Fanfic: Porque Você é 'Minha' - ( Adaptada ) | Tema: Vondy

—Para deixar as coisas claras, quero te possuir sexualmente.
Totalmente. Em meus termos. Eu ofereço-lhe prazer e a experiência.
Nada mais. Não tenho mais nada a oferecer.

Ela engoliu com dificuldade ao ouvir as palavras que tanto antecipou e
temeu.

—Você faz parecer que quer fazer isso me expulsar do seu sistema.

—Talvez você tenha razão.

—Isso não é muito lisonjeiro, Christopher,— ela disse, parecendo irritada
quando realmente estava magoada.

—Eu não vim aqui para agradar você. Vou fazer essa experiência tão
rica e gratificante quanto eu puder, mas não estou lhe oferecendo falsas
promessas. Eu a respeito muito, pelo menos—, acrescentou ele em voz
baixa.

—E essa experiência vai acabar quando você se sentir completo?

—Sim. Ou sempre que você quiser, é claro.

—Quando será isso? Depois de uma noite? Duas?

Seu sorriso era sombrio.

—Eu acho que pode levar mais tempo do que isso para limpar você da
minha mente. Um bom tempo. Mas, novamente, não posso dizer com
certeza. Você me entende?

Seu coração agora ameaçava explodir para fora de sua caixa torácica,
como se estivesse na linha de frente da guerra que se alastrou dentro
dela. Foi um erro, e ela sabia disso. E ainda...

—Sim—, ela disse. A tensão enrolada mais apertada a cada batimento
irregular do coração.

—E você concorda com isso?

—Sim.— Que diabos ela estava fazendo?

—Olhe para mim, Dulce.

Ela olhou para cima, com o queixo inclinado em um ângulo desafiador.
Seu olhar passou por cima dela, procurando. —Eu disse uma vez antes
que você não devia deixar a sua raiva fazer de você uma tola—, ele disse
suavemente.

Isto, mais do que qualquer coisa, a enfureceu.

—Se você acha que sou muito criança para tomar uma decisão sábia,
então você não devia ter feito a pergunta,— ela ralou fora. —Eu vou te
dar a minha resposta. Cabe a você aceitar ou não. É sim,— ela repetiu.

Ele fechou os olhos por alguns instantes.

—Tudo bem—, disse ele depois de um momento, com calma, e foi como
se ela tivesse imaginado todo o conflito em si. —Isso está resolvido
então. Tenho uma reunião importante em Paris na segunda-feira de
manhã que não posso atrasar. Gostaria de partir logo pela manhã.

—Tudo bem—, disse ela em dúvida, fique com a sua abrupta mudança
de assunto. —Então... Vejo você quando voltar.

—Não—, ele disse, de pé. —Agora que as coisas foram decididas, não
posso esperar muito mais. Quero que você venha comigo. Você pode
sair por alguns dias?

Ele estava falando sério?

—Eu... Acho que sim. Não tenho aula na segunda-feira, mas tenho uma
na terça-feira. Acho que poderia perder uma aula, no entanto...

—Ótimo. Vou buscá-la em sua casa às sete horas da manhã de
amanhã.

—O que devo levar?

—Seu passaporte. Você tem um, não é?

Ela assentiu com a cabeça.

—Eu estudei por alguns meses em Paris, durante meu último ano. É
atual.

—Só seu passaporte e você mesma, em seguida. Eu vou fornecer tudo o
que você precisa.

Ela rebateu a falta de ar em sua resposta com praticidade.

—Não podemos sair mais tarde? É quase três horas da manhã.

—Não, sete horas. Eu tenho uma agenda. Você pode dormir no avião.
Tenho trabalho que preciso fazer no vôo de qualquer maneira.— Seu
olhar cintilou em seu rosto de onde ele estava. Sua expressão suavizou
um pouco. —Você vai dormir no avião. Você parece exausta.

Ela começou a dizer que ele parecia cansado também, mas percebeu
que ele já não parecia. Todo o cansaço que ela havia sentido nele no
início de sua conversa parecia ter desaparecido...

Agora que ele tinha conseguido o que queria.

—Venha aqui, por favor...

Algo sobre o seu tom calmo de autoridade fez congelar o fôlego em seus
pulmões. Ela só concordou em parar de correr dele, e ele sabia disso.
Será que ele queria provar seu poder sobre ela?

Ela se levantou e se aproximou dele lentamente. Ele estendeu suas
mãos ao lado do seu rosto, segurando-a. Seu olhar viajou sobre o rosto,
os olhos de anjo escuro brilhando com uma emoção que ela não
conseguia entender.

Ele baixou a cabeça e cobriu a boca com a sua. Ele mordeu o lábio
inferior e ela abriu, ofegante. Sua língua afundou em sua boca. Um
calor percorreu seu se/xo. Ah, Deus. Isso, ela poderia entender. A
sabedoria murchou no calor deste tipo de desejo. Ela gemeu, o frescor,
o imediatismo da sua necessidade alfinetando-a como um tapa contra o
músculo tenso.

Na hora que ele levantou a cabeça um momento depois, as coisas
estavam úmidas e quentes entre suas coxas.

—Eu quero que você saiba—, disse ele ao lado de seus trêmulos lábios,
sensibilizados, —que eu teria parado com isso, se eu pudesse. Vejo você
em algumas horas.

