Fanfics Brasil - 37 Um Filho Teu

Fanfic: Um Filho Teu | Tema: vondy adap.


Capítulo: 37

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— Ninguém precisa de mim, nem sequer sou necessária na galeria — contestou Dulce compungida.


Ele precisava, pensou Christopher, a ponto de dizer. No entanto conseguiu controlar-se a tempo e contestar, em mudança:


— Sim é necessária, Penny não tem a experiência nem a habilidade necessária para tratar com artistas. E menos ainda tem seu olho, para comprar e expor a mercadoria, ou saber que vai com que. As vendas não baixaram, mas isso é porque os objetos são únicos, e foi você quem os selecionou — respirou fundo Christopher —. Tem uma magnífica ajudante, organizada e eficiente, e cedo poderá voltar a fazer o que mais gosta. E quando voltar, afundará a concorrência.


Dulce não disse nada, mas seu lábio seguiu tremendo. Christopher não sabia o que mais dizer, de maneira que se concentrou no trânsito. Por fim ela suspirou, e acrescentou:


— Detesto ter que o admitir, mas estou esgotada. Será melhor que me deite quando chegarmos em casa.


— Hoje esteve muito bem — sorriu Christopher —. E amanhã estará melhor ainda.


— Amanhã — repetiu Dulce —, irei trabalhar meio período.


Três semanas mais tarde, uma manhã de sábado, Christopher levou Dulce a seu apartamento. Era a primeira vez que voltava, desde sua estada no hospital.


— Coloque na mala o que achar mais necessário, de todos os modos logo precisará de roupa nova — disse Christopher.


Dulce olhou o ventre. Não tinha ninguém com quem se comparar, mas estava segura de que qualquer mulher grávida de um só bebê tinha menos barriga. Só estava a nove semanas grávida, e mal lhe cabia uma calça.


— Farei uma mala com o mais necessário, e deixarei outra preparada para que me leve quando possa.


— Deixe de lado as coisas que queira conservar. O resto levarei no porta-malas, ou me ocuparei de vender.


— Mas meu aluguel está pago até setembro! — protestou Dulce —. Prepararei o que quero levar, e deixaremos aqui o resto. Valorizará o apartamento. Sempre é mais fácil, se está mobiliado.


— Está bem, eu me ocuparei de tudo.


— De acordo, então — concordou Dulce olhando ao redor —. Suponho que não preciso levar muita coisa. Deixarei os móveis. Por que não pega umas caixas enquanto faço a mala? Estão no sótão. Tenho ali três caixas, com coisas que guardei de minha mãe quando morreu.


— Certo — disse Christopher tomando a chave que ela lhe oferecia, e a agarrando pelos quadris, para estreitá-la contra si —. O que acharia de me dar um incentivo para a mudança?


Dulce sentiu que o coração acelerava. O corpo de Christopher, contra o seu, estava excitado, lhe fundia calor. Dava-se conta Christopher de quanto o desejava? Dulce ergueu os braços e agarrou-o pelos ombros.


— Isso é fácil.


Christopher olhou-a com olhos brilhantes, azuis e desafiantes. De repente ela compreendeu o que significava aquele olhar. Ele tinha iniciado todos os beijos, todas as aproximações entre os dois. Era sua vez. Lentamente, Dulce pôs-se na ponta dos pés. Mal se dava conta de que tremia, enquanto atraía a boca de Christopher para ela. Pressionou os lábios contra os dele. Sua boca era dura, firme, mas imediatamente suavizou-se ao tocá-la. Os braços de Christopher a estreitaram, rodeando-a enquanto Dulce se agarrava a ele e emaranhava os dedos em seus cabelos. Aquele beijo fez saltar faíscas. Christopher se aprofundou nele, a assaltou. Dulce desequilibrou e ele aproveitou o momento para deslizar a língua dentro dela, fazendo-a arquear as costas. Christopher a beijou interminavelmente, deslizando depois os lábios pelo pescoço até a orelha. Dulce tremeu ao sentir que lhe mordiscava o lóbulo. De repente uma onda de desejo a embargou por inteiro. Dulce pressionou o ventre contra ele com firmeza, arqueando ainda mais as costas. Ele estava excitado, muito excitado. Dentro dela começava a surgir um vazio, que fazia questão de obter satisfação. Mas Christopher afastou-se dela lentamente, finalizando aquele beijo. Seu fôlego entrecortado roçava ainda sua pele, enquanto erguia a cabeça.


— Uau! — exclamou ele com um olhar intenso —. Acho que lamentará ter iniciado isto.


— Não, não lamento. O que lamento é que não possamos continuar — contestou ela.


