração pressiona fortemente meu peito.

 

Ele assente.

 

— Mas não é como você pensa, já se passou tanto tempo que não tem mais importância.

 

— Então, por que não se divorciou? Quero dizer, se não tem mais importância — digo, minhas bochechas quentes, meus olhos ardendo.

 

— Então você propõe que eu me apresente ao tribunal com um certificado de casamento datado de vários anos atrás, e peça o divórcio?

 

Pressiono meus lábios e desvio o olhar, sabendo que ele tem razão, mas mesmo assim.

 

— Dulce, por favor. Você tem que me dar algum crédito. Não sou como você. Você só tem estado, bem, nessa vida pelo menos, por 17 anos, enquanto que eu tenho vivido por centenas de anos! Mas que tempo suficiente para cometer alguns erros. E mesmo certamente existindo coisas suficientes para me julgar, não acredito que minha relação com Drina seja uma delas, as coisas eram diferentes então. Eu era diferente. Eu era vaidoso, superficial e extremamente materialista. Eu fazia tudo por mim, pegando tudo o que eu podia. Mas no momento que te conheci tudo mudou, e quando te perdi, bem, nunca havia sentido uma dor semelhante. Mas então, quando você reapareceu... — ele para, seu olhar distante. — Bem, nem bem havia te encontrado, e logo te perdi de novo. E assim continuava, repetidamente. Um ciclo infinito de amor e perda... até agora.

 

— Então é assim que nós... Reencarnamos? — Digo, a palavra soando estranha na minha boca.

 

— Você sim... eu não — ele dá de ombros. — Eu sempre estou aqui, sempre o mesmo.

 

— Então, quem eu era? — Pergunto, sem ter certeza de acreditar, mas fascinada com o conceito. — E por que não me recordo?

 

Ele sorri, feliz por mudar de assunto.

 

— A viagem de volta inclui um passeio pelo Rio do Esquecimento. Você não deveria se lembrar, está aqui para aprender, para evoluir, para pagar suas dívidas de Carma. Cada vez é um novo começo. Forçada a encontrar seu caminho. Porque Dulce, a vida não se supõe que seja um livro aberto.

 

— Então, você não está trapaceando ao permanecer aqui? — Digo, sorrindo satisfeita ao Sr. Deixe-me Dizer Como Funciona o Mundo.

 

Ele dá de ombros.

 

— Alguns diriam que sim.

 

— E como é possível que saiba tudo isso se você mesmo nunca fez isso?

 

— Tenho anos suficientes para estudar os mistérios da vida. E eu conheci alguns professores extraordinários pelo caminho. Tudo o que precisa saber de suas vidas anteriores é que sempre foi do sexo feminino — sorri, acomodando meu cabelo atrás da orelha. — Sempre linda. E sempre importante pra mim.

 

Eu olho fixamente o mar, manifesto algumas ondas apenas por fazer, então logo faço tudo ir embora. Tudo. Tudo isso. Retornando a nossa sala de visitas ao ar livre.

 

— Mudança de cenário? — Ele sorri.

 

— Sim, mas só o cenário, não o tema.

 

Ele suspira.

 

— Então depois de anos te procurando, te encontrei novamente... E você já sabe o resto.

 

Eu respiro fundo e olho fixamente para a lâmpada, acendendo e apagando com minha mente, tentando entender tudo isto.

 

— Terminei com Drina há muito tempo, mas ela ainda tem o péssimo costume de reaparecer. E a noite no St. Regis? Quando você nos viu juntos? Eu estava tentando convencê-la a seguir com sua vida, de uma vez por todas. Embora obviamente, não fiz um bom trabalho. E sim, eu sei que ela matou Evangeline, porque naquele dia, na praia quando você acordou sozinha?

 

Entrecerro meus olhos, pensando: Eu sabia! Sabia que você não estava surfando!

 

— Acabava de encontrar o corpo dela, mas já era tarde para salvá-la. E sim, sei de Anahi também, mas felizmente, fui capaz de salvá-la.

 

— Então era onde você estava naquela noite... Quando me disse que tinha ido cuidar de um vazamento de água...

 

Ele assente.

 

— Então sobre o que mais você mentiu? — Pergunto, cruzando os braços no peito. — E para onde foi na noite de Haloween depois da festa?

