Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Durante todo fim de noite, Dulce levantou várias vezes para dar uma olhada no filho, adormeceu uma e meia da manhã, abraçada a Alfonso. Cochilou por uma hora, quando ouviram o bebê chorar pela babá eletrônica, Dulce levantou-se rapidamente, seguida por Poncho.
Dulce: Pronto Miguel! – ela acende a luz do quarto do bebê. - Mamãe e papai estão aqui! – ela se aproxima do berço, pegando-o no colo.
Poncho: O que ele tem?
Dulce: Acho que fome. –ela sorri de lado olhando para o filho.
Poncho: De novo? Mas ele mamou umas seis vezes !
Dulce: Eu sei!
Poncho: Filho, você precisa me ensinar sua técnica. – ele sorri tocando o rosto do pequeno.
Dulce: Não fale essas coisas na frente dele Poncho! – ela o adverte com o olhar.
Poncho: Dul, ele não entende nada! - ele sorri.
Dulce: Não quero que ele seja tarado como você. – ela revira os olhos.
Poncho: Mas ele será.- ele sorri beijando a cabeça dela.
Dulce: Pegue uma luva pra ele, as mãozinhas estão geladas.
Poncho: Ok! – ele se afasta até a cômoda do bebê. - Pedro me ligou antes do almoço, esqueci de dizer.
Dulce: E o que ele queria?
Poncho: Dizer que virá ver o bebê amanhã e que precisa conversar com a gente! – ele volta sorrindo entregando a luva a Dulce.
Os dois levaram o bebê, que não parava de chorar, para o quarto. Poncho o segurava andando de um lado para o outro.
Poncho: E agora? O que faremos?
Dulce: Não sei! – ela andava ao lado do marido.
Poncho: Estou com sono Dul, faça-o parar. – ele balançava o filho.
Dulce: Não sei o que ele quer! Como vou fazer?
Poncho: Pensei que as mães soubessem o que fazer com seus filhos!
Dulce: Está insinuando que...
Poncho: Não estou insinuando nada...Nada!
Dulce: Olha aqui Poncho! Estamos na mesma situação! Sou tão nova nisso quanto você! – ela pega João Miguel do colo de Poncho e começa a niná-lo, enquanto discutia com Alfonso.
Poncho: Ué, você nunca cuidou das suas irmãs quando elas nasceram?
Dulce: Que pergunta idiota! Você sabe muito bem que Claudia e Bianca são mais velhas que eu!
Poncho: E uma prima?
Dulce: Poncho! E eu por acaso tinha idade e tempo pra cuidar de criança? Comecei cedo na vida artística.
Poncho: Eu sei, calma!
Dulce: Não me peça pra ter calma! Odeio quando você faz isso. – ela andava de um lado para o outro.
Poncho: É que, fico agoniado de ver nosso filho chorando assim. Será que ele não está sentindo alguma dor?
Dulce: Acho que, não! – ela olha para o filho, que choramingava. - Poncho?
Poncho: Fale amor.- ele estava sentado na beirada da cama.
Dulce: Onde está aquele perfume que você me deu antes da turnê? - ela olha para o criado mudo, onde algumas semanas atrás, tinha deixado o produto.
Poncho: Não sei, você não guardou?
Dulce: Não, deixei ali em cima!
Poncho: Dora ou Tereza devem ter guardado!
Dulce: Não , eu já falei para as empregadas que não gosto que mexam nas minhas coisas!
Poncho: E como quer que elas façam a limpeza? – ele sorri.
Dulce: Você entendeu! – ela revira os olhos.
Poncho: Pra que se preocupar com isso agora?
Dulce: O perfume sumiu!
Poncho: E daí?! Depois você compra outro.
Dulce: Poncho! Eu tenho absoluta certeza que deixei a droga do perfume aqui em cima e pedi para ninguém mexer nas minhas coisas!
Poncho: Está querendo dizer que alguém pode ter roubado?
Dulce: Sim!
Poncho: Dulce!  -ele se ajeita na cama. - Deixe de ser mesquinha!
Dulce: Eu não sou mesquinha!
Poncho: Mas está sendo!
Dulce: Não! Só estou dizendo que...
Poncho: Acusando! – ele puxa o edredom.
Dulce: Não acusei ninguém!
Poncho: Ah Dulce! Fica preocupada com essa porcaria de perfume, quando temos algo mais importante com que se preocupar! – ele grita, perdendo a paciência, o pequeno José Miguel que há dois minutos tinha sossegado, abre o berreiro novamente.
Dulce: Viu o que você fez?!Não grite na frente do meu filho!
Poncho: Nosso filho!
Dulce: Boa noite Alfonso! – ela se vira em direção a porta.
Poncho: Aonde você vai?!
Dulce: Dormir longe de você! Não sou obrigada a ouvir seus “elogios” e nosso filho não é obrigado a ouvir seus gritos! – ela sai, puxando com força a porta.
Poncho: Criançona! – ele se deita, cobrindo a cabeça.

Dulce: Seu pai vai me deixar louca!  - Ela andava de um lado para outro, do quarto de hospedes. - Miguel, o que você tem meu amor? Mamãe não sabe o que fazer! – os olhos dela estavam marejados. -  Vem, vamos deitar na caminha! - ela coloca travesseiros de uma lado da cama, e se deita do outro, colocando Miguel no meio. - Não chore filhinho. – ela acariciava o bebê. - Está com calor? Vou tirar suas meias ok? Ah! De quem é esse pézinho “ totoso”?   ela beija os pequenos pés do filho. - Hein meu amor? – João Miguel, parou de chorar, Dulce começou a acariciar o rosto dele, que abria e fechava a boca quando os dedos de Dulce ficavam próximos da boca dele. - Você quer o dedo? – ela coloca o dedo mindinho na boca do bebê. - Dedo não pode filho, amanhã eu peço pra Dora ferver uma chupeta pra você!