Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

O telefone tocou, Poncho, que estava dormindo, acordou babando olhando para os lados, com os cabelos desgrenhados e tateou o criado mudo.

Poncho: Alô?

Hospital: Alfonso Herrera?

Poncho: Sim, quem fala? – ele se endireitava na cama.

Hospital: É do Hospital d...

Poncho: HOSPITAL? – na hora Poncho se desperta, olhando para o lado. - O QUE ACONTECEU? - O quarto estava escuro, ele passou as mãos no lado da cama que pertencia a Dulce e só sentiu o edredom macio.

Hospital: Senhor se acalme, é que sua mulher...

Poncho: QUAL HOSPITAL? – ele já pula da cama.

Hospital: O mesmo da internação de sua esposa dias atrás Senhor!

Poncho: Já estou chegando! – ele entra no closet, colocou qualquer roupa ,e em poucos minutos já estava montado sobre o balcão da recepção.

Poncho: Cadê ela?! Sou Alfonso Herrera!

Enfermeira chefe: Por aqui! - a mulher que se aproximava, leva um Alfonso desesperado, até um dos quartos, onde Dulce estava sentada na cama, assistindo TV.

Poncho: DUL! – ele adentra no quarto, indo em direção à ela.

Dulce: Poncho? – ela o olha confusa. - O que faz aqui?!

Poncho: Dulce! Você está bem amor?! Passou mal e veio ao hospital sozinha?! Por que não me acordou? Como você veio?! O carro está na garagem e..

Dulce: Poncho! – ela sorri segurando o rosto do marido. – Calma Poncho!

No consultório...

Any: CHRISTOPHER VOCÊ É UM CANALHA!

Ucker: NÃO FALE ASSIM COMIGO!

Any: Por que não me contou que, que estava doente?

Ucker: NÃO ESTOU DOENTE!

Any: Por que não me contou que estava com problemas e que estava vindo ao médico? Eu viria com você.

Ucker: Não queria preocupar você. – ele suspira.

Any: Achei que! Que você estava me traindo e...

Ucker: Pensou errado Any! – ele revira os olhos. - Qualquer coisa que faço você já acha que te trai! Que estou saindo com outra mulher! Você me traiu! Você é quem está aqui, vestida com essa roupa , feito uma maluca! PENSEI QUE CONFIASSE EM MIM!

Any: Eu maluca?! Você é um grosso mesmo! Sempre foi! E É VOCÊ QUEM NÃO CONFIA EM MIM! Senão teria contado que...- ela quase fica sem ar, o rosto estava vermelho. –Que era estéril.

Ucker: EU NÃO SOU ESTÉRIL!

Any: Ah não? Puxa, agora eu sou surda também. – ela limpava as lágrimas.

Ucker: Meus pupilos só não são muito bons, só isso! – ele fala baixo.

Any: Acho que como sua esposa, eu deveria saber disso não?

Ucker: Sim, mas eu...

Any: Por que não me disse nada amor? – ela se aproxima dele.

Ucker: Fiquei com medo! – ele a encara.

Any: Medo de que?!

Ucker: Sei lá! Talvez se você soubesse que eu não sou muito fértil terminaria comigo. Desde que a Mai adotou a Mariana e a Dul ficou grávida, você não fala de outra coisa a não ser ter um bebê! E depois de um tempo que tentamos, e você fez aqueles exames, eu pensei que o problema podia estar em mim!

Any: ACHA MESMO QUE EU ACABARIA COM O NOSSO CASAMENTO POR ISSO!  - ela dá um tapa no peito dele. – Você não me leva a sério mesmo Christopher. - Any estava extremamente ofendida, caminhou a passos pesados até a porta, e estava preste a sair, quando Ucker a impediu.

Ucker: Any espera!

Any: O que?! O que vai me dizer agora?! Que eu sou a culpada porque vim aqui cuidar do que é meu?

Ucker: Não! Eu só... – ele ia começar a falar quando Dra. Marta voltou a sala.

