Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

No quarto do casal, Alfonso colocava o travesseiro para abafar o choro do bebê. Passados alguns minutos ouviu tudo se silenciar.
Poncho: Ai, finalmente! –ele se ajeita na cama.
Eram três e meia da manhã quando João Miguel começou a chorar novamente, ainda mais alto, Dulce ainda estava acordada, desesperada, havia tentado dar de mamar, verificou se a fralda do filho estava suja, ou se alguma coisa o incomodava e nada, seus olhos já estavam vermelhos de tanto sono, pensou duas vezes em ligar para sua mãe pedindo conselhos, mas era tarde. No quarto Alfonso dormia, até que o choro retumbante do filho penetrou em seus ouvidos e o despertou.
Poncho: Droga! –ele resmunga de olhos ainda fechados, puxando o travesseiro de volta ao rosto. – Espera ai Alfonso! – ele destampa o rosto falando sozinho. - O que você está fazendo? É sua esposa e seu filho, cara! – ele empurra as cobertas e parte na direção do choro do filho.
No quarto de hospedes...
Dulce: Filho, durma um pouquinho vai! – Dulce estava cansada, com os braços doendo de tanto ninar o bebê.
Poncho: Dulce? –ele abre a porta devagar, colocando o rosto para dentro do quarto.
Dulce: O que você quer? Se você veio aqui para...
Poncho: Eu vim ajudar! – ele adentra o quarto andando devagar até ela.
Dulce: Agora? – ela sorri ironicamente. - Não sabia que você tinha hora para se lembrar que é pai!
Poncho: Amor! –ele se senta no braço da poltrona em que ela estava, dando um beijo no topo da cabeça dela. - Me desculpe! Você sabe que o sono me deixa nervoso, eu saio de mim! – ele segurava uma das mãozinhas do filho.
Dulce: Tudo bem! – ela vira o rosto para ele dando um beijo em seu pescoço.
Poncho: Eu fico com ele! – ele estende os braços pedindo o bebê. - Vou leva-lo pra dar uma volta na casa, quem sabe não para de chorar. – ele sorri pegando o filho. - Durma um pouco, você está cansada.
Dulce: Certo! – ela beija a cabeça do filho. - Mas qualquer coisa, qualquer coisinha mesmo me acorde ok?

Poncho: Ok amor! – ele sorri beijando o rosto dela. – E ai filhão, vamos passear? – ele levanta e caminha com o bebê.

Dulce se arrasta até o quarto e ao cair na cama adormece quase no mesmo instante. Alfonso passou o resto da madrugada tentando fazer com que o filho dormisse. Era sete horas das manhã quando finalmente colocou um travesseiro ao lado de Dulce e se deitou, abraçando a cintura dela, que se virou pra ele sorrindo.
Dulce: Você conseguiu?
Poncho: Consegui! – ele sussurra.
Dulce: Como?
Poncho: O jeito é mesmo deixar que ele chupe nosso dedo.
Dulce: Lavou as mãos?
Poncho: Sim! Mas temos que acostuma-lo com a chupeta.
Dulce: Eu vou pedir para Dora arrumar uma. – ela tenta se levantar mas é impedida pelo braço de Poncho.
Poncho: Não! Durma um pouco comigo! – ele a puxa para si, beijando o rosto dela.
Dulce: Mas...
Poncho: Temos que dormir enquanto ele dorme, senão vamos virar zumbis! – ele sorri.
Dulce: É, você tem razão! Ai Poncho! – ela reclama mas sorri, quando ele lhe morde a orelha. - Nós íamos dormir e não...

Poncho: Dul! – ele sorri sussurrando no ouvido dela. - Quando você vai voltar a ativa?
Dulce: Não sei.
Poncho: Estou morrendo de saudades do calor do seu corpo. – ele sussurra, distribuindo beijos pelo pescoço dela.
Dulce: Você não muda Poncho! – ela sorri.

Poncho: Precisamos de uma segunda lua de mel...
Dulce: Impossível.
Poncho: Por que?
Dulce: Nosso filho Poncho! Como quer uma segunda lua de mel com um bebê pra cuidar, shows pra fazer!
Poncho: Eu sei! – ele sorri.- Quis dizer quando ele estiver um pouco maior, poderemos leva-lo.
Dulce: É mas agora sem chance.
Poncho: Ok, mas vamos dormir. – ele boceja. – Estou morrendo de sono.
Dulce: Certo.  –ela sorri, se aninhando ao corpo dele.

