Fanfic: Pode beijar a noiva(adaptada) | Tema: Vondy

Christopher penetrou-a e a primeira reação de Dulce foi arfar e retesar-se para afastá-lo, acreditando que algo estava errado... mas ao mesmo tempo sabendo que estava certo. Não fora assim com Alfonso. Ele nunca a preenchera a ponto de ela achar que explodiria. Alfonso nunca se movera com tal confiança, tal perícia perfeita, novamente como se Christopher ensaiasse esse momento mentalmente um milhão de vezes. Ela não poderia estar enganada...

 Mas era impossível, pois Christopher jamais teria imaginado que um dia eles acabariam...

 Ele avançava, uma pequena fração por vez. E foi o suficiente para deixá-la alarmada de novo. Dulce lutou para escapar dele: do seu tamanho assustador: do súbito entendimento do que fizera; do peso não familiar; do cheiro e da sensibilidade de Christopher...

 E então ela não queria mais ser libertada. Christopher se movimentava devagar dentro de Dulce fazendo voltar as sensações gloriosas de quando ele a tocara com o dedo. Ela se agarrou em Christopher quando ele começou a impulsionar-se cada vez mais fundo, contendo-se a princípio e, depois, ao escutar seus suspiros de quem estava apreciando, com premência cada vez maior.

 Dulce levantou os quadris ao encontro dos de Christopher e sua necessidade pela realização logo se aproximou da urgência dele. Christopher murmurou palavras que Dulce não entendeu, pelo calor da paixão. Embora ela não mais resistisse, Christopher prendeu-lhe as mãos na cama, como se tivesse medo de que ela mais uma vez lhe escapasse.

 No entanto, escapar era a última coisa que passava pela cabeça de Dulce. Ela estava concentrada em Christopher, na sua respiração inconstante, nos pelos do queixo que lhe arranhavam a pele macia da face, na força que acompanhava cada impulso para dentro dela, ameaçando a integridade da cama. Com a má sorte que Dulce supunha ter, o leito se quebraria e a estalagem inteira ficaria ciente das atividades noturnas deles.

Dulce jamais experimentara um clímax como aquele. Pareceu-lhe que em um momento cada terminação nervosa estava retesada pela frustração e, no seguinte, ela submergia no bom sentido... em um mar de luzes e faíscas, onda sobre onda de chama líquida derramando-se sobre ela, que estremecia de contentamento da cabeça aos pés. Mesmo sem saber, seu grito assemelhou-se a um soluço e, ao ouvi-lo, Christopher perdeu todo autocontrole. Ela não imaginava isso, mas ele já havia feito amor com ela, mentalmente. Christopher ensaiara essa cena mil vezes, mas nunca pensara que seria daquele jeito, tão perfeito, tão natural, tão fácil.

 Em um ímpeto final, Christopher aprofundou-se quanto pôde, sem pensar se a assustava, procurando apenas a libertação.

 Que veio banhando-o em torrentes e espasmos poderosos de alívio. Christopher rugiu o prazer com tal força que Dulce temeu que ele acordasse a estalagem inteira.

 No momento em que Christopher largou-se sobre ela, Dulce estava consciente das batidas fortes do coração disparado sobre o dela, do peso do corpo sobre o seu e da brisa que soprava da vidraça mal fechada que esfriava sua pele quente. Foram necessários alguns minutos para ela se dar conta da enormidade do que acontecera entre eles.

 Quando isso aconteceu, Dulce entendeu, com o coração abatido, que os sapatos que pregara na Árvore dos Desejos não haviam mudado sua má sorte, que continuava imbatível.

 E agora, como conseguiriam uma anulação?