Fanfic: Inesperado Sentimento 2° Temporada

Dulce Narrando....

Acordei com uma dor de cabeça terrível, meu corpo estava doendo, comecei a espirrar e tossir. Senti alguém me abraçando por trás e olhei, vi que Anahí estava dormindo, não evitei de sorrir e me aconcheguei ainda mais nela, eu ainda estava chateada com ela. Eu tinha certeza de duas coisas, ou ela sofria de bipolaridade ou alguma coisa estava acontecendo. Mais a questão do momento era, como eu vim parar aqui na cama com ela. Peguei no sono ainda sentindo Anahí me abraçada pela cintura, mais cochilei pouco mais de uma hora, acordei tossindo e espirrando muito, meu corpo parecia estar pesado.  Me sentei na cama e vi alguém entrando no quarto, era Anahí, como ela estava linda, ela entrou sorrindo e segurando uma bandeja na mão.

-- Bom dia! Ela entrou falando e colocou a bandeja sobre a cômoda do quarto.

-- Bom dia. Falei meia rouca.

Ela se aproximou segurando uma canela na mão, a canela no mínimo estava muito quente porque dava para ver as fumacinhas saindo, ela sentou-se ao meu lado e passou a mão no meu rosto retirando alguns cabelos.

-- Você ainda está quente, pegou uma gripe e tanto em. Toma isso aqui vai te fazer bem é chá e tem algumas torradas ali na bandeja, se você quiser posso pegar pra você.

-- Obrigada. Respondi rouca. – Cadê Sophia e o Enzo.

-- Enzo está dormindo com Nani, e Sophia vendo desenho, eu disse que você estava dodói e que ela precisava se comportar. Ela te ama sabia? Nunca vi alguém tão apegada a mãe como Sophia é com você.

-- Eu não vivo sem aquela princesa, eu a amo muito. Eu tomava o chá que ela me deu com cara de poucos amigos, estava amargo graças ao remédio que ela colocou, só tomei porque sabia que eu ia melhorar com aquilo e ter Anahí cuidando de mim, era perfeito e eu não queria que isso acabasse.

-- Bom, vou deixar você descansar, vou ver as crianças.

 Anahí me deu um beijo na testa e sai do quarto. Sabe quando você tem aquela sensação de segurança? Então era assim que eu estava me sentindo, eu a amava cada instante mais, era impossível o modo como me apaixonava por ela todos os dias.  Me lembro de colocar a xicara ao lado da cama e cair no sono, acordei com Sophia pulando na cama.

-- Mamãe. Mamãe

Me sentei na cama e a puxei, comecei a fazer cócegas nela, e aquela gargalhada era perfeita. Parei de fazer cocegas nela quando vi Anahí entrando no quarto procurando por ela, Sophia se escondeu debaixo da coberta.

-- Sophia, eu falei que não era pra você vir aqui poxa, mamãe está dodói.

-- Ta tudo bem deixa ela. Eu já não estou rouca, só meu corpo e minha cabeça que doem um pouco.

-- Achei que quisesse descansar.

-- Eu já descansei, acho que o que eu preciso mesmo eu não vou ter agora.

-- E do que seria?

-- É... Você.  Abaixei a cabeça e mordi o lábio. Anahí continuou parada próximo da cama. Voltei a olhar pra ela, ela deu dois passos em minha direção vindo até a cama.

-- Vem mamãe, vem ficar aqui. Sophia sentou no meu colo.

Anahí recuou, simplesmente recuou, não acreditei, só podia ser brincadeira. Ela simplesmente olhou nos meus olhos, olhou para Sophia e recuou.

-- Eu... eu vou cuidar do Enzo e já volto.

O que? Isso só podia ser brincadeira, ela saiu do quarto, ela me largou ali.  Eu não acreditei, senti uma dor no peito, me bateu vontade de chorar, que tipo de mulher bipolar Anahí se tornou. Continuei brincando com Sophia, como ela não parava quieta foi correndo lá para fora junto com Nani. Me levantei, tomei meu remédio, minha dor no corpo estava ruim, mais eu não ficaria mais ali, eu tinha que conversar com Anahí de uma vez por todas, aquela situação tinha que acabar.  Arrumei meu moletom, estava com uma calça e uma blusa azul, penteei meu cabelo e arrumei o quarto. Peguei algumas roupas e coloquei dentro de uma mala, e deixei em um canto do quarto.  Cheguei na sala e lá estava ela, olhando extasiada para televisão.

