Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Vinte minutos depois, Christian desligava o chuveiro.

Christian: E ai cara?! Melhor?!
Poncho: Estou com dor de cabeça! Ucker, pegue uma aspirina pra mim!
Ucker: Onde?
Poncho: Ali naquela caixinha branca da minha ex-mulher. – ele olha vagamente para a caixa.
Christian: Que ex-mulher?! Que pessimismo é esse?! Já se deu por vencido cara?!
Poncho: Se ela não está feliz do meu lado, mesmo a amando, é melhor deixa-la ir. Não quero ver a Dulce sofrer mais.
Ucker: Não acredito no que estou ouvindo! Caramba Alfonso, seja homem!
Poncho: Seja homem! – ele repete sarcástico. - O pai dela me disse a mesma coisa, será que preciso mostrar meu “soldado” pra todo mundo, para provar que sou homem?
Christian: Você sabe muito bem que ser homem não se resume a ter um “soldado” ou não Poncho, sinceramente você está sendo frouxo!
Ucker: O Christian tem toda razão!
Poncho: Vocês não entendem, essa briga não foi qualquer briga, eu sou um idiota, troquei um copo de cerveja pelos maiores tesouros da minha vida...
Christian: Ficar se lamentando não muda nada!
Poncho: Perdi minha família, acabou, não a nada a se fazer.
Ucker: Claro que há! Vá atrás dela!
Poncho: O pai dela me proibiu de aparecer na casa dele.
Christian: Mas ele e nem a Dulce podem te proibir você de ver seu filho! – ele sorri.
Poncho: O que quer dizer com isso?
Ucker: Diga que quer ver o Joãozinho e aproveite para conversar com a Dulce.
Poncho: Eu não vou usar meu filho pra falar com ela! E filhos não salvam o casamento de ninguém!
Ucker: Sabemos disso!
Christian: Poncho, pare e pense! – ele se aproxima do amigo, apoiando-se nele. - Você ama mesmo a Dulce? O amor não acabou e estava com ela só por causa do bebê?
Poncho: Claro que eu a amo! Não estaria me lamentando se não amasse!
Christian: Então lute por ela! Olha se eu fosse você ia agora até lá falar com a Dul! Quanto antes melhor! Vai que chega um engraçadinho e...
Ucker: Cale a boca Christian. Poncho, vocês precisam conversar sim mas, de um tempo a Dulce, deixe as coisas se acalmarem e depois vocês conversam! – ele encara o amigo. – Digo por experiência própria, de cabeça quente não dá.
Poncho: É que não é fácil Christopher, só de pensar em dormir mais uma noite sem ela nessa cama, ah, já sinto saudades. Sinto falta do meu filho, do choro dele.
Christian: Então vá até lá! Não de ouvidos ao mane do Christopher!
Ucker: Mane é a mãe! Além do mais a Any e a Mai foram lá conversar com a Dulce, é melhor você esperar, saber como ela está e depois resolver tudo.
Poncho: É, você tem razão! – ele respira fundo. – Valeu pela força gente! - ele sorri de lado.

...........................

