Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Ele não responde, estava soluçando e ela percebeu que ele chorava, esperou até que se acalmasse, acariciando as costas dele vagarosamente.
Dulce: Amor, o que houve? – ela segura o rosto dele trazendo-o para si.
Poncho: O ... O pa...- ele não conseguia falar, os poucos carros que passavam pela estrada começaram a buzinar.
Dulce: PASSA NA FRENTE DROGA! – Ela gritando pela janela, liga o sinal de alerta do carro. – Amor olhe pra mim! O que aconteceu com você? – ela acariciava o rosto dele.
Poncho: Nada! – ele funga, passando uma mão no rosto.
Dulce: Então por que ficou assim? Quem era no celular? – ela limpa as lágrimas dele.
Poncho: Meu pai!
Dulce: O que ele queria? Por que ficou assim? Aconteceu alguma coisa com ele?
Poncho: Não, ele... ele só... – ele não conseguia raciocinar direito, Dulce estava ficando apreensiva.

Poncho: Não, ele... ele só... – ele não conseguia raciocinar direito, Dulce estava ficando apreensiva.
Dulce: Amor...- ela volta a segurar o rosto dele que estava todo molhado, nunca tinha visto Alfonso chorar daquele jeito, não na frente dela. – Alfonso, o que houve? Não me deixe nessa angustia amor, fale comigo.
Poncho: Dul... – as lágrimas não paravam de sair de seus olhos e ele estava começando a tremer.
Dulce: Poncho, me diz amor! – ela o puxou para outro abraço.
Poncho: Meu avô! – ele consegue dizer entre o choro.
Dulce: Seus avós já chegaram?
Poncho: Já. – ele respira fundo, se afastando para encará-la.
Dulce: Então meu amor? O que aconteceu com seu avô?
Poncho: Meu avô... – ele faz uma pausa, respirando fundo. -  Acabou de falecer! – ele a encara.
Dulce: Que? – ela o olha surpresa. - Não, Poncho! – ela segura o rosto dele, beijando-o na testa e o puxando para seu colo novamente. - Como aconteceu?
Poncho: Eu não sei. Minha mãe só disse que ele morreu, e que estava me esperando!
Dulce: Poncho! –os olhos dela já estavam lacrimejados também, mas ela não queria chorar na frente de Poncho, tinha que ser forte para ele. – Calma amor! – ela acariciava os cabelos dele. – Precisamos seguir viagem, quer que eu dirija?

Poncho: Não! – ele se afasta beijando-a na ponta do nariz. - Eu dirijo, você não está em condições. – ele volta para seu banco, colocando o cinto.
Dulce: Nem pense nisso amor, não vou deixar você dirigir assim.
Poncho: Vou devagar amor, não se preocupe. – ele limpa o rosto e respira fundo uma última vez, dando partida no carro e seguindo o caminho.
Em pouco tempo ele estacionava na casa dos pais. Desceu rapidamente do carro dando a volta para abrir a porta para Dulce.
Dulce: Fica calmo amor! – ela caminha de mãos dadas com ele até o portão. As mãos de Poncho estavam frias e ele ainda estava meio tremulo.

Poncho tocou a campainha, a empregada veio logo atender, estava com um lenço nas mãos, não conseguia nem achar as chaves do portão.

Dulce: Posso? – ela pede as chaves para a mulher, que entregou rapidamente se desculpando. Dulce abriu e Poncho foi direto para porta, Dulce foi atrás e a empregada os seguiu.

Ao entrar, Dulce viu Ruth, o senhor Alfonso e a avó de Poncho em pé, com copos de água nas mãos e os rostos vermelhos. Alfonso se aproximou e abraçou a avó, Dulce ficou parada, olhando para todos, queria respeitar o momento de dor da família, mas Ruth se aproximou e a abraçou também, Dulce deu um tapinha nas costas da sogra e a deixou chorar em seu ombro.
Poncho: Vovó!  - ele respira fundo se afastando do abraço. -  Onde ele está? O que houve?
Avó: Não sei PonPon! Ele estava bem no avião. – ela secava as lágrimas.
Alfonso: Os médicos disseram que foi infarto.
Poncho: Podemos vê-lo? Onde está o corpo? Quando vai ser enterrado? – ele olhava para o pai.
Avó: Amanhã cedo.
Poncho: No Canadá?
Ruth: Não, aqui mesmo! Nós só estávamos esperando você chegar para nos ajudar com o velório. – Um som de celular ecoa pela sala.

Dulce: Desculpem! – ela pega rapidamente o aparelho, olhando para Poncho.
Poncho: Atende amor, pode ser importante!
Dulce: Com licença! – ela se retira caminhando até a cozinha. – Oi Any!
Any: Oi Dulce! Já chegaram?
Dulce: Sim! – ela suspira.
Any: Nós também, o Pedro adiantou o ensaio e...
Dulce: Fala pra ele que eu e o Poncho não vamos poder comparecer, o avô do Poncho morreu Any!
Any: Que? Não! Um velhinho tão bacana não pode morrer!
Dulce: Mas morreu, infelizmente! O Poncho está arrasado, não sei o que fazer.
Any: E agora?
Dulce: O que?
Any: O que digo ao Pedro?
Dulce: Diga que, estamos de luto? Não sei!
Any: Onde vocês estão?
Dulce: Na casa dos pais dele.
Any: Vou chamar o Christopher e vamos ai dar uma força pro Poncho.

Dulce: Ok, obrigada Any!

Any: Daqui a pouco estamos ai! Aguente firme amiga, beijo. – ela desliga.
Quando Dulce voltou para a, Poncho estava sentado no sofá, com o telefone nas mãos, seus olhos estavam inchados.
Poncho: As sete? Tudo bem! Não, não pode ser. -  Dulce se sentou ao lado deles, acariciando-lhe as costas, a empregada entrou com um copo com água e açúcar e entregou a Dulce.
Poncho: Ok, obrigado! – ele desliga.
Dulce: Aqui amor! – ele entrega o copo de água para Poncho. – Beba!
Poncho: O velório vai ser às sete! – ele pega o copo dando uma golada. - Quem era no telefone Dul?
Dulce: A Any.
Poncho: Eles chegaram? Estão bem?
Dulce: Estão sim! – ela o abraça apoiando a cabeça no ombro dele. - A Any está vindo pra cá!
Poncho: Está tarde Dul! – ele dá um beijo na cabeça dela. - Vou arrumar uma cama pra você descansar.
Dulce: Não amor, não estou com sono, não se preocupe!
Poncho: Mas você...
Dulce: Quero ficar com você ok? – ela segura o rosto dele.
Poncho: Ok. – ele sorri de lado brevemente, logo voltando a expressão abatida. - Por que Dul? Ele não. Ele não podia!
Dulce: Amor, essas coisas acontecem. – ela o abraça.
Poncho: Ele nem vai ver o bisneto. – Poncho acariciava a barriga de Dulce.
Dulce: Ele o verá de onde estiver.
Ruth: Filho, sua avó vai fazer um café, você quer?
Poncho: Quero, não posso dormir.
Dulce: Amor, deite-se aqui no sofá um pouquinho pelo menos, só pra descansar as costas da viagem.- Poncho atendeu ao pedido e se deitou com a cabeça apoiada no colo de Dulce.