Fanfic: Porque Você é 'Minha' - ( Adaptada ) | Tema: Vondy

—É um lugar de inspiração, assim como a arte e a história, não é?—,
Disse ele, sorrindo. —Espero que a peça que Christopher mostre hoje à noite irá
fornecer sua própria inspiração especial. Estamos muito orgulhosos de
tê-la aqui no St. Germain—, disse ele misteriosamente. —Vou deixar
vocês por conta própria então. Tenho tudo arranjado para vocês. Tenha
certeza de que não serão perturbados. Eu desliguei a vigilância do salão
de Fontainebleau para sua curta visita lhes darei um pouco de
privacidade. Estou trabalhando na ala leste, se precisarem de mim,—
Monsieur Laurent disse.

—Nós não iremos. E eu quero agradecer novamente por esta
consideração. Sei que foi um pedido incomum—, disse Christopher.

—Eu tenho fé completa que você não faria isso sem um motivo
excelente,— Monsieur Laurent disse suavemente.

—Eu vou chamá-lo quando terminar com a visualização. Não será
longa—, assegurou Christopher.

Monsieur Laurent deu um ligeiro aceno que parecia completamente
natural e gracioso e foi embora.

—Christopher, o que estamos fazendo?— Dulce sussurrou acaloradamente
quando ele começou a levá-la por uma ofuscante, passagem arqueada
na direção oposta do que Monsieur Laurent tinha partido.

Ele não respondeu imediatamente. Era difícil manter-se com seu passo
de pernas longas em seus saltos agulha. Eles rapidamente começaram
a penetrar as passagens nas entranhas do edifício enorme, venerável,
eventualmente, entrando em áreas do museu que ela reconhecia. Era
um museu do estilo de uma galeria. O interior do St. Germain era como
um palácio residencial que tinha sido preservado. Caminhando pelas
salas dava a impressão de voltar no tempo para um luxurioso, elegante,
palácio do século XVII mostrando o mobiliário de valor inestimável e
peças incríveis de arte grega e romana.

—Você quer que eu pinte alguma coisa para você, e a inspiração está
aqui no St. Germain?— Ela incitou.

—Não—, ele disse, sem olhar para ela quando a puxou junto, o som de
seus saltos no chão de mármore ecoando com teto alto e arcos de
mármore deslumbrantes.

—Por que você está com tanta pressa?—, Ela perguntou, incrédula.

—Porque disse a mim mesmo que queria te dar essa experiência, mas
também estou ansioso para levá-la ao hotel.— Ele disse isso com uma
naturalidade que ela estava sem palavras quando passaram salões da
direita e esquerda, as imagens de estátuas congeladas apenas
aumentando sua sensação de irrealidade.

Ela pensou que as coisas tinham sido surreais todo o dia, mas andando pelos corredores de um
quase deserto palácio, ao lado do silencioso Ian a deixou
verdadeiramente desorientada. Ele marchou para um familiar salão
longo, estreito e de repente chegou a um impasse.

Ele parou tão de repente que ela quase caiu a frente em seus saltos
altos, o cabelo caindo no rosto. Ela percebeu o que Christopher estava olhando e
olhou para cima, confusa. Sua boca se abriu em reverência.

—Afrodite de Argos,— ela engasgou.

—Sim. O governo italiano mandou por empréstimo para nós por seis
meses.

—Nós—, ela sussurrou em voz baixa, enquanto olhava para a estátua
de Afrodite inestimável. Luar aparecia através da coluna arqueada de
claraboias no teto construído, banhando o salão e a estátua com
luminescência suave. O tronco retorcido e a graciosa expressão sublime
trabalhavam no mármore branco frio impressionantemente enquanto
ela brilhava das sombras drapejadas.

—O Palácio de St. Germain pertence à família do meu avô. James Uckermann
é o patrono do museu. Sua coleção é uma de suas muitas contribuições
para a oferta pública para aqueles que compartilham de seu amor por
antiguidades. Eu sento-me à mesa do St. Germain, assim como a
minha avó.

Ela olhou para ele, sua admiração e reverência aberta quando ele
estudava a estátua a deixando surpreendida. Agradável surpresa. Ele
era geralmente tão estoico. Havia profundidade em Christopher Uckermann que ela
não podia imaginar.

—Você adora essa peça—, afirmou mais do que perguntou, lembrando
da miniatura que tinha em seu apartamento em Chicago.

—Gostaria de tê-la se pudesse—, admitiu. Seu sorriso lhe pareceu um
pouco triste. —Mas você não pode possuir Afrodite, você pode? Ou
assim me disseram.

Ela engoliu em seco. Uma estranha sensação de tontura veio sobre ela
enquanto estava lá com este atraente homem enigmático.

—Por que você ama em particular esta peça?— ela perguntou.

Ele olhou para ela, luar fazendo suas características ousadas tão
atraentes como Afrodite.

—Além do talento e da beleza? Talvez por causa do que ela está
fazendo—, disse ele.

Suas sobrancelhas se juntaram quando ela olhou novamente para a
estátua.

—Ela está tomando banho, não é?

Ele acenou com a cabeça. Ela sentiu seu olhar em seu rosto.

—Ela está participando de seu ritual diário de pureza. Todos os dias,
Afrodite lava-se e surge de novo. É uma fantasia agradável, não é?

—O que você quer dizer?— Ela perguntou quando olhou para ele,
enlaçada por seu rosto sombreado e o brilho do luar em seus olhos. Ele
estendeu a mão. Seus dedos estavam quentes em seu rosto, mas ela
tremia, no entanto.

—Que nós podemos lavar os nossos pecados. Eu continuo carregando o
meu, Dulce.—, disse ele calmamente.
—Christopher.—, começou, compaixão passando por ela em seu tom. Por que ele
estava tão convencido de que estava contaminado?