Duas horas depois, Dora batia na porta do quarto!
Poncho: Não! – ele resmunga, cobrindo o rosto.
Dulce: Quem é? – ela boceja.
Dora: Senhora, desculpe incomoda-los, mas o Sr. Damián os espera lá embaixo.
Dulce: Obrigada Dora, nós descemos em dez minutos. – Dulce se espreguiça. - Hei meu bobinho. – ela se vira para Poncho cutucando-o. – Vamos!
Poncho: Só mais um pouquinho amor! – ele resmunga, debaixo das cobertas.
Dulce: Não Poncho! O Pedro está lá embaixo!
Poncho: Quem? – ele descobre o rosto, encarando-a com uma careta.
Dulce: O Pedro! Você não disse que ele viria hoje?
Poncho: Disse. – ele sorri bocejando. - A noite foi tão longa que estou meio perdido!
Dulce: Vamos! – ela sorri se levantando e puxando as cobertas dele.
Alguns minutos depois, após um breve banho e fazerem a higiene matinal.
PeD: Bom dia Pedro! – eles adentram a sala de estar, Poncho com um dos braços em torno das costas de Dulce, para ajuda-la a descer os últimos degraus da escada.
Pedro: Alfonso, Dulce, bom dia! – ele sorri. - Nossa que caras, passaram bem a noite pelo visto!
Dulce: Pois é. – ela sorri cumprimentando ele.
Poncho: Não dormimos quase nada, Miguel não deixou..
Pedro: Posso vê-lo?
Poncho: Claro! Ele está dormindo mas vou pedir a Teresa que...
Pedro: Não, o vejo quando acordar! – ele sorri. – Bom, vamos falar de outras coisas por enquanto.
Teresa: Senhora o café da manhã está na mesa.
Poncho: Toma café com a gente Pedro?
Pedro: Claro!
Teresa servia o café, atenta ao chaveiro das chaves de Pedro, enquanto este, conversava com Dulce e Alfonso.
Pedro: Então, vocês já devem saber um dos motivos da minha visita!
Poncho: Imaginamos.
Dulce: A banda?
Pedro: Sim, a banda.
Poncho: Então comece por favor!
Pedro: Bom, vocês sabem que agora com a chegada do bebê, não terão tempo pra nada não é?
Poncho: O que quer dizer com isso?
Pedro: Ora Poncho! Crianças exigem cuidados, bebês então, o dobro.
Dulce: Nós sabemos.
Pedro: Então minha pergunta é: Como fica a banda?
Poncho: Como sempre! Eu a Dul já conversamos sobre isso, eu estarei no palco nos próximos shows e em breve ela também estará!
Pedro: E o bebê?
Dulce: Levaremos conosco é claro. Nas turnês eu digo,  vamos começar a procurar uma babá!
Pedro: Tudo bem, se vocês acham melhor assim.
Poncho: Por que? Você tem alguma sugestão?
Pedro: Bom, pra você não Poncho mas, Dulce e o contrato com a novela?
Dulce: Que novela? – ela mexia distraidamente seu suco.
Pedro: Ué, você não tinha assinado um contrato com...
Dulce: A NOVELA! Como pude me esquecer?! Nossa aconteceram tantas coisas que me esqueci completamente!
Pedro: Então, minha sugestão é, pense melhor no que quer fazer Dulce. A banda ou a novela. – ele a encara seriamente. - Eu sei que você sempre de conta de tudo mas acredite, vai enlouquecer se misturar os shows a novela e a educação do seu filho, não é mais como quando fazíamos Rebelde, vocês todos cresceram e você agora é mãe.
Dulce: Mas...
Pedro: Não Dul, só quero que pense ok? Quando voltar a trabalhar você me dá uma resposta.
Dulce: Certo! – ela lança um olhar para Poncho, que ouvia tudo atentamente.
Pedro: Agora vamos parar de falar sobre trabalho, quero ver meu netinho.
Poncho: Netinho? – ele sorri.
Pedro: Claro! Sempre me senti como um pai pra vocês! – ele sorri comendo uma torrada.
Pedro foi breve, João Miguel estava dormindo, por isso ele não quis prolongar a visita. Na hora do almoço o bebê acordou chorando, Dulce o amamentou e pediu para Dora preparar um banho para o filho.
Poncho: Dul, você disse que ia deixar eu dar o primeiro banho dele!
Dulce: Sim, mas depois da sua experiência com a fralda, acha mesmo que dá conta? – ela sorri.
Poncho: Banho é coisa limpa, fralda é o oposto. – ele sorri beijando a cabeça dela.
Dulce: Tudo bem. – ela sorri revirando os olhos. - Eu vou tirar a roupinha dele!
Poncho: Eba! – ele sorri brincando com o filho, enquanto Dulce o despia.
Dulce: Pronto! – ela sorri e Poncho pega o filho pelado, rindo.
Poncho: Olha o pipi do meu garoto! – ele sorri analisando. – É grande não acha? – ele olha pra esposa.
Dulce: Ai Poncho! – ela dá um tapa no braço dele - Vamos logo, não quero chegar atrasada para o exame dele!

Depois de se molhar todo dando banho no filho, Alfonso se trocou e seguiu com a família para o hospital.
Poncho: Dul, esse exame não vai machucar o Miguel, vai?
Dulce: É só uma picadinha no pé Poncho! – ela sorri.
Poncho: Certo! – ele caminhava elo corredor carregando o filho. – Aguente firme campeão, nem vai doer!
Dr. Orama: Boa tarde! – ele sorri ao vê-los. - Já estava os esperando, entrem! – ele dá caminho para sua sala.
Dulce deitou João Miguel em uma bancada no consultório do pediatra e tirou o sapato do filho. Dr. Orama colocou luvas e tirou uma agulha grossa do plástico.
Poncho: É mesmo necessário esse exame? – ele encarava a enorme agulha nas mãos do doutor.
Dr. Orama: Extremamente necessário Alfonso! – ele termina os preparativos. – Bom, vamos lá! – ele sorri, pegando o pé de João Miguel.
Poncho: Seja forte filhão! – ele segura uma das mãozinhas do filho. Assim que o pediatra colocou a ponta da agulha no calcanhar de João Miguel, ele começou a chorar alto.
Poncho: Aperte minha mão filho, você é forte que nem o papai, não precisa chorar.
Dr. Orama: Pronto! – ele aperta o calcanhar de Miguel, marcando um papel grosso com manchas de sangue.

Alfonso, Dulce e João Miguel receberam inúmeras visitas durante todo o resto da tarde, todos queriam conhecer o pequeno.