Fanfics Brasil - PRÓLOGO Pode beijar a noiva(adaptada)

Fanfic: Pode beijar a noiva(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: PRÓLOGO

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Londres, maio de 1832


Ele estava atrasado. Não era seu costume. O conde de Denham nunca se atrasava. O relógio de bolso, em ouro e esmeralda, comprado em Zurique no ano anterior pelo que Dulce supunha ter sido a um preço exorbitante, marcava sempre a hora exata. O conde o acertava pelo grande relógio de Westminster que, por Deus, nunca se enganava. Além disso, o conde de Denham sempre ia até sua biblioteca após o chá, para verificar se alguma mensagem havia chegado enquanto ele jantava. Onde estaria ele? Se Christopher estava atrasado, alguém o retardava. E Dulce não tinha dúvida de quem era a culpa. E isso era bom para Maite. Ela teria tempo de se insinuar para o conde quantas vezes quisesse. Maite confessara a Dulce durante o café da manhã que pretendia declarar-se naquele mesmo dia. – Se ele ainda não está pensando em casamento, tratarei de convencê-lo – Maite afirmara, conspiradora, enquanto seus pais, tios de Dulce, que reclamavam de dor de cabeça por causa do excesso de champanha que tomaram no baile da senhora Ashforth na noite anterior, comiam ovos com presunto. – Pode acreditar. Dulce não duvidava que sua prima fosse capaz de fazer qualquer um pensar em casamento. Afinal, Maite fora abençoada com toda a beleza. Não que Dulce fosse sem graça. Não, ela sabia que era bonita... passável. Maite tinha cabelos pretos – lisos como os das índias –, a felizarda, e olhos negros cintilantes de espanhola, enquanto Dulce fora contemplada com olhos castanhos e cachos ruivos e crespos, que pareciam mais curtos do que na realidade eram. Além disso, Maite tinha mais de um metro e setenta, e Dulce mal passava de um metro e meio. Na verdade, não era de admirar que ela ainda fosse considerada o bebê da família, por causa dos olhos castanhos, dos cabelos cacheados e da estatura pequena. Parecia uma boneca e como tal era tratada. Não seria mais assim. Não a partir daquele dia. Não depois do comunicado que faria a Christopher. Não podia julgar Maite pelo plano de tomar a iniciativa com o conde. Longe disso. Dulce entendia o impulso. Christopher Uckermann era um dos solteiros mais cobiçados de Londres. Loiro, bonito e muito rico. Era uma consternação, entre as damas do beau monde, o fato de ele ter conseguido evitar por tanto tempo o laço matrimonial. Mas Dulce sabia que ele não ficaria muito tempo sem compromisso. Não agora que Maite cismara em ser a lady Denham. Nenhum homem, nem mesmo um celibatário convicto como o conde de Denham, resistiria aos encantos de Maite Saviñon.


Dulce gostaria que sua prima se apressasse e exercesse logo toda sua graça. Podia parecer estranho as duas terem saído da sala de estar da viúva lady Denham logo em seguida do conde. Perguntou a si mesma se Alfonso e a tia não se sentiriam abandonados. Certamente, Alfonso a perdoaria quando soubesse do resultado de seu propósito... que, estava certa, seria espetacular. Nisso, a porta da biblioteca do conde se abriu. Dulce deu um pulo do divã onde estivera sentada e alisou os babados da saia de seda azul brilhante. Era estranho, mas até aquele momento não se sentira nervosa com a perspectiva do encontro iminente. Nem um pouco. Na verdade, ela estava contrariando completamente a vontade de Alfonso ao contar os planos deles para Christopher. No entanto, Dulce acreditava que Alfonso era injusto quando se tratava de Christopher. Alfonso considerava seu primo Christopher – por mais que o amasse – cínico e extravagante. Está certo que o conde desperdiçava enormes quantias de sua imensa fortuna com mimos como relógios suíços e cavalos de raça. Mas o dinheiro era de Christopher e ele tinha o direito de gastá-lo como quisesse. E ele certamente também abria a algibeira com presteza quando Dulce pedia ajuda para suas inúmeras obras de caridade com que ocupava o tempo. Bem, ele costumava queixar-se... mas não era tão sério. Dulce nunca saíra de mãos vazias do gabinete do conde. Christopher era também pródigo quando se tratava dos parentes. Mantinha a mãe com muito conforto em sua própria casa da cidade em Mayfair. Para Alfonso, que era órfão, Christopher mostrara-se magnânimo, pagando seu curso no seminário, a pedido do próprio Alfonso, além disso, em geral, tratava-o como irmão e não como primo.


