Fanfic: Sejamos Pagu!

<!--
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-parent:"";
margin:0cm;
margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";}
@page Section1
{size:612.0pt 792.0pt;
margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;
mso-header-margin:36.0pt;
mso-footer-margin:36.0pt;
mso-paper-source:0;}
div.Section1
{page:Section1;}
-->

  Meu pai parou abruptamente e começou a gritar por seu nome,
mas não obteve respostas. Aos poucos a fumaça ia se dissipando, o que era tão
bom, quanto ruim. Ao longe, pudemos ouvir a voz de minha mãe. Ela gritava
desesperada. Meu pai correu de encontro à voz e uns minutos depois a avistou de
longe, em um beco escuro e imundo. Meu pai correu de encontro a ela, mas a
multidão protestante e soldados o empurravam na direção contrária. Enquanto
isso via o fim dela... Um soldado aproveitava-se da confusão para estuprá-la. Alguém
lançou uma pedra ao ar na cabeça de meu pai, acidentalmente ou não, fazendo-o
desmaiar. Enquanto isso eu assisti quieta o homem aproveitar de minha mãe e
depois matá-la com um tiro. As pessoas passavam na minha frente e tentavam me
pegar no colo, mas eu segurava firme em meu pai. Agarrava-me a ele implorando
para que ele acordasse logo, o que não adiantou. A partir daquele momento,
minha mente simplesmente apagou. E simplesmente não me lembro de mais nada daquele
dia. Para o restante de minha infância, restam apenas cenas, como slides.
Algumas cenas de quando meu pai acordou e viu o corpo de minha mãe, outra do
funeral dela e outras poucas da escola e da mudança de personalidade de meu
pai, após aquela horrível tragédia. O que me passa a ser mais claro é um fato
de quando eu tinha 14 anos... Lembro-me de estar voltando da escola com duas
grandes amigas: Lucy e Ana Flor (A chamávamos apenas de Flor).

-Jacque, é obvio que ele quer sair contigo! –Lucy estava
tentando me convencer a sair com Roberto, um dos meninos mais populares da
escola.

-Tanto faz, eu não quero.

-Você é boba! –Ela disse, indignada.

            Fingi-me
estar surpresa e ofendida, mas logo rimos juntas.

-Jacque tem razão, ele pode ser popular e bonitinho, mas é
muito burro e metido. –Flor disse, pois sabia que a tentativa de me persuadir
estava me irritando.

            Lucy virou
os olhos, querendo dizer que nossas opiniões eram irrelevantes.

-Olhem! –Flor nos chamou a atenção e indicou com a cabeça
uma multidão logo a nossa frente.

-O que é? –Lucy perguntou incerta.

-Será que aconteceu algo de ruim?!-Ana Flor arriscou.

            Apertei os
olhos e então entendi.