Fanfics Brasil - ♂♀ Ilha da perdição ღ≈๑ (DyC) [Terminada]

Fanfic: ♂♀ Ilha da perdição ღ≈๑ (DyC) [Terminada]


Capítulo: 8? Capítulo

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Capitulo VIII


 


Chris estava no chuveiro quando Dulce despertou. Ficou surpreen­dida ao perceber que havia dormido tanto, o que foi confirmado por Chris, quando ele entrou na cabina, vestindo um par de jeans. Aproxi­mou-se da cama e beijou com ternura seus lábios e os bicos de seus seios.


— Hoje pretendo mostrar-lhe Ios e à noite jantaremos num restau­rante que eu conheço. É propriedade de alguns amigos meus, mas primeiro preciso dar alguns telefonemas. Parece que alguns dos meus sócios tentaram entrar em contato comigo ontem. Felizmente dei ordens à tripulação para não sermos perturbados. — Chris sorriu, ao perceber que Dulce corava. — Ah, os seus olhos me censuram por eu ser pouco cavalheiro e recordar a nossa paixão mútua, mas o seu corpo não está de acordo com o que você pensa... Além do mais, acho erótico lembrar o que aconteceu entre nós... Bem, vou deixá-la se vestir e darei ordens à tripulação para ancorar em Ios. Devemos chegar lá na hora do almoço. Comeremos a bordo, explo­raremos a ilha e mais tarde iremos jantar.


Dulce passou com generosidade óleo de bronzear pelo corpo e colocou um chapéu de palha cor-de-rosa, que combinava com o vestido da mesma cor, localizado no guarda-roupa. Sandálias cor-de-rosa, em tom mais claro, completavam a toalete.


O sol brilhava no céu sem nuvens, de um azul tão intenso que se tornava quase impossível acreditar que aquilo era real. Haviam navegado durante a noite inteira e agora encontravam-se diante de Ios. Enquanto esperava Chris, Dulce contemplava o porto.


Lojas e casas apinhavam-se em torno do cais, intercalando-se com restaurantes e bares. Os veranistas circulavam pelas ruas, queimados de sol. Quando Chris chegou, ela voltou-se para ele e sorriu.


Comeram no almoço um delicioso peito de frango cozido no vinho, acompanhado de cogumelos e salada de alface. Dulce mal conseguiu dar conta da sobremesa, uma soberba musse de chocolate.


— Bem, agora faço questão de lhe mostrar Ios! — declarou Chris, assim que terminaram.


Enquanto vivesse, Dulce não esqueceria aquela tarde gloriosa. Per­correram o porto de mãos dadas e Dulce ficava cheia de orgulho toda vez que olhava para Chris. Mesmo estando vestido muito à vontade, com uma camisa de mangas curtas e jeans, dele emanava uma aura de poder que fazia todas as cabeças se voltarem, sobretudo quando se tratava de mulheres. Ela também fazia sucesso e mais de um grego de olhos negros olhou-a com declarada admiração.


Chris, pelo visto, conhecia a ilha muito bem e conduziu Dulce até uma lojinha situada numa ruela de casas muito alvas. Bateu na porta e um velho, muito enrugado, atendeu e sorriu.


— Ari! Achei que você já não se lembrasse mais de mim!


Imediatamente foram convidados a entrar e o ambiente era delicio­samente refrescante, após o forte calor que reinava nas ruas. O velho Ari falava e Chris limitava-se a ouvir. Dulce olhou em torno. Na loja vendia-se todo tipo de apetrechos destinados à pesca e era muito bem sortida.


— Quer dizer que finalmente você a localizou e a trouxe para eu conhecer, Chris? Pois fez uma bela escolha. Elas vão ficar muito bem nela, como talvez não ficariam numa mulher grega. A pele dela refletirá o seu brilho. Vou buscá-las...


Ari notou que Dulce estava cada vez mais intrigada e apreensiva e apressou-se a dar explicações, num inglês bem pronunciado.


