Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Poncho: Que coisa ruim eu sinto Dul! – ele comenta após um tempo, Dulce que acariciava os cabelos dele chegou a pensar que ele havia dormido. - E agora? Minha avó vai ficar sozinha!
Dulce: Não amor! Ela tem a nós, ao seu pai e sua mãe, não está sozinha!

Poncho: É tão difícil perder alguém querido. – ele mantinha os olhos fechados.
Dulce: Sei como é.
Poncho: É estranho saber que eu nunca mais vou conversar, rir, jogar pôquer com ele. Já sinto saudades.
Dulce: Todos vamos sentir saudades Poncho.
Poncho: Dul, eu não sei o que seria de mim sem você. – ele abre os olhos encarando-a e apanhando uma de suas mãos, trazendo-a até seu rosto. - Promete que nunca vai partir e me deixar sozinho?
Dulce: Eu prometo. – ela sorri de lado, puxando a mão dele e dando um beijo na mesma.
Avo: Aqui PonPon, seu café! – ela aparece na sala. Poncho se senta, dando um lugar a avó e a abraçando.
Poncho: Vovó, a senhora não vai para o Canadá, vai?
Avó: Por enquanto não querido.
Poncho: A senhora não pode ir, não pode voltar sem o vovô, eu não vou deixar.
Avó: Não vamos pensar nisso agora meu amor. – ela dá um beijo no rosto do neto.
Poncho: Certo. – ele suspira, pegando seu café da mesinha e dando uma golada.

Anahí e Christopher chegaram meia hora depois, junto com Christian, foi Dulce quem os atendeu.
Any: Oi Dul! – ela abraça a amiga.
Ucker: Dul, e o Poncho?
Dulce: Está péssimo!
Christian: Ele vai superar! – ele abraça a amiga. - Onde ele está?
Dulce: Na sala.
Todos seguem do hall para sala, onde Alfonso pai falava ao telefone, e Poncho e sua avó estavam aos prantos. Any se aproxima abraçando a senhora e depois coloca as mãos nas costas do amigo, que se virou e a abraçou.
Any: Oh Poncho, eu sinto muito!
Poncho: Obrigado Any!
Ucker: Estamos com você cara.
Christian: Conte conosco! – ele dá leves tapas nas costas do amigo. - Mai não pode vir agora mas mais tarde estará aqui.
Poncho: Obrigado pessoal.
Ucker: Dul, quando vai ser o velório? – ele comenta baixo com ela.
Dulce: Hoje a noite, às sete.
Ucker: E já está tudo certo? Tudo pronto?
Dulce: Ainda não. O Poncho ligou para o cemitério mas ele não para de chorar Ucker, não está em condições de providenciar nada então eu...
Ucker: Posso ajudar em algo?
Dulce: Bem, não consigo ligar para funerária pra encomendar o caixão.
Ucker: Eu te levo até lá então.
Dulce: Obrigada. – ela sorri de lado. - Eu vou avisar o Poncho! – ela toca no braço de Ucker e se afasta indo em direção ao marido. – Amor, eu vou com o Ucker até a funerária para resolver umas coisas.
Poncho: Tudo bem! – ele puxa uma mão dela depositando um beijo na mesma. – Se cuidem ok?
Ucker: Fique firme cara!
Às 19:00 horas, muitos amigos e parentes dos Herrera, chegavam ao velório, todos estavam de preto, a cor do luto. Alfonso não saia do lado do avó, cujo caixão estava repleto de flores brancas.
Mai: O Poncho está mal mesmo! – ela comenta baixo.
Dulce: É. – ela olhava o marido. - Não sei o que fazer para deixa-lo menos triste. Odeio ver o Poncho tão deprimido! – ela boceja involuntariamente.

Christian: Dul, vá descansar um pouco. Nós ficamos com ele!
Dulce: Nem pensar! -  os olhos dela estavam vermelhos de sono e lágrimas. - Ele precisa de mim! Vou apenas buscar um pouco de café. – ela se retira.
Ucker: A Dul está caindo de sono!
Any: Ela sabe o que faz. – ela desvia o olhar de Christopher. – Olhem, o Pedro chegou!