Ela ficou ali, incapaz de tomar uma respiração completa até depois que
a porta da frente do bar havia se fechado atrás dele.

Dulce foi para a cama naquela noite, mas não caiu no sono. Sua
excitação não queria deixá-la. Ela levantou-se antes de seu alarme
disparar, fez e bebeu café, comeu um pouco de cereal, e tomou banho.
Olhando para o seu armário, ela se sentiu afundar. O que ela poderia
usar, que fosse adequado para uma viagem com Christopher Uckermann?

Absolutamente nada do que ela tinha era provavelmente adequado, ela
acabou escolhendo seu favorito par de jeans, botas, um top e uma
túnica verde-sálvia que a deixavam bem. Se ela não podia ser
sofisticada, poderia muito bem ser confortável. Ela levou um tempo
modelando e alisando seu cabelo, que estava longo, que raramente ela
fazia, e aplicou algum brilho nos lábios e rímel. Ela estudou-se no
espelho quando tinha acabado, deu de ombros e saiu do banheiro.
Isso tinha que bastar.

Apesar do fato de que ele disse a ela que não precisava levar nada, ela
embalou uma mochila com roupas íntimas, algumas mudas de roupa,
roupas de corrida, alguns produtos de higiene pessoal, e seu
passaporte. Ela colocou sua bolsa e sua mochila ao lado da porta e
entrou na cozinha, onde Davie e Caden estavam sentados à mesa da
cozinha. Davie era sempre um madrugador, mesmo em um domingo,
mas Caden não era. Dulce recordou que estava queimando dando
tudo de si, para terminar um projeto do trabalho.

—Eu estou feliz que peguei vocês—, disse ela, servindo-se de outra
xícara de café, embora soubesse que não deveria beber; o nervosismo
sobre Christopher estar lá em poucos minutos, estava começando a fazer seu
estômago turvar. —Estou estarei fora por alguns dias—, disse ela,
virando-se para seus amigos.

—Indo para Ann Arbor?— Caden perguntou antes de cortar com o garfo
em um waffle encharcado de xarope. Seus pais viviam em Ann Arbor,
Michigan.

—Não—, ela disse, evitando o olhar curioso de Davie.

—Onde vai, então?— Davie perguntou.

—Hum... Paris.

Caden parou de mastigar e piscou para ela. Ela começou quando ouviu
uma batida rápida na porta da frente. Ela largou a xícara de café no
balcão com um baque forte, fazendo o café salpicar-se em seu pulso.

—Eu vou explicar quando voltar—, ela assegurou a Davie quando usou
uma toalha para secar seu antebraço. Ela já estava quase fora da
cozinha.

Davie levantou.

—Você vai com Uckermann?

—Sim—, disse Dulce, perguntando por que ela se sentiu tão
culpada no momento da admissão.

—Então me ligue assim que puder—, Davie insistiu.

—Tudo bem. Eu te ligo amanhã—, assegurou-lhe.

A última imagem que ela viu quando saiu da cozinha foi a expressão
preocupada de Davie. Droga. Se Davie parecia preocupado, geralmente
ele tinha razão.

Foi essa uma das mais estúpidas escolhas que ela já fez na sua vida?

Ela abriu a porta da frente e todos os seus pensamentos sobre Davie e
sabedoria contra loucura desapareceram. Ele estava nos degraus da
frente, usando um par de calças azuis escuras, um colarinho branco
aberto, e uma jaqueta com capuz casual. Bem, mesmo se ele parecesse
bom o suficiente para ir comer, pelo menos não estava usando um de
seus ternos impecáveis, dada a forma como ela estava vestindo.

—Você está pronta?—, Ele perguntou, seus olhos azuis correndo ao
longo do comprimento dela.

Ela assentiu com a cabeça e pegou sua mochila e bolsa.

—Eu... Eu não sabia o que vestir—, disse, fechando a porta atrás dela.

—Não se preocupe com isso—, disse ele quando pegou sua bolsa. Ele a
olhou quando ela seguiu os passos. Seu coração saltou quando ele deu
a ela um de seus raros sorrisos. —Você está perfeita.

Suas bochechas ficaram quentes com o elogio, e ela estava feliz por ele
se virar. Ele apresentou-a a seu motorista, Jacob Suarez, um homem de
meia-idade latino-americano com um sorriso agradável. Jacob
imediatamente pegou e arrumou a mochila de Dulce enquanto Christopher
abriu a porta do carro para ela.

Ela deslizou para um dos assentos parecidos como sofá, absorvendo o
ambiente luxuoso da limusine elegante. As impressões que mais a
atingiram foram a agradável, a maciez amanteigada do assento e o
cheiro de couro misturado com pimenta e o limpo aroma masculino de
Christopher. A tela embutida do monitor de televisão estava desligada, mas o
laptop de Christopher estava aberto em cima da mesa entre os dois bancos de
couro. A música clássica tranquilamente ressoava do som estéreo
surround. Bach, os concertos de Bradenberg, ela reconheceu depois de
alguns segundos. Parecia uma escolha perfeita para Christopher, o homem e a
música eram tanto matematicamente precisos e intensamente emotivos.

Uma recém aberta garrafa refrigerada de sua marca preferida de soda
estava na mesa perto de seu computador.

Christopher tirou a jaqueta e deslizou para o banco em frente a ela.