— Há muitos anos seu marido veio a esta ilha, logo após uma terrível tempestade. Naquela ocasião eu perdi meu filho e o meu barco e estava à beira do desespero. Foi seu marido quem me deu esperanças, que me lembrou que eu tinha uma filha e que um dia teria netos. Deu-me também dinheiro para comprar esta loja e o seu estoque. Apesar de nunca ter deixado de lamentar a morte de meu filho, acabei compreendendo que sempre vale a pena viver. Conforme Chris predisse, tenho dois belos netos e nenhum deles terá necessidade de enfrentar o mar para tirar dele seu sustento. Em retribuição a tudo o que seu marido fez por mim, ofereci-lhe o único objeto de valor que eu possuía, um colar de pérolas, presente de meu pai, que as recolheu nesses mares. Chris recusou. Pediu que eu guardasse as pérolas e somente quando encontrasse uma mulher merecedora dessa dádiva, ele viria buscá-las. Durante muitos anos temi que ele não cumprisse a sua promessa, mas agora vejo que ele foi sensato em esperar...


Ari desapareceu nos fundos da loja e Dulce voltou-se impulsiva­mente para Chris, com a voz rouca de emoção, tentando transmitir o que sentia.


— Ari tem razão. Até agora nunca surgiu uma mulher a quem eu considerasse digna das pérolas, cujo valor pode ser medido pelo número de vidas sacrificadas para a sua obtenção. Mergulhar em busca de pérolas era a única maneira que um morador destas ilhas tinha de conseguir alguma riqueza. O que Ari não lhe contou foi que o pai dele e mais três tios perderam a vida, sem conseguir completar um só fio de pérolas. O próprio Ari também, mergulhou e danificou permanentemente os seus pulmões. Eles amarram no corpo pesadas pedras e mergulham a profundezas inimagináveis.


Antes que Dulce pudesse fazer algum comentário Ari voltou, com uma pequena caixa de couro. Entregou-a a Chris, que a abriu, deixando Dulce estarrecida.


As pérolas pareciam desprender vida e ela tocou-as com admiração.


— Volte-se.


Dulce obedeceu às instruções de Chris e fechou os olhos, ao sentir o colar em torno de seu pescoço.


— Que tal, Ari?


— Como já disse, meu amigo, você fez uma bela escolha e sinto-me feliz por me ter livrado de um débito que, de vez em quando, me pesava muito.


Permaneceram na companhia de Ari durante mais meia hora, bebendo um forte café turco e Dulce limitava-se a ouvir, enquanto os dois recordavam os tempos passados. Passava das três quando finalmente partiram. Assim que puseram o pé na calçada, quase fica­ram cegos, diante da luminosidade do sol.


Caminharam em direção à praça principal, onde alugariam um táxi a fim de visitar o túmulo de Homero.


— Por que foi que você aceitou o colar, Chris? — indagou Dulce, não conseguindo mais controlar a curiosidade. — Oh, sei que é muito bonito, mas...


— Era a única coisa que ele possuía de valor, além da loja. Dulce, você ainda tem muito a aprender em relação ao homem grego. Ari apreciou muito a minha ajuda e queria me reembolsar, mas a única maneira de fazê-lo era me oferecendo o que ele tinha de mais valioso. Se eu tivesse recusado, ele teria ficado mortalmente ofendido. Daria a impressão que não valorizava o sacrifício que ele estava fazendo. Não percebe?


O homem a quem Dulce havia desposado era uma estranha mistura. De vez em quando comportava-se com ternura e consideração, como a mais perceptiva das mulheres e, no entanto, em outras ocasiões... Precisava tentar enterrar definitivamente o passado, mas ele não permaneceria sepulto para sempre. Tinha que falar com ele a respeito de Belinda e de seus planos, pelo amor à criança que um dia lhe daria. Mas não era chegado o momento, disse uma voz interior. Queria aproveitar aquele dia até o fim!


Tomaram um táxi e seguiram uma estrada mal-conservada, em direção ao lugar onde estava enterrado o grande historiador, que havia dado ao mundo aquelas duas obras-primas que são a Ilíada e a Odisséia. Como Dulce havia amado o trágico Aquiles, chorado por Cassandra e amaldiçoado Apoio, capaz de fazer tantas profecias; chorado com Penélope, justamente compensada após o retorno de seu marido...


A sepultura não era tão impressionante como Dulce havia esperado, mas mesmo assim havia um clima de paz, o que lhe proporcionou grande tranqüilidade. Ambos permaneceram em silêncio durante alguns minutos e Chris caminhou de volta com ela para o táxi.


O dia chegava ao fim, quando voltaram para o iate, mas, pela primeira vez desde que Dulce havia chegado à Grécia, o pôr-do-sol não foi espetacular.


Ela usou um dos dois trajes de noite que havia encontrado a bordo. Era azul-turquesa e valorizava sua pele queimada. Dulce pôs o colar de pérolas e seus olhos ficaram úmidos de lágrimas. Sentiu-se profun­damente tocada ao saber que o velho Ari a considerava digna de tamanha dádiva.


