Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

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Poncho: NÃO É MENTIRA! VOCÊ TAMBÉM ESTAVA LÁ! EU... – ele a encara, enquanto ela ainda se debate tentando se livrar dele. - Deveria ter te contado tudo antes!
Dulce: TUDO O QUE?! – ela para de se debater e o encara. - DO QUE ESTÁ FALANDO?!
Poncho: Dulce, foi a Cecilia quem mandou aqueles homens sequestrarem você! – ele se joga ao lado dela, sentando.
Dulce: O QUE?! Não, você está mentindo. – ela o encara.
Poncho: É a mais pura verdade! Ela te sequestrou. e me enganou. A encontrei no supermercado e ela me contou uma história maluca, me pediu perdão por aquele dia e eu acreditei nas palavras dela, então, ela percebeu que eu não estava bem, e eu contei que você tinha sido sequestrada e, eu não sabia o que fazer, então ela me ofereceu ajuda! Eu estava cego, perdido sem você. – ele a encara.
Dulce: E você aceitou?
Poncho: Aceitei! Eu estava perdido! E ela disse que conhecia um detetive que podia me ajudar a encontrar você. Armando era o nome dele, então ele foi lá pro apartamento, mas achei que não faria um bom serviço, a Cecilia insistiu dizendo que desconfiava do Mariano e até ficou lá em casa, durante uma semana ela dormiu lá e começou a dar ordens a empregada, vestir suas roupas, dormir na nossa cama e eu burro não percebi nada! – ele coloca as mãos no rosto. - Nada! Ela queria tomar o seu lugar! Até que o Mariano me ligou e me contou tudo o que ela tinha feito no passado, quando ele me disse que ela já tinha matado uma mulher no exterior eu fiquei com muito medo por você. Mariano disse que achava que sabia onde você estava, quando eu voltei pro apartamento, com o Ucker e o Christian, o Mariano me ligou, Ucker fingiu que era a Any, mas a Any chegou logo em seguida, e a Cecilia ficou desconfiada, ligou para o tal de Zope e saiu, ela ia te matar Dul! – ele a encara com lágrimas nos olhos. - Então eu a segui e quando cheguei naquele casebre, ouvi um tiro, achei que era tarde demais, só que quando abri a porta, vi um homem pequeno no chão, era o tal Cachito...
Dulce: Ele, morreu? – ela arregala mais os olhos.
Poncho: Morreu, fiquei sozinho com a Cecilia e o Zope! Então ela começou a dizer coisas sem sentido, disse que estava grávida de mim, e começamos a discutir, até que ela apontou uma arma pra mim, mas o Mariano chegou e atirou primeiro e, a matou. O tal Zope foi preso, e eu saí atrás de você e te encontrei no meio daquele mato...
Dulce se calou, ofegante, desviou seu olhar de Alfonso. Dez minutos se passaram e os dois continuavam na mesma posição. Alfonso estava aflito, pensando se fez o certo contando tudo para Dulce, esperava uma reação dela.
Poncho: Dul! –ele vira o rosto dela pra ele. – Diga, alguma coisa!
Dulce: Eu te odeio! – ela diz após longos segundos encarando-o.
Poncho: Que?
Dulce: Eu te odeio Alfonso! Tire as mãos de mim. – ela livra o rosto da mão dele.
Poncho: Dulce? - ela não responde, entra no closet e pega uma mala grande, e joga em cima da cama. - O que você está fazendo? – ele se levanta indo até ela. – Amor?
Dulce não respondeu, começou a encher a mala de roupas, Poncho caminhava ao lado dela, tentando obter uma resposta, Dulce saiu do quarto, e em poucos minutos voltou com a bolsa do bebê.
Poncho: Dul! Aonde você vai?
Dulce: Vou sair daqui!
Poncho: Você não vai a lugar nenhum! – ele começa a tirar as roupas da mala dela.
Dulce: Você não pode me impedir!
Poncho: Posso sim! – ele a segura pelos braços, empurrando-a contra a parede. - Você é minha mulher e não vai embora! Não vou deixar você ir. – ele a beija, mas Dulce vira o rosto.

Dulce: Não adianta fazer isso, não sinto mais nada quando você me beija!
Poncho: Mentirosa! – ele a encara.
Dulce: Você é mentiroso Alfonso! – ela o encara, falando cordialmente. -Você escondeu tudo, eu não confio mais em você, por isso vou embora.
Poncho: Eu só estava te protegendo. – ele a encarava.
Dulce: Estou cansada da sua proteção! – ela se solta dele e caminha até o aparelho telefônico. -  Alô? Oi, eu gostaria de pedir um táxi! – Alfonso retira o telefone das mãos dela, desligando-o.
Poncho: Você não vai!
Dulce: Com licença! – ela caminha até o quarto de João Miguel, entra em silêncio e se aproxima do berço retirando-o.
Poncho: VOCÊ NÃO VAI LEVA-LO! EU NÃO VOU DEIXAR! - O bebê acorda com o grito de Alfonso e começa a chorar.
Dulce: Não príncipe, nós já vamos sair daqui! – ela apanha um urso de pelúcia da prateleira.
Poncho: DULCE MARÍA! VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO!! ELE É MEU FILHO!
Dulce: Ah, agora que você se lembrou? – ela sorri irônica.
Poncho: VOCÊ NÃO VAI SAIR COM ELE!! NÃO POSSO IMPEDI-LA, MAS NÃO VOU PERMITIR QUE VOCÊ O LEVE!!
Dulce: ELE TAMBÉM É MEU FILHO! MAIS MEU DO QUE SEU!
Poncho: NÃO DIGA BESTEIRAS! EU TAMBÉM O FIZ!
Dulce: Parece que foi só dessa parte que você gostou! – ela puxa a mala com uma das mãos.
Poncho: Você não pode ir Dul! – ele a encara, parando na frente dela, - Eu te amo, nós nos amamos.
Dulce: Não Alfonso! A partir de agora eu te odeio! – ela o encara. – Não posso confiar em você! – ela olhava fundo nos olhos dele. – Você se transformou desde o nascimento do Miguel, virou um irresponsável e está sempre distante.
Poncho: Dul...
Dulce: Tchau Alfonso. – ela desvia dele e caminha até a porta.
Poncho: Por favor Dul, não vá! – ele caminha ao lado dela, encarando-a.
Dulce: Estou indo pra casa dos meus pais, não me procure. – ela caminha com dificuldade e some pela porta da frente.
Alfonso ficou paralisado, vendo a porta se fechar as costas de Dulce, estava sem reação, seus olhos brilhavam em lágrimas. Assim que percebeu um movimento na sala, Duke apareceu correndo, balançando o rabo, aproximou-se de Poncho, montando nas patas traseiras.
Poncho: Nossa família nos deixou Duke! – ele acaricia a cabeça do cachorro. – Foram embora! – ele senta no chão, totalmente confuso e abatido, enquanto Duke começou a lhe lamber o rosto. - Somos só nós dois! - Alfonso sentia uma dor tão forte no peito, como se seu coração explodisse em milhões de pedacinhos. - Eu mereço isso Duke? – ele encara o cachorro, que late e volta a lambê-lo. – É, eu mereço sim! Não tenho sido pai, nem marido. Deveria ter ajudado a Dul com o nosso filho, ter contado tudo antes e não gritar com ela, principalmente porque ela está com toda razão! – ele falava sozinho acariciando Duke. – Duke, porque nos só damos conta dos nossos erros, quando alguma coisa acontece? – ele segura o rosto do cão, que estava inquieto em seu colo, querendo brincar. O que eu faço agora? – ele começa a chorar.