Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Uma semana se passou, apesar de achar que os conselhos de Christopher eram o certo, ele não aguentava mais ficar parado, sem fazer nada para recuperar Dulce. Sentia saudades, não pensava em nada que não fosse a mulher e o filho, entrava todos os dias no quarto de João Miguel, e ficava horas sentado em frente o berço vendo fotografias, sua barba estava por fazer, não se preocupava com o que vestia ou comia, Dora o repreendia quando fazia o jantar à toa. Era sábado e Poncho tinha acabado de sair da Televisa, onde o RBD se apresentou em um programa, apesar dos problemas, não podia mais pedir folga a Pedro. Eram onze horas da noite, caia uma chuva forte e o dia estava frio, as janelas do carro estavam fechadas e os vidros embaçados, para Poncho, a volta para casa já não fazia mais sentido. Estava parado num farol, pensativo, os carros atrás da fila começavam a buzinar, quando decidido ele desviou o caminho e rumou para onde seu coração mandava.
Algumas horas depois, bem longe dali, Dulce saia de um banho quente depois de fazer João Miguel dormir, secou os cabelos e passava hidratante no corpo quando ouviu uma buzina abafando o som dos pingos de chuva que batiam na janela
Dulce: Droga! – ela fecha a janela as pressas. - Só faltava esse barulho acordar o Miguel! – ela veste uma camisola de algodão branca, e se deita na cama ao lado do filho. - Com o que está sonhando em meu príncipe? – ela sorri, acariciando a barriga do filho. –Miguelzinho... - ela suspira, olhando para o rosto puro e sereno do pequeno. - Mamãe queria te pedir perdão, não faz nem uma semana que você veio ao mundo e, desculpe por afasta-lo do seu papai.  – ela encara o filho. – Sabia que a cada dia que passa você fica mais parecido com ele? – ela sorri de lado. - Eu acho! Dizem que você ainda tem cara de joelho, mas para mim é o joelho mais lindo do mundo! – ela sorri sozinha. - Eu te amo filho, muito! Nunca pensei que seria capaz de morrer por alguém, mas ai você nasceu. – ela faz uma pausa. - Amor, você sente falta do papai? – ela fica mais alguns segundos em silêncio como se esperasse uma resposta do bebê. - Mamãe também sente, muita! – ela suspira. – Mas já tomei uma decisão e não posso voltar atrás. Não dessa vez! Para o nosso bem! – ela ouve o som da campainha. – Mas quem será com essa chuva?! – ela se levanta irritada.
Poncho: DULCE! – ele gritava. - DULCE MARÍA!
Dulce: Alfonso?! – ela ouve uma voz abafada pela chuva gritando por seu nome, corre até a janela, abrindo-a. Lá estava Alfonso, todo molhado, com a camisa azul colada no peito, segurava a grade do portão, os faróis do carro estavam acesos, iluminando a rua escura e deserta.
Poncho: DULCE! – Dulce debruçou-se no parapeito, olhando para baixo, algumas gotas de chuva salpicaram em seu rosto.
Dulce: O QUE VOCÊ FAZ AQUI?!
Poncho: EU...EU... QUERO VER MEU FILHO! – ele diz a primeira coisa que vem a sua mente.
Dulce: CÍNICO! MENTIROSO! VER SEU FILHO HÁ ESSA HORA, NESSA CHUVA?
Poncho: E POR ACASO EXISTE HORA CERTA PARA SENTIR SAUDADES?!
Dulce: CANALHA! NÃO USE MEU FILHO PRA SE APROXIMAR DE MIM! – ela responde furiosa, apesar de também sentir saudades, Dulce não podia ver o rosto de Alfonso, que começava a gritar.
Poncho: NOSSO FILHO! NOSSO! POR MAIS QUE VOCÊ TENTE, NÓS NUNCA ESTAREMOS TOTALMENTE SEPARADOS! O MIGUEL É O ELO DO AMOR QUE EXISTE ENTRE NÓS DOIS!
Dulce: ESSE AMOR JÁ SE ACABOU! VÁ EMBORA E NOS DEIXE EM PAZ! – ela fecha a janela com força, olhando para o filho, que ainda dormia profundamente.
Poncho: PRECISAMOS CONVERSAR DULCE!- ele continuava a gritar.
As luzes do corredor se acendem e Dulce ouve passos no corredor, eram os pais dela, que entram no quarto assustados.
Fernando: O que está acontecendo aqui, Dulce?! Que gritaria é essa?!
Dulce: Desculpe papai, é o Alfonso que está gritando lá na rua.
Poncho: DEIXE-ME ENTRAR DULCE! VOU ACABAR ARROMBANDO ESSE PORTÃO E...
Fernando: VOCÊ NÃO VAI ARROMBAR NADA! – ele aparece na janela, João Miguel acorda e Blanca se aproxima da cama, pegando-o no colo.
Poncho: SENHOR! POR FAVOR! EU PRECISO ENTRAR! – ele estava ofegante, a chuva caia mais forte e ele gritava mais alto. - VER SUA FILHA! FALAR COM ELA!
Fernando: OLHA O ESCÂNDALO QUE VOCÊ ARMOU! DÊ O FORA DAQUI! DULCE NÃO QUER MAIS NADA COM VOCÊ!
Poncho: ISSO NÃO É VERDADE! EU SEI QUE ELA ME AMA!
Fernando: SE VOCÊ NÃO FOR, EU VOU CHAMAR A POLÍCIA!
Poncho: DULCE!! VOCÊ SE LEMBRA DE QUANDO NOS CONHECEMOS?! DO BEIJO QUE ROUBEI DE VOCÊ?! DAQUELE POEMA QUE VOCÊ FEZ PRA MIM?  - ele gritava com as lágrimas misturadas pelas gotas da chuva escorrendo pelo rosto. – TUDO QUE É MEU TEM SEU NOME, TUDO O QUE ME CERCA FAZ LEMBRAR VOCÊ... – ele começa a recitar o poema.
Dulce: CALE A BOCA! – ela tapa os ouvidos. - NÃO RECITE ESSE POEMA! É MEU! EU TE PROIBO DE RECITÁ-LO! – ela também, já chorava.

