Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada
Eram três e vinte e sete da manhã, Poncho estava caminhando sobre a relva, extremamente verde, cheio de flores coloridas, carregava um bebê no colo, que sorria pra ele, a criança tinha o mesmo olhar de Dulce. Poncho deitou-se, colocando o bebê em seu peito, olhando para o céu, limpo e azul, mas de repente ouviu um grito, alto e agudo, assustou-se e o bebê começou a chorar, o dia começou a escurecer rapidamente e uma chuva forte começou a cair. Ele tirou a camisa para proteger a criança dos pingos gelados, levantou-se procurando algum lugar para se esconder, olhou para o chão, que agora era só lama e gravetos compridos, e viu pegadas, decidiu segui-las, andou durante muito tempo, o bebê havia parado de chorar e agora dormia com o dedo na boca. Alfonso parou quando viu um vulto branco em sua frente, o vulto foi aos poucos se transformando em Dulce, que sorriu e o abraçou, Poncho retribuiu com um beijo leve nos lábios dela, que deitou a cabeça sobre um dos ombros dele e fechou os olhos. Ficaram assim durante alguns minutos e a chuva parou de cair, Alfonso suspirou e o corpo de Dulce escorregou, ele a segurou com um só braço e sentiu que o corpo dela estava frio, o rosto pálido, e os olhos abertos, sem brilho, mirando para o vazio. Não havia mais bebê ali.
Poncho: Dulce? – ele a chamava, mas não obteve resposta. - Dul? – ele a olhava confuso, um filete de sangue começou a escorrer da boca dela. – NÃO! – ele começa a se apavorar. – DULCE? – ele a chacoalhava. - Amor? – ele chorava com ela em seus braços. - DULCE! NÃOOOOO!
Dulce: Amor? – ela o encarava, o chacoalhando devagar. - Acorde Poncho! - Poncho sentou-se rápido na cama e por pouco não bateu a cabeça na de Dulce, estava ofegante, o corpo todo suado, os olhos arregalados e a boca seca. – Amor? – ela puxa o rosto dele para si. - O que...
Poncho: Você está bem! – aquilo não era uma pergunta, ele segurou o rosto dela com as mãos, que agora tremiam, lhe acariciando com firmeza.
Dulce: Calma Poncho, você só teve um pesadelo ok? – ela o encarava, tentando sorrir pra amenizar o pânico do marido.
Poncho: Mas, eu... –ele buscava as palavras, puxou Dulce contra si, abraçando-a. - Foi tão, eu senti você, morrendo. – ele quase sussurra a última palavra.
Dulce: Eu estou bem amor, fique calmo. – ela acaricia as costas dele, Poncho abraçava-a tão forte que Dulce nem conseguia se mexer, era como se ele quisesse ter certeza que ela estava viva.
Poncho: Estou sentindo seu coração bater. – ele diz após instantes.
Dulce: Estou viva amor. – ela sorri, levantando o rosto e encarando-o. – Foi só um pesadelo. – ela acaricia o rosto dele.
Poncho: Foi! – ele desce uma mão para a barriga dela, acariciando-a. – E nosso filho ainda não nasceu.
Dulce: Aqui! – ela se inclina pegando um copo e colocando água de uma garrafinha que deixava ao lado da cama. – Beba! – ela o entrega.
Poncho: Dul, ligue a TV? – ele bebe a água de uma só vez.
Dulce: Ok. – ela sorri pegando o controle e ligando o aparelho. - Vou colocar no Chaves pra você esquecer esse sonho bobo ok?
Poncho: Certo! – ele se encosta na cama, Dulce podia ver o medo estampado no rosto dele.
Dulce: Deite-se aqui comigo! – ela se deita ao lado dele, puxando-o. Poncho a abraçou novamente, assistindo a TV.
Poncho: Dul?
Dulce: O que?
Poncho: Não durma, não quero ficar sozinho. – ele beija lentamente o rosto dela.
Dulce: Não vou dormir amor, fique tranquilo. – ela se vira para ele. - Vamos assistir., está com fome?
Poncho: Não. – ele a puxa para mais perto dele, olhando para a TV.
Dulce: Então tá. – ela dá um beijo na testa dele.
Poncho: Amor, melhor você dormir, não quero atrapalhar seus sonhos.
Dulce: De jeito nenhum! Você está sempre sacrificando seu sono por mim, eu tenho que retribuir algum dia não? E além do mais eu estava tendo um sonho lindo com você, mas ao vivo é bem melhor! – ela sorri e Poncho beija aponta de seu nariz, sorrindo também.
Dulce estava com muito sono, bocejava a todo instante, não queria adormecer, pensou em tomar uma xícara de café, mas desistiu da ideia quando se deu conta que àquela hora da madrugada, a cafeína poderia não lhe fazer bem. Alfonso mantinha os olhos atentos na tela da TV, segurava fortemente uma das mãos de Dulce, e de vez em quando olhava para o lado, verificando se ela estava acordada.
