Fanfic: Inesperado Sentimento 2° Temporada

E lá estava ela parada na porta com uma mala do seu lado me olhando de uma maneira fria.

-- Du.. Dulce? Gaguejei. Não entendi, mais ela começou a aplaudir.  Marcos e eu nos olhamos por alguns momentos e então eu tentei falar com ela.

-- Dulce, isso ...

-- Cala a boca Anahí. Foi tudo que ela falou para mim antes de se virar para Marcos.

-- Meus parabéns Doutor, você conseguiu o que queria e olha foi mais rápido do que eu pensei.

-- Não entendo. Indagou Marcos.

-- Não se faça de idiota. Você me mandou nessa viajem só para vir aqui e roubar minha família.

-- Doutora, você está equivocada.

-- A eu estou, então me diz porque você falou para Anahí que eu tinha mais viagens a serem feitas sem ao menos eu saber quais eram?

-- O que? Falou Anahí olhando para Marcos.

-- Porque você não falou pra ela, que desde o aniversário da minha filha, você vem querendo algo com ela, mais vejo que não precisa mais, afinal ela caiu direitinho não é?

-- Doutora, as viagens são sua obrigação, e se você quer saber, acho que Anahí merece algo bem melhor do que você.

-- Essas viagens não são mais minha obrigação doutor, eu me demito.  Vi Dulce jogar o jaleco no chão e vir em minha direção.

-- E você Anahi, espero que esteja feliz pelo que fez. Voltei correndo aqui para te dizer o quanto senti sua falta, que eu largaria tudo se pudesse te ter de volta. Mais me enganei, eu espero mesmo que esteja feliz com o que fez.

-- Não, Dulce, espera eu ...

-- Por favor, não fale nunca mais comigo.

Por incrível que pareça, toda essa conversa foi sem gritos, ou escândalos, vi Dulce sair e bater a porta, ela bater com força. Sophia acordou rapidamente e nos olhou, vi ela correr até a janela, ao ver Dulce Sophia começou a chorar alto e chamar pela mãe. Pronto, meu mundo acabou de explodir. Corri até Sophia que chamava por Dulce aos berros, peguei ela no colo e tentei acalma-la enquanto ambas víamos Dulce acelerar e sair com o carro. Marcos então tentou se aproximar de mim e eu me afastei segurando Sophia.

-- Não, por favor vai embora. Eu já deixava lagrimas rolarem sem direção em meu rosto.

-- Anahí desculpa, eu não queria.

-- Não queria, mais fez. Você acabou com meu casamento. Eu amo aquela mulher, mais fui idiota de mais por acreditar em você. Por favor vai embora.

Vi Marcos sair apresado, o que eu havia feito, o que foi tudo aquilo. Fiquei por um bom tempo tentando acalmar Sophia, quando finalmente consegui fazer ela dormir de novo percebi que aquela febre não era gripe, aquela febre era falta da mãe dela. Cuidei de Enzo e me joguei na cama, chorei tudo que precisava chorar, resolvi ligar para minha irmã, ela era única que conseguiria me ouvir naquela altura.

Dulce Narrando...

Não podia acreditar no que vi, aquele desgraçado conseguiu, como ela pode beijar ele assim, e com meus dois filhos na sala. Corri para a casa da Maitê sem nenhuma roupa, apenas dirigi rapidamente até lá. Quando cheguei não consegui fazer nada a não ser me jogar nela e chorar de raiva.

-- Ei calma, Dulce você já está chorando a uns 10 minutos o que foi?

-- Eu cheguei em casa e....  Ela está beijando ele Mai. Anahí me traiu.

Abracei Maitê de novo e chorei, Mai estava de boca aberta, acho que nem ela acreditava no que eu estava falando. Depois de chorar, limpei meu rosto, tomei um pouco de agua que Mai havia trazido para mim e contei toda a história.

-- Mais porque você não falou pra ela isso? Indagou Maitê.

-- Foi isso que fui fazer quando chegar em casa. Depois que vi toda aquela cena, fui até ela e falei. Já pedi demissão e agora não sei o que fazer. Como ela pode Maitê, como?

-- Nossa, Dulce olha eu não faço ideia, mais e agora?

-- E agora? Agora eu vou arrumar um lugar para eu ficar, sei lá, estou sem emprego, vendi tudo que eu tinha para comprar aquela casa, e agora que pedi demissão, não sei o que fazer.

-- Olha, você pode ficar aqui em casa com agente, temos mais um quarto sobrando.

-- Não Mai eu não quero .... Maitê me interrompeu.

-- Nada de não Dulce, Cristian te adora, e também quando ele for trabalhar você me faz companhia, mais e suas coisas?

-- Estão todas lá em casa. Respirei fundo.

-- Vamos dar um jeito de buscar suas coisas por enquanto vai tomar um banho, esfriar a cabeça, sei que tudo ficará bem.

Fiz o que Maitê pediu fui tomar banho, deixei a agua cair bem em cima de mim, sai do banho e vi que Maitê havia pego um moletom para mim, o vesti e fui voltando para a sala, quando escuto o telefone tocar, olhei para Maitê e ela foi atender. Me sentei no sofá.

-- Alo !!  -- A Dulce ??

Olhei para Maitê balançando a cabeça de modo negativo, eu sabia que era ela, e naquele momento eu não queria falar com ninguém, principalmente com ela.

-- Não, ela não veio aqui. Porque?

Vi que Maitê estava calada, provavelmente Anahí estava contando toda a história maravilhosa que tivemos, comecei a mudar de canal e ao mesmo tempo prestar atenção na conversa.

-- Só fica calma, tudo bem. Tenta se acalmar e depois vocês se falam.

-- Sim, se ela apareceu eu te aviso. Beijos. Até

Maitê desligou o telefone e veio sentar do meu lado, senti seus braços ficar em volta do meu ombro e seus olhos fixarem em mim.

-- O que que foi?

-- Até quando isso vai durar?

-- Não faço ideia. Respirei fundo. – Eu sei que andei pisando na bola e não dei atenção a ela, mais foi só uma semana Mai, eu levei séculos para conquistar a mulher que eu amo, e ele levou uma semana para acabar com tudo. Eu estava disposta a chegar e me entregar de corpo e alma para ela, eu iria pedir demissão, faríamos uma viagem em família, eu estava disposta a mudar tudo, e agora, depois do que vi, não sei mais o que faço.

-- Olha, foi como eu falei para ela. Se acalme, e vamos ajeitar isso tudo. Foi como você disse. Uma semana Dulce e não 10 anos. Só não quero que nenhuma de vocês façam algo que possam se arrepender depois.

-- Obrigada Mai.

Ficamos ali, vendo filmes, as vezes eu me distraia, outras eu chorava, fiquei assim até pegar no sono. O amor e confuso não é mesmo? Por um momento você é a mulher mais feliz do mundo, em outro momento você está assim, com o coração partido. A vida as vezes é injusta, mais eu não estava disposta a abandonar minha família assim. Só precisava de um tempo, só não sei quanto tempo.