 

— Fui pra casa — disse, olhando-me intensamente. — Quando vi o modo como Drina te olhava, bem, pensei que o melhor seria me afastar. Só que não pude. Eu tentei. Venho tentando todo o tempo. Mas não podia. Não posso me afastar de você — ele balança a cabeça. — E agora você sabe de tudo. Embora eu acredite que é bastante obvio o porquê de eu não poder me aproximar naquele momento.

 

Eu me encolho e olho para o outro lado, sem estar disposta a me entregar tão facilmente, mesmo que isso seja verdade.

 

— Ah, e minha “sala assustadora” como você chama? Bem, apenas resulta em ser meu “lugar feliz”. Não muito diferente dessa recordação que você guarda daqueles últimos momentos no carro com sua família.

 

E quando me olha, eu desvio o olhar, envergonhada por ter dito isso.

 

— Embora eu tenha que admitir, ri muito quando me dei conta de que pensava que eu era um chupador de sangue — ele sorri.

 

— Oh, bem, desculpa. Quero dizer já que têm imortais andando por aí, pensei que também poderia trazer as fadas, magos, lobisomens, e... — balanço a cabeça. — Quer dizer, Deus, você fala de tudo isso como se fosse normal!

 

Ele fecha os olhos e suspira. E quando abre novamente diz:

 

— Pra mim é normal. Está é minha vida. E gora é a sua também se quiser. Não é tão ruim quanto pensa, Dulce, de verdade — ele me olha por um longo tempo, e mesmo quando uma parte de mim quer adiá-lo por me fazer dessa maneira, simplesmente não posso.

 

E quando vem aquele sentimento quente me tomando e um formigamento esmagador, eu olho a mão que ele está segurando e digo:

 

— Pare com isso.

 

— Parar o quê? — Me olha, seus olhos cansados, a pele ao redor tensa e pálida.

 

— Pare com esse calor, formigamento, você sabe. Então pare com isso! — Digo, minha mente dividida entre amor e ódio.

 

— Eu não estou fazendo isso, Dulce — seus olhos nos meus.

 

— Claro que você está! Você está fazendo com o seu... que seja. — reviro meus olhos e cruzo os braços no peito, perguntando-me onde possivelmente vamos chegar agora.

 

— Eu não estou fazendo isso. Eu juro. Não uso truques para te seduzir.

 

— Oh, sim, como as tulipas?

 

Ele sorri.

 

— Você não faz nenhuma idéia do que significa, não é?

 

Pressiono meus lábios e olho para o outro lado.

 

— As flores têm significados. Não há nada de casual nisso.

 

Respiro fundo e reorganizo a mesa com a mente, desejando poder reorganizar minha cabeça também.

 

— Há tanto o quê te ensinar — diz. — Embora nem tudo seja diversão e jogo. Precisa ter cuidado, agir com atenção — ele fez uma pausa e me encarou, certificando-se de que eu estava escutando. — Você tem que ter cuidado para não fazer mal uso do poder. Drina é um bom exemplo disso. Você deve ser discreta... O que quer dizer que não pode compartilhar isso com ninguém, e eu quero dizer ninguém, entendeu?

 

Eu me encolho, pensando: “Que seja”. Sabendo que ele pode ler meus pensamentos quando ele balança a cabeça e se inclina até mim.

 

— Dulce, é sério, você não pode contar a nenhuma alma. Me prometa.

 

Eu o olho.

 

Ele levanta uma sobrancelha, sua mão apertando a minha.

 

— Palavra de escoteiro — murmuro, olhando para o outro lado.

Ele solta minha mão e se afasta, deitando-se sobre as almofadas quando diz:

 

— Mas levando em consideração a completa revelação de tudo, você precisa saber que ainda tem uma forma de sair disso. Você ainda pode cruzar para o outro lado. Na verdade, você poderia ter morrido lá no desfiladeiro, mas preferivelmente, escolheu ficar.

 

— Mas eu estava preparada para morrer, eu queria morrer.

 

— Você se permitiu com suas memórias. Você se permitiu com amor. É como eu já te disse antes... Os pensamentos criam. E no seu caso, criaram a cura e a força. Se você realmente quisesse morrer simplesmente havia se dado por vencida. Em algum nível mais profundo você deve ter conhecimento disso.

 

E no momento em que estou para perguntar por que ele estava esgueirando-se em meu quarto enquanto eu dormia, ele disse:

 

— Não é o que você pensa.

 

— Então o que era? — Pergunto, sem saber se realmente quero saber a resposta.

 

— Eu estava ali para... Observar. Eu me surpreendi ao saber que você podia me ver, eu estava transformado, por assim dizer.

