Fanfic: Porque Você é 'Minha' - ( Adaptada ) | Tema: Vondy

—O que?— Dulce falou, mas os homens apenas passaram e
continuaram andando. Ela correu em direção ao bar, alarmada. Ela não
sentia qualquer cheiro de fumaça ou ouvia qualquer sirene.

O segurança, Anthony, não estava à vista, quando ela abriu a porta e
olhou para dentro do estabelecimento.

Não havia ninguém à vista.

Ela parou na entrada do bar, olhando, horrorizada. O bar, que estava
recheado de clientes apenas vinte minutos atrás, agora estava
completamente vazio e silencioso. Se ela tivesse acabado de entrar na
zona de penumbra?

Ela percebeu o movimento atrás do bar. Para sua grande surpresa, ela
viu os óculos de Sheldon fazendo calmamente a limpeza.

—O que diabos está acontecendo, Sheldon?— Ela exigiu quando se
aproximou. Certamente ele não estaria lá assim indiferente se houvesse
um incêndio perigoso no quarto dos fundos?

Seu chefe olhou para ela e colocou um copo de cerveja.

—Eu estava esperando para ter certeza de que voltou bem—, disse ele,
enxugando as mãos em uma toalha. —Vou para o meu escritório. Dar-lhe
um pouco de privacidade.

—Mas porque...

Sheldon apontou por cima do ombro como se fosse uma explicação.

Dulce virou. Ela congelou quando viu Christopher sentado em uma das
mesas, as longas pernas dobradas a sua frente. Um grande divisória
havia o bloqueado de seu ponto de vista quando ela entrou. Seu coração
quase saiu pela boca. Mesmo através de seu choque, ela registrou que
ele estava vestindo calça jeans e que havia uma sombra de barba em
sua mandíbula. Ele não se parecia muito com Christopher, um pouco mal
vestido, muito perigoso... ainda sexy como o inferno. Estava ele
andando pelas ruas sozinho novamente hoje à noite?

Ele a prendeu com seu olhar enquanto esperava calmamente.

—Ele quer falar com você em particular—, Sheldon disse baixinho atrás
dela. —Ele deve querer muito. Sinto muito se você não quer falar com
ele, mas ele não é realmente o tipo de homem que um cara como eu
pode recusar.

—Foi o dinheiro dele que você não pode recusar—, murmurou
Dulce acidamente sob sua respiração, ansiedade e irritação
reforçando seu tom. O que ele estava fazendo aqui? Por que ele não a
deixava sozinha para que pudesse terminar o processo de
esquecimento? Ele realmente se deu o trabalho de fechar este bar
porque queria falar com ela?

Você nunca vai esquecê-lo. Quem você está enganando? Ela pensou
amargamente enquanto se virava para depositar o suco de limão sobre
o bar. Sheldon respondeu a sua carranca com um tímido “o que é que
um homem como eu pode fazer?”— Deu um olhar antes de caminhar
em direção a seu escritório. Ela só podia imaginar o quanto Christopher havia
pago ao dono do bar para levá-lo a limpar o local em sua noite mais
lucrativa.

Ela foi descarregar o saco de supermercado e alinhar as garrafas de
suco de limão em cima do balcão, o pescoço picou com consciência de
seu olhar sobre ela. Deixe-o aguentar com a inconveniência de ter que
esperar por mais alguns segundos. Ele não podia ter tudo no momento
em que queria.

Ele esvaziou o bar inteiro só para falar comigo?

Ela silenciou a voz animada em sua cabeça com esforço. Quando ela
não conseguia pensar em mais nada a fazer para evitá-lo, virou-se e
caminhou lentamente para ele.

—Você foi bem baixo, não? Isso foi um pouco longe para me convencer
de que não desdenha o serviço de uma garçonete, não é?— Ela
perguntou sarcasticamente quando se aproximou.

—Eu não vim aqui para você me servir. Não esta noite.
Seu olhar disparou furiosamente para encontrar seu olhar em sua
insinuação. Ela esperava ver sua diversão habitual suave em seu
desafio. Em vez disso, ela viu fadiga e... isso era resignação? Em Christopher Uckermann?

—Sente-se—, disse ele calmamente.

