Fanfic: Proposta Ultrajante AyA

Chegar lá de surpresa seria a única solução. Anny apanhou a sacola de viagem e decidiu ir a Montague Park tentando, ver Alfonso antes mesmo de visitar sua família no chalé. O que mais poderia fazer? Deixar Ucker encarar a sentença sozinho?

 Mas... Alfonso a ouviria agora?

Depois de seu comportamento da tarde da véspera, Anny imaginou que ele devia estar furioso. Sua segunda visita ao escritório e a louca resposta ao abraço dele, seguida da fuga sem sentido, fora outra loucura. Mesmo com a melhor boa vontade do mundo, ela sabia ser impossível explicar por que voltara quando não tinha intenção de aceitar a oferta de Alfonso. Se não podia

explicar para si mesma, como poderia explicar a ele?

Fechando a sacola, olhou-se no espelho e quase teve um desmaio. Seus cabelos estavam despenteados, o rosto pálido, sem maquiagem, e o jeans e a camiseta que usava não erarn adequados para persuadir um homem a desejá-la. E para

isso iria sacrificar seus princípios! Além do mais, Alfonso lhe dissera que ela precisava dar uma resposta no prazo estipulado. E agora, se quisesse conquista-lo apesar de tudo, precisaria ter aspecto bem melhor, teria de ser sedutora...

Tratava-se de uma situação que nunca experimentara antes, quando sua maior ambição sempre fora encontrar um homem especial que a veria como pessoa em vez de como desafio sexual ou um troféu. Consciente de que seu rosto, cabelos e corpo encorajavam os homens a concluir que ela cederia facilmente,

Anny nunca usara roupas provocantes. Porém, no momento, era do que precisava, não era? Saiu de seu apartamento e bateu na porta da vizinha.

Lola, uma atraente morena que trabalhava à noite num bar da cidade, abriu a porta.

- Anny, recebeu meu recado? - ela foi logo perguntando.

- Sim, obrigada. Olhe, você poderia me emprestar algumas das roupas que você usa no bar? - hesitante, Anny perguntou. - Não se preocupe, pois tomarei cuidado com elas.

- Você é a mesma mulher que me disse certa vez que os seios foram feitos para ser cobertos, não para ser postos à venda num balcão de frutas?

- Sou.

Lola sorriu e fez Anny entrar.

- Agora diga-me, quem é o rapaz que está fazendo você mudar de idéia?

- É um desafio que vou enfrentar - Anny respondeu, pálida agora.

- Adoro desafios! - Lola declarou e abriu as portas do guarda-roupa. – Confie em mim, amiga. Agora que cedeu devido a,seu desespero, serei sua melhor companheira.

Meia hora mais tarde Anny examinou-se ao espelho de seu próprio

apartamento. Um top rosa segurava seus exuberantes seios e ela precisara se espremer para vestir a apertada minissaia com abertura ao lado. Os sapatos de salto fino e muito alto tinham apenas duas tiras com pedrarias para segurá-los aos pés. Acima de um dos tornozelos Anny colocara uma imitação removível de tatuagem, muito original. Lola lhe garantira que tatuagens deixavam os homens loucos. Anny tentara recusar, porém Lola insistira que tinha mais experiência com homens e que todos eram iguais, escravos dos próprios hormônios sempre. .

- Você vai parar o tráfego, vestida assim. Na próxima vez em que sairmos juntas insisto .,que ponha sua roupa de trabalho e suas botas outra vez – Lola prevenira-a, passando as mãos pela linda cabeleira loura de Anny, que ia até o meio das costas.

 - Não poderia enfrentar essa competição. Ficaria com ciúme e

nunca mais falaria com você.

- Sem problemas. Não gosto deste meu aspecto. Não que não esteja grata a você - Anny acrescentara depressa, enquanto punha a capa de chuva.

- Espero que ele valha seu esforço...

- Ele provavelmente acha que vale.

Um pouco depois das sete horas da manhã do dia seguinte, Anny enfim chegou aos imponentes portões de Park Montague e olhou para a longa vegetação que se estendia diante dela, até a porta de entrada.Seus pés doíam muito por causa dos sapatos. Na verdade, não queria nem um pouco chegar ao seu destino. Ou chegar ao terrível momento em que teria de dizer a Alfonso que vencera, e que ela seria dele pelo tempo que quisesse.

Enquanto se aviltava pelo que iria fazer acrescentava a isso o tormento de saber que Alfonso se regozijaria a cada minuto de sua queda.

Vinte minutos mais tarde chegou ao portal da majestosa mansão Georgiana, e tocou a campainha.

A governanta, Blanca, fitou-a atônita. Reconheceu-a.

- Anny?! - exclamou.

- Eu lhe Ficaria muito grata se não mencionasse a meu pai que estou aqui -Anny sussurrou para a velha criada que a conhecia desde menina. - O sr.Herrera está?

- O sr. Juan ou o sr. Alfonso?

-Alfonso. - Anny corou.

- Deixe-me tirar sua capa.

- Não! Não, obrigada. Estou um pouco resfriada e já começo

a sentir frio.

- O sr. Herrera está na biblioteca. Entre.

Ela deixou a sacola na entrada e foi à biblioteca mancando, sofrendo com seus incômodos sapatos. Soltou o cinto da capa. Sentia-se como um pisca-pisca de propaganda. E se Alfonso risse? Fazia aquilo por Ucker, dizia a si mesma.

Enquanto caminhava para a sala parou, e tirou a capa.

Falando ao telefone perto da janela, Alfonso ficou paralisado como se Anny tivesse na mão uma granada. Apertou as pálpebras e olhou de novo.

Continuou olhando. Primeiro a coroa de cabelos louros, depois a tensa mas linda face e em seguida os protuberantes seios.

Se houver muitos cometarios posto mais hj mesmo!

 Obrigada pelos comentarios,bjss!