Fanfic: Pode beijar a noiva(adaptada) | Tema: Vondy

anniepuente: kkkkkkk né! Postado gatenha!

Oh! – Dulce gritou, atrás de Christopher. – É Louise!

Christopher abaixou o cano do rifle. Não podia acreditar no que via. Não se tratava de Geoffrey Bain. Era uma vaca. Uma vaca branca e preta. Ele a encarou e o animal deu um mugido patético.

Dulce empurrou Christopher para o lado e adiantou-se para acariciar o focinho aveludado.

– Ah, pobre Louise – Dulce arrulhou. Abaixou a cabeça e encostou a face entre os olhos do animal e seus longos cachos ruivos caíram sobre a cara da vaca. – Você fugiu de novo? Tenho certeza de que o sr. MacEwan deve estar muito preocupado por sua causa. Você fez a coisa certa, vindo à minha procura.

Então, para grande espanto de Christopher, Dulce levantou a cabeça e puxou a corda da vaca para dentro.

Para dentro da cabana.

– Dulce – ele a chamou. Era difícil ser ouvido por causa do barulho da chuva, mas ele fez um esforço. – Dulce, o que você está fazendo?

– Bem – Dulce resmungou. Depois da relutância inicial, a vaca começou a mover-se pesadamente para dentro da cabana, batendo os cascos com estrondo no piso de madeira. – Não podemos deixá-la do lado de fora. A chuva é torrencial. Ela passará a noite aqui e o sr. MacEwan poderá pegá-la de manhã.

Christopher ficou pasmo ao ver o animal passar por ele, o úbere balançando sob a circunferência enorme preta e branca.

– Dulce – ele disse quando o rabo comprido bateu em sua perna –, você ficou maluca?

Dulce o ignorou. Ela tirara um canto do banco do caminho e reanimava o fogo, murmurando palavras meigas para Louise.

– Dulce! – Christopher não suportou mais. Adiantou-se, disposto a agarrar a viúva de seu primo e fazê-la tomar juízo. Infelizmente o animal bloqueava o caminho. Do outro lado do espécime bovino, Dulce piscou, surpresa.

– Qual é o problema, milorde? – ela indagou com inocência.

– Dulce. – Christopher pôs o rifle na mesa com cuidado. Raivoso como estava, não confiava que não usasse a arma em Dulce ou em Louise. – Dulce – disse com uma calma forçada. – Você não pode guardar uma vaca na sala de sua cabana.

Ela cutucava um pedaço de madeira com o atiçador.

– Não vejo por que não – ela disse olhando para a lareira.

– Porque... e se ela... se ela – Christopher foi incapaz de terminar aquela sentença.

– Eu limparei. – Dulce revirou os olhos. – Francamente, lorde Denham, o senhor tem mais em comum com Alfonso do que eu supunha. Ele também não se compadecia da coitada quando ela se perdia.

Christopher, ouvindo aquilo, mudou completamente sua opinião sobre a visitante noturna. Afinal, não podiam deixar a patética criatura se afogar.

Ele hesitou, para não demonstrar que mudara tão depressa de opinião.

– Suponho que, se for só por uma noite...

Nesse instante Christopher notou que em pé ao lado do fogo que se apagava, o corpo de Dulce aparecia sob a luz das chamas. Ele podia ver cada curva, cada concavidade, cada... tudo. Mesmo com o calor da lareira, era possível ver os mamilos duros pelo frio sob a camisola.

Christopher sabia que isso não era algo que ele devesse ver. Era seu dever, como cavalheiro e par do reino, desviar o olhar. Ela fora a esposa de seu primo e era uma viúva inteiramente desprotegida no mundo.

Contudo, por mais que tentasse, Christopher descobria que não podia tirar os olhos de Dulce. Ele só voltou a respirar quando ela se virou e presenteou-o com uma visão encantadora, embora não total, de seu traseiro.

Christopher concluiu que isso era mais do que um homem poderia suportar. Fora acordado de um sono profundo, pensando que sua casa estava sendo invadida para só então descobrir que teria de passar o resto da noite num quarto com uma vaca.

E como se não bastasse, com a visão dos seios de sua anfitriã.

Ele não pedira para ver os mamilos de Dulce. Quando insistira para passar a noite ali, não fora essa sua intenção.

Está certo que já os vira antes e muito mais claramente do que agora. Um ano atrás, Dulce costumava usar vestidos de baile com decote baixo e, graças aos passos da quadrilha e à sua altura, Christopher fora premiado com olhadelas frequentes para dentro do corpete de Dulce.