Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

No meio da madrugada, Dulce começou a se revirar na cama e acordou, a luz do quarto estava acesa, ela se levantou com as mãos na barriga, não se sentia nada bem, bebeu um pouco de água mas não adiantou, sentia dores esquisitas na barriga, nunca as tinha sentido.

Dulce: Será? – ela estava pensativa, andando de um lado para outro no quarto, a dor começou a aumentar. – Não! Não pode ser. Ainda é cedo, cedo demais! – ela respirava fundo, sentiu uma pontada mais forte e correu até a cama. – Poncho, amor! Acorde! – ela batia nas costas dele.
Poncho: O, o que? Algum problema com a Mari? Os E.Ts não vão dominar o mundo! – ele resmunga sonolento, ainda de olhos fechados.
Dulce: NÃO! Abre os olhos Poncho! Eu acho que, nosso filho vai nascer!
Poncho: Ok, ok! Nosso filho vai nascer. – ele revira na cama. – O QUE? – ele responde após um instante sentando-se imediatamente. – Mas não está na hora e... –ele encarava Dulce, segurando seu rosto. -  Vamos pro hospital Dul! Rápido! – ele levanta correndo e vai para a sacada do quarto.
Dulce: Calma amor, o que você está fazendo ai? – ela sorri.
Poncho: Errei de porta! – ele passa por ela rapidamente, correndo até o closet. - A bolsa estourou?
Dulce: Não.
Poncho: Está doendo? Sentindo as contrações? – ele vestia uma camiseta ao avesso.
Dulce: Acho que sim. – ela o encarava.
Poncho: Ok, calma Dul! – Poncho estava quase desesperado. - Respire ok?
Dulce: Eu estou calma! – ela começa a rir do desespero dele. - Respire você amor, com quem vamos deixar a Mariana? – ela aponta pra menina despejada no meio da cama deles.
Poncho: Vamos leva-la! Rápido acorda ela! – ele vestia os tênis apressadamente. – Não,  eu acordo! Sente-se aqui amor! Fique quietinha!! Não se mexa!
Poncho acordou Mariana, que ficou totalmente confusa, colocou um casaco na menina, entrou no closet e pegou a mala de Dulce e do bebê, que já estava pronta há alguns dias. Alfonso não sabia o que sentir, ansiedade, nervosismo, desespero ou um pouco de tudo, Dulce estava calma, entrou no carro devagar e com os cuidados do marido.
Poncho: Não Dul! Não sente assim, estique as pernas e...
Dulce: PONCHO! – ela fala seriamente. - Cale a boca! Desse jeito não dói tanto. - ela se ajeita no banco.
Poncho: É melhor você ir no banco de trás, assim poderá ir com as pernas esticadas.
Dulce: Eu já disse que estou bem assim! Não me deixe nervosa, por favor!
Poncho: Ok, vamos! – ele fecha o cinto envolta de Mariana e ao sair bate a cabeça na porta. - Ai!
Mariana: O que foi madrinha? O padrinho ficou louco?
Dulce: Um pouquinho! – ela ri enquanto ele dava a volta no carro pra entrar no lugar de motorista. - Seu priminho que vai nascer!
Mariana: Aonde vamos?
Dulce: Para o hospital.
Mariana: Hum, pensei que era no circo.
Dulce: Circo?
Mariana: Sim, os mágicos moram no circo.- Dulce ri e Poncho dá a partida no carro.

