Fanfic: Pode beijar a noiva(adaptada) | Tema: Vondy
Ela gritou até Christopher segurá-la e tampar-lhe a boca com uma das mãos. Dulce, ciente de que ele a segurava junto ao seu corpo – que ainda estava quente por estar sob o acolchoado – e sentindo aquele físico bem definido sobre o tecido fino da camisola que usava por cima da pele desnuda, ela se deu conta da situação e, sem saber o que fazer, mordeu-o.
– Ai! – Christopher arrancou os dedos do meio dos dentes de Dulce e sacudiu-os diante do rosto dela. – Pare com isso – sibilou.
– Então me largue – Dulce sugeriu, mas Christopher pediu silêncio.
Parecia que ele também ouvira o barulho que vinha da porta. Ele ficou quieto, para ver se o ruído se repetia.
Dulce sabia por que ele não a largava. Christopher certamente não a segurava com tanta firmeza porque apreciava sentir o corpo quase nu junto ao dele. Não, longe disso! E o fato de sua coxa direita estar... entre as pernas dela também não tinha a menor importância para ele. Claro que não. Ele não segurava o rifle e também a cintura de Dulce? Um homem segurando um rifle possivelmente não pensava em nada a não ser em atirar.
Mas Dulce não segurava nenhum rifle. Dulce não tinha nada para afastar sua mente do corpo dele junto ao seu. Era torturante sentir a pressão da coxa musculosa e os dedos fortes apertando a carne logo acima do osso ilíaco. Como se não bastasse, ela podia sentir seu cheiro. O odor masculino inundou lhe as narinas; era o mesmo aroma perturbador que emanara dele naquela manhã no coche, a mistura de cheiros de sabonetes e de Londres. E era tão quente! Como Una, só que com bem menos pelos e com hálito muito mais agradável.
O hálito fez cócegas no ouvido de Dulce.
– Não ouvi mais nada – Christopher sussurrou. – Você ouviu?
Dulce não respondeu por estar muito ocupada concentrando-se em não sentir o cheiro de Christopher, nem em sentir a coxa rija entre suas pernas. Ela inclinou a cabeça e também nada percebeu por um segundo ou dois. Depois ela ouviu de novo. O intruso tentava mais uma vez forçar a porta.
Christopher também ouviu. Soltou a cintura de Dulce, pôs a mão pesada sobre seu ombro e empurrou-a para o banco que havia pouco ocupava.
– Fique aqui – ele ordenou, sem a olhar e cobrindo-a com o acolchoado. – Verei quem é.
Dulce protestou, encasulada no calor que ficara deixado por Christopher.
– Eu irei. Pode ser uma das crianças.
Ele a fitou, incrédulo.
– Crianças?
– Ou um de seus pais – ela afirmou. – Algumas vezes eles vêm me procurar, se há algo para ler ou...
– À uma hora da manhã? – indagou Christopher.
– Apenas prometa que não vai atirar neles.
– E por que eu o faria? – Christopher sentou-se no banco apenas para calçar as botas. – Você se preparava para fazer isso.
– Primeiro eu ia perguntar quem era e somente atiraria se fosse...
– Se fosse quem, Dulce? – ele perguntou com curiosidade.
– Ninguém. – Dulce abaixou o olhar.
– Hum, como eu suspeitava. – Christopher levantou-se, abriu o rifle e estreitou os olhos para espiar o cano. – Christopher – ele se irritou. – A arma não está carregada.
Dulce puxou o acolchoado até o queixo e notou que os lençóis exalavam odor de limpeza e virilidade.
– Bem – ela murmurou – teria sido tolice deixar uma arma carregada em cima de uma lareira quente, não seria?
Christopher ergueu os olhos para os céus.
– Onde Alfonso guardava a munição? – ele sibilou.
– No aparador ao lado da pia – ela respondeu no mesmo tom. – Ou melhor, no que restou dele. – Desceu um pouco a coberta. – É melhor eu mostrar...
– Não se atreva a sair do banco – ele ameaçou, da entrada. – Eu encontrarei sozinho.
– Mas...
– Pelo amor de Deus, Dulce – Christopher atalhou. – Fique onde está ou eu... – aparentemente incapaz de pensar em uma ameaça que parecesse medonha, ele terminou com: – Ou ficarei muito aborrecido.
E ele foi para o escuro.
Tensa, Dulce observava do lugar quente que ele abandonara, imaginando quem poderia querer fazer-lhe uma visita àquela hora. Não era impossível que se tratasse de alguém inofensivo. Dulce já fora chamada antes no meio da noite. Mas também era possível que atrás daquela porta estivesse alguém com uma razão perfeitamente lógica para estar ali...
Por outro lado, supondo que fosse lorde MacCreigh e que Christopher atirasse nele? Oh, céus!
O mesmo pensamento ocorreu a Christopher no instante em que escutou o trinco se mexer. Por acaso não insistira para passar a noite na cabana com esse intuito? Não que Dulce desconfiasse da razão. Só Deus conhecia do que ela suspeitava, tanto quanto os motivos dele para ficar debaixo daquele teto.
