Fanfics Brasil - Capitulo 2 (PARTE 3) Pode beijar a noiva(adaptada)

Fanfic: Pode beijar a noiva(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 2 (PARTE 3)

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Dulce deu um sorriso mínimo.


– Oh, não. Em Faires há homens pobres em número suficiente que precisam de roupas.


Christopher fitou a janela. Dulce sentiu-se triunfante. Ele reconhecera o colete de tecido xadrez que Samuel Murphy usava.


– Entendo – Christopher disse, ligeiramente aborrecido.


Dulce pensou, mais aliviada, que ele poderia irritar-se com ela e ir embora!


Não parecia ser essa a intenção do conde. Independentemente do motivo que o trouxera até ali – por que ele tivera de vir? – não parecia disposto a ir embora sem completar a missão. Christopher pegou uma das quatro cadeiras esguias que estavam encostadas na mesa e virou-a de frente para Dulce.


– Deixe isso aí, Dulce, e venha sentar-se comigo. Temos muito que conversar, você e eu. Afinal não nos vemos há um ano.


Dulce apenas o olhou.


De perto, concluiu que a semelhança de seu marido com o primo era enganadora. O conde era muito mais bonito do que Alfonso jamais fora. Seus cabelos eram mais claros, o olhar era mais brilhante e o queixo, mais quadrado. De fato, pareceu a Dulce que Alfonso, embora o mais jovem dos dois, fora um esboço rústico do primo... quase como se seu marido houvesse sido o rascunho de Deus para o conde de Denham.


E Christopher parecia ainda viver sob a impressão de que era Deus. Quem mais chegaria a sua casa sem se anunciar e esperaria que ela largasse tudo para recebê-lo?


– Agora não tenho tempo para conversas, lorde Denham – ela respondeu. Com esforço, conseguiu manter um tom de voz leve, embora receasse que as batidas fortes de seu coração fossem ouvidas por ele. Aliás, seu coração tinha disparado assim que o vira na sua horta.


– Já estou bastante atrasada. Se o senhor não veio buscar as coisas de Alfonso, por que veio?


 Ele pareceu surpreso. Bem, e por que não? Não era todo dia que uma mulher recusava um convite para sentar-se e conversar com o conde de Denham.


Emma pensou que a maioria das mulheres não o conhecia como ela.


– Perdão, Dulce. – A voz grave de Christopher soou com casualidade decepcionante. – Eu não sabia que você tinha de sair. De fato, quando entrei, você parecia entretida.


Dulce sentiu-se corar. O tom e a expressão dele eram de quem sugeria algo. Ela esvaziou a pá de lixo em uma das poucas gavetas que não haviam sido destruídas quando Cletus caíra sobre o aparador.


– Aquele era meu vizinho, sr. MacEwan – ela respondeu, severa. Ele veio devolver meu galo.


– Seu galo – o conde repetiu, sem inflexão.


– Sim, ele fugiu.


– Seu galo fugiu?


– Sim. – Por que a impressão de que o conde não acreditava nela? – Ele costuma fazer isso com frequência. Ganhei-o de presente. Ele parece sentir falta do antigo poleiro e sempre tenta voltar para lá.


– Presente do sr. MacEwan? – o conde indagou, curioso.


– Não. Ganhei o galo da mãe do sr. MacEwan. – Ao ver as sobrancelhas arqueadas, ela apontou para a cesta sobre a mesa. – Ela fez esses bolinhos para mim hoje de manhã. Pode servir-se, se quiser. Tenho certeza de que ainda estão mornos.


Lorde Denham ignorou o comentário. Na verdade, não tirava os olhos de Dulce, que estranhou por ser desconcertante. Ela se lembrava que o olhar dele tinha uma cor incomum com algo de verde, mas não era castanho exatamente. Disse a si mesma que lembrava mais um tom dourado. Como o ouro da aliança que ela tirara havia alguns meses e dera para alguém de quem não se recordava, mas que certamente era necessitada.


– Você tem... vizinhos atenciosos – foi tudo o que Christopher disse, mas foi perceptível novamente um tom diferente que Dulce não entendeu. Na certa não se tratava de um cumprimento. Não proveniente dos lábios do conde de Denham.


– É verdade. O sr. MacEwan e sua mãe têm se desdobrado em cuidados desde que Alfonso morreu.


A crítica – que o conde e sua mãe nada tinham feito por ela desde a morte de seu marido – acertou o alvo... embora Dulce não pretendesse sugerir isso. Seria certo, evidente, mas não justo, dadas as circunstâncias. Ainda assim, Christopher reagiu rapidamente.


– O sr. MacEwan e a mãe sabiam disso há muito mais tempo. Eu soube de tudo há apenas uma semana. Dulce, por que não nos contou mais cedo?


– Eu não podia – ela procurou ser razoável. – Milorde sabe que o distrito inteiro estava bloqueado. A quarentena só foi levantada há um mês.


– Ainda assim, você poderia ter mandado avisar.