Dulce: Poncho?
Poncho: Oi? – ele a olha de imediato.
Dulce: Amor, larga minha mão um pouquinho, preciso ir ao banheiro.
Poncho: Posso ir com você?
Dulce: Poncho o banheiro é ali. – ela sorri apontando pra porta.
Poncho: Por favor. – ele a encara, seriamente.
Dulce: Ok, vamos. – ela sorri revirando os olhos e balançando negativamente a cabeça, se levanta junto de Poncho que caminha de mãos dadas com ela até o banheiro.
Dulce: Ah, amor? Eu preciso da minha mão. – ela o encarava.
Poncho: Desculpe! – ele sorri de lado, soltando a mão dela após dar um beijo na mesma.
Dulce: Pode se virar um pouquinho? – ela sorri.
Poncho: Por que?
Dulce: Porque é estranho fazer xixi com alguém olhando.
Poncho: Mas você já fez isso na minha frente e eu sou seu...
Dulce: Marido, eu sei. – ela revira os olhos. - Mas mesmo assim não deixa de ser estranho.
Poncho: Certo. – ele se vira. – E eu amo quando você revira os olhos. – ele sorri de lado.
Em poucos segundos, Poncho ouviu o barulho da descarga, Dulce caminhou até a pia, ligou a torneira, lavou as mãos e o rosto, seus olhos estavam vermelhos, podia ver Poncho as suas costas, pelo reflexo do espelho, ele se aproximou, enfiando as mãos embaixo da água e acariciando as dela. Dulce desligou a torneira e virou-se pra ele.
Dulce: O que foi Poncho?
Poncho: A Any tem razão, eu sou um bocó.
Dulce: Por que esta dizendo isso?
Poncho: Um marmanjo como eu, perdendo o sono e não deixando a mulher dormir por causa de pesadelos.
Dulce: Você não é bocó, ter pesadelos é normal. – ela se aproxima abraçando-o pela cintura. - Quando eu era criança eu sempre sonhava que estava na feira com a minha mãe e a Medusa me observava de cima de uma montanha, onde vivia e não sei como, me sequestrava e me levava para o chão frio, de pedras, cheio de serpentes. – ela sorri.
Poncho: Não é a mesma coisa. – ele a abraça e apoia seu queixo no topo da cabeça dela.
Dulce: É sim.
Poncho: Mas...
Dulce: Nada de “mas”. E eu quero ficar acordada Poncho.
Poncho: Você precisa dormir, o bebê também.
Dulce: Amor, você está sempre querendo me agrada e fica se sacrificando por mim.
Poncho: Porque eu te amo. – ele a encara, sorrindo.
Dulce: E eu não? Deixe-me fazer algo por você.
Poncho: Você já faz tudo por mim.
Dulce: Não faço não.
Poncho: Faz sim, acredite!
Dulce: Ok, mas mesmo assim não vou dormir. Amor por que você não toma um banho quente, de banheira?
Poncho: Mas já tomei banho antes de dormir.
Dulce: Eu sei, mas você acordou todo suado, um banho quente te deixaria mais calmo também.
Poncho: Estou fedendo? – ele a encara com a sobrancelha erguida.
Dulce: Não, bobo. – ela sorri. - O banho é pra relaxar!
Poncho: Só se você tomar comigo.
Dulce: Não estou a fim de me molhar agora, mas eu fico aqui sentada te esperando. – ela senta na borda da banheira e liga a torneira.
Poncho: Nada feito, então eu não tomo.
Dulce: Ok! Eu fico na água com você, só um pouco. Até os dedos enrugarem. – ela sorri.
Poncho: Sim. – ele sorri tirando a cueca. - Espuma?
Dulce: Você quem sabe. – ela sorri.
Poncho: Sem espuma, só sais de banho.
Dulce: Com cheirinho de canela! – ela sorri tirando a camisola.
Poncho: Sim! – ele sorri entrando na banheira, que já estava quase cheia. - Está quente mesmo! – ele se senta encostando a cabeça no apoio, Dulce entra em seguida e se senta entre as pernas dele.- Você tem razão Dul, é mesmo relaxante. – ele sorri. - Ainda mais com uma mulher linda junto comigo.
Dulce: Bobo! – ela sorri, jogando água em si.
Poncho: Quer ter o bebê assim amor?
Dulce: Assim como?
Poncho: Na água, junto comigo! – ele sorri beijando a cabeça dela. - Lembra que o doutor disse que poderia ser assim?
Dulce: Lembro e é gostoso mas, eu prefiro o hospital, é mais seguro, e você vai estar comigo de qualquer jeito.
