Fanfic: A Contra Cielo - Fanfic ValeCamil | Tema: Fanfic sobre os atores principais de "A Feia Mais Bela" Jaime Camil e Angélica Vale

<3 Preciso de alguém que sente comigo e fale: “Calma, eu estou com você e vou te proteger”. <3

[Angie]

Saio da cozinha e sigo em direção à sala. Desde o ocorrido todos os cômodos da casa me relembram todo o horror que vivi. Ter o Jaime ao meu lado me tranquiliza. Ao sentar-me no sofá um flashback passa em minha mente.
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– O que você vai fazer Otto!?
– Você vai ver, Angélica, sou capaz de te dar muito mais prazer que ele, você gosta assim? – Ele cada vez aumenta a força dos seus tapas.

Choro descontrolada, não posso acreditar que Otto seja capaz de fazer isso, ainda tenho esperanças de que ele me solte. Ele toma em suas mãos um dos lados da minha calcinha e a puxa até a mesma se romper, logo me vira de frente e me olha. Descontrolado rasga minha camisola me deixando só de lingerie. Mais uma vez ele me joga no sofá se colocando em cima do meu corpo.

– Otto, por favor, não faz isso. Pelo que nos vivemos, pelos sentimentos que já senti por você, não faz isso.

Mas uma vez ele me ignora.
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Meu coração está a ponto de saltar do peito, minhas mãos suam, meu corpo treme, minha cabeça dói. O choro é incontrolável. Sinto meu corpo fraqueja, já não suporto.

[Jaime]

Ando em direção à sala, chegando lá me deparo com Angie caída no chão, me desespero e corro ao seu encontro.

– Angie! Acorda, meu amor!

Não penso duas vezes, a tomo em meus braços, coloco-a dentro do carro e sigo até o hospital mais próximo. Olho-a constantemente pra ver se ela reage, mas nada acontece.

Chego ao hospital, saio do carro, dou a volta e pego Angie que está no banco traseiro. Choro descontrolado, tento segurar, mas não consigo. Adentro com ela em meus braços e peço socorro:

– Socorro, me ajudem, ela apagou não sei o que faço! Me... ajudem...

Todos que estavam a minha volta me olham, em poucos segundos trazem uma maca e levam-na  para ser socorrida. Enquanto isso, tenho que dar todos os dados da Angie a enfermeira e mais uma vez tenho que dizer que sou seu marido.
Terminando corro pra a sala onde estavam socorrendo ela. Chegando lá ela já havia despertado.

– Angie! – A abraço.

– Como você se sente? Ela não esboça nenhuma reação.
– Calma, senhor, ela está bem.
O médico fala olhando toda a cena.

– Preciso lhe fazer algumas perguntas.
– Claro, claro pode fazer.
– Sua esposa tem esses desmaios frequentes?
– Não – Respondo balançando a cabeça.
– Certo. Ela tem se alimentado de forma correta?
– Isso não, Doutor, ela não comeu praticamente nada hoje. Depois de muito insistir consegui fazê-la comer, mas mesmo assim comeu muito pouco.

Angie apenas ouve atentamente nossa conversa.

– Então o motivo por esse desmaio foi decorrente da má alimentação, bom a única coisa que posso receitar é que você procure se alimentar bem, se por acaso os desmaios ficarem frequentes, volte e assim passarei alguns exames para fazer, certo?
– Claro, Doutor. Ela já pode ir para casa?
– Sim, está liberada.

Saímos do hospital, abro a porta do carro e Angie entra, logo em seguida entro também. Olho-a. Ela está abatida, me parte o coração vê-la assim.

– Angie, você tem que comer, não aguento vê-la assim.

Ela me ignora, não me responde, o que esta acontecendo com ela?

[Angie]

O que esta acontecendo comigo? Minha única vontade é trancar-me em um quarto e não sair mais, tudo me incomoda. Seria falta de educação não responder a pergunta do Jaime nesse momento, sei que ele esta muito preocupado comigo.

As palavras se prendem em minha garganta, até que consigo falar:

– Te prometo que vou fazer o possível pra me alimentar melhor.
Ele sorri, beija minha testa e saímos. Não quero pensar em tudo que aconteceu, mas as lembranças a todo o momento ressurgem em minha mente, cada vez me sinto pior.

[Jaime]

Ao menos ela me respondeu. Alguns minutos que saímos lembro-me que ela precisa ir à delegacia.

– Angie, você precisa ir fazer o B.O, precisa dar seu depoimento.
– Não, eu não quero ir! Eu não vou, Jaime, não vou –  Seus olhos marejam.
Paro o carro no acostamento me volto pra ela e olho-a nos olhos.

– Olha, Pequena, eu sei que está sendo difícil para você, sei que você não quer recordar tudo o que aconteceu, mas é necessário. Você não quer que ele volte a te perturbar não é? –  Ela balança a cabeça o – Então, Pequena, faz isso por você, faz isso por mim também porque  quero te ver sorrindo, quero te ver elétrica, com suas gargalhadas. Eu prometi e vou
cumprir, nunca irei te abandonar, certo? – Ela mais uma vez não fala nada apenas balança a cabeça – Vamos?
– Sim.

Depois de minhas palavras ela me responde.

Dou a volta no carro e sigo em direção à delegacia.

 Chegando lá descemos do carro, entramos e ao olharmos à frente temos uma terrível surpresa logo na entrada:  Otto sentado em uma cadeira com suas mãos algemadas.

Nesse instante Angie grita:

– NÃO! Jaime, me tira daqui. Pelo amor de Deus, me tira daqui!

 Ela me abraça forte, seu corpo treme.
– Calma, Pequena, ele não pode te fazer mal aqui.
– Quero sair daqui!

Ela tenta sair, mas é impedida por um dos policiais que ali se encontravam.

– Calma, senhora, seu depoimento é importante, não pode simplesmente ir embora. Se ele está incomodando nós o tiramos daqui, não se preocupe.
O policial levanta Otto.

– Não precisa fazer esse showzinho, Angélica, não sou esse monstro não – Diz Otto já sendo retirado do ambiente em que estávamos.

30 minutos depois Angie está mais calma e entra na sala para dar seu depoimento.

Eu fico sentado a esperando, seguido dela também irei prestar o meu.

[Angie]

Entro na sala, sentando-me em seguida na cadeira, há um escrivão do meu lado.
– Então, senhora Vale, conte como tudo ocorreu.
Minhas mãos soam sinto um misto de sensações percorrerem por toda a extensão do meu corpo. Tento abrir a boca pra falar alguma coisa mais é em vão.

[Jaime]

Passo alguns minutos ali, enquanto Angie dá seu depoimento vou lá fora. Até que ouço meu celular tocar, nem olho para a tela simplesmente o atendo:

– Alô?!