"Ari, farei jus a essas pérolas", prometeu em silêncio, convicta de que encontraria forças para um dia enfrentar Chris, no que dizia respeito a Belinda.


Ele entrou quando ela passava batom e ficou a contemplá-la durante alguns segundos sem dizer nada.


— Não estou vestida com excessiva cerimônia, não é mesmo? — indagou Dulce com ansiedade. — Você disse que iríamos a uma boate...


— Está perfeita. Os freqüentadores dos bares e tavernas da ilha vestem-se muito à vontade, mas essa boate pertence a um hotel muito elegante. Que bom que esteja usando as pérolas! — ele acrescentou com ternura, beijando-a suavemente na nuca.


Dulce usava os cabelos para cima, e assim que pôs as sandálias Chris olhou-a com declarada admiração. Se fosse desfilar numa passa­rela não faria nada feio, naquele momento!


Um velho táxi os esperava no cais e, a despeito de sua aparência, era limpo e confortável. A noite estava muito escura e eles mal conse­guiam distinguir a paisagem. Finalmente chegaram a uma pequena baía, junto à qual havia um bosque de oliveiras, iluminado por luzes coloridas.


O táxi parou diante da suntuosa entrada do hotel e, ao descer, Chris pagou o chofer, dando-lhe rápidas instruções.


— Disse a ele que venha nos buscar mais tarde. Gosto imensa­mente de dançar, mas não chego ao exagero dos meus amigos, que são capazes de ficar numa pista até o sol raiar. Há maneiras muito mais interessantes de passar a noite, não acha?


Dulce ainda estava ruborizada quando entraram na recepção do hotel. Um garçom impecavelmente trajado dirigiu algumas palavras a Chris e logo após entrou por uma porta na qual havia uma placa com a inscrição "Entrada Proibida". Alguns segundos mais tarde a porta se abriu e surgiu um homem que caminhou rapidamente em direção a Chris, abraçando-o.


— Chris! Que prazer! Por que não nos avisou que vinha


— Foi uma decisão de última hora. Poncho, quero apresentar-lhe minha mulher.


Poncho Herrera inclinou-se e sorriu.


— E Belinda?


— Ficou em Eos.


— Que pena. Bem, vocês serão nossos convidados. Gostaria de jogar, Chris? — Poncho recebeu uma recusa e sorriu. — Desculpe, meu amigo, é claro que não quer. Já estava esquecendo. Afinal de contas, os negócios são muito mais excitantes do que um mero jogo de roleta, não é mesmo? E é nesse mundo que você vive...


— Trouxe Dulce para que ela possa ver as danças tradicionais gregas.


— Claro! Só que elas já não são mais dançadas diante dos turistas. Os dançarinos não gostam de enfrentar esse tipo de público. Para eles a dança é algo muito sério, é um ato sagrado. Jantarão aqui, é claro? O que gostaria como entrada? Caviar?


— Nada disso, Poncho. Gostaria que Dulce experimentasse a nossa comida tradicional: aquela sopa que sua mãe costumava preparar, quando eu era menino; pitta assada, como só ela sabe fazer; frutos do mar, espetos e, para terminar, doces de amêndoas...


— Pode deixar comigo. Venham, Anthony os levará até a mesa. Peter é quem conduz o grupo de dança agora. Lembra-se dele? Costu­mava pescar no barco do pai, até o velho morrer. Agora tornou-se guia turístico e ganha muito mais do que seu pobre pai. As coisas mudaram muito por aqui!


— Mas o que você faria sem os turistas, meu amigo? Quem se hospedaria neste belo hotel?


Poncho, rindo, deu um tapinha nas costas de Chris e chamou um garçom.


— Divirtam-se. Posso vir encontrá-los mais tarde ou a minha presença seria inconveniente?


O garçom os conduziu a uma mesa próxima à pista de dança, mas ainda assim colocada em lugar bem discreto.


A não ser em Paris, Dulce jamais havia ido a um restaurante tão luxuoso. A sopa, cremosa e que desprendia um cheiro delicioso, estava ótima. Os mexilhões eram incomparáveis. Tomaram um vinho tinto que se casava perfeitamente bem com o espeto de carneiro.


Dulce mal conseguiu tocar nos doces de amêndoa, após terminar de comer, mas, a fim de agradar Poncho, que viera ao encontro deles, forçou-se a beliscar um doce.