Pedro Damián entrava, também estava todo de preto, cumprimentou os amigos e se aproximou de Alfonso.
Pedro: Poncho!
Poncho: Oi Pedro, obrigado por vir.
Pedro: Meus pêsames!- ele dá um abraço em Poncho e em sua família.
Poncho: Obrigado. – ele sorri tristemente. - Pedro e o show? Eu, não tenho condições de...
Pedro: Não se preocupe com isso. Já foi remarcado, sua família precisa de você agora ok? – ele sorri de lado repetindo o abraço em Poncho e se retirando.
Dulce: Oi Pedro! – ela esbarra com ele.
Pedro: Oi Dul.
Dulce: Obrigada por vir.
Pedro: Que isso!
Christian: Já te abordaram lá fora?
Pedro: Já, eu tive que parar pra falar alguns minutos.
Dulce: Do que estão falando?
Ucker: A imprensa! Tem várias pessoas lá fora. Saiu na TV a noticia de que o avô do Poncho morreu e o velório está acontecendo.
Any: Puxa! Esse povo não respeita nem a dor de uma perda!
Ucker: É o trabalho deles Anahí.
Dulce: Gente, vou no jardim, preciso de ar fresco.
Mai: Vou com você.
Pedro: Eu também.
Dulce conversava com Pedro e Mai, enquanto tomavam mais uma xícara de café. Pedro dizia que daria o fim de semana de folga a banda, para que Alfonso pudesse estar bem para o próximo show, que havia sido adiado para a próxima semana. Dulce estava um pouco enjoada, aos poucos sua vista começou a embaçar, Mai e Pedro não perceberam nada até que os olhos dela reviraram e fecharam, Dulce desmaiou e Pedro a segurou antes que fosse ao chão.
Pedro: Dulce? – ele a pega no colo e a deitada em um dos bancos do jardim. – Dulce?  Ele segura o rosto dela com firmeza, analisando-a.
Mai: Dul! – Mai dava leves tapas na face dela. - Hei Dulce!
Pedro entrou correndo na sala onde o corpo era velado.
Pedro: Any! – ele fala baixo, evitando que Poncho e a família que olhava para ele, não pudessem ouvir. - Arrume um pouco de álcool! Rápido!
Any: Álcool? Pra que?
Pedro: Qualquer coisa com cheiro forte! A Dulce desmaiou!
Any: Que?!
Ucker: Pedro, o que foi?
Any: A Dul desmaiou lá fora Christopher!
Pedro: Rápido, gente! Alguma coisa forte!
Ucker: Eu acho que tenho algo no carro. – ele sai e Pedro volta ao jardim, Mai ainda tentava reanimar Dulce.
Mai: Nada Pedro, apagou!
Poncho: O que está acontecendo Any? – ele a segura pelo braço antes que ela saia também.
Any: Nada Poncho! Só preciso de um pouco de ar.
Poncho: Certo. – ele a solta, encarando-a desconfiado, enquanto ela sai.
Ruth: O que foi filho?
Poncho: Não sei ao certo. Já volto mãe. – ele segue Anahí.
Christopher voltava com um vidrinho nas mãos e Alfonso se aproximava.
Poncho: Pedro o que está ac... DUL!  - ele paralisa ao vê-la deitada no banco. -  O QUE HOUVE?! DULCE! – ele corre até ela.
Pedro: Calma Alfonso,  acho que foi só um desmaio.
Poncho: Não! – ele pega o vidro das mãos de Christopher, abre o frasco e cheira, afastando-se rápido, coloca o liquido perto do nariz de Dulce. - Dul? -  em poucos segundos Dulce tossiu, ofegante.
Dulce: Poncho? – ela entreabre os olhos, meio atordoada. – O que, aconteceu?
Poncho: Tudo bem amor? Vem, vou te levar ao médico. – ele a ajuda a levantar.
Dulce: Não!
Mai: Você desmaiou Dul.
Dulce: Desmaiei? Não, não desmaiei! – ela se senta.
Pedro: Desmaiou sim.
Poncho: Vamos Dul! – ele a segura pelo braço. – Ucker, tire o carro pra mim?