Diante de tanta generosidade, Dulce não podia deixar de pensar que a visão de Alfonso era errônea. Christopher – isso sem mencionar a mãe – se sentiria bastante magoado. E quanto a Maite e seus pais? Dulce devia muito a seus tios. Seria bem melhor fazer as coisas às claras, para ninguém pensar que havia algo de secreto no caso. Dulce provaria seu ponto de vista a Alfonso contando tudo para Christopher. Ao ver como o primo reagiria com entusiasmo às novidades – e não duvidava de que o conde a atenderia –, Alfonso recobraria o juízo e faria o que era certo. Contudo, ao escutar a voz do conde que falava com alguém no corredor do outro lado da porta da biblioteca, ficou em dúvida se seria a melhor hora para se aproximar de Christopher e falar desse assunto em particular. – Sim, isto é muito interessante, srta. Saviñon – disse Christopher, sem tentar, segundo Dulce percebeu, esconder a impaciência na voz profunda –, mas, se a senhorita não se importa, tenho assuntos muito sérios para tratar agora, portanto, peço que me desculpe... – Mas – Dulce escutou a prima Maite retrucar – é terrivelmente importante que eu fale com milorde. Se eu pudesse apenas... – Talvez em uma outra hora, srta Saviñon – disse o conde. Dulce, então, se deu conta de que a próxima seria ela. Ele entrou e fechou a porta atrás dele, com expressão de alívio na bela fisionomia. Mas o alívio transformou-se logo em espanto ao perceber que Dulce se encontrava em seu escritório, de mãos postas como em gesto de súplica.