Eles consideravam um ao outro em silêncio por um momento, uma vez
que ela tinha mil perguntas dando volta de seu cérebro, mas ela
sufocou-as. Ele se comportou escandalosamente, limpando centenas de
pessoas do bar e fechando um negócio, a fim de vê-la no preciso
momento em que ele desejava isso. Ele teria que ser o único a quebrar o
silêncio depois de tudo isso, ela se recusava.

—Não dá mais—, disse ele. —Eu sei que vou te machucar. Sei que há
uma boa chance de que você me desprezar... me temer, precisamente.
Mas ainda assim não consigo parar de pensar em você. Preciso ter você.
Completamente. Frequentemente... a qualquer custo.

Ela escutou seu coração bater em seus ouvidos por vários segundos
tensos, tentando controla-se. Como ela poderia ficar tão furiosa com um
homem que ainda desejava tanto, como se fosse algo biológico, natural,
como respirar?

—Eu não estou à venda—, disse finalmente.

—Eu sei disso. O custo que estou me referindo não pode ser pago com
dinheiro.

—O que você está falando?

Inclinando-se para frente, ele descansou o antebraço sobre a mesa. Ele
usava uma camiseta de mangas curtas de algodão azul escuro. O Rolex
estava ausente. Ela se lembrou vividamente como tinha ficado agitada
na primeira vez que viu suas grandes mãos e antebraços musculares.
Ela ainda ficava. Mais agora sabia o que ele poderia fazer com elas.

—Eu suspeito que perderei um pouco de minha alma neste negócio com
você. Eu já perdi, só pelo fato de estar aqui esta noite—, ele falou
atentamente, o olhar aborrecido para ela. —E eu sei que vou pegar um
pedaço da sua.

—Você não sabe de nada—, ela respondeu, embora temesse que ele
estivesse certo. —Por que você está tão convencido de que vai me
machucar?

—Muitas razões—, disse ele, assim, certamente que o seu coração se
afundou mais um centímetro. —Eu já te disse uma vez sou um louco
por controle. Você sabia que quando vendi a Uckermann Technology
Worldwide, foi me oferecido o cargo de CEO?— Perguntou, referindo-se
ao enorme sucesso da empresa de mídia que ele fundou e construiu, em
seguida, vendeu. —Era uma posição muito confortável, mas recusei.
Sabe por quê?

—Porque você não pode suportar a ideia de um conselho de
administração, sendo capaz de vetar suas decisões—, ela disse irritada.
—Você tem que estar em total controle em todos os momentos, não é?

—É isso mesmo. Você veio para me entender melhor do que eu tinha
imaginado.

— Por que seu sorriso estavam tão amargo e satisfeito? —
Vou te dizer uma coisa que você deve saber. Eu fiquei com uma virgem
uma vez. Ela ficou grávida e acabei casando com ela. Foi uma
catástrofe. Ela não podia suportar a minha forma de controle, e não
estou falando apenas no quarto, apesar de que essa área era ruim o
suficiente. Ela pensava que eu era o pior tipo dos pervertidos.

Seus lábios se separaram em espanto. Há poucas dúvidas, dada a sua
expressão intensa, quase com raiva, que ele estava dizendo a verdade.

—O que aconteceu com o bebê?—, ela perguntou, seu cérebro
derretendo devido as informações inesperadas sobre a vida de Christopher Uckermann.

—Elizabeth perdeu. Segundo ela, foi por minha causa.

Ela o encarou, vendo o desdém em sua expressão, o tremor de
ansiedade em seus olhos. Ele tinha certeza de que Elizabeth estava
errada em sua afirmação. Ainda... a semente da dúvida permaneceu.

—Até o fim do nosso casamento, minha esposa tinha medo de mim.
Acredito que ela me considerava o diabo encarnado. Talvez ela estivesse
parcialmente certa. Mas, principalmente, eu era um idiota. Um tolo de
22 anos de idade.

—E eu sou uma de 23 anos—, ela respondeu.

Sua expressão achatou; ele franziu o cenho. Ela poderia dizer que ele
não tinha entendido bem o seu significado. Algum instinto dentro dela a
avisou do que ele estava prestes a dizer. O sentimento de afundamento
de inevitabilidade que ela também experimentou lhe disse, alto e claro,
como ela iria reagir.

Sua boca endureceu.