Dulce: Eu não quero ir Poncho! Não foi nada.
Poncho: Então vou pedir pra vovó dar, uma olhada em você.
Dulce: Não a incomode com isso. Eu só quero água!
Poncho: Any você pode levar a Dulce pra casa?
Any: Claro...
Dulce: Pra que?
Poncho: Descansar. – ele acaricia o rosto dela.
Dulce: Eu quero ficar com você Poncho.
Poncho: Não meu amor. – ele a puxa para seus braços depositando um beijo em sua testa. - Esse cansaço não te faz bem.
Dulce: Você também está cansado. – ela o abraça. – Me deixe ficar com você amor, quero te apoiar.
Poncho: Vou ficar melhor se souber que você está bem.
Dulce: Mas...
Poncho: Por favor.
Dulce: Certo. – ela desiste. - Vocês vão cuidar do Poncho pra mim? – ela olha os amigos.
Mai: Claro que vamos.
Poncho: Viu? – ele sorri de lado. – Vai tranquila amor.
Dulce: Poncho, desculpe por...
Poncho: Eu te amo Dul. – ele segura o rosto dela e a puxa para um beijo. - Cuide do nosso filho ok? – ele acaricia a barriga dela.
Dulce: Vou cuidar.
Poncho: Any, Mai, podem ficar com a Dul lá em casa?
Any: Posso sim Poncho. Amanhã cedo viremos ao enterro ok?

Mai: Eu preciso cuidar da Mariana, mas passo lá depois. – ela dá um abraço em Dulce.
Poncho: Ok, obrigado meninas. – ele puxa as duas e as abraça. Dando um beijo na testa de cada uma.
Dulce: Alfonso, qualquer coisa me ligue. – ela se aproxima. - Qualquer coisa que precise. – ela o abraça.
Poncho: Pode deixar amor! Nos vemos amanhã cedo. – ele acaricia o rosto dela.
Dulce: Eu te amo. – ela fala baixo para que só ele ouça.
Poncho: Eu amo você. – ele responde no mesmo tom, dando um beijo no topo da cabeça dela.
Dulce: Peça desculpas a sua mãe e a sua avó! – ela se solta do abraço e caminha até Any.
Poncho: Não se preocupe amor.
Pedro: Christopher, afinal o que tem nesse vidro? – ele aponta pro misterioso frasco que despertou Dulce.
Ucker: Um perfume fedido que ganhei. – ele sorri dando de ombros.
No dia seguinte Dulce e Any acordaram cedo, tomaram café rápido e foram direto para o enterro. Todos já estavam lá, era um belo dia de sol, um padre rezava, enquanto alguns rapazes colocavam o caixão dentro da cova, Dulce se aproximou e abraçou Poncho, que chorava, por baixo dos óculos escuros.
Poncho: Adeus vovô! – ele joga uma flor dentro da cova, começaram a fazer algumas orações e enquanto o corpo era enterrado.
Alguns minutos depois, algumas pessoas se despediam, Poncho deu as mãos a Dulce e começaram a caminhar pelo vasto gramado do cemitério.
Poncho: Nunca mais vou vê-lo.
Dulce: Você ainda terá as lembranças. – ela sorri de lado tentando animá-lo. – E as lembranças são uma forma de consolo, e seu avô sempre estará com você, aqui. – ela para de frente para ele, apoiando uma mão no coração do marido.
Poncho: Sim! –ele concorda, cabisbaixo.
Dulce: Poncho! – ela retira os óculos dele.
Poncho: Sim? – ele enxuga algumas lágrimas que caiam pelo rosto de Dulce.
Dulce: O que acha de passarmos o fim de semana no campo?
Poncho: No campo? – ele pensa por um instante. - Não Dul, tenho que ficar com meu pai e com a minha avó.
Dulce: Mas é uma boa ideia pra você se distrair amor. Tenho certeza que seu avô gostaria de vê-lo sorrindo, não chorando.
Poncho: Eu sei Dul mas... – ele respira fundo. - Ru vou pensar ok?
Dulce: Ok. – ela acaricia o rosto dele.