Dulce começou a ficar nervosa, não só porque a cada minuto que passava a dor se intensificava, e sim porque Poncho havia ultrapassado três faróis vermelhos, em uma das vezes chegou a pensar que teria o bebê pela boca.
Dulce: Vai com calma!
Poncho: Desculpe amor! Desculpe! Estamos chegando. – ele entra no estacionamento do hospital e parando o carro na primeira vaga que encontra, saindo do carro quase como um salto. - Vem Má. – ele tirava a menina do carro quando uma enfermeira do Angeles Pedregal se aproxima.
Enfermeira: Posso ajudar?
Poncho: Sim! Claro! Nosso filho vai nascer! E...
Dulce: ALFONSO, CALMA! – ela grita de dentro do carro, nervosa.
Enfermeira: Eu vou buscar uma cadeira de rodas, o senhor vá até a recepção. Precisa preencher alguns papéis.
Dulce: O Dr. Salazar está?
Enfermeira: Sim, eu vou avisa-lo que vocês estão aqui.
Poncho: Vem amor! – ele coloca um dos braços em torno da cintura de Dulce. - Segura na mão do padrinho Mari.
Mariana: Sim! – ela boceja pegando na mão de Poncho.
Logo a enfermeira se aproximou, acompanhada do Dr. Salazar e da cadeira de rodas.
Dr. Salazar: Olá Dulce, Alfonso!.
Dulce: Oi Dr.
Salazar: Não esperava vê-los tão cedo aqui! – ele se aproxima sorrindo. – O que houve?
Dulce: Eu estava dormindo e... AI!

Poncho: Ela está com contrações Dr. – ele a acomodava na cadeira de rodas.

Salazar: Bom, já que esse apressadinho resolveu sair, venham comigo. – ele sorri indicando o caminho. - Tenho que examina-la, a bolsa se rompeu?
Dulce: Não! – ela controlava a respiração.
Salazar: Entendo. Será uma longa madrugada!
Poncho: Doutor, posso entrar?
Salazar: Claro! – ele sorri. – Estavam de babá hoje? – ele olha para Mariana.
Poncho: Sim! – ele sorri.
Salazar: Se quiserem posso providenciar algum quarto pra ela, deve estar com sono não?
Poncho: Mari! – ele se abaixa na altura da menina. - Quer dormir ou ficar aqui com o padrinho?
Mariana: Eu vou poder ver o bebê nascer?
Poncho: Isso não. – ele sorri de lado. – Só depois que ele estiver no quarto.
Mariana: Hum, o mágico vai demorar?
Poncho: Ele é o mágico! – ele sorri apontando para Salazar.
Salazar: Sim, olhe! – ele mostra as mãos para a pequena e com um movimento rápido, um pirulito aparece nas mãos dele.
Mariana: Uau! – ela cai na risada. - Faz de novo?
Poncho: O pó de abracadabra acabou Mari. – ele sorri. - Olhe você está com sono.

Salazar: Rafaela, se importaria de dar uma volta com a pequena? – Rafaela era a enfermeira.
Enfermeira: Quer ir ao parquinho? – ela sorri, se aproximando de Mari.
Mariana: Quero! A madrinha vai ficar boa?
Poncho: Vai! – ele sorri dando um beijo no topo da cabeça dela.

Mariana: Então tudo bem! – ela sorri segurando na mão da enfermeira.
Dulce entrou no banheiro, com a ajuda de uma outra enfermeira, se trocou e logo estava deitada em uma cama alta,. Poncho estava ao lado dela, Dr. Salazar a examinava, parecia pensativo.
Dulce: Algum problema doutor?
Salazar: Hum, só um instante! – ele prepara o gel de ultrassom.
Poncho: O que está acontecendo? – ele pergunta após uns instantes.
Salazar: Bom!- ele começa a rir.
Dulce: O que? – ela olha para o médico confusa.
Poncho: Qual a graça doutor?
Salazar: Alarme falso.
Dulce: O que?
Salazar: Foi um alarme falso! O bebê não está pronto para nascer vejam! –ele apontas para a tela. - Ainda não está na posição.
Dulce e Poncho ficaram se olhando durante alguns minutos, e depois caíram na risada junto com o médico.
Poncho: Poxa.
Salazar: Sim, o bebê pode nascer prematuro mas alarmes falsos também acontecem! – ele sorri. - Vamos fazer alguns exames mais detalhados para ver o que provocou essas dores.
Dulce: Que susto! Eu nunca tinha sentido isso antes! – ela acaricia a barriga.
Poncho: Ei filhão! Você nos enganou direitinho! – ele coloca a mão por cima da de Dulce.
Dulce: Não acredito que caímos nessa!
Salazar: Mas foi bom terem vindo! Eu disse que qualquer coisa que sentisse era pra vir me ver imediatamente. – ele sorri.
Uma hora depois de muitos exames e explicações, Dulce e Poncho se despediam de Dr. Salazar.