A maior parte das pessoas havia terminado de comer. A conversa às mesas foi morrendo e aos poucos criou-se um clima de expectativa.


Quando finalmente o grupo de dançarinos, todos homens, apareceu, o silêncio tornou-se mais profundo. Chris relaxou na cadeira e entre­laçou seus dedos com os de Dulce.


— Agora os senhores verão uma apresentação por um grupo aclamado em toda a Grécia. Ganharam numerosos prêmios e Poncho sente-se muito feliz por poder mostrá-los.


" Dulce, excitada, sentou-se na ponta da cadeira, tentando seguir os passos ágeis e rápidos, e somente se distraiu ao ver os garçons indo de mesa em mesa, distribuindo pilhas de pratos.


— O que eles estão fazendo?


— Espere e verá! — disse Chris com ar misterioso, chamando o garçom e pegando meia dúzia de pratos. — Quer beber mais alguma coisa?


Dulce fez que não. Já se sentia um pouco tonta e estava decidida a encarar, aquela noite, a presença de Belinda na vida de Chris. Queria perguntar-lhe o que ele pensava fazer em relação à situação, e para isso precisava estar de cabeça fria!


A música foi em um crescendo e todos os presentes se levantaram, começando a jogar pratos na direção dos dançarinos, para grande espanto de Dulce. Os artistas continuaram com seus passos complica­dos, sem demonstrar a menor hesitação.


— Mas o que estão fazendo, Chris?


— É uma maneira de demonstrar o quanto estão gostando. Quanto mais uma pessoa aprecia a dança, mais pratos ela joga. Na Espanha jogam flores, em sinal de apreciação por um toureiro; na Inglaterra, jogam tudo quanto é objeto em um campo de futebol, mas aqui na Grécia recorremos aos pratos. Assim, veja!


Dulce, encorajada por Chris, jogou alguns pratos na pista da dança, admirada em ver como os dançarinos evitavam os cacos.


Era muito tarde quando se retiraram. Poncho sentou-se à mesa deles, assim que os dançarinos acabaram, e ele e Léon passaram muito tempo relembrando o passado. Haviam trabalhado juntos em Atenas, nos escritórios de um armador milionário, mas Chris não se descuidava da presença de Dulce. Permaneceu abraçado com ela o tempo todo e a olhava continuamente.


— Antes de partirem precisam ficar conhecendo os dançarinos — insistiu Franco. Foram até atrás do palco, onde o amigo de Chris os apresentou aos encantadores rapazes que haviam dançado tão bem.


Em seguida dirigiram-se ao apartamento privado de Franco, a fim de conhecer sua família e dar um alô para as duas crianças sonolentas que levantaram da cama para beijar o avô, a quem não viam há algum tempo. Finalmente Dulce e Chris partiram, não de táxi, mas no carro de Franco. Ele os acompanhou até a porta e olhou para o céu. Chris e Dulce fizeram o mesmo, surpreendendo-se ao perceber que não havia estrelas no firmamento.


— É mau sinal — comentou Franco. — A temperatura começou a cair.


— Vem aí um temporal — observou Chris.


Enquanto regressavam ao iate, Chris parecia perdido em seus pensa­mentos e uma ou duas vezes Dulce teve de repetir os comentários que fazia, antes que ele se desse conta. Que estaria acontecendo?, indagou-se Dulce.


Subiram a bordo em silêncio e foram diretamente para a cabina. A primeira coisa que Dulce fez foi tentar abrir a fechadura do colar, mas não conseguiu. Pediu auxílio a Chris e, quando ele se aproximou, seu odor másculo penetrou-lhe nas narinas.


— Pronto!


Chris entregou o colar com um sorriso.


— Divertiu-se hoje à noite?


— Diverti-me, sim.


O ar parecia carregado de eletricidade e o desejo pulsava entre os dois. Antes que ele a tomasse nos braços ela já sabia o que iria acontecer.


Ele baixou rapidamente o zíper do vestido e quase arrancou o traje de seu corpo. Em seguida abraçou-a com tamanha força que ela conseguia sentir os botões da camisa dele pressionando sua carne. A camisa de Chris estava desabotoada à altura do pescoço, mostrando um palmo de pele queimada de sol e coberta de pêlos negros. Dulce beijou-o levemente, e seus lábios se entreabriram. Chris segurou seus seios, acariciando-os, até eles ficarem rijos. O desejo invadiu-a com o ímpeto de uma torrente. Chris a fez deitar na cama e começou a explorar lentamente seu corpo, mediante beijos prolongados e sensuais. Suas carícias foram retribuídas com idêntica intensidade e Dulce estremeceu nos braços dele. Todo o corpo de Chris estava retesado como um arco e os lábios de Dulce seguiram a trilha negra de seus pêlos.


