Fanfics Brasil - Capitulo 25 (PARTE 3) Pode beijar a noiva(adaptada)

Fanfic: Pode beijar a noiva(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 25 (PARTE 3)

713 visualizações Denunciar


Dulce só podia manter uma conversa simples com as visitas, pois em sua mente havia um redemoinho. No entanto, Maite estava ansiosa para ajudar. Seu interesse em Geoffrey Bain somente aumentara depois de uma análise mais criteriosa. Dulce supôs que a prima o achava muito mais interessante do que o sortimento de pretendentes de voz nasalada e ombros estreitos que ela conhecia. Ao ver a adaga ornamental de lâmina curta que lorde MacCreigh usava, Miate fez inúmeras perguntas a respeito e quase conseguiu tirar o barão da melancolia em que ele mergulhara depois de escutar de lady Denham que o casamento do filho com Dulce não era o desastre total que ele esperava encontrar para poder resgatá-la.


 Dulce, por sua vez, tinha de reconhecer o mérito dos Bain. Eles não eram irmãos que desistissem de um plano empreendido. Dulce, embora casada com outro, poderia ser convencida a dar uma oportunidade para lorde MacCreigh. E por que não? Dulce bem sabia o que representavam dez mil libras.


 Dulce não ficou surpresa pelo fato de seu marido não ter gostado do aparecimento súbito dos Bain em Londres. Ao voltar para casa, cumprimentou com expressão carrancuda as estimadas visitas em sua sala de estar. Embora recebesse John McAddams com amabilidade, não foi simpático com a honorável srta. Bain, que não perdia a oportunidade de insinuar-se, de tal forma que fez Dulce se sentir envergonhada pela moça.


 Christopher não encontrou palavras corteses para dizer ao irmão da srta. Bain.


 – O que eles estão fazendo aqui? – ele perguntou na primeira oportunidade em que ficou a sós com Dulce. – Não me diga que os convidou.


 Dulce, chocada com a sugestão de que encorajaria o interesse de lorde MacCreigh por ela, apressou-se em assegurar que nem convidara os Bain, nem esperava que o marido os protegesse com sua asa caridosa, como acontecera com John McAddams. Aquilo não apaziguou Christopher. As tentativas de agradecê-lo pelo que fizera por John foram deixadas de lado. Dulce não saberia expressar em palavras o que se passava em seu coração por aquela generosidade inesperada. Tratava-se de uma gratidão sincera e permanente, igualada somente à perplexidade por tanta bondade. Christopher, com muita raiva, ficou ainda mais irado quando Maite, claramente atraída pelo barão másculo e sombrio que não citava Byron nem parecia tentado a fazê-lo, perguntou com inocência:


 – O que milorde e a srta. Bain pretendem fazer esta noite? Digam que não têm compromisso. Nós todos vamos a um baile em homenagem aos recém-casados e eu acho que seria ótimo se os senhores viessem conosco.


 Regina Saviñon e a viúva ficaram horrorizadas, mas nada puderam fazer depois do convite feito, a não ser mandar uma mensagem para os Cartwright pedindo desculpas por levar mais dois convidados. Todavia Christopher estava tão enraivecido que teve de deixar a sala por meia hora. Emma não gostou do sorriso afetado do barão e pensou em seguir o marido para evitar que ele quebrasse alguma coisa. Mas foi interrompida pela entrada de Fergus MacPherson na sala, exibindo com orgulho os óculos novos. O menino declarou que o dr. Stoneletter não demonstrara muita esperança de ele reaver a visão que perdera, mas havia boa chance de conservar a vista que ainda enxergava bem, para o que teria de fazer certos “exercícios” e usar os óculos religiosamente.


 Às boas notícias seguiu-se uma pequena celebração na qual foram servidos – Fergus fizera rápida amizade com a cozinheira de lorde Denham – bolinhos glaçados com chá. Christopher retornou no meio da comemoração, parecendo mais calmo, mas Dulce não deixava de fitá-lo, imaginando se ele trouxera as pistolas. Afinal, ele já desafiara lorde MacCreigh para um duelo. O que impediria que ele fizesse isso novamente?


