Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

As semanas se passam e todos estavam cansados com a turnê, principalmente Dulce e Alfonso, as viagens de carro eram o ideal para ela que não podia andar de avião, mas eram extremamente cansativas para Poncho que não aceitou um motorista e quis ir com o próprio carro. Muitas vezes chegavam atrasados nos ensaios e nas coletivas, mas nunca nos shows. Dulce estava contente, todos colaboravam com sua excessiva sensibilidade, recebeu muitos presentes dos fãs que ainda não tinham visto um show depois de sua volta, muitos deles eram para o bebê. Anahí e Christopher continuavam separados, mas não brigavam mais, e até conseguiam conversar como pessoas civilizadas.
Estavam todos festejando no camarim, depois de mais um show de sucesso em Monterrey, ainda podiam ouvir o publico gritando “RBD, RBD”...
Poncho: Dul, vamos?
Dulce: Já?!
Poncho: Dulce, temos horas de viagem pela frente. – ele sorri. - Se formos logo, poderemos descansar um pouco antes do ensaio.

Dulce: Espera só eu tomar um banho? Estou morrendo de calor!
Poncho: Tudo bem. – ele revira os olhos e recebe um beijo na bochecha da esposa.
Em meia hora Dulce estava pronta, vestida confortavelmente e com um boné, pronta para seguir pra casa.
Dulce: Vamos?
Any: Tomem cuidado ok? – ela abraça a amiga. - Nos vemos mais tarde.
Christian: Não durma ao volante, Poncho! – ele sorri bagunçando o cabelo de Poncho.
Pedro: Onze horas da manhã quero vocês lá no palco hein!
Poncho: Pode deixar! – ele ri puxando Dulce pelas mãos.
Dulce: Amor, estou com fome. – ela faz bico.
Poncho: Comeremos alguma coisa no caminho Dul! –ele a puxa para seus braços, beijando-a na testa.

Uma hora se passou, eram uma e meia da manhã, Dulce não parava de reclamar com Poncho por ele não ter parado na lanchonete do posto de gasolina para comprar um pacote de biscoitos para ela.
Poncho: Comprar coisas na beira da estrada podem te fazer mal.
Dulce: Você é uma mala Poncho.
Poncho: Só estou cuidando de você! Agora sossega e espera chegar em casa!
Dulce: Grosso! – Ela pega uma coberta no banco de trás e encosta a cabeça na janela fechando os olhos.- Eu estava com vontade seu imbecil! – ela resmunga com o rosto na coberta.
Poncho: Agora vai ficar falando disso a viagem toda? – Ele estava tenso dirigindo, olhando-a de canto de olho.
Dulce: Você não é obrigado a olhar pra mim, aliás nem deve, já que está dirigindo.
Sem dizer mais nada, Alfonso acelerou e entrou no primeiro retorno que viu, depois de alguns minutos estavam novamente no posto de gasolina. Ele desceu do carro batendo a porta e entrou na loja de conveniências.
Poncho: Fique com o troco! – ele coloca o pacote de biscoitos dentro de uma sacola, voltou para o carro batendo a porta outra vez ao entrar, e jogou o pacote no colo de Dulce. - Agora vê se muda essa cara.
Dulce: Não quero mais, coma você! – ela joga o pacote nele.
Poncho: Ok! – ele abre o pacote e enfia dois biscoitos de uma vez na boca, mastigando-os as pressas. - SATISFEITA?! – ele dá partida no carro, Dulce voltou a posição em que estava, fechando os olhos novamente e engolindo o choro. - É melhor você dormir mesmo! – ele resmunga.
Dulce limpou uma lágrima que não conseguiu segurar e não disse nada, acabou cochilando durante boa parte da longa viagem que tinham pela frente, acordando na entrada da Capital, quando um clarão invadiu o carro, Poncho ouvia música e estava um pouco distraído prestando atenção na letra que não percebeu que um maluco da pista contraria cortava um caminhão na frente dele.
Dulce: Poncho! Preste atenção! – ela quase grita. - Vá devagar! Você viu o que fez?!
Poncho: Não exagera Dulce! O cara que entrou na minha frente! – ele responde no mesmo tom.
Dulce: Só estou dizendo!
Poncho: Gritando você quer dizer!
Dulce: Ah! E você não está?!

Poncho: Dulce, porque você dorme de novo?
Dulce: Por que você está tão grosseiro comigo?!
Poncho: A culpa não é minha!
Dulce: Tudo isso por causa dos biscoitos? – ela o encarava.
Poncho: QUE VOCÊ NÃO COMEU!

Eles ficam longos minutos em silêncio, até que um som de celular começou a vir do porta luvas. Dulce o abriu a procura do aparelho.

Dulce: É o seu! – ela desliza o dedo para atender.
Poncho: É pra mim! – ele puxa o aparelho das mãos dela.
Dulce: Estúpido! Você está dirigindo! Não pode atender!
Poncho: Alô? – ele atende, ignorando a esposa.
Dulce: IDIOTA! Quer sofrer outro acidente?! Abre a porta pra mim e se mate sozinho então!
Poncho: É, acho que sim. – ele falava ao celular.
Dulce: Ou quer tomar uma multa?! – ela o encarava. - Poncho! ESTOU FALANDO COM VOCÊ! Largue essa porcaria e...
De repente, Poncho pisou fundo no freio, o carro deslizou alguns metros a frente, cantando pneu e parou bruscamente. Dulce levou um susto tão grande que colocou as mãos na boca, se não fosse o cinto de segurança, sua cabeça estaria rachada.
Dulce: FICOU LOUCO ALFONSO? QUER NOS MATAR?! – ela gritava furiosa. - VOCÊ BEBEU FOI?! – ele não respondia, estava parado, olhando para frente, sem piscar. - VAI SE FINGIR DE MORTO AG...- ela não terminou de falar, foi interrompida por Alfonso, que soltou rapidamente o sinto e a abraçou de repente, agarrando as costas dela com força e deitando a cabeça em seu ombro, começou a chorar descontrolado. - Poncho? – ela o abraça de volta. – O que houve?