– Lorde Denham – disse ela, mais nervosa do que nunca. – Perdoe-me. Queria falar-lhe por alguns instantes, mas vejo que agora não deve ser o melhor momento... A reação foi dissimulada, pois Dulce tinha certeza de que a pobre Maite, ao ver sua iniciativa recusada, correra para um closet que ficava perto, onde elas se escondiam quando crianças, lá a prima poderia chorar sem ser perturbada. Seria difícil consolá-la. Maite não se recuperaria a tempo de se prepararem para ir ao baile de lorde e lady Chittenhouse, que aconteceria naquela noite. Lorde Denham, longe de aparentar aborrecimento com a inesperada presença de Dulce em seu escritório, afastou-se da porta que ele fechara com um empurrão dos ombros largos, como quem se livra de algo desagradável. – Dulce, você sempre é bem-vinda – ele respondeu com um sorriso. – A que devo o prazer desta vez? Ao Círculo das Damas que promovem o bem-estar das mulheres de Newgate? Ou trata-se da Liga Missionária? – Oh – Dulce observou Christopher sentar-se atrás da grande escrivaninha de mogno, pegar papel e uma pena para escrever ao seu secretário pedindo um cheque preenchido. – Na verdade, nada disso. – Não? – Christopher levantou o olhar com surpresa. – Não me diga que você faz parte de outra sociedade, Dulce. Você não deve permitir que as pessoas brinquem com seus sentimentos. Elas se aproveitam de pessoas sensíveis como você e garanto que acabarão por deixá-la na miséria. – Desta vez, milorde, não estou aqui por causa da caridade. – Ela tossiu para limpar o nó que se formara na garganta. Não seria tão fácil como imaginara. Em seus planos, ela se esquecera do olhar do conde, que era cor de avelã e que mudava de tom, do mais dourado ao verde-escuro, dependendo da luz. Independentemente da cor, os olhos eram sempre penetrantes... e por vezes duros ou insensíveis. Dulce perdeu a coragem que a movia e parou diante da grande mesa, com os braços largados. O conde, observando a cena, deixou a pena de lado e inclinou-se para trás na cadeira. – Está bem, Dulce. Fale logo. O que fez desta vez? – Eu? – Dulce perguntou com voz aguda. Era uma loucura reagir daquela maneira, como uma criança culpada. Afinal, ele não era seu guardião. O fato de Regina Saviñon, por quem ela fora criada, e a viúva lady Denham, mãe de Christopher, serem suas melhores amigas não fazia dela parte de sua família. Nem eram parentes, por enquanto. Embora estivesse certa de que as duas damas desejavam que as famílias se unissem pelo casamento. Contudo, elas não sabiam que esse dia estava próximo. Infelizmente era o filho errado que subiria ao altar. – Não fiz nada – ela apressou-se em explicar. – Na verdade... trata-se de Alfonso. – Alfonso? – Christopher arqueou uma sobrancelha escura. O conde provara dezenas de vezes que gostava de Alfonso, de financiar-lhe a educação até doar um bom dinheiro para as caridades do primo... mas isso não significava que o aprovasse sempre, mais do que Alfonso aprovava o conde. Na verdade, Alfonso tendia a exasperar Christopher, que não o compreendia e tampouco concordava com a filosofia de vida de seu primo mais novo. É muito bom, Christopher geralmente dizia, ajudar os pobres. Mas não seria melhor ajudar os pobres a ajudar a si mesmos?


