Fanfic: Pode beijar a noiva(adaptada) | Tema: Vondy

thatayvondy: Gatenha VOLTEI, postado.

Gatenhas mias quero pedir desculpas mais uma vez pelo meu sumiço é que tá difícil aki em ksa por causa da minha escola tá mt corrido. Vou tentar postar diariamente, mas não prometo se eu demorar a postar de novo vocês já sabem porque né Gatenhas? Não me abondonem amores!!

Christopher considerou que tudo caminhava a contento.

O juiz Reardon ajudara muito, sem saber. Quanto mais gente soubesse do casamento, mais difícil seria tornar sem efeito a união.

Desfazer o casamento com Dulce Saviñon era a última coisa que Christopher desejava.

Naquele momento, sentado na sala de estar de sua mãe, observava sua esposa conversar com a família em tom amistoso – como se da última vez em que vira os tios não houvesse sido para declarar que se casaria contra a vontade deles – e mal podia acreditar em sua boa sorte. Fora para a Escócia procurar um corpo e trouxera uma esposa para casa.

Não qualquer esposa, mas a mulher que durante meses o perseguira em sonhos e atormentara seu coração. Christopher não podia imaginar o que havia feito para merecer a rica recompensa que conquistara e que estava disposto a não perder.

Christopher viu Dulce fazer um comentário com Maite e esta atirar a cabeça para trás em uma risada (Maite se esforçava muito para não demonstrar quanto estava mortificada por sua prima mais nova ter se casado duas vezes e ela ainda nenhuma) e pensou, não pela primeira vez, que era surpreendente os Saviñon, que figuravam entre as famílias mais ricas e refinadas de Londres, mas não exatamente entre as mais filantrópicas, haverem criado uma jovem como Dulce. Ela era, em todos os sentidos, diferente da prima como o dia da noite.

Não apenas pelo vestido simples que usava – a primeira visita da manhã de Christopher fora à modista de sua mãe, a fim de encomendar um enxoval para a esposa – que não a impedia de ser a mulher mais adorável da sala, mesmo que a prima usasse sedas douradas e muitas pulseiras.

Dulce sempre se mostrara diferente de seus familiares. Talvez por causa da morte prematura de seus pais ou por ter um dom inato, em qualquer ocasião Dulce sempre fora muito sensível ao apuro dos outros, desde os passarinhos que encontrava no jardim após uma tempestade e que implorava para Christopher colocá-los de volta no ninho até os esfaimados de Papua Nova Guiné, para quem ela pedira sua contribuição. Por essa razão, desde criança, ela idolatrara Alfonso. Ao lado de um rosto pálido e de uma expressão habitual de melancolia – traços que Christopher sabia serem irresistíveis para uma jovem – ele possuía também, como Dulce, um desejo ardente de ajudar os menos favorecidos.

Christopher, assim como os tios de Dulce, nunca levara a sério a fascinação dela pelo primo dele. Christopher sempre pensara que esse encantamento teria uma morte natural quando Dulce descobrisse que Alfonso era, por natureza, muito mais interessado em uniões espirituais do que físicas.

Infelizmente essa descoberta não ocorreu. De fato, na época em que Christopher pensara que seria chamado para enxugar as lágrimas de Dulce por Alfonso tê-la abandonado pela igreja, ela o

informou da intenção de fugirem para se casar. O que não era para ter acontecido.

Christopher não imaginava o que o levara a supor que Dulce se decidiria por ele e não por Alfonso. Enquanto ele declarava sua convicção de que os pobres deveriam valer-se a si mesmos, Alfonso ganhava o coração de Dulce com a inabalável fé em Deus e impulsos caritativos intermináveis. Não era de surpreender que no final ela escolhesse Alfonso. Para uma jovem como Dulce, a vida de pobreza e desconforto das Hébridas era mais glamourosa do que a existência mimada da esposa de um conde!

Mas Christopher estava disposto a mostrar-lhe que os condes estavam em uma posição melhor de ajudar os menos favorecidos do que os curas.

Ele já fizera um bom trabalho – ou pelo menos era o que esperava – de mostrar que os condes eram melhores amantes do que os curas. Embora não soubesse o que Dulce pensava, não imaginava que ela pudesse ter qualquer queixa a respeito, apesar da contínua insistência em uma anulação, que Christopher se arrependia de haver mencionado.

E de que outra maneira o conde a convenceria de casar-se com ele? Christopher temia que Dulce ainda não o houvesse perdoado pelo que ocorrera um ano antes. E Dulce também não tinha noção do amor secreto que ele nutria por ela. Dulce, da mesma forma, não podia supor que, enquanto suspirava por Alfonso, Christopher suspirava por ela...

Todavia Alfonso se fora. Dulce estava livre para casar-se – e amar – outra vez. Ela precisava muito de amor. Dulce era, como Christopher descobrira no momento em que a beijara no castelo MacCreigh – e talvez sempre soubesse –, uma jovem fogosa que gostava de beijar e de entretenimentos nessa arena. Por isso, não haveria grande dificuldade em fazê-la esquecer tudo, diante de seu desejo de ser... entretida. De acordo com a experiência de Christopher, aquela era uma qualidade rara de ser encontrada em damas de classe e sempre muito apreciada nas poucas ocasiões em que isso acontecia. Que Dulce tivesse um temperamento passional não o surpreendia, mas isso o fazia amaldiçoar o próprio comportamento em relação a ela no passado. Era um pecado imperdoável tê-la perdido uma vez. Isso não tornaria a acontecer.

Christopher sabia que a estrada para a alegria marital com Dulce não seria fácil. Isso se tornou claro quando, ao final da longa noite de celebração com os Saviñon – embora celebrar talvez fosse uma palavra muito forte para os sentimentos dos tios de Dulce, que haviam aceitado com presteza o convite da condessa viúva, mas não deixavam de ficar espantados que a nova lady Denham fosse Dulce e não Maite, que fora empurrada para debaixo do nariz de Christopher desde que ela saíra da escola. Christopher e Dulce ficaram a sós no quarto agradável que Alexandra arrumara para eles. Dulce saiu do closet usando o penhoar puído e apontou imperiosamente para o conjunto de poltronas estofadas de brocado que ficavam diante da lareira.

– Vai ocupá-las, Christopher, ou vou eu?

Ele não pôde deixar de lançar um olhar desejoso para a cama com a colcha alva, e Dulce percebeu.

– O que está pensando, Christopher? – ela se exaltou. – Nós não podemos dormir juntos na mesma cama, depois do que aconteceu da última vez. Se vamos pedir uma anulação, não podemos... continuar dessa maneira.

Christopher, vestido com um roupão – ele teve de cuidar de sua roupa sozinho, pois Roberts ficara em Faires dirigindo a escola de Dulce e cuidando da ninhada de cachorrinhos – sentou-se na beira da cama para tirar os chinelos.