Christopher ficou em silêncio. Demorou cinco segundos para responder com o cenho franzido:


— Pois demorou uma imensidão, a admitir que me deseja.


— Já para você custou muito a se decidir a fazer algo — se encolheu de ombros Duce.


Ambos se olharam por um momento, e finalmente Christopher soltou uma gargalhada, se indo.


Dulce permaneceu uns instantes parada, no meio do apartamento. Christopher não tinha voltado a tocá-la desse modo desde sua estada no hospital. Em vez disso, tinha beijado-a na testa, tinha acariciado pudicamente seus ombros ou tinha sustentado sua mão como um bom amigo. E o era, não? Não, não era somente isso, era seu marido. E Dulce desejava que a tocasse como... Como algo mais que um amigo.


Dulce começou a perguntar-se se Christopher não perderia o interesse, ao lhe crescer a barriga e adquirir um aspecto menos desejável. No entanto aquele beijo... Aquele beijo não deixava lugar a dúvidas. Christopher esperava o dia em que o médico lhes desse luz verde, para continuar com a vida normal. O problema era que, para ela, fazer amor com Christpher não era normal. Dulce desejava-o, e ele tinha deixado patente seu desejo. Mas aonde a levava isso? Dulce entrou no dormitório e abriu o armário, desanimada. Christopher era uma pessoa muito especial para ela, em muitos sentidos. Não só compartilhavam lembranças da infância, mas tinham desenvolvido uma grande amizade. E, por fim, tinha amor entre eles.


De repente Dulce soltou as roupas sobre a mala. Não, se corrigiu mentalmente, não tinha amor entre eles. Ela o amava. Era uma estúpida. Christopher simplesmente sentia por ela uma saudável atração sexual, além de afeto, mas seu coração seguia pertencendo a sua falecida esposa. E ela jamais poderia a substituir.


Esse era o problema. Dulce desejava entregar a si mesma por inteiro, de corpo e alma, demonstrar quanto o amava com seus atos, ainda que não pudesse dizer com palavras. Mas... Tinha medo. De repente, sem querer, Dulce recordou a expressão de seu rosto no dia em que lhe deram alta no hospital. No fundo de sua alma, temia no dia em que Christopher encontrasse outra mulher, uma mulher que lhe recordasse Wendy que pudesse se apaixonar para valer.


Dulce esforçou-se por continuar com a mala. Não podia fazer nada a respeito. Nem sequer devia esperar que Christopher fizesse com ela uma vida marital normal. Singelamente, tinha que recordar as condições de seu acordo matrimonial e proteger seu coração o melhor que pudesse.


Dulce ouviu o ruído da porta e deixou cair um montão de calcinhas na mala.


— Missão cumprida — disse Christopher da porta —. As caixas estão no carro. Quer que me leve essas malas?


— Sim, quando terminar já terei preparada esta outra — assentiu Dulce.


Christopher levou tudo a sua casa e pediu ajuda a Finn para desfazer as malas. Depois, foi ao escritório pretextando algo urgente que fazer. A tarefa tinha esgotado Dulce, que se alegrou de poder descansar enquanto observava Finn, guardando tudo.


— Ora! Este vestido é dinamite. Aposto que fica muito sexy com ele.




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Autor(a): Fer Linhares

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 23



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  • thayna_chagas Postado em 04/08/2020 - 14:28:19

    Final lindo mesmo ❤❤

  • sweetpink Postado em 10/04/2015 - 23:49:59

    owwwwwwwwwt o final foi lindo parabéns !!! escreveu muito bem essa fic <3

  • stellabarcelos Postado em 10/04/2015 - 18:18:55

    Own que lindos !!! Continuaaa

  • jucinairaespozani Postado em 09/04/2015 - 21:43:08

    O Christopher tem que lembra que a morta está morta vai acaba separando ele da Dul ,e a Dulce tem que para de orgulho e aceita a ajuda dele ,posta mais

  • sweetpink Postado em 09/04/2015 - 15:11:49

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • jucinairaespozani Postado em 07/04/2015 - 11:26:52

    Posta mais

  • stellabarcelos Postado em 06/04/2015 - 18:40:06

    ucker imaginando Coisas alguém vai ter que ceder e falar logo dos seus sentimentos Tô ansiosa pro nascimento das bebês continuaaaa

  • jucinairaespozani Postado em 06/04/2015 - 16:19:36

    Continua

  • sweetpink Postado em 06/04/2015 - 16:18:05

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaa leitora nova !!!! estou amandoooooo

  • amodycaya Postado em 06/04/2015 - 09:21:28

    Até que enfim eles se renderam ao desejo,mas houve amor também.Agora é só abandonarem esse medo aceitarem que se amam!


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