-- Anahí? Ela se levantou e olhou pra mim.

-- Dulce, você tem que descansar.

-- Eu não quero descansar, eu quero falar com você.

-- Co... Comigo?

-- Sim Anahí com você, vem vamos lá para o quarto não quero as crianças ouvindo.

-- Ok.

Eu fui andando na frente e vi que Anahí me seguia, entrei no quarto seguida por ela e fechei a porta. Olhei para ela e ela já estava sentada na beira da cama me olhando.

-- Eu quero saber o que está acontecendo.

-- Como assim?

-- Por favor, não se faça de desentendida, você está me evitando, você não fica comigo. Eu estou aqui tentando chamar sua atenção de alguma maneira, saiu e trago tudo que você gosta, você rejeita, te chamo para ficar comigo e você some. Me fala, o que está acontecendo.

-- Está tudo normal Dulce.

-- Não Anahí não está e se isso é normal pra você, por favor procure um médico. Olha a onde chegamos, só estamos brigando e porquê? Por nada.

-- Eu só queria minha família de volta.  Eu fui até ela e me ajoelhei na sua frente, segurei suas mãos.

-- Anahí sua família está bem aqui, olha eu sei que errei muito com você, mais estou aqui. Para ter sua família de volta, basta você querer.

-- Eu não consigo confiar mais em você.

-- O que? Me levantei correndo.

-- Eu te amo Dulce, mais não consigo confiar em você, tenho medo de me aproximar e você vir com promessas e me fazer ficar sozinha de novo.

-- Anahí, olha a besteira que você está falando. Eu sei que enfiei a cabeça no trabalho e te deixei sozinha.

-- Por quase 4 anos.

-- Anahí dane-se o passado, eu errei eu errei eu sei que não estive com você em muitos momentos, mais agora eu estou aqui, eu quero concertar tudo, o que você tem na cabeça, olha eu aqui, as crianças aqui também. Ele mexeu com você não foi?

-- O que?

-- O Marcos, ele mexeu com você.

-- Não Dulce, logico que não.

-- Então pelo amor de Deus me fala, o que você quer que eu faça Anahí. Eu já estava nervosa, qual era a dificuldade dela em dizer que queria a mim.

-- Por favor, você teve seu tempo, você ficou longe, eu te avisei que poderia me acostumar a viver sem você, eu não confio em você Dulce. Ela simplesmente gritou comigo.

-- Então é isso, você se acostumou a viver sem mim.

-- Não, não desculpa eu não quis dizer isso.

-- Você não quis mais você disse Anahí.  Fui até o canto do quarto e peguei minha mala, vi que ela me olhava e não estava entendendo, fui caminhando até a porta da sala e ela me seguia. Parei próximo da porta e olhei pra ela.

-- Dulce o que você vai fazer.

-- Me responde uma coisa, você me ama a ponto de me perdoar e me deixar concertas as coisas, me deixar recuperar o tempo que perdi, ou me ama a ponto de me deixar abrir essa porta?

-- Dulce, por favor não faz isso.

-- Me dê um motivo para eu não fazer isso.

-- Dulce, as crianças elas ....

-- Era tudo o que eu queria saber, não se preocupe, eu ainda sou mãe delas e venho todos os dias para ver as crianças. Adeus Anahí.

Andei até meu carro, eu não sei o que sentia naquele momento, eu olhava ela me olhando da janela, e ela não veio me impedir, ela nem se quer veio até mim. Então se era isso que ela queria, era isso que ela iria ter. Eu fui embora, simplesmente fui embora, não conseguia falar, não conseguia chorar, não conseguia fazer nada, apenas sentia meu coração batendo cada vez mais devagar, sentia uma dor começando a me incomodar, mais nada que me impedisse. Eu simplesmente fui.