Alfonso afirmava que educando os pobres nos caminhos do Senhor, eles estariam fazendo justamente isso. Mas Christopher tendia a sentir – e ficava feliz em declarar – que educar os pobres quanto à higiene, às artes domésticas e a investir de forma segura poderia ser uma resposta melhor. Afinal, era difícil confortar um estômago vazio. – Se é sobre aquele plano dele – Christopher continuou, severo – de assumir um curato* nas florestas de Shetland, permita-me dizer que nenhum belo pedido seu me fará mudar de ideia. É uma loucura total. Não paguei uma fortuna para ele estudar em Oxford para depois jogar tudo fora com uma porção de escoceses desdentados. Ele assumirá um curato aqui em Londres ou talvez um ministério na Abadia de Denham, se tiver consciência do que é melhor para ele. Se ele não quiser, não poderei impedi-lo, assim como também não posso me opor à pretensão dele em trocar a Igreja da Inglaterra pela da Escócia. Mas posso dificultar as coisas, recusando-me a financiar esse plano. Veremos se ele gostará de viver com o salário de um cura**. Eu lhe asseguro que Alfonso estará de volta em um mês. Dulce, apesar de alfinetada por aquele pronunciamento bombástico, engoliu as palavras de repúdio à maldade com que seu amado era tratado. Nessa altura, não adiantaria discutir com o benfeitor de seu futuro marido. – Não é sobre isso... – ela retrucou. – É sobre... bem... Ela parou de falar, imaginando que Alfonso talvez estivesse certo em preveni-la para não argumentar com Christopher. O primo dele parecia não gostar do projeto sobre Shetland. E provavelmente ele também não receberia bem o que ela pretendia dizer. Por outro lado, Christopher sempre fora muito bondoso com Dulce desde quando ela, com apenas quatro anos, viera morar com os Saviñon, depois de perder os pais. Na ocasião, Christopher lhe parecera muito sensato, no alto de seus quatorze anos, quando a aconselhara como bom irmão a evitar as abelhas que ela desejava domesticar. Christopher lhe parecera tão inteligente quanto Alfonso, que era seis anos mais velho do que ela, taciturno e inacessível, lhe parecera romântico. Mais recentemente, Christopher fora mais do que amável. Desde que ela fizera o début e gostara da primeira temporada, ele não a tratara mais como se ela fosse uma tolinha que acabava de sair da escola – bem, nem sempre – o que não se podia dizer de muitos membros de sua família. Se não houvesse parceiros – como acontecia ocasionalmente –, ela sempre tinha certeza de ser tirada para dançar pelo menos uma vez pelo conde de Denham. Quando a adoração de Dulce pelo primo de Christopher se tornou insuportável – particularmente quando Alfonso mal parecia perceber que ela existia – Christopher não caçoara disso. Na verdade, não ficara muito satisfeito ao ouvir a confissão dela, mas não proibira que os dois se encontrassem. Parecia achar divertido o que chamava de “idolatria” de Dulce pelo primo. Dulce acreditava que Christopher não tinha noção do que a tolerância dele pelo relacionamento dos dois havia provocado. Mesmo assim, ela tinha expectativa de que a novidade o alegrasse. Claro que lhe agradaria. Alfonso estava errado em fazer mau juízo do primo. Christopher era generoso, mas não se deixava mover sempre pelo coração... um exemplo é o que acontecera havia pouco no hall, com a pobre Maite. – Alfonso e eu... – Dulce engoliu em seco. Ela quase conseguiu. Estava sendo muito mais difícil do que imaginara. Sempre fora fácil falar com Christopher, em nada se parecia com o ogro que Alfonso sugeria. Como ele poderia ser um ogro se, apesar de sua opinião pessoal sobre a Igreja – achava que tudo era conversa fiada –, havia pagado para Alfonso frequentar o seminário? Poderia ter insistido que o primo estudasse leis. Mas não o fizera. Não, Alfonso estava errado. Christopher gritava, mas ficava por aí. Receberia bem as novidades que Dulce tinha para contar. Sobretudo por causa do significado delas. Finalmente as duas famílias se uniriam, o que deixaria lady Denham feliz. E Christopher faria qualquer coisa pela felicidade dela. Exceto, é claro, casar-se antes de ter se decidido sobre isso. E pelo que se notava, só aconteceria bem depois de ele completar trinta anos, fato difícil de as matronas da sociedade que desejavam casar as filhas engolir. – Alfonso e você o quê? – Christopher indagou com uma cautela que Dulce não pôde deixar de notar. – Alfonso e eu vamos nos casar – Dulce despejou as palavras para acabar logo com aquilo. – E, ah, o milorde terá de falar com Alfonso, porque ele tem uma ideia absurda de que o senhor não dará sua permissão e que teremos de fugir. Eu disse a ele que milorde não se incomodaria, mas o senhor sabe como seu primo é teimoso. E eu esperava... bem, eu esperava que milorde falasse com ele. Porque eu anseio por um casamento de verdade, com sua assistência, a de sua mãe, de Mao, de tia Regina e dos demais. Eu ficaria muito agradecida, milorde, se o senhor falasse com Alfonso. Pronto, ela falara tudo. Agora tudo ficaria bem. Christopher tomaria conta de tudo, como ele sempre fazia, com a habilidade e a eficiência costumeiras. Dulce nunca tivera um problema que Christopher Uckermann não fosse capaz de resolver. Problemas no trabalho escolar? Christopher desenrolava as dificuldades. Agruras com o proprietário de um salão que ela tentava alugar para uma peça teatral para arrecadar fundos? Christopher resolvia isso com uma simples carta. Christopher sempre fazia tudo certo. Claro, ele reclamava um pouco, mas no fim encontrava a solução para o assunto. Era o que sempre acontecia. Dulce sentiu-se muito melhor. Até fixar o olhar no rosto do conde. – Casar-se? – Christopher gritou, em um tom de desaprovação. – Que absurdo é esse? Casar-se? Dulce, não pode estar falando sério! Dulce piscou. – Sinto desapontá-lo, milorde – ela respondeu com certa indignação. – Mas estou. – Você ainda é muito jovem para se casar – o conde declarou. – Você não passa de uma criança! – Nada disso, milorde! Ora, já fiz dezoito anos. Lembra-se de ter estado no jantar de meu aniversário no mês anterior? – Dezoito? – Christopher parecia à procura de palavras. – Pois eu acho que mesmo assim é muito jovem para se casar. E com Alfonso? Agora? Seus tios sabem disso? – Claro que não. – Dulce revirou os olhos. – Ninguém sabe, Alfonso pretende manter segredo e fugir. Ele quer ir comigo para a Esc... Dulce interrompeu o que falava quando Christopher se levantou. Ele era muito mais alto e ela era obrigada a esticar o pescoço para ver-lhe o rosto quando ele se aproximava muito como naquele momento, embora houvesse uma mesa entre eles. A expressão assustadora de Christopher deixou-a ansiosa. Ela já presenciara Christopher irado, quando as toalhas no restaurante eram de qualidade inferior ou quando o assunto era maus tratos aos cavalos, animais que adorava. Mas nunca o vira como naquele momento. Não havia outra palavra para descrevê-lo. Letal. – Está pretendendo dizer-me – a voz controlada não combinava com os músculos do queixo que pulsavam espasmodicamente – que meu primo pretende que você o acompanhe a Shetland? Dulce entendeu que fizera um erro de julgamento. Alfonso estivera absolutamente certo ao insistir que eles deveriam casar-se em segredo, se é que o fariam... pelo menos, se esse fosse um exemplo da reação que a notícia da união deles desencadearia. – Não é tão ruim como pode parecer. – Dulce apressou-se em garantir. – Tenho certeza de que Stuart encontrará um cargo de ministro logo. O curato não vai demorar muito... – Eu o avisei – Christopher berrou, assustando Dulce – que não precisava perder tempo como um cura. Eu disse milhares de vezes que ele pode ficar com o cargo de vigário na Abadia de Denham. – B... bem – Dulce gaguejou. – Estou certa de que Poncho lhe agradece muito pelo oferecimento, mas ele quer ir para um local, no que concordo com ele, onde tenha a oportunidade de fazer algo de bom, onde as pessoas necessitem de socorro espiritual. Milorde, a Abadia de Denham não se encaixa nesse perfil... – Então por isso Alfonso pretende aceitar um cargo a centenas de quilômetros em uma ilha isolada no meio do Mar do Norte? Um cargo que paga quase nada e que certamente o matará de fome ou doença, e ainda pretende levá-la com ele? Os olhos cor de avelã se tornaram de âmbar. Dulce teve medo de encarar a ferocidade deles. Sem saber o que pensar arrependeu-se de ter aberto a boca. Tarde demais.