— Cristos, Dulce!


Os lábios de Chris colaram-se aos dela, transmitindo toda a intensi­dade de seu desejo.


Dulce ouviu um som que vinha à distância, familiar e perturbador. Tentou ignorá-lo, pressionando seu corpo de encontro ao de Chris, entrelaçando suas pernas às dele, mas de nada adiantou, pois ele se afastou.


— O telefone está tocando! — murmurou Chris.


"Pois deixe tocar!", ela teve vontade de dizer, mas ele já se sentava, tirando o aparelho do gancho. Ouviu em silêncio, durante alguns segundos, e a expressão de seu rosto aos poucos se modificava. Dulce sentia que cada vez mais Chris se afastava dela.


— O que foi? O que aconteceu? — ela indagou, quando ele colocou o telefone no gancho e ficou com o olhar perdido e os cotovelos apoiados nos joelhos.


— É Belinda. Desapareceu... Pelo visto, foi dar um passeio hoje à tarde e até agora não voltou. Estão vasculhando a ilha inteira. Precisamos voltar. — Chris pegou o telefone interno e comunicou-se com o capitão. — Por favor, quero saber qual é a previsão do tempo. Prepare-se para voltarmos para Eos o mais rapidamente possível.


Chris ouviu durante alguns segundos, com o cenho franzido. Seus pensamentos estavam tão distantes que Dulce duvidava que ele tivesse consciência de sua presença.


Uma amargura imensa apoderou-se dela. Havia-se proposto a perguntar a Chris quais eram seus sentimentos em relação a Belinda.


Bem, agora tinha a oportunidade de constatar. Ele não fazia a menor questão de ocultar sua preocupação. Há alguns momentos estivera a ponto de fazer amor com ela e, no entanto agora, após um telefonema, estava completamente esquecida. A dor penetrou-a fundo e ela esten­deu a mão, à procura do roupão.


— As previsões do tempo não são nada animadoras — informou Chris, assim que desligou. — Espero que você seja boa marinheira, pois vem aí uma tempestade.


— Mas não haverá perigo, não é mesmo? — indagou Dulce, estremecendo um pouco ao relembrar as histórias que havia lido sobre o perigo daquelas tempestades no mar Egeu. Na Grécia antiga pensa­va-se que essas tormentas eram causadas pela ira de Poseidon, o deus do mar, e em algumas ilhas chegava-se até mesmo a fazer sacrifícios humanos, a fim de apaziguá-lo, da mesma forma que ela estava sendo sacrificada, devido ao desejo de Chris por Belinda!


— Mas será que não podemos esperar até amanhã para voltarmos? Belinda não deve ter ido longe! Você mesmo disse que todos estavam procurando por ela.


— Você não entende! Eu tenho de voltar... Dulce... desculpe, mas não posso deixar de fazê-lo. Tenha paciência, sim?


Dulce concordou, muito a contragosto, e tentou dominar o medo. Afinal de contas, o que Chris lhe pedia naquele momento? Que o perdoasse por ele ser incapaz de superar seus sentimentos em relação a Belinda? Esperar pacientemente, em um discreto segundo plano? Era natural que ele se preocupasse com sua irmã e ela devia parar de tirar conclusões falsas. Chris a desejava. Ele não somente o declarara, como também o demonstrara. Ela precisava ter confiança nele. Dulce respirou fundo, enchendo os pulmões de ar.


— Vou me vestir.


— Assim é que eu gosto! Irei até o convés. Creio que esta noite será longa!



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Autor(a): dullinylarebeldevondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 428



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  • jessikavon Postado em 12/11/2009 - 18:10:03

    Q mara...ansiosa por todas suas wn...simplesmente adoro todas...


    :)

  • jessikavon Postado em 12/11/2009 - 18:10:03

    Q mara...ansiosa por todas suas wn...simplesmente adoro todas...


    :)

  • anjodoce Postado em 25/10/2009 - 14:46:43

    Amei sua web, foi perfeita.
    Parabéns!!!!!!!!!
    A acompanharei na próxima, beijos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • anjodoce Postado em 25/10/2009 - 14:46:42

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  • anjodoce Postado em 25/10/2009 - 14:46:36

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