Dra. Marta: Desculpe a demora! – ela volta ao seu lugar atrás da mesa. -Sente-se. – ela pareceu nem ter notado no que estava acontecendo. Ucker foi em direção a mesa da mulher, e Any aproveitou para sair.

Ucker: Any! – ele se vira para ela, mas Any já havia partido.

Dra. Marta: Algum problema?

Ucker: Não! Sim! Preciso resolver um problema, volto daqui a pouco pra saber dos exames doutora. – ele se levanta apressado.

Dra. Marta: Tudo bem, lig... -Poncho não esperou ela terminar de falar, saiu correndo do consultório, atrás de Any.

No quarto onde Dulce estava...

Dulce: E foi isso amor! – ela termina de contar toda a história para Poncho.

Poncho: E você participou dessa loucura? – ele a encarava incrédulo. - Não estou te reconhecendo Dulce.

Dulce: A Any é minha amiga! Eu sempre vou ajuda-la!

Poncho: Mas o Ucker também é. – eles se encaram por um longo momento. – Bom, pra mim é maluquice..

Dulce: Está bravo comigo? – ela o encarava, com a expressão mais meiga que podia fazer e fazia bico, Poncho  sorriu.

Poncho: Não. – ele se aproxima e beija a testa dela. - Bravo não, masque susto Dul!

Dulce: Me desculpe pela preocupação. – ela o puxa, abraçando-o. - Vamos procurar as meninas?

Poncho: Sim!- ele estende a mão e a ajuda a levantar. Quando saíram do quarto, Mai vinha de encontro aos dos dois.

Mai: Dul! Acho que deu tudo errado! Quer dizer, acho que as suspeitas estavam confirmadas!

Dulce: Que?

Mai: É bem provável, mais do que provável que o Ucker esteja mesmo traindo a Any!

Poncho: Por que diz isso? 

Mai encara Poncho surpresa, estava tão assustada que nem reparou na presença dele.

Dulce: Contei a história toda à ele. – ela sorri de lado para Mai.

Mai: Bom, ok! – ela retoma a atenção. - Vi quando a Any saiu chorando de um consultório e o Ucker saiu atrás dela..

Dulce: Acha que devemos? – ela encara Poncho.

Poncho: Agora não amor, vamos esperar um pouco.

Mai: É, talvez conversando os dois, bom, é melhor esperar!

Meia hora depois, Any batia com força a porta do apartamento, seu rosto estava todo vermelho e inchado, chorou o caminho todo, correu para o quarto e entrou no closet, nesse exato momento, ouviu a porta batendo novamente.
Ucker: Any! – ele caminha direto para o quarto. – O, o que está fazendo? - Any não respondeu, jogou uma mala em cima da cama e começou a colocar algumas roupas dentro. - Aonde você vai? Precisamos conversar! Vai fugir?
Any: NÃO ESTOU FUGINDO!
Ucker: Para onde vai?!
Any: Pra casa da minha mãe!
Ucker: APOSTO QUE ESTÁ DESISTINDO PORQUE DESCOBRIU QUE NÃO PODEREMOS TER UM FILHO! – ele grita as palavras para ela.  Any girou os calcanhares, olhando pra ele, com uma fúria que brilhava no azul de seus olhos, esticou o braço e deu um tapa de mão cheia na cara dele.
Any: Eu, odeio você! – ela tentava fechar a mala de qualquer jeito.
Ucker: Não precisa sair, eu saio! – ele tocava a face com uma das mãos.
Any: Não se incomode!  - ela puxa a mala da cama e sai passando por ele.
Ucker: ANAHÍ ESPERE!! EU NÃO QUERIA...VOLTE AQUI! – ele parte para trás dela.
Any: Não quero conversar! Você não sabe conversar! Sempre tenta jogar a culpa para o meu lado! Cansei! Tchau! – ela entra no elevador.
Ucker: Não Any! Amor espere! – ele dá um soco na porta do elevador, quando esta se fechou. Não! – ele se ajoelha no chão, com os olhos escorrendo lágrimas.