 

Eu envolvo meus braços ao redor dos joelhos e trago-os para perto do meu peito. Tudo o que ele acaba de dizer passando pela minha cabeça, mas entendo o ponto principal, o suficiente para ser devidamente assustador.

 

Ele se encolhe.

 

— Dulce, me sinto responsável por você, eu...

 

— Você queria checar a mercadoria? — Eu o encaro, minhas sobrancelhas levantadas.

 

Mas ele só ri.

 

— Eu posso te lembrar do seu fraco por pijamas de flanelas?

 

Eu reviro os olhos.

 

— Então é assim que se sente responsável por mim, como... Como um pai? — digo, rindo enquanto ele se encolhe.

 

— Não, não como um pai. Mas Dulce, só estive em seu quarto uma vez, na noite em que nos vimos em St. Regis, e se houve outras vezes...

 

— Drina — eu me recuo, imaginando-a em meu quarto, espionando-me. — Está certo de que ela não pode vir aqui? — pergunto, olhando ao redor.

 

Ele pega a minha mão e a aperta, tentando deixar-me tranquila quando diz, — Ela nem ao menos sabe que existe. Ela não sabe como chegar aqui. Até onde ela sabe, você simplesmente desapareceu no ar.

 

— Mas como você chegou aqui? Você morreu alguma vez, como eu?

 

Ele balança a cabeça negativamente.

 

— Existem dois tipos de alquimia... Física, como a que encontrei com meu pai, e Espiritual, com a que encontrei quando sinto algo mais, algo grande, algo maior que eu. Eu estudei, pratiquei e trabalhei duro para chegar aqui, ainda aprendi MT — ele para e me olha. — Meditação Transcendental de Maharish Mahesh Yogi — ele sorri.

 

— Umm, se está tentando me impressionar, não está funcionando. Não tenho nenhuma idéia do que você quer dizer com isso.

 

Ele dá de ombros.

 

— Vamos apenas dizer que me levou centenas de anos para traduzir do mental para o físico. Mas você... Desde o momento em que passou no campo, te foi concedido uma espécie de passe para os bastidores, suas visões e a telepatia são produtos disso.

 

— Deus, nenhuma surpresa você odiar a escola — digo, querendo mudar de assunto para algo concreto, algo que realmente posso entender. — Quer dizer, você provavelmente deve ter terminado tipo, a milhões, bilhões de anos atrás, certo? — E quando ele se estremece, me dou conta que sua idade é um ponto fraco, o que é algo muito engraçado, considerando que ele escolheu viver para sempre. — Quero dizer, por que se preocupar? Por que ainda assim matricular-se?

 

— É pra onde você vai — sorri.

 

— Oh, então quando vê uma garoa de jeans largado e capuz, e você tem que tê-la, que decide repetir a escola só para consegui-la?

 

— Soa como certo — ele sorri.

 

— Você não poderia ter encontrado outro modo de entrar na minha vida? É só que não tem muito sentido — balanço a cabeça e reviro os olhos, irritando-me novamente, até que ele passa seus dedos pelo lado de uma das minhas bochechas e me olha nos olhos.

 

— O amor nunca tem.

 

Eu engulo fazendo força, sentindo-me tímida, eufórica e insegura, tudo de uma vez. Então eu limpo minha garganta e digo:

 

— Eu pensei que você tinha dito que era ruim no amor — entrecerro meus olhos com os seus, meu estômago um frio e amargo nó, perguntando-me por que não posso apenas ser feliz quando o garoto mais lindo do planeta me confessa seu amor.

 

Por que insisto em ser negativa?

 

— Espero que dessa vez seja diferente — ele sussurra.

 

Eu me viro, respirando com dificuldade enquanto digo:

 

— Não sei se estou preparada para tudo isso. Não sei o que fazer.

 

Ele me aperta contra seu peito, seus braços ao meu redor, enquanto disse:

 

— Não há pressa para decidir — e quando me viro ele tem aquele mesmo olhar distante.

 

— Qual é o problema? — pergunto. — Por que me olha assim?

 

— Porque não sou bom em despedidas — disse, tentando demonstrar um sorriso que não passa dos seus lábios. — Agora vê, já são duas coisas com o qual eu sou ruim... O amor e as despedidas.

 

— Talvez estejam conectados — pressiono meus lábios, tentando não chorar. — Então, pra onde você vai? — tento fazer minha voz soar calma e neutra, mesmo quando meu coração para e minha respiração se negando a sair, me sentindo com se eu estivesse morrendo por dentro.

