Fanfic: A Porta (Romance/Incesto) | Tema: Ramance,Suspense,Incesto,

 Aquele homem era desprezível. Não conseguia acreditar nas palavras que saiam de sua boca. No jeito que me olhava. Que me tocava. Eu queria tanto sair dali. retornar para minha casa. Eu tinha que conseguir. Tinha que ser forte. Para encontrar um jeito de sair daquele inferno. Mas como? Essa era a questão.

–No que está pensando? -Ele me perguntou.

–No quanto você é desprezível. -Respondi com um olhar de nojo. -Ele riu.

–Pode me insultar o quanto você quiser Olivia. Ou prefere senhorita Parker, talvez a logo mais intimo. -Nesta hora ele se levantou da mesa. Veio até a cadeira onde eu estava sentada. E aproximou sua mão de uma das minhas coxas. Neste instante eu segurei sua mão e o afastei.

–O que foi não gosta. -Disse segurando o meu rosto com uma de suas mãos. Ele apertava cada vez mais forte. Tentei retirar sua mão de mim. Mas com sua outra mão ele a agarrou e começou a torcer meu braço. -Daqueles homens safados você gostava. Gostava do jeito com eles te tocavam. Quantos você já teve de uma vez? Dois, três? Disse aproximando seu rosto do meu. Depois me empurrando para o chão.

 Eu não queria. Realmente não mas as lágrimas começaram a rolar pela minha face. Ele só podia me conhecer. Se não como saberia uma coisa desta. Quem ele era afinal. Eu estava ali caída sem nem ao menos ter vontade de me levantar. Dava para ver a sombra dele se aproximando de mim. Senti o meu rosto e braço queimarem de dor. Quando do nada ele me pegou pelo braço.

–Saia! Te levarão para um outro comodo. Mas ouça bem dá próxima vez que você se comportar deste jeito. Não vai ter próxima. Entendeu? -Fiz que sim com a cabeça. Abri a porta e sai dali.

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 Já havia se passado um dia depois de tudo aquilo. Eles me levaram para um quarto. Que ficava no segundo andar da casa. Só assim descobri que esse tempo todo estava em um andar subterrâneo. O quarto possuía uma cama de casal um guarda roupas e um escrivadinha. Além de um banheiro. Só de estar ali me sentia melhor. Além do mais tinha um janela com grades e vidro fume que dava para ver um belo jardim. Dava para ver um senhor que parecia bem idoso e um rapaz cuidando das plantas. Talvez aquela fosse a oportunidade que eu precisava. Ouvi alguém batendo na porta. E a abrindo. Era ele. Eu tinha que me controlar. Respirei fundo e olhei para o chão.

–Como está? -Ele perguntou.

–Bem. -Respondi secamente.

–Vim lhe fazer companhia. Disse com um certo ar de sarcasmo. -E se sentando em minha cama.

–Como você se chama? -Perguntei me esforçando para não parecer rancorosa.

–Pode me chamar de Enzo.

–Esse é o seu nome? -Perguntei.

–O nome que eu me dei. -Ele respondeu.

–Está certo.-Respondi. -E de onde nos conhecemos.

–Digamos que sou um admirador rejeitado.

–Eu não sei quem você é. Como eu posso…

–Eu não tinha esse rosto, essas cicatrizes. E mesmo assim você me rejeitou.

–Talvez agora tenha chegado a sua hora. -Eu disse sorrindo.

–Acha que sou idiota. que você mudou de idéia tão rápido. -Disse Enzo com a voz alterrada.

–Eu estou tentando ficar bem com você. -Respondi.

–Para que? Fugir? -Ele perguntou.

–Você realmente não entende. Você é a única pessoa que fala comigo a quase uma semana. Eu sinto que vou enlouquecer a qualquer instante. Disse chorando. Ele passou a mão no meu rosto. E eu estiquei a minha para passar no dele. Quando ele segurou a minha mão.

–É melhor você não fazer isso. -Enzo falou em um tom de voz mais sereno.

–Deixa. -Eu disse

 Quando eu o toquei senti o seu rosto meio frio. Erra estranho em algumas partes. Sentia um misto de medo e curiosidade. Um frio na barriga. Algo que nunca tinha sentido antes. Era isso eu estava ali para pagar os meus pecados. Sempre soube dos erros que cometi. De quantas vezes magoei meu pai e meu irmão. Quantas noites mesmo meu pai estando doente lhe causei sofrimento.

 Olhei dentro dos olhos de Enzo. Eram castanhos. com uma certa tristeza e ódio. Mas ao mesmo tempo tão familiares. Quem ele era afinal? O porque desta sensação de que sei quem é? Ele aproximava mais o seu rosto do meu como quem buscasse meus lábios. Rapidamente eu me afastei dele.

–Quando isso terminar você vai me odiar não vai? -Ele perguntou como quem buscasse forças para dizer.

–Não! Porque eu já odeio você. Depois de tudo o que você já me fez. Olhe para mim, para o meu rosto meus braços. Você é um mostro uma atrocidade. Então eu odeio você, eu odeio. -Disse aos gritos.

–Se é assim. -Ele disse.

 Ele puxou o meu corpo para perto do seu. De uma forma tão rápida que quando me dei conta já podia sentir os seus lábios nos meus. Um beijo que fazia o meu coração tremer. E ao mesmo tempo que algo me fazia recuar. Eu lutava para me soltar. Mas por um instante eu me entreguei. Sentia um frio na barriga como no primeiro beijo de minha vida. Quando o tempo para e poucos segundos parecem horas. O momento em que o coração toma o lugar do cérebro. Aquele em que cometemos nosso maiores erros. Foi então que percebi que só podia ser uma pessoa. Estava na minha frente o tempo todo. Desta fez com certeza eu iria para o inferno.