– Milorde teria vindo, se soubesse, com restrições ou não e eu não queria ter sua morte em minha consciência. – Assim como a de Alfonso, ela evitou acrescentar. Virou-se e pegou o chapéu pendurado na parede. – Bem, agora que milorde me viu, pode dizer a todos que estou bem. Se me der licença, preciso ir.


– Ir? – Ele podia perguntar. Afinal, acabava de chegar. E a chegada do conde de Denham a qualquer lugar era um acontecimento. Ele era esse tipo de homem. – Ir para onde?


– Para a escola – Dulce respondeu, com mais temeridade do que na realidade sentia. Sabia o que Christopher diria se soubesse da verdade. Daria risada ou coisa pior.


– Escola? – o conde ecoou. – E para quê? Não deve ser um encontro da sociedade missionária tão cedo, não é?


Apesar do nervosismo, Dulce a custo reprimiu um sorriso.


– Não. A sociedade missionária local é dedicada, mas não tanto. Devo ir para a escola, pois sou, de fato, a professora.


– Professora? – Christopher encarou-a. – Dulce, você leciona? Leciona o quê? Para quem? Bem, pelo menos ele não rira.


– Dou aulas para crianças. Milorde, se me der licença, estou muito atrasada – ela insistiu. – Se quiser, pode ficar aqui, embora eu não imagine por que haveria de querer, mas eu preciso ir. O senhor entende, não é?


Não entendia. O conde de Denham parecia tão confuso como no momento em que cruzara a porta da cabana.


Com a aparência de quem se refazia, ergueu o chapéu e disse, sombrio:


– Então eu a levarei para a cidade, Dulce.


Dulce arregalou os olhos.


– Oh... Isso não... quero dizer, isso não é necessário.


 Christopher arqueou uma sobrancelha enquanto calçava as luvas.


– Presumo que prefere caminhar mais de três quilômetros? Na chuva?


Dulce espiou a tempestade do lado de fora da porta. A seus pés, Una, a quem ela não ousava deixar sozinha por causa do adiantado estado de gestação, choramingou, lamentando, assim como Dulce, a ideia de sair naquele tempo.


Uma condução até a cidade. Era tudo o que o conde lhe oferecia. Depois disso, com alguma sorte, ele poderia ser convencido a embarcar na barca do meio-dia e ir embora, sem ficar sabendo de toda a verdade sobre o infortúnio de Dulce.


Por que não? Ela não poderia ter aquela má sorte para sempre, ou poderia? As coisas teriam de começar a melhorar em algum momento. Por que não agora?



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Autor(a): leticialsvondy

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De início, Christopher pensara tratar-se de uma ilusão provocada pela chuva. E essa chuva intensa era, também, bem diversa das garoas de Londres ou de Devonshire, sua terra natal. A tempestade da manhã fora tão grande que transformara o que aparentemente servia de estrada nessa parte do país em um rio de lama de quinze centím ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • anne_mx Postado em 22/09/2022 - 23:45:10

    Que fanfic lindaaaa! Incrível como as vezes tomamos decisões erradas e só quando vivenciamos as consequências dessas decisões que adquirimos maturidade e tentamos fazer o certo, uma pena que nem sempre dá certo, no cado de Vondy deu certo, mas, infelizmente Alfonso morreu...enfimm, que possamos aprender antes dos erros <3

  • stellabarcelos Postado em 23/08/2015 - 21:18:29

    amei a fanfic ! Parabéns

  • Annie_Puente Postado em 25/07/2015 - 02:48:52

    Oiie! Lembra de mim!? Sumi por un teeempão mais to de volta! Como tu para num momento como esse!? Continua!

  • stellabarcelos Postado em 05/07/2015 - 21:44:25

    Pelo menos ela percebeu a verdade né ! Que agora o casal seja feliz ! Continuaaaaa

  • thatayvondy Postado em 04/07/2015 - 17:54:49

    Será que a Dulce já está gravida? Christopher e a mãe não irão se conter defelicidade tanta felicidadetanta. POSTA maissss...

  • thatayvondy Postado em 03/07/2015 - 11:28:04

    Que bom que apareceu!!! Estou triste pq a fanfic já está na está final e estou torcendo para que agora, a Dulce perceba que Christopher a ama. Posta mais.....

  • stellabarcelos Postado em 02/07/2015 - 21:05:21

    Que bom que você voltou ! Pensei que tinha abandonado a fanfic ! Espero que agora ela perceba o quanto ele ama ela ! Continuaaaaa

  • thatayvondy Postado em 12/06/2015 - 11:03:01

    Nena, mais de um mes VC não posta, estou ansiosa por novos capítulos, então please, apareça e poste para a minha felidade.

  • thatayvondy Postado em 12/05/2015 - 14:55:20

    Preciso de mais capítulos. Posta mais nena. Please!!!

  • stellabarcelos Postado em 07/05/2015 - 00:24:05

    Leitora nova! Estou amando a web ! Esse casal é puro fago e o Chris é pouquinho por ela daqui a pouco ela admite o amor por ele também! Ahhhh tô amando muiTo ! Quero um baby vondy logo continuaaaaa


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