Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dulce se foi. Assim que colocou os pés para fora, sentiu a água fria da chuva, encontrar-se com seu corpo e em poucos segundos, enquanto caminhava até o portão, estava molhada da cabeça aos pés. Alfonso sorriu de alívio ao vê-la, e a fixou com seu olhar, enquanto ela se aproximava e abria o portão.
Poncho: Dul! – ele segura as mãos dela, quando as grades do portão já não os separava.
Dulce: Seja breve! – ela diz friamente, soltando as mãos das dele. - Não tenho a noite toda! – ela fazia força para não deixar as lágrimas escaparem.
Poncho: Me perdoe por favor!
Dulce: De novo? Quantas vezes eu já te perdoei?
Poncho: Eu sei mas, Dul me de uma segunda chance de provar que eu posso ser um bom pai pro Miguel e...
Dulce: Não precisamos estar juntos para que seja um bom pai..
Poncho: Eu sei, mas preciso estar junto de você Dulce. Eu te amo. meu amor, você é a fonte da minha vida, da minha felicidade! – ele a encarava. - Meu coração é pedra sem o seu amor, sinto tanto sua falta e do nosso filho. A casa está tão silenciosa sem vocês! – ele chorava descontroladamente. - O Duke nem traz mais a bolinha pra brincar, volta pra mim Dul. – ele apanha o rosto dela entre as mãos.
Dulce: Não! Eu pensei muito e já tomei uma decisão.
Poncho: Qual decisão? – ele acariciava o rosto dela com os polegares.
Dulce: Quero...- ela respira fundo se afastando dos toques dele. - Quero me separar de você pra sempre! – ela o encara.
Poncho: Que? Você não p-pode fazer isso comigo! Eu vou morrer Dulce!
Dulce: Eu sinto muito.
Poncho: Eu te amo! – ele a abraça com força, Dulce não retribui, apesar de desejar muito se render aos braços dele. - E VOCÊ ME AMA! – ele segura o rosto dela, deixando-o a centímetros do seu. – Você me ama.
Dulce: Não Alfonso! – ela diz após instantes, deixando as lágrimas escaparem.
Poncho: Eu sei que está mentindo! – ele a encara. - Está dizendo isso pra me machucar, para que eu vá embora porque eu machuquei você. - Você sempre pisca duas vezes rapidinho quando  mente. – ele sorri.
Dulce: Você não me conhece.
Poncho: Claro que te conheço! Com a palma da minha mão!  - ele encosta a testa na dela. - Te conheço tanto que também sei que seu rosto fica quente e seus lábios...- ele roça os lábios aos dela. -  Tremem bem devagar quando eu quero te beijar! – ele aproxima os lábios dos dela.
Dulce: N-não! – ela sussurra sem forças.
Alfonso segura o queixo dela, que se afastava, dando inicio a um beijo molhado, de lágrimas e chuva, as mãos dele deslizaram pela camisola molhada dela, puxando-a pela cintura.
Poncho: Vem comigo, - ele sussurra puxando-a.
Dulce não sabia o que estava fazendo, mas obedeceu ao chamado de Alfonso e o acompanhou. Entraram no carro e ele deu partida, olhando de esguelha pra ela, que estava calada, provavelmente perdida em pensamentos. Conforme entravam e saiam de ruas largas e desertas, a chuva perdia sua intensidade, e uma fraca neblina ocultava o caminho. Quando Dulce se deu conta, Poncho parava o carro, abrindo a porta e a puxando pelas mãos sorridente.
Dulce: Pare. Espere! – ela firma os pés na calçada. – Onde vamos?
Poncho: Não está reconhecendo? – ele para em frente a um prédio alto, com varandas e janelas iguais.
Dulce: O que estamos fazendo aqui? – ela força a vista, viu a portaria do prédio onde morou por pouco tempo, antes de se casar.
Poncho: Quero te mostrar uma coisa! – ele segura uma das mãos dela e a puxa junto de si caminhando. Passaram pela portaria, Alfonso pediu as chaves do mesmo apartamento que um dia fora de Dulce, e em seguida caminhou pelo hall até o elevador, não trocaram nenhuma palavra nos poucos segundos que levaram para chegar ao décimo segundo andar. Alfonso abriu a porta branca, de número 23 e entrou, seguido por Dulce, que estava extremamente confusa.
Dulce: Ok Alfonso, chega de palhaçada! O que significa tudo isso?! – ela o encara histérica. – Eiu vou embora, não deveria ter vindo, muito menos ter lhe dado ouvidos, afinal, não temos mais nada.
Poncho: Está enganada! – ele fitava o chão. - Temos tudo, e foi por isso que te trouxe até aqui! – ele a encara.
Dulce: Quer saber? Eu estou dando o fora! – ela caminha em direção á porta.
Poncho: Você está fugindo! – ele sorri de lado.
Dulce: Fugindo?! De que?
Poncho: De mim, está com medo. – ele a encara.
Dulce: Não é medo! Só não quero ter que sofrer mais, você está ficando maluco e esse apartamento nem pertence mais a mim. Como conseguiu as chaves?
Poncho: Acabei de compra-lo. – ele dá de ombros.
Dulce: Comprou? Pra que? Ah sim claro, aquela casa é muito grande pra uma pessoa só. – ela sorri ironicamente.
Poncho: Não! Comprei porque ele faz parte da nossa história.
Dulce: Do que está falando?!
Poncho: De nós dois, de quem mais? Dulce, .olhe ao seu redor. - Dulce vira rapidamente o pescoço, observando sem se apagar a detalhes, nas paredes brancas.
Dulce: Pronto olhei.
Poncho: Não estou dizendo pra olhar o apartamento, quero que se lembre do que aconteceu aqui.
Dulce: Eu não quero lembrar de nada! – ela caminha até a porta e quando gira a maçaneta, Alfonso se aproxima, segurando-a pelo braço com força, tomando o lugar de Dulce, de modo a impedi-la de sair.
Poncho: Foi aqui que as coisas recomeçaram, foi aqui que tomei coragem pra lhe dizer que nunca te esqueci, e que sempre te amei. Foi aqui que fizemos amor pela primeira vez depois de muito tempo nos negando a deixar que algo ressurgisse entre nós. – ele a encarava.
Dulce: N-não! – ela desvia o olhar dele, seu solhos seguravam com toda força as lágrimas.
Poncho: Não entende? Dulce, olhe o caminho que construímos a partir daqui, assim que saía por essa mesma porta, da noite que passamos juntos, eu parei nesse exato local em que estamos, e não conseguir imaginar um futuro sem você. Naquele dia senti que deste ponto em diante, você não sairia mais da minha vida, eu não te perderia outra vez e, agora estamos aqui novamente. – ele acaricia o rosto dela, sem conter as lágrimas. - E você está querendo deixar toda essa estrada para trás meu amor!
Dulce: Poncho, você não compreende, eu só não quero mais!- ela se rende e deixa as lágrimas saírem.
Poncho: Sofrer? Dul... – ele se ajoelha, segurando as mãos dela. - Eu prometo, juro, que nunca mais vou te fazer sofrer! Sei que não sou perfeito, mas vou tentar ser. Quero começar uma nova etapa com você e com o Miguel, aqui do nosso ponto de partida. – ele a encara. - Mas sem você, meu amor, esse caminho não existe. Dulce, por favor, perdão? 

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