Poncho: Pois é, daqui alguns meses nosso garotão estará pronto para sair! – ele sorri colocando as mãos na barriga cela.
Dulce: Sim! – ela suspira.
Poncho: Está com medo?
Dulce: De que?
Poncho: Do parto.
Dulce: Um pouco, estou com medo de que algo de errado não sei! A minha mãe disse que quando a Clau foi nascer, quase tiveram que usar fórceps.
Poncho: Aquele ferro pra tirar o bebê?
Dulce: Isso, e é perigoso, machuca a criança.
Poncho: Estou com medo também. – ele apoia o queixo no pescoço dela.
Dulce: De...?
Poncho: Que acontece alguma coisa com você, mas não quero pensar nisso! Vai dar tudo certo e logo estaremos com um bebê em casa.
Dulce: Amor?
Poncho: Sim?
Dulce: Se você tivesse que escolher entre a minha vida e a do bebê, quem você escolheria?
Alfonso ficou em silêncio, tentando assimilar aquela pergunta, “ Quem ele escolheria?”, não queria pensar nessa possibilidade, não teria que escolher ninguém.
Dulce: Então?
Poncho: Ah, que pergunta Dul!
Dulce: Quem Poncho?
Poncho: Você! – ele responde sem rodeios, Dulce se vira para ele.
Dulce: Por que?
Poncho: Porque eu te amo e você sabe o quanto seria difícil ,viver sem você ao meu lado.
Dulce: Mas amor, o bebê tem seu sangue, ele é parte de você!
Poncho: Eu sei mas...
Dulce: Não o ama como me ama?
Poncho: Claro que amo! É só que, se perdêssemos um filho, como já perdemos um, estaríamos juntos para superar e poderíamos ter outros, sem você eu estaria sozinho.
Dulce: Não Poncho! Você teria ao nosso filho! Seria uma lembrança, uma prova do nosso amor, pra sempre.
Poncho: É mas Dul, eu escolheria você. Pergunta respondida e agora chega.
Dulce: E se eu não pudesse mais ter filhos?
Poncho: Pare com essas perguntas Dul! Está me assustando!
Dulce: Poncho, responda. – ela o encarava.
Poncho: Adotaríamos! – ele dá de ombros.
Dulce: Sim Poncho, é uma ideia mas mesmo amando uma criança adotiva, como se ela saísse do próprio ventre, nunca é a mesma coisa.
Poncho: É sim! – ele estava se irritando e preocupando ao mesmo tempo. - O Christian e a Mai, amam a Mariana como se tivessem esperado nove meses pra ela nascer!
Dulce: Eu sei! Não estou falando que o amor não é o mesmo, eu só estou perguntando...
Poncho: Não quero mais falar sobre isso Dulce! – ele a interrompe.
Dulce: Mas...
Poncho: NÃO quero. – ele aumenta o tom de voz.
Dulce: Ok. – ela se encolhe.
Poncho: Desculpe, não queria gritar com você. – ele a puxa para seu peito novamente, abraçando-a.
Dulce: Tudo bem! – ela se aconchega nos braços dele.
Autor(a): HerreraHD
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 216
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HerreraHD Postado em 03/06/2016 - 14:20:51
Oie, obrigada por ter acompanhado, te espero na próxima fic ♥ kakaizinha
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kakaizinha Postado em 03/06/2016 - 14:14:08
Aiiii gatitaaaaa amei o final,ficou lindo,os quatro juntos e hj nao poderei mais deixar um continua,mais vou te acompanhar na sua proxima fic,beijosss e ate mais
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kakaizinha Postado em 31/05/2016 - 14:02:56
Morri agora com o poncho gritando na camera,dizendo que a filha dele ia nascer,kkkkk CONTINUAAA
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kakaizinha Postado em 31/05/2016 - 12:03:15
Não acredito que ja esta no final,OH MY GOOD dulce tu me deu um susto agora em,CONTINUAAA
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kakaizinha Postado em 23/05/2016 - 19:13:12
Continua,poncho super fofo com a dul,queria eu um homem desses kkkkk continuaaaa
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dulce_uckerman Postado em 17/05/2016 - 22:42:37
Continua!!!
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kakaizinha Postado em 17/05/2016 - 16:57:04
será que ela vai ter o bebe agora???CONTINUAAA
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dulce_uckerman Postado em 12/05/2016 - 21:54:19
Miguel e um fofo!!! Continua
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beatrizrbd233 Postado em 09/05/2016 - 12:28:59
POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!! POSTA MAIS! POSTA MAIS! POSTA MAIS!!!!!!!
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beatrizrbd233 Postado em 09/05/2016 - 12:27:13
Por favor ñ esqueça essa fanfic ela é a minha preferida pfv continua!!!!! CONTINUA POR FAVOR!!!!!!