Mesmo conjeturando que o barão pudesse ser temerário, em seu íntimo não acreditava que MacCreigh fosse tão estúpido... ou tão malévolo. Para Christopher era incompreensível que um homem pudesse aterrorizar uma mulher dessa maneira. Que espécie de homem cruel e vulgar ameaçaria uma viúva inocente na sua própria casa, na calada da noite?
Christopher aprendera, havia muito, que não adiantava refletir sobre as mentes deturpadas dos homens. Era notório, mesmo que Dulce não soubesse, que no mundo havia mais maldade do que bondade. Esse era um bom exemplo.
Contudo, ele pensava que MacCreigh fosse frio, mas não louco.
Pois esse, certamente, era o ato de um louco.
Encontrou o projétil com facilidade, a despeito de não ousar acender uma vela. Se MacCreigh não houvesse ouvido o grito de Dulce por causa do uivar do vento, certamente veria uma luz e perceberia que eles tinham sido alertados de sua presença. A surpresa era crucial. MacCreigh nem ao menos podia suspeitar que Dulce não estava sozinha nem que ele estava ali. Christopher queria uma coisa e apenas uma, e era um tiro certeiro...
Seus olhos adaptaram-se quase imediatamente à escuridão que permeava a pequena cabana... O escuro e o frio. Cristo, não notara isso antes, mas o local era gelado como uma tumba! Depois de localizar a munição, carregou o rifle, sem tirar os olhos das duas vidraças, uma de cada lado da porta da frente.
Por alguns segundos, tudo o que ele viu foi chuva. Ela recomeçara, forte. Nisso, uma forma escura, a mais breve das sombras, passou pela primeira janela. O som de um galho quebrado sob um grande peso foi claramente audível apesar do barulho da água que caía. Christopher entendeu que, em mais um segundo, MacCreigh tentaria abrir a porta novamente.
Seria agora ou nunca.
Em quatro passos, Christopher chegou até a entrada. Com um movimento simples, ergueu a barra de madeira que mantinha a porta fechada e levou a parte mais grossa do rifle ao ombro. O vento fez o resto e abriu a porta com uma força explosiva, mandando chuva para dentro.
Do lado de fora, olhando para a boca da arma que Christopher levantara, estava uma vaca molhada e confusa.
Autor(a): leticialsvondy
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anniepuente: kkkkkkk né! Postado gatenha! Oh! – Dulce gritou, atrás de Christopher. – É Louise! Christopher abaixou o cano do rifle. Não podia acreditar no que via. Não se tratava de Geoffrey Bain. Era uma vaca. Uma vaca branca e preta. Ele a encarou e o animal deu um mugido patético. Dulce em ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 28
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anne_mx Postado em 22/09/2022 - 23:45:10
Que fanfic lindaaaa! Incrível como as vezes tomamos decisões erradas e só quando vivenciamos as consequências dessas decisões que adquirimos maturidade e tentamos fazer o certo, uma pena que nem sempre dá certo, no cado de Vondy deu certo, mas, infelizmente Alfonso morreu...enfimm, que possamos aprender antes dos erros <3
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stellabarcelos Postado em 23/08/2015 - 21:18:29
amei a fanfic ! Parabéns
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Annie_Puente Postado em 25/07/2015 - 02:48:52
Oiie! Lembra de mim!? Sumi por un teeempão mais to de volta! Como tu para num momento como esse!? Continua!
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stellabarcelos Postado em 05/07/2015 - 21:44:25
Pelo menos ela percebeu a verdade né ! Que agora o casal seja feliz ! Continuaaaaa
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thatayvondy Postado em 04/07/2015 - 17:54:49
Será que a Dulce já está gravida? Christopher e a mãe não irão se conter defelicidade tanta felicidadetanta. POSTA maissss...
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thatayvondy Postado em 03/07/2015 - 11:28:04
Que bom que apareceu!!! Estou triste pq a fanfic já está na está final e estou torcendo para que agora, a Dulce perceba que Christopher a ama. Posta mais.....
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stellabarcelos Postado em 02/07/2015 - 21:05:21
Que bom que você voltou ! Pensei que tinha abandonado a fanfic ! Espero que agora ela perceba o quanto ele ama ela ! Continuaaaaa
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thatayvondy Postado em 12/06/2015 - 11:03:01
Nena, mais de um mes VC não posta, estou ansiosa por novos capítulos, então please, apareça e poste para a minha felidade.
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thatayvondy Postado em 12/05/2015 - 14:55:20
Preciso de mais capítulos. Posta mais nena. Please!!!
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stellabarcelos Postado em 07/05/2015 - 00:24:05
Leitora nova! Estou amando a web ! Esse casal é puro fago e o Chris é pouquinho por ela daqui a pouco ela admite o amor por ele também! Ahhhh tô amando muiTo ! Quero um baby vondy logo continuaaaaa