Poncho:...VOCÊ É TÃO PARTE DE MIM QUE ME TRANSFORMEI EM SEU REFLEXO! – ele continua. – VOCÊ TANTO ME INFLUENCIA QUE AS VEZES ME SINTO MAIS SEU QUE MEU! O QUE FAZER PRA ME RECUPERAR SE NÃO POSSO ARRANCAR VOCÊ DE MIM?!
Dulce: PARE! PARE ALFONSI! EU NUNCA DISSE QUE ESSE POEMA ERA PRA VOCÊ!
Poncho: NÃO, MAS VOCÊ O LEU PARA MIM ANTES DE VIAJAR! SERÁ QUE NÃO PERCEBE DULCE, FOMOS FEITOS UM PARA O OUTRO!
Dulce: PARE! POR FAVOR!
Poncho: ENTÃO VAMOS CONVERSAR.
Dulce: SERÁ QUE ESTÁ DIFICIL ENTENDER?! NÃO QUERO MAIS VOCÊ NA MINHA VIDA!
Poncho: MAS EU TE QUERO PARA SEMPRE NA MINHA! VOLTE PRA MIM, POR FAVOR. – ele estava desesperado. - ... SINTO SAUDADES MAIS QUE NUNCA, AGORA QUE MEU SORRISO ESTÁ SUSPENSO NA SUA DESPEDIDA! – ele recita mais uma parte do poema.

Blanca: Filha eu, acho melhor abrir a porta pra ele.
Dulce: Não mamãe!
Blanca: Está chovendo, ele pode ficar doente, pode pegar uma pneumonia assim!
Dulce: Não.
Blanca: Dulce María! - Dulce caminhou até a cômoda, pegou um robe e vestiu. - Aonde vai?! - Dulce não respondeu, abriu a porta e saiu do quarto, descendo as escadas depressa, pegou as chaves do portão que estavam penduradas atrás da porta, Fernando correu atrás dela.
Fernando: Não está pensando em sair nessa chuva, está?!
Dulce: Não se preocupe, eu sei o que estou fazendo! 

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