Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

A ambulância partiu tão rápido, que em pouco mais de meia hora chegou ao hospital. Três médicos esperavam na porta. Os paramédicos transferiram Dulce da maca da ambulância para a do hospital, os médicos se aproximaram, fazendo perguntas, tudo acontecia muito rápido, Poncho os seguia.
Médico: Pressão arterial?
Paramédico: Muito baixa, 5.4
Médico: Pirexia? (febre)
Paramédico: Sim, temperatura corporal 39.9.
Médico: Uma dose de paracetamol.
Paramedico: Sim senhor! - Poncho não entendia nada, mas sabia que Dulce não estava nada bem, ficava mais pálida a cada minuto.
Poncho: Doutor, ela vai ficar bem? - o médico não deu ouvidos, continuava a falar uma porção de termos científicos deixando Poncho confuso, de repente o corpo de Dulce começou a estremecer e ela tossiu.
Poncho: O que está acontecendo? – ele olhava para ela assustado.
Médico: Convulsão! – ele anuncia calmamente, os médicos viram Dulce de bruços e colocam a cabeça dela de lado, segurando os braços e as pernas, durou apenas alguns segundos. - Parou de respirar, vamos! - eles entram em uma sala no fim do corredor principal, Poncho já ia entrando quando um enfermeiro fechou a porta em sua cara.

Poncho ficou ali parado, olhando pra frente quando Any se aproximou.
Any: Poncho! – ela o abraça
Poncho: Oi Any! – ele a abraça forte e começa a chorar.
Any: Cadê a Dulce?! – ela fazia cafuné na cabeça dele, Poncho apenas aponta para a sala onde Dulce havia entrado. -  Está tudo bem? – ela o olha preocupada.
Poncho: Nada bem!
Any: Vem, vamos lá pra sala de espera, o pessoal está rodando o hospital atrás de você e Dulce. Não vai adiantar nada ficar aqui e, você tem que tirar essa roupa molhada, vai pegar um resfriado! – ela o abraça de lado, o fazendo caminhar. - Vem Poncho! - Ele caminha ao lado dela e quando entram na sala de espera todos estavam lá, inclusive Mariano.
Mariano: E ai ? Como ela esta? Acordou? Vocês saíram tão rápido que..
Poncho: A Dul vai morrer! – ele fala do nada, sentando-se no sofá.
Mai: Não fale uma besteira dessas Alfonso! Temos que pensar positivo!!
Any: Christopher, busca uma roupa pro Poncho lá no apartamento.
Ucker: Certo! – ele se levanta.
Any: Rápido ok?
Ucker: Ok. – ele dá um rápido beijo nela e ao sair, todos pareciam bem sérios.
Any: Vem Poncho, vamos ver onde você pode tomar um banho quente. Não fique assim ok? A Dulce vai ficar bem, você vai ver. Agora ela pode te chamar de herói! – ela sorri, tentando acalmá-lo.
Christian: O que vocês acham? – ele pergunta quando Any e Poncho saem.
Mai: Ela vai ficar bem.
Mariano: Tomara, tomara!
Christian: E o bebê?
Mai: Não sei mas, eu vou até a capela rezar. – ela se levanta e dá um beijo em Christian e sai.
Logo Ucker estava de volta e levou a roupa para Poncho.
Any: Quer que eu pegue um chá? Café? Leite?
Poncho: Não, obrigado Any. Eu, estou com medo, muito medo.

Ucker: Relaxa Poncho, tudo vai se resolver, tenho certeza! Você pode me dar um soco na cara se eu não estiver certo!
Christian: Então se der tudo certo eu que dou ok?
Ucker: Palhaço! – ele sorri, Poncho sorri também.
Any: Isso! Cabeça pra cima Poncho! – ela sorri abraçando-o.
Poncho: Verdade!- ele beija o topo da cabeça de Any. – Sim a Dulce vai ficar bem. Ah, Mariano?
Mariano: Fala Poncho!
Poncho: Obrigado, de coração obrigado! – ele estende a mão.
Mariano: Que isso Poncho! – ele aperta a mão de Poncho, dando um abraço nele. - Sou seu amigo, pode contar comigo.
Poncho: Você salvou minha vida!
Mariano: Foi um prazer! –ele sorri.
Poncho: Eu, vou ligar para o doutor Salazar! Quero que ele examine a Dulce! Any me empresta seu celular? O meu...
Any: Claro! – ela entrega rapidamente para ele. Poncho liga para doutor Salazar que logo chega, cumprimenta a todos e sai em direção a sala onde Dulce estava.
Uma hora se passou, Poncho estava por enlouquecer, precisava urgentemente de notícias sobre o estado de Dulce e do bebê, um médico se aproximou, sério.
Médico: Herrera?
Poncho: Eu! – ele se levanta. - Como ela esta doutor?

Médico: Estável! Nem melhor. nem pior. Detectamos um inicio de anemia! – ele encarava Poncho.
Poncho: Posso vê-la? E meu filho?
Médico: Acalme-se, não posso te dizer nada sobre o bebê. Salazar está fazendo alguns exames e Dulce María está inconsciente, então é melhor que fique por aqui.
Poncho: Então, então tudo bem. – ele se senta após o médico se retirar.
Ucker: Não disse?
Poncho: É, mais ainda estou com medo! Se a Dulce perder esse bebê, ela vai... Preciso falar com doutor Salazar!
Christian: Dorme um pouco cara, essas coisas demoram!
Poncho: Dormir? Não nem pensar!
Christian: Bom, eu vou até a capela buscar a Mai e vamos até em  casa dar uma olhadinha na Mariana, depois voltamos ok?
Poncho: Ok, mande um beijo pra ela!

