Fanfic: Inesperado Sentimento 2° Temporada

Anahí Narrando ...

Tudo parecia estar acontecendo de novo, eu estava dentro de um hospital rezando por notícias da minha mulher, eu andava de um lado para o outro. Nani sentada olhava Enzo dentro do carrinho e Maitê estava com Sophia no colo. Tudo aquilo por fim havia acabado. Todos haviam sido pagos por erros do passado, inclusive eu, que estava ali esperando um milagre acontecer.

Depois de muito tempo andando dentro de uma sala fechada, eis que por fim dois médicos entram na sala, ao mesmo tempo que suspirei de alivio, senti meu coração acelerar.  Fiquei olhando para os dois até que um começou a falar.

-- Vocês são família da paciente Dulce?

-- Sim, eu sou mulher dela. Anahí.

-- Bom, senhorita Anahí, Cristian está com Dulce agora e pediu para que eu viesse me comunicar com a família dela.

-- Está tudo bem com ela? O que aconteceu? O que ela tem? Sem me enrolar fala logo.

-- Acalme-se senhorita, Dulce apesar do susto, está muito bem e fora de perigo, aquela arma falou por obra divina, sua mulher está muito bem.

Respirei aliviada e chorei, abracei Sophia, dei um abraço em Maitê e na Nani, beijei o rostinho do Enzo.

-- Eu posso, alias. Podemos vê-la.

-- Claro que podem, por favor sigam-me.

Acompanhamos o médio, eu seguia aflita e ansiosa pelos corredores daquele hospital, Enzo estava no colo da Nani, o carrinho ficou na recepção, Sophia no colo da Maitê. Nos aproximamos do quarto, assim que adentrei a porta lá estava ela, sentada, com uma faixa na cabeça, com alguns arranhões, mais acima de tudo sorrindo pra mim. Corri até ela e sem pensar duas vezes a segurei no rosto e a beijei. Assim que parei o beijo eu a analisei de cima a baixo.

-- Meu amor que susto você me deu.

-- Ei calma princesa eu estou bem, graças a Deus espero que toda essa frescura de família louca tenha acabado. Começamos a rir juntas.

-- Ei olha quem veio ver você.

Dulce abraçou Maitê e colocou Sophia para sentar com ela na cama, logo ela abraçou Nani e pegou Enzo no colo.

-- Pensei que nunca mais fosse aproveitar esses dois.

-- Ave Maria dona Dulce vira essa boca pra lá. Falou Nani.

-- Pelo amor Dulce só você para aguentar esse porquê e a doida da sua mulher. Disse Maitê rindo.

-- Ei amor me defenda por favor. Fiz bico olhando pra Dulce.

-- Ei vocês parem com isso, eu a Inda não aprendi a lidar com o mau humor dela. Todos caímos na risada.

Dulce ficou mais dois dias em observação e depois voltamos para a casa, ai nossa casa. O lugar mais tranquilo e perfeito do mundo, claro que nos mudamos, agora para o condomínio onde morava Maitê. Infelizmente a casa dos meus sonhos nós tivemos que vender. Processamos o condomínio o que nos garantiu mais um conforto financeiro.

Dulce depois de um tempo arrumou emprego assim como eu no mesmo hospital onde Cristian e Maitê trabalhavam, exatamente. Todos trabalhando novamente. Sophia havia entrado na escolinha, e tenho que admitir, foi difícil deixa-la, aliás, acho que foi mais difícil pra mim do que pra ela.  

Cheguei no hospital depois de levar Sophia para a escola e Dulce estava conversando com Luiza na recepção, confesso que fiquei com raiava, mais diante de tudo, aquilo era irrelevante pra mim, me aproximei e dei um selinho em Dulce.

-- Oi meu amor.  – Oi Luiza, tudo bem?

-- Tudo, tudo bem sim. Disse ela com um pouco de receio.

-- Olha não precisa ficar assim, entendo que fora do relacionamento Dulce tem amigos e os amigos da minha esposa são meus amigos, e então. Amigas?  Estendi a mão pra ela, Dulce me olhava surpresa assim como Luiza.

-- Tudo bem. Ela segurou em minha mão e nos cumprimentamos. – Amigas.

Dulce nos olhava não acreditando naquilo. Já para mim aquela era uma situação comum, sabemos que em um relacionamento a dois, temos amigos iguais, mais ao mesmo tempo diferentes, então eu iria aceitar qualquer um, iria passar barreiras e limites, mais nunca mais eu deixaria Dulce longe de mim.