 Por sorte a visita dos habitantes de Faires prosseguiu sem derramamento de sangue e, por fim, lorde MacCreigh e a irmã decidiram voltar ao hotel para trocar-se para o baile. John McAddams recusou o convite para a festa, por achar a biblioteca de lorde Denham muito mais tentadora que as debutantes londrinas.


 Era improvável que lorde MacCreigh tivesse esperança de demorar-se um segundo a mais sobre a mão de Dulce ou passar-lhe algum tipo de bilhete amoroso. Além de não gostar de escrever, ele notou que Christopher segurava Dulce pela cintura com atitude de marido possessivo. Se Dulce não estivesse tão atônita pelos acontecimentos da hora anterior, poderia caçoar de Christopher por ele ter-se apresentado como marido ciumento.


 Mas nada havia para achar graça. Havia muito para se considerar e muito para sentir. Ela precisava de um passeio à beira-mar como fazia em Faires para pensar.


Dulce não estava em Faires e não havia litoral em Londres. De qualquer modo, esposas de condes não andavam sozinhas.


 Assim, ficou em casa e encontrou uma janela no meio de uma escada isolada, nos fundos. Ficou ali parada, tentando analisar os próprios sentimentos.


 Fazia muito tempo que não olhava para Park Lane, a rua onde crescera. Como sempre, pessoas atraentes e bem vestidas apeavam das carruagens reluzentes. Os cavalos que puxavam os veículos eram mais bem alimentados – e provavelmente mais bem tratados – do que a maioria de seus alunos em Faires. Houve época em que esse pensamento a teria deixado desesperançada. Mas naquela altura ela pensava por que o povo de Faires não tentava fazer mais para melhorar sua condição. A ignorância talvez fosse a maior causa das dificuldades deles. Por exemplo, muitos moradores objetaram contra sua escola que não separava os sexos. E a insistência de que a Bíblia era o único livro que valia a pena ser lido? E para que aprender a ler se o Evangelho era lido para eles aos domingos na igreja? Isso sem falar na confiança cega que tinham no uísque como cura de todos os males. Deus do céu, Dulce atendera a nascimentos em que a gestante estava mais bêbada de que o pai!


 Dulce não pôde deixar de imaginar se ela fizera qualquer diferença na vida das pessoas que ela e Alfonso estavam tão determinados a salvar. John McAddams estava em um lugar mel-hor, mas graças à benevolência de Christopher. E Fergus? O mesmo poderia ser dito.


 A única coisa que Dulce podia afirmar que ela e Alfonso haviam conseguido com a ida para Faires fora a morte de Alfonso. Era triste, mas tinha de admitir. Como missionária, Dulce fora um fracasso completo.


 Mesmo se ela gastasse as dez mil libras na escola e possivelmente em um hospital em Faires, haveria alguma melhora? Os aldeões mudariam seus costumes? Dulce duvidava. De qualquer modo, não os mais velhos. Contudo, para os mais jovens... poderia haver esperança.


 Como se lesse os pensamentos dela, um dos jovens apareceu a seu lado.


 – Sra. Herrera? O que está fazendo?


 Dulce olhou para baixo e divertiu-se ao ver Fergus, os olhos grandes atrás dos óculos, mirando-a com interrogação.


 – Apenas pensando.


 – Sobre lorde Denham? – o menino perguntou.


 Dulce deu uma risada nervosa. Christopher, ultimamente, pouco se ausentava de seus pensamentos. Era estranho que Fergus houvesse mencionado justamente sobre isso.


 – Não. Por quê? – Ela procurou parecer mais despreocupada do que estava. – Eu deveria pensar em lorde Denham?


 – Bem, tenho certeza de que ele esperava que a senhora o fizesse – o menino informou-a, casualmente. – Depois de todo o cortejar.


 – Cortejar? – Dulce o fitou com um sorriso perplexo. – Do que está falando?


 – Eu disse a ele que, se a quisesse, teria de cortejá-la. – Fergus olhou o degrau onde estava com certa fascinação – sem dúvida havia muito tempo que ele via pouca coisa e até uma escada dos fundos tinha seus encantos – pulou para o degrau in-ferior com um pé. – Se quisesse ter sucesso.


 – Você e lorde Denham – Dulce falou devagar – discutiram a meu respeito?