Uma hora e meia se passou, Mai estacionava o carro em frente à casa dos Saviñon. Any desceu do carro, ajeitando os cabelos e tocou a campainha, ouviu uma voz no interfone.
Blanca: Boa tarde, quem é?
Any: Sou eu Blanca, Anahí! –ela sorri.
Mai: E a Mai, Dulce está?
Blanca: Sim, entrem. – ela sorri apertando o botão que abre o portão.
Depois de Blanca de cumprimentar Any e Mai, levou-as até o jardim da casa. Dulce estava sentada no gramado, com João Miguel no colo.
Any: Dul?
Dulce: Any? Mai? O que fazem aqui?
Any: Viemos ver como você está.
Dulce: Bem! - Ela sorri, mas seu rosto não dizia o mesmo.
Mai: Mesmo? - ela encara a amiga.
Dulce: Não! – ela sorri de lado. - Não estou bem, estou chateada, triste, nervosa, cansada, magoada! – os olhos enchiam de lágrimas.
Any: Vamos conversar?
Dulce: Sobre?
Any: O Poncho, claro!
Dulce: Não quero conversar sobre ele, não quero saber nada sobre Alfonso Herrera e se foi ele que as mandou até aqui, podem ir embora!
Any: Não foi ele que nos mandou, temos que conversar Dulce.
Mai: É, o Poncho está péssimo!
Dulce: E como vocês acham que eu estou?!
Any: Dul é sério! – ela se senta ao lado da amiga. – O Ponchoestá péssimo, sabe o que ele fez?
Dulce: O que?! Aconteceu alguma coisa com ele? Acidente? Ele fez alguma besteira?
Mai: Ainda não, mas na hora do almoço eu cheguei lá na sua casa...
Dulce: Aquela casa não é mais minha!
Mai: Que seja. – ela revira os olhos. - Eu fui até lá pra conversar com vocês e encontrei o Poncho afogado em latas de cerveja e uma garrafa de whisky.
Any: É, ele estava mal Dul, não sabia o que dizia.
Dulce: Típico! – ela diz, fria. - Olha só como ele resolve os problemas.
Any: Ah Dul! Não seja tão radical com ele! Ele vomitou, Ucker e Christian tiveram até que colocar ele na água fria.
Dulce: Radical?! Eu sou radical?! Diga o mesmo depois de dias sem dormir cuidando sozinha de um bebê quando seu marido deveria estar em casa te ajudando! Mas não! – ela ri, ironicamente. - Vai beber cerveja com os amigos, acha que eu não faço mais do que a obrigação em cuidar do bebê, mente pra mim!
Mai: Ok Dulce, não sabemos os reais motivos que te levaram a sair de casa mas poxa, acho que você está jogando tudo pro alto cedo demais!
Any: É Dul! Eu sei que vocês se amam, todos nós somos provas do que já passaram, e logo agora que o João Miguel nasceu, o bebê era pra ser motivo de alegria, e não de discórdia entre vocês!
Mai: É Dul, não está pensado em se separar definitivamente do Poncho, está?
Dulce: Estou!
Mai: Que ridículo Dulce! Você deveria dar uma chance pra ele se explicar, melhorar!
Dulce: Quantas chances eu já dei ao Poncho?! – as lágrimas começam a escapar.
Any: E em quantas dessas chances o Poncho não merecia ser perdoado?
Dulce: É! – ela para pra pensar um instante. - Eu confesso que algumas vezes duvidei dele à toa, mas agora ele não merece perdão!
Mai: Por que não? Vai mesmo acabar com tudo assim? Separar seu filho do pai?
Dulce: ELE MENTIU PRA MIM! Escondeu tudo, tudo! E quantas vezes ele me prometeu ser sincero? Sempre disse que não havia segredos entre nós e a trouxa aqui acreditou!  Só de pensar que ele permitiu que aquela gosmenta da Cecília pisasse no nosso apartamento, pior, dormisse na minha cama! Argh! Meu sangue sobe e eu tenho vontade de esgana-lo!
Any: Você está de cabeça quente Dulce María! Agindo precipitadamente!
Mai: A Any tem razão! É burrice acabar com a história que vocês construíram juntos por causa de uma mulher maldita que já é passado!
Dulce: Chega! Não quero mais falar sobre isso! E se vocês só vieram aqui pra isso, vão embora e me deixem sozinha.
Any: Ok, se for isso que você quer! Fique sozinha então! Mas pense Dulce María! Pense ok? Ou quando olhar pra trás pode ter perdido o amor da sua vida. – ela se levanta. - Vamos Mai!
Mai: Tchau Dulce. – ela beija a cabeça da amiga e se junta a Any, na caminhada para longe da amiga.