Todos conversavam, menos Poncho que estava pensativo demais, acabou adormecendo sentado, Ucker foi se sentar com Any e deixou Poncho deitado no outro sofá.
Era madrugada quando foi acordado por uma enfermeira.
Poncho: Dulce?! Ah? O que? – ele olhava aos lados, atordoado.
Enfermeira: Senhor, acompanhe-me por favor!
Poncho: Aonde?
Enfermeira: Sua esposa está chamando por você.
Poncho: Ela acordou? – ele se levanta rapidamente.
Enfermeira: Dr.Salazar disse que chama por você.
Poncho: Certo!  -ele se levanta seguindo a enfermeira. – Ela já está no quarto?
Enfermeira: Está sim senhor.
A enfermeira entrou no elevador seguida por Poncho, subiram somente um andar, caminharam até o fim de um largo e silencioso corredor e viraram à direita. A enfermeira bateu na porta, logo Dr. Salazar apareceu.
Salazar: Entre Alfonso!
Poncho: Ok! – ele respira fundo.

Alfonso empurrou a porta de número B-012 e entrou. O quarto estava sendo iluminado apenas por uma branda luz, ele se aproximou, silencioso, e lá estava Dulce, olhos fechados, parecia não estar tão pálida como da última vez que a vira. Usava uma veste azul de hospital e seu rosto era coberto por aparelhos que a ajudavam respirar.
Poncho: Dul? - suas mãos estavam escondidas dentro do bolso da calça, ele a chamou mas não obteve resposta, aproximou-se um pouco mais, colocando uma das mãos na fronte de Dul. Ainda estava com febre, ficou ali parado por monótonos segundos até que ela despertou.
Dulce: Poncho? – a voz dela era um sussurro, permanecia de olhos fechados.
Poncho: Sim amor! – ele sorri. - Sou eu, estou aqui com você! – ele se senta na beirada da cama, toca o rosto dela com carinho, acariciando-o.
Dulce: Poncho...
Poncho: É Dul! – ele sorri. - Sou eu sim!
Dulce: Cadê você amor? Por que não vem me buscar? – ela choramingava em voz baixa, Poncho percebeu que ela não o chamava de verdade, sonhava.
Poncho: Amor! – ele segura o rosto dela. - Estou aqui agora Dul, acorde meu anjo!
Dulce: Eu não quero morrer! Você não me ama mais? Por que não vem? – ela se remexia na cama.
Poncho: Meu amor eu te amo tanto! Não sei nem explicar como consigo! – ele suspira, deixando uma lágrima escapar. - Abra os olhos amor, sorria pra mim! Por favor! – ele segura as mãos dela puxando-as para seu rosto e beijando-as.
Dulce: Eu te amo Alfonso! –ela passa as mãos nos cabelos dele.
Poncho: Está me ouvindo? – ele a olha atentamente. - Isso amor, deixe-me ver o brilho do seus olhos vai! – ele beija delicadamente o rosto dela. Fechou os olhos deixando seu rosto colado ao dela, alguns minutos se passaram, até que sentiu os cílios de Dulce fazendo cócegas em sua bochecha, ela estava abrindo os olhos. Lentamente, Alfonso pode ver que as pupilas dela estavam um pouco dilatadas e seus olhos lacrimejavam.
Dulce: Onde, estou? – ela o encarava, confusa.
Poncho: No hospital?- ele a olha, sorrindo de lado.
Dulce: Hospital? O que houve? - ela o olhava, ainda sem entender.
Poncho: Não precisamos falar disso agora amor. – ele acaricia o rosto dela. - Já está tudo bem!- ele sorri, passando as mãos nos cabelos dela, Dulce fecha os olhos de novo, revirando-se na cama, tentando tirar o aparelho respiratório do nariz. -Não amor, não pode!
Dulce: Meu amor! – ela o encara segurando o rosto dele coma as duas mãos. Poncho estremeceu ao ouvi-la falar “meu amor”, e sorriu, com lágrimas saindo de seus olhos. -E o nosso bebê? Eu perdi? Poncho, se eu tiver perdido dessa vez! – ela começa a chorar. - Eu jurei que protegeria e... – ela chorava mais. - Sou uma fracassada.
Poncho: Não amor, não fale assim!
Dulce: Você...- ela o ignora. – Não vai querer ficar com uma mulher tão fraca que não consegue nem te dar um filho e...- ela falava rápido, quase desesperada.
Poncho: DULCE MARÍA! – ele fala alto para prender a atenção dela. – Não diga isso! Você é forte, muito forte! Tenho certeza que não perdemos dessa vez.
Dulce: Mas se... – ela o encara.
Poncho: Vou te amar do mesmo jeito meu amor. – alguém bate na porta.
Dr. Salazar: Posso entrar? – ele sorri, colocando a cabeça para dentre do quarto.
Poncho: Claro, claro!
Dr. Salazar: Ah! Já acordou Dulce! Que maravilha! – ele sorri, fechando a porta atrás de si. - Preciso conversar com vocês...
Poncho: Sobre nosso filho? – ele o encara.
Dulce: Doutor, eu perdi?

...