O medo – do que o conde poderia fazer e a quem atingiria – fez voltar a coragem de Dulce. Uma vez ela vira uma disputa física entre os dois primos – por causa de um cavalo que Christopher acusara Alfonso de cavalgar com dureza excessiva – e a visão não fora muito agradável. Outra briga desse tipo deveria ser evitada a qualquer custo. Portanto, ela gritou com o que lhe pareceu raiva, mas que era o mais puro desespero: – Realmente, milorde, não precisa esbravejar deste jeito. Alfonso e eu somos adultos e capazes de tomar nossas decisões. Vim falar com milorde na esperança de que o senhor nos compreenderia e atenderia nossa vontade. Mas vejo que infelizmente superestimei sua sensibilidade... – Minha jovem, não foi apenas isso que você superestimou – Christopher interrompeu-a com um riso sarcástico. – Se você pensa que por um minuto vou permitir que levem a cabo esse plano idiota e mal concebido... Dulce pensou que deveria se calar, mas a raiva que sentia era maior. – Eu gostaria muito de vê-lo impedir-nos. – Ela jogou a cabeça para trás com altivez e os cachos balançaram. – Ao contrário de milorde, Alfonso e eu não nos contentamos em ficar de braços cruzados diante da necessidade alheia. Queremos fazer da terra um lugar melhor para os menos afortunados. Em Shetland, estaremos ajudando pessoas realmente necessitadas... – A única pessoa que realmente é necessitada – o conde resmungou, triste – é meu primo Alfonso, e de uma boa surra. Dulce engoliu em seco. – Não se atreva a encostar nele um só dedo – ela o avisou. – Se milorde fizer isso... jamais falarei com o senhor de novo.



