Fanfic: Proposta Ultrajante AyA

- Não interprete mal minha volta. Vim aqui apenas para esclarecer alguns

pontos.

- Pode fazer isso durante o almoço. - Alfonso colocou um braço nos ombros dela forçando-a a tomar a direção do elevador.

- Almoço?! - Anny exclamou, atônita.

- Estou com fome. Estou com muita fome.

Anny tremia. Seus lindos olhos azuis fixavam-se na boca sensual de Alfonso, e no tom azulado do rosto. Lembrou-se de que ele sempre se barbeava duas vezes ao dia. E por qualquer razão aquele tom de pele lhe trazia à lembrança o modo como a beijava, e de como se sentia depois. Anny nunca apreciara a profundidade de sua fome por Alfonso até descobrir que nenhum outro homem tinha a habilidade de fazer sua temperatura subir daquela maneira.

- Quente, não, cara? - Ele parecia totalmente seguro de si. De repente Anny

teve vontade de estapeá-lo.

Por que voltara? Agarrara-se a uma desculpa para vê-lo de novo? Qual a boa razão que a fizera voltar às Indústrias Herrera? O que acontecera havia cinco anos não importava mais. O que pensara dele ou do pai também não importava.

- Decidi não me importar mais com você - Anny disse enquanto Alfonso a

empurrava para dentro do elevador, juntamente com ele. - Eu não devia ter

vindo aqui, mas, uma vez que vim, vou lhe contar o que disse a Ucker sobre a caixa de rapé, e fiquei absolutamente convencida de que ele não tem nada a ver com o sumiço da jóia.

Alfonso empurrou-a para o canto do elevador e segurou-a pelos ombros.

- Você está falando demais - disse.

- Mas Ucker vai conversar com os amigos e espero que algo seja esclarecido.Quanto a mim, volto para Birmingham já. - Anny estava incomodada com a presença de Alfonso a poucos centímetros de distância.

- Não vai voltar para Birmingham coisa nenhuma... - declarou ele, segurando-lhe as mãos nas suas.

- Vou! - Anny gritou, livrando-se daquele aprisionamento com a força de uma mulher que de súbito se dava conta da ameaça.

 - Não está me ouvindo? Não aceitei sua oferta. Não quero nada com você.

    Com uma exclamação rouca de impaciência Alfonso agarrou uma mecha dos cabelos dela e manteve-a imóvel, enquanto apossava-se de seus lábios num beijo voraz, por segundos Anny ficou rígida em estado de choque e,

aproveitando-se disso, ele segurou-a pelos quadris e ergueu-lhe o corpo,

encostando-a contra o metal frio do elevador. Então, com maestria, conduziu sua língua por entre os lábios entreabertos, até o tenro interior da boca de Anny. Sentiu-a estremecer.

  Com ambos os braços ela circundou-lhe o pescoço beijando-o de volta, com fervor incrível. Gemeu, um gemido vindo do fundo da garganta. O contato do corpo de Alfonso, que a mantinha grudada à parede do elevador, a inflamava perigosamente. Mas não fez objeção alguma quando ele segurou-a pelas coxas pondo-lhe as pernas em volta de sua cintura.

E então, de repente, soltou-a exclamando: - Per Dio! Estamos num lugar

público!

Num movimento igualmente rápido Alfonso colocou-a no chão. Em choque,Anny notou que o elevador estava parado enquanto as luzes todas do painel de controle piscavam. Mas as portas continuavam fechadas.

- Por que o elevador não se move? - ela perguntou.

- Parei-o - Alfonso respondeu, apertando agora vários botões.

Com um ligeiro estremecimento o elevador continuou a descer enquanto Anny arrumava seu suéter com mãos trêmulas. Não tinha coragem de fitá-lo. Era um daqueles momentos em que a pessoa não sabe como apresentar desculpas. Seus lábios queimavam, o corpo tremia ainda procurando por equilíbrio.

- Vamos ao meu apartamento - disse Alfonso. Percebendo só então que o

almoço não havia sido a finalidade imediata dele, Anny corou até a raiz dos

cabelos, envergonhada.

- Nada feito - ela protestou. - Vou para casa. O que aconteceu foi um acidente.

- Um... acidente? - Alfonso repetiu, não acreditando no que ouvia.

- Como quando você tira os olhos da estrada por um instante e sofre uma

colisão - Anny respondeu trêmula, quase sendo comida viva pela força de seu próprio ódio.

As portas do elevador se abriram expondo-os a mil olhos curiosos. Havia uma multidão esperando do lado de fora, com impaciência. Logo todos notaram a presença de Alfonso no interior. E de uma mulher...

Anny se pôs em movimento, Abrindo espaço entre as pessoas ela correu para as portas de saída. Foi, também correndo, para a estação de trem, mas logo, quase sem fôlego, viu-se obrigada a andar em vez de correr.

Contudo, a sensação de pânico e de grande embaraço por causa do que ela

permitira que acontecesse entre si e Rafaello, não diminuiu de forma alguma.Como pôde comportar-se daquela maneira? Num minuto estava dizendo-lhe que voltara apenas para contar-lhe a respeito da caixinha que o irmão não roubara. No minuto seguinte enroscava-se em Alfonso como a mais frágil das trepadeiras. Incrível!

*Meninas descupem a demora, mais o meu Pc estava com problema.Comentem bastante....

Bjsss