 

Ele dá de ombros e olha pra longe.

 

— Você vai voltar?

 

— Depende de você — ele me olha e diz, — Dulce, você me odeia?

 

Eu balanço negativamente a cabeça, mas mantenho seu olhar.

 

— Você me ama?

 

Viro a cabeça e olho para o outro lado. Sabendo que sim, sabendo que o amo com cada fio de cabelo, cada célula do meu corpo, cada gota do meu sangue, que estou explodindo desse amor, fervendo, mas apenas não posso dizer isso a ele. Mas novamente, se realmente ele puder ler minha mente, não tenho por que dizer. Ele deveria saber disso.

 

— Sempre é melhor escutar — disse, colocando meu cabelo atrás da orelha e pressionando seus lábios em minha bochecha. — Quando você se decidir, sobre mim, sobre ser imortal, apenas diga e eu estarei aqui. Tenho toda a eternidade pela frente; você vai perceber que posso ser bastante paciente — ele sorri, então coloca a mão em seu bolso retirando o cavalo de prata cravado de cristais que me comprou nas corridas.

Aquele que eu devolvera quando joguei naquele dia no estacionamento.

 

— Posso? — ele gesticula.

 

Eu aceno, minha garganta muito seca para falar enquanto ele fecha a pulseira, então pega meu rosto entre suas mãos. Colocando minha franja para o lado e beijando minha cicatriz, enchendo-me de todo o amor e perdão que sei que não mereço. Mas quando tento afastar-me, ele me pega ainda mais forte e fala:

 

— Você tem que se perdoar, Dulce. Não é responsável por nada disso.

 

— O que você sabe? — eu mordo meu lábio.

 

— Eu sei que você se culpa por algo que não é sua culpa. Eu sei que você ama a sua irmã com todo o coração e você se pergunta todos os dias se esta fazendo o certo ao aceitar suas visitas. Eu te conheço, Dulce. Sei tudo sobre você.

 

Eu me viro, meu rosto molhado pelas lágrimas que não quero que ele veja.

 

— Nada disso é verdade. Você entendeu tudo errado, eu sou uma aberração e coisas ruins acontecem com todos que ficam perto de mim, mesmo quando sou a única que mereça isso — eu balanço a cabeça, sabendo que não mereço ser feliz, não mereço este amor.

 

Ele me abraça, seu toque calmo e tranquilizador, mas incapaz de apagar a verdade.

 

— Tenho que ir — sussurra finalmente. — Mas, Dulce, se quiser me amar, se realmente quiser estar comigo, então você terá que aceitar o que somos. Entenderei se não puder.

 

Então eu o beijo, pressionando-me contra ele, precisando do contato de seus lábios sobre os meus, deixando-me encher de um maravilhoso, caloroso brilho de seu amor, aumentando, inchando-se e expandindo-se até que cubra cada espaço, cada brecha, cada canto.

 

E quando abro meus olhos e me afasto, estou novamente em meu quarto, sozinha.


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Autor(a): HellenCristyn

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emily14: Kkk então vc me intende. tatyellevondy: Não sumir as vezes abandonar JAMAIS! Te falei né? Bem vamos continuar...     — Então, o que aconteceu? Nós procuramos por todas as partes e não encontramos você. Pensei que estivesse a caminho.   Viro, dando as costas para a janela e repreendendo-me p ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 151



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  • Girl Postado em 26/01/2017 - 18:27:15

    mulher lembra de mim? te mandei uma mensageem vê láaa

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:59:10

    PS : vc sabe me indicar filmes e series super legais pra mim assistir ?

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:57:35

    CONTINUUUUUUUAAAAA PELO AMOR DE DEUS

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:56:53

    em quarto e ultimo lugar eu vou implorar pra vc continuar

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:55:58

    vc é super talentosa vc tem uma imaginaçao incrivel , vc tem futuro escrivendo livros contos etc . Eu queria ter metade do seu talento , mas eu sei que milagres nao acontecem kkkkk

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:53:15

    em terceiro lugar vou elogiar a autora dessa fanfic

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:52:24

    eu amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amoooo essa fanfic super top super legal super espetacular super tudo

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:50:19

    em segundo lugar eu vou declarar meu amor por essa fanfic

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:49:07

    em primeiro lugar me perdoe pelo meu sumiço

  • loucas Postado em 24/01/2016 - 04:48:24

    euuu


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