– Isso, Dulce, não seria o fim do mundo – o conde fez pouco caso. Sem dizer mais nada, ele saiu detrás da escrivaninha, atravessou o recinto até a porta e abriu-a com violência. Ele alcançou o corredor e Dulce ouviu-o berrar o nome do primo. Foi quando ela saiu correndo atrás dele. – Não, milorde – ela pediu. – Por favor, não... Tarde demais. Ela escutou uma batida e o grito angustiado da viúva lady Denham. – Santo Deus! – Maite, de olhos vermelhos, saiu do closet, com o fluxo de lágrimas momentaneamente interrompido pela surpresa. – O que houve com lorde Denham? O que você disse a ele, Dulce? – Falei demais – Dulce informou à prima com um gemido antes de sair correndo para impedir, se pudesse, que seu noivo fosse assassinado.




 



­­­­­­­­­­*Paróquia


**Pároco 



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Autor(a): leticialsvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • anne_mx Postado em 22/09/2022 - 23:45:10

    Que fanfic lindaaaa! Incrível como as vezes tomamos decisões erradas e só quando vivenciamos as consequências dessas decisões que adquirimos maturidade e tentamos fazer o certo, uma pena que nem sempre dá certo, no cado de Vondy deu certo, mas, infelizmente Alfonso morreu...enfimm, que possamos aprender antes dos erros <3

  • stellabarcelos Postado em 23/08/2015 - 21:18:29

    amei a fanfic ! Parabéns

  • Annie_Puente Postado em 25/07/2015 - 02:48:52

    Oiie! Lembra de mim!? Sumi por un teeempão mais to de volta! Como tu para num momento como esse!? Continua!

  • stellabarcelos Postado em 05/07/2015 - 21:44:25

    Pelo menos ela percebeu a verdade né ! Que agora o casal seja feliz ! Continuaaaaa

  • thatayvondy Postado em 04/07/2015 - 17:54:49

    Será que a Dulce já está gravida? Christopher e a mãe não irão se conter defelicidade tanta felicidadetanta. POSTA maissss...

  • thatayvondy Postado em 03/07/2015 - 11:28:04

    Que bom que apareceu!!! Estou triste pq a fanfic já está na está final e estou torcendo para que agora, a Dulce perceba que Christopher a ama. Posta mais.....

  • stellabarcelos Postado em 02/07/2015 - 21:05:21

    Que bom que você voltou ! Pensei que tinha abandonado a fanfic ! Espero que agora ela perceba o quanto ele ama ela ! Continuaaaaa

  • thatayvondy Postado em 12/06/2015 - 11:03:01

    Nena, mais de um mes VC não posta, estou ansiosa por novos capítulos, então please, apareça e poste para a minha felidade.

  • thatayvondy Postado em 12/05/2015 - 14:55:20

    Preciso de mais capítulos. Posta mais nena. Please!!!

  • stellabarcelos Postado em 07/05/2015 - 00:24:05

    Leitora nova! Estou amando a web ! Esse casal é puro fago e o Chris é pouquinho por ela daqui a pouco ela admite o amor por ele também! Ahhhh tô amando muiTo ! Quero um baby vondy logo continuaaaaa


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