 – Ah, sim. – Fergus deu de ombros. – Eu disse a ele: se quiser realmente conquistá-la, e eu acho que milorde quer, terá de cortejá-la.


 Um sentimento curioso, diferente dos que conhecia, moveu-se furtivamente dentro de Dulce.


 – E ele queria? – ela perguntou com voz rouca.


 Fergus revirou os olhos que antes não enxergavam.


 – Sra. Herrera, creio que a senhora é quem está precisando de óculos. Eu lhe emprestaria os meus, mas o dr. Stone-letter disse para eu não tirá-los, exceto para dormir.


Dulce, paralisada pela informação, apenas fitou o garoto.


 – Acho que ele teve um árduo trabalho – o menino observou.


 – Quero dizer, trazendo John para cá, dando os óculos para mim e todo o resto. – Mais um pulo para baixo na escada. – Sei que a senhora amava o sr. Herrera. – Outro pulo. – Mas ele sempre gritava conosco por brincarmos de bola perto da igreja.


 – Mais um pulo. – Acho que ele não a amava de verdade. Não como milorde. – Um salto final e, embaixo, Fergus pareceu muito pequeno e estranhamente autoritário. – Nunca vi um homem tão apaixonado. Foi o que minha mãe disse. E ela deve saber, pois já teve três maridos. Bem, vou falar com a cozinheira sobre um bolo. Até logo.E ele foi embora.


 E o que mais Dulce podia fazer depois dessa extraordinária conversa a não ser acabar-se em lágrimas por meia hora? 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): leticialsvondy

Este autor(a) escreve mais 15 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

stellabarcelos: Postado gatenha!! thatayvondy: Também estou gatenha ! Postado Não era verdade. Não podia ser verdade. Christopher Uckermann, apaixonada por ela?  Não. Era impossível. Fergus entendera mal. Além disso, e o que ele fizera por Fergus? E por John? Ainda deixou seu próprio criado na direção d ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • anne_mx Postado em 22/09/2022 - 23:45:10

    Que fanfic lindaaaa! Incrível como as vezes tomamos decisões erradas e só quando vivenciamos as consequências dessas decisões que adquirimos maturidade e tentamos fazer o certo, uma pena que nem sempre dá certo, no cado de Vondy deu certo, mas, infelizmente Alfonso morreu...enfimm, que possamos aprender antes dos erros <3

  • stellabarcelos Postado em 23/08/2015 - 21:18:29

    amei a fanfic ! Parabéns

  • Annie_Puente Postado em 25/07/2015 - 02:48:52

    Oiie! Lembra de mim!? Sumi por un teeempão mais to de volta! Como tu para num momento como esse!? Continua!

  • stellabarcelos Postado em 05/07/2015 - 21:44:25

    Pelo menos ela percebeu a verdade né ! Que agora o casal seja feliz ! Continuaaaaa

  • thatayvondy Postado em 04/07/2015 - 17:54:49

    Será que a Dulce já está gravida? Christopher e a mãe não irão se conter defelicidade tanta felicidadetanta. POSTA maissss...

  • thatayvondy Postado em 03/07/2015 - 11:28:04

    Que bom que apareceu!!! Estou triste pq a fanfic já está na está final e estou torcendo para que agora, a Dulce perceba que Christopher a ama. Posta mais.....

  • stellabarcelos Postado em 02/07/2015 - 21:05:21

    Que bom que você voltou ! Pensei que tinha abandonado a fanfic ! Espero que agora ela perceba o quanto ele ama ela ! Continuaaaaa

  • thatayvondy Postado em 12/06/2015 - 11:03:01

    Nena, mais de um mes VC não posta, estou ansiosa por novos capítulos, então please, apareça e poste para a minha felidade.

  • thatayvondy Postado em 12/05/2015 - 14:55:20

    Preciso de mais capítulos. Posta mais nena. Please!!!

  • stellabarcelos Postado em 07/05/2015 - 00:24:05

    Leitora nova! Estou amando a web ! Esse casal é puro fago e o Chris é pouquinho por ela daqui a pouco ela admite o amor por ele também! Ahhhh tô amando muiTo